Sakura:

Eu sempre ouvira das pessoas que mulher para ficar bonita, tinha que sofrer. E não é que elas estavam certas? Eu passei o dia inteiro no salão, fazendo cabelo, unha e maquiagem, e não suportava mais ficar sentada enquanto um bando de pessoas ficavam ao meu redor. Eu ainda não entendia como Ino conseguia passar por aquela rotina toda semana!

Eu com toda a certeza só voltaria à um salão, se fosse de extrema necessidade. Porque, caso contrario, eu me manteria bem longe.

Já passavam das seis da tarde, e agora eu finalmente estava pronta para o meu casamento fake. O kimono havia ficado ainda melhor do que quando eu havia experimentando-o, e eu estava me sentindo confortável nele.

Assim que pus o pé para fora do salão, encontrei o carro que Kenshi havia mandado para me buscar estacionado, com o motorista me esperando com a porta aberta. Sorri para ele, e entrei no banco de trás do carro.

Pareciam aquelas cenas de filme.

O trajeto até o templo parecia uma eternidade. As luzes da cidade de Tokyo começavam a se ascender, e a cidade estava ficando mais linda ainda à noite. Assim que avistei a porta do templo, quase tive um troço.

Na porta havia dezenas de fotógrafos e seguranças, e no instante que eu pisei para fora do carro, dezenas de flashes vieram na minha direção me deixando um pouco tonta. Mas em toda a minha volta haviam seguranças, impedindo quem quer que fosse de se aproximar de mim.

Kenshi me esperava em frente a porta do templo, com o semblante serio de sempre. Estendendo a mão para me ajudar a subir as escadas.

–Você está bonita, Sakura. - ele disse, passando a mão pelo meu braço, e a musica no interior do templo começou a tocar.

–Obrigado.- sorri, e olhei para frente, começando a caminhar para dentro do templo.

A musica era calma, e eu conseguia ver todos no templo. Sasuke estava no centro, sério como sempre. Ao seu lado estava Naruto sorrindo e acenando em minha direção, eu apenas sorri. Do lado oposto estava Ino, com um sorriso terno no rosto, atenta a cada passo que eu dava.

A caminhada pareceu a mais longa de toda a minha vida. Todos os olhos estavam na minha direção. Eu olhava para as pessoas sorrindo, até meus olhos caírem sobre uma pessoa ali; Sasori.

O que diabos ele fazia aqui?

Por um momento eu vacilei, mas logo minha consciência ralhou que eu tinha que ir até o final. Sasori me fez esperar muito tempo, e hoje, eu não esperaria mais por ninguém. Quando chegamos mais perto de Sasuke, ele estendeu a mão para mim, e ficamos cara a cara com o monge que celebraria nosso casamento. Ele sorriu para nós e começou a falar.

– Estamos aqui para celebrar a união entre Sasuke e Sakura. - ele falou, agora olhando para o resto das pessoas presentes no templo - O casamento é um dos mais importantes momentos da vida de uma pessoa. Casar-se com alguém significa abrir mão de quem você é, para se tornar alguém totalmente novo ao lado da pessoa amada. Vocês, Sakura e Sasuke, deixam de ser dois, para se tornarem um só, de corpo e alma. A mais bonita das promessas, o amor até a morte.

Ele falava realmente muito bem. Cada palavra que ele falava quase me fazia acreditar que nosso casamento era de verdade. Que eu e Sasuke realmente nos amávamos, e eu esperava que fosse essa imagem que todos ali no templo acreditassem também.

–Agora, vocês deverão fazer os votos. Por favor, as alianças. - ele falou, e algum tipo de ajudante entregou a ele uma caixinha com duas alianças. - Você, Sakura começa. Ele começou a dizer os votos para que eu repetisse.

–Eu, Sakura, recebo-te por meu marido, Sasuke e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida, até que a morte nos separe. - falei tudo que o monge havia dito, e me senti quase uma idiota de falar tantas mentiras em uma só frase. Peguei a aliança e coloquei no dedo anelar esquerdo de Sasuke.

–Agora você, Sasuke - ele falou.

–Eu, Sasuke, recebo-te por minha esposa, Sakura, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida... - ele parou por um instante, e eu realmente pensei que ele fosse desistir dessa loucura. - Até que a morte nos separe...

– Pelo poder conferido a mim, eu vos declaro marido e mulher - ele disse sorrindo - Pode beijar a noiva. Sasuke olhou para mim, como se pedisse permissão, e agarrou minha cintura, me puxando para próxima dele, e juntando nossos lábios. Foi um beijo rápido e técnico, porque realmente seria muito estranho ter a língua de Sasuke na minha boca.

Descemos do altar, recebendo aplausos de todos os convidados da igreja. Eu coloquei um sorriso no meu rosto, enquanto Sasuke me guiava até a saída.

No momento que pisamos para fora do templo, vários flashes vieram em nossa direção, e eu tive a impressão de que se Sasuke não estivesse com as mãos em minha cintura, me impedindo de cair, eu teria ido ao chão.

O carro estava nos esperando no final da calçada, com a porta aberta, sendo segurada provavelmente para o motorista. Sasuke deu espaço para que eu entrasse antes dele, e ele entrou logo em seguida, fechando a porta.

– Isso é loucura! - ele falou, olhando para a quantidade de fotógrafos que tentavam nos fotografar.

– Isso é coisa daquela mulher. - eu respondi.

– Porque ela avisaria a eles? - ele perguntou.

– Para aparecer ao lado de Haruno Kenshi, claro.

A cada segundo eu odiava ainda mais a Kurenai. O caminho até a mansão Haruno foi rápido, a casa estava completamente iluminada, haviam pessoas por todos os lados, e quando finalmente o carro parou, Sasuke me ajudou a descer do carro.

As pessoas nos paravam e comentavam o quanto nós éramos um casal bonito, e o quanto a cerimonia e a festa estavam esplendidas. Eu sorria a cada palavra, sempre tentando passar uma felicidade que não existia.

Sasuke segurava minha mão, e me arrastava por todos os cantos, parando de mesa em mesa e cumprimentando todas as pessoas que eu se quer conhecia. O que me ajudava é que Sasuke fingia quase tão bem quanto eu. Mas em alguns momentos eu o via revirar os olhos.

Kenshi ainda não havia vindo junto com Kurenai nos cumprimentar, mas em compensação, Sasori caminhava em nossa direção, assim que conseguimos sentar em nossa respectiva mesa.

Eu devo ter jogado pedra na cruz, certo?!

Eu observava cada passo dele em nossa direção, e queria realmente que ele não tivesse vindo. Seja lá o que eu sentisse pelo Sasori, ainda era muito forte, e o fato de eu estar casando com Sasuke pela herança, e não por amor, me deixava ainda mais vulnerável.

Ele sorriu para mim, e puxou uma cadeira, sentando-se na mesma mesa que a nossa.

– Meus parabéns, pela união, Sakura-chan, Sasuke.- ele olhou em minha direção, e sorriu.

–Obrigado, Sasori. - falei, e eu estava realmente desconfortável com o clima que fora criado com a presença de Sasori em nossa mesa. Sasuke provavelmente, percebera isso também, pois pela primeira vez desde que o conheci, ele me ajudou a sair de uma situação desconfortável.

–Vamos dançar, coração? - Sasuke estendeu a mão para mim, e eu a peguei, levantando da cadeira.

–Sasori, nos de licença, por favor. - falei, sendo guiada por Sasuke para o centro do salão.

Como se fosse algo combinado, a música foi trocada, saindo do rock e começando a tocar uma melodia bem mais calma. Uma das mãos de Sasuke passaram pela minha cintura, me puxando, e outra pegou delicadamente minha mão.

–Não é que você sabe o que esta fazendo? - falei rindo, enquanto acompanhava seus passos pelo salão.

–Sou um excelente marido.

– Obrigado por me tirar daquela situação. - falei, e sabia que ele saberia do que eu estava falando.

–Você realmente mudou de postura perto do Sasori. - ele deu um sorriso.

– É complicado. - falei.

– Como você pode ser apaixonada por ele? - ele falou

– EI! Eu não...

Sasuke:

–Não minta para mim, esposinha. - eu disse. - E pare de olhar em direção a ele. Por favor, é falta de respeito comigo.

Sakura realmente pareceu ficar sem graça, porque pela primeira vez desde que eu a tinha conhecido, ela ficava corada. E observando o salão, cheio de pessoas, era realmente difícil acreditar que eu havia me casado com outra mulher, sem ser Miya.

– SAKURA-CHAN! VOCÊ ESTÁ LINDA, DATTEBAYO! - ouvi a voz irritante do Naruto, se senti ele me empurrar para longe para poder abraçar a Sakura.

–Naruto, seu baka! Não grita! - Sakura o reprendeu, enquanto se soltava do abraço.

– Sasuke! - ele se virou para mim, e eu mudei a expressão, para sério.- Ok, nada de abraços, percebi pela sua cara.

Sakura riu levemente.

– A festa está ótima, e a comida também. E Sakura-chan, eu estou muito feliz que você deixou seu apartamento só pra mim. - Naruto disse, piscando para Sakura.

– E caso você não o mantenha completamente limpo e arrumado, eu mando te despejar. - ela sorriu.

Naruto sorriu amarelo, e coçou a cabeça.

– Bem, você é sempre amável, Sakura-chan. Então, vou comer e deixar vocês dançarem mais. - Naruto se despediu, e foi na direção contrária, da qual havia vindo.

– Como você o suporta? - perguntei.

– Naruto, é o melhor amigo que eu pude ter. - ela falou, e voltamos a dançar.

(...)

–Agora é a hora da tradicional ritual do Sakê.

Ouvi Kenshi anunciar ao microfone, chamando eu e Sakura, para que realizássemos o tal ritual, que eu nem sabia sobre o que se tratava. Mas caminhei com ela ao meu lado, até uma mesa, onde haviam apenas duas cadeiras, ela sentou em uma e eu na outra, e fora colocado um copo com sakê em frente a nós.

Sakura pegou o copo no mesmo instante que eu. E eu bebi o sakê, e rapidamente coloquei o copo de volta na mesa, enquanto o liquido fazia minha garganta queimar. Sakura colocou o copo um tempo depois, e me olhou com os olhos arregalados. E se levantou, me puxando para um canto.

–VOCÊ POR UM ACASO É SUICIDA? - ela gritou, gesticulando alguma coisa com os braços.

– Suicida?

–É, você vai morrer antes que eu! - ela disse.

–E quem disse?! - perguntei, confuso.

–Você acaba de confirmar aquilo, ao colocar o copo de volta a mesa antes de mim!

– O que tem isso?!

–Você não conhece o ritual do sakê, não é?

–Para ser sincero, não. Para mim era só beber e pronto.

–NÃO! NÃO! - ela gritou novamente, e eu estava quase perdendo a minha paciência com Sakura.

–Então, explique-me.

–No ritual do saquê, os dois tem que beber o sakê juntos e tomar cuidado para colocarem o copo de volta a mesa ao mesmo tempo! Pois o primeiro a colocar o copo na mesa, será o primeiro a morrer.

–Droga! Porque você não me falou antes, Sakura?!

–Mas, eu achei que você sabia e...

–Então se eu quisesse viver para sempre bastava que eu nunca pusesse o copo de volta à mesa? Que fácil! Se eu soubesse disso antes...

–VAI A MERDA, SASUKE! - ela se irritou Eu realmente preocupada com você e você vem de sacanagem pro meu lado!

–Ah amorzinho, obrigado pela preocupação. - sorri. - Agora me dá um beijinho, vai.

Aproximei-me dela, puxando-a para perto de mim, enquanto ela tentava se soltar inutilmente.

–Idiota.

–Vamos voltar, ou pensarão que estamos adiantando a lua de me. - falei, a puxando de volta para o salão.

(...)

A maioria dos convidados da festa de casamento já haviam ido embora. Sakura estava em um canto conversando com Ino, e o Sasori veio se sentar junto a minha mesa.

– Então, Sasuke, quem diria que você se casaria com alguém rica...

–E quem diria que eu teria do desprazer de revê-lo, Sasori. - falei, enquanto terminava de beber o sakê.

–Pelo menos seu gosto por mulheres melhorou, já que Mi...

–Cale a boca. - cortei-o - Você não tem moral nem para falar o nome dela.

–Sakura sabe do seu passado, Uchiha?!

Soquei a mesa, levantando-me e encarando-o, cara a cara.

–Não me provoque, Sasori. falei. Eu posso estar fora da organização, mas ainda me lembro do que fazia lá dentro, perfeitamente, e caso não me falhe a memória, eu era o melhor.

Eu pude ver o olhar dele brilhar em desafio, mas ele apenas sorriu.

–Então ela não sabe... - ele falou

–Não se meta com Sakura... - disse - Ou irei mata-lo.

–Estou morrendo de...

Sasori parou repentinamente, olhando fixamente para algo que estava atrás de mim. Virei a cabeça e me deparei com Sakura caminhando, com a cabeça baixa. Ela passou as mãos em meu ombro, e abaixou, sussurrando.

–Suba logo. Estarei te esperando em nosso quarto.

Senti um arrepio ao ouvi-la dizer nosso quarto, e me repreendi mentalmente, por ser afetado por uma coisa tão patética como aquela. E ela deu um beijo próximo a minha boca, saindo logo em seguida

.
– Vou em seguida.  - falei, ignorando completamente a presença de Sasori.

Sorri sarcástico para ele.

–Deixe-me contar-te algo, Sasuke. - ele falou, enquanto se levantava. - Não vou desistir dela.

Então ele caminhou para longe da mesa.

(...)

Tranquei a porta e me dirigi pelo o quarto calmamente, tentando não desequilibrar e cair. Meu corpo não respondia totalmente ao meu comando. Havia exagerado um pouco na bebida.

Ao abrir a porta do quarto e me deparei com a imagem de um anjo, não com asas, mas Sakura realmente parecia um anjo enquanto terminava de se aconchegar em nossa cama, sorri ao pensar na loucura que fazíamos ali. Até um mês atrás eu nunca havia passado a noite ao lado de mulher nenhuma, digo, dormir sem sexo. E agora eu estava casado!

Casado!


Com uma mulher deslumbrante, lindíssima, tinha os olhos verdes, e cabelos rosa exóticos, um corpo de arrancar suspiros de qualquer homem, e uma personalidade única. O mundo realmente dá muitas voltas. Duas pessoas completamente diferentes, agora estavam casados...

A olhei novamente, Sakura realmente me intrigava. Ela era aquele tipo de pessoa que demonstrava nada me abala, mas no fundo, bem lá no fundo, ela é tão mole quanto uma gelatina, tão doce quanto um pote cheio de mel e tão delicada quanto a pétala de uma rosa. O que diabos eu estou pensando?

Tudo isso é apenas referente a uma coisa: dinheiro. Entrei nessa loucura não para ajuda-la, mas sim para conseguir uma boa grana, e ficar bem financeiramente, ou seja, pagar as malditas dívidas que eu possuía. Eu só precisava manter as aparências durante um ano. Era isso! Um único e longo ano, sendo o marido perfeito para a Haruno.

Eu e ela só precisávamos mostrar ao pai dela que nos amávamos, para que ao final de um ano, ela finalmente tivesse acesso à herança que a mãe dela havia deixado. Eram maravilhosos 50 milhões de dólares, que seriam divididos entre eu e a Haruno, ela ficaria com 60% e eu com 40%, oras, não precisava reclamar, 20 milhões daria para pagar todas as dívidas que eu possuía, e ainda poderia viver como um milionário.

Enquanto isso continuaria casado com ela, e daria aulas na Universidade, como professor de literatura. Afinal, ela nunca poderia desconfiar quem eu realmente sou, ou meus planos iriam por água a baixo. Percebi-a remexendo na cama, e olhei em sua direção. Ela parecia inquieta no sonho. Cheguei mais perto, e ela sussurrava coisas sem sentido, enquanto se mexia de um lado para o outro.

Ela era muito inquieta. Afastei-me novamente e fui em direção ao banheiro, enquanto tomava um banho relaxante, afinal, eu estava exausto depois de tantos cumprimentos que recebi durante a cerimonia de casamento... Terminei meu banho, colocando apenas um short de pijama, e me dirigindo para a cama king size, localizada no centro daquela suíte de hotel. Logo fechei meus olhos, e deixei que o cansaço falasse mais alto, me integrando aos sonhos.


Sakura:

Acordei com o sol iluminando todos os cantos daquela suíte, abri meus olhos lentamente, tentando fazer esses se acostumarem com a claridade excessiva no quarto. Senti alguma coisa me incomodar, olhei para mim mesma e encontrei a mão de alguém em minhas coxas.

Dei um pulo da cama, olhando para essa. Lá estava o tarado que estava me.. APALPANDO! Quis imediatamente soca-lo, mas ele estava dormindo. Sasuke parecia um bebê dormindo. Suspirei. E rapidamente me lembrei que hoje, eu era uma mulher casada. Por isso Sasuke estava na minha cama.

O que não se faz por dinheiro? Questionei a mim mesma, lembrando que eu só estava nessa loucura devido a exigência que minha mãe havia colocado no testamento. Droga! Porque ela havia feito isso comigo? Eu não podia simplesmente perder 50 milhões para o meu querido papai, de mão beijada. Isso nunca!

Ouvi batidas na porta e olhei em sua direção. Quem poderia ser? Coloquei meus pensamentos em ordem, olhei para a cama, de certa forma arrumada, e me desesperei. Seja lá quem fosse, podia perceber o estado arrumado do quarto e poderia desconfiar que nada tenha acontecido na noite anterior.

Corri em direção ao espelho, eu ainda estava com maquiagem de ontem, um pouco borrada, olhei para o meu corpo, eu estava de pijama, tirei-o rapidamente, jogando pelo quarto. Peguei um hobbie e coloquei, deixando-o um pouco aberto.

Baguncei meu cabelo, deixando completamente horrível. Sasuke estava sem camisa, com apenas um short. Obrigada Senhor, agradeci mentalmente, enquanto me aproximava dele, pegando o lençol e o cobrindo até a cintura, dando assim a impressão que ele estava nu. Fui até o banheiro e peguei seu terno, jogando várias peças pelo quarto.

Olhei para o quarto, e pensei que realmente estava perfeito. Agora sim parecia um quarto de um casal que acabara de se casar. Sorri satisfeita com o meu árduo trabalho. Comecei a andar em direção a porta, enquanto as batidas ainda eram ouvidas.

Abri a porta, e me deparei com meu pai me olhando de forma estranha. Eu abri ainda mais a porta, deixando-o ver o estado de calamidade que se encontrava o quarto, enquanto dava espaço para que ele entrasse. Ele encarou o estado do quarto, e logo maneou que não com a cabeça, indicando que o corredor seria um melhor lugar para a conversar que teríamos.

-Diga pai..  - falei

- O que aconteceu com a suíte de vocês? - ele perguntou com a voz um pouco carregada de incredulidade.

- Oras pai, o que acontece em uma noite de núpcias? Até parece que o senhor não sabe. - minha voz saiu mais irônica do que eu esperava

-Mas todas aquelas roupas no c..  - antes de ele continuar, eu o cortei.

- Pai, o que eu e meu docinho - Meu docinho? Sério Sakura? Que apelido mais meloso - fizemos ontem a noite, não precisava de usar roupas... falei calmamente.


Kenshi ficou vermelho com minhas palavras.

-Bem...-  ele começou  -Eu tomei a liberdade de comprar um pacote para vocês dois em um resort em Cuba... Sabe, presente de casamento, uma lua de mel perfeita na costa cubana.

Minha respiração falhou. Lua de mel? Ah Meu Deus, eu estava ferrada.

-Mas... É... O Sasuke não pode largar a universidade assim, sabe como é... Professor  - tentei argumentar, a meu favor, mas ele negou.

- Eu conversei com o reitor da universidade, e ele me garantiu que não haverá problema algum, são apenas alguns dias, e eu e Kurenai vamos também...

- O QUÊ? - gritei, saindo do sério.

Kenshi só poderia estar maluco. Era isso, ele tinha pirado de vez! Como assim ele e sua namorada, vão também? Como vou em lua de mel, com Sasuke, se ele é apenas, meu... Marido de aluguel?