Jogos Vorazes - Cato escrita por Anny Fernandes


Capítulo 7
7


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Temos que ficar em cima das placas de metal por setenta segundos ou senão somos explodidos. Quando o tempo acaba um gongo soa e nós podemos correr. Olho ao redor procurando Clove freneticamente. Ela esta a 3 placas da minha. Ela me olha igualmente. A alguns metros a Cornucópia me espera. Cheia de comidas, suprimentos e armas. Seis metros pelo menos de altura e empanturrada e coisas necessárias. Um lago se expande atrás da cornucópia, espero que seja de água potável. Estou nervoso, mas não posso demonstrar de jeito nenhum. Ao meu lado vejo Glimmer em sua posição para correr. Olho para ela e ela retribui. Digo entre dentes:

- Corre!

Ela assente. Demoro um segundo para localizar meus aliados. Marvel a 7 placas de distancia. Gleisen a 10 e entre ela vejo Peeta. Aquele menino forte que nada mais vez no treinamento do que nós. Penso que ele possa ser bom para conseguirmos pegar Katniss, mas ele esta apaixonado por ela. Olho de relance para Clove que esta pronta para correr. Devem faltar poucos segundos. Olho na direção oposta e localizo ela. Katiniss, Com uma cara de dúvida. Indecisão. O gongo soa e eu saio em disparada. Sou o primeiro a chegar à cornucópia. Pego uma espada rapidamente e vejo Clove pegando facas.

- Eu pego a 12! – ela berra e sai correndo.

Quero debater. Eu quero matar a 12, mas estou ocupado tentando matar outras pessoas. O garoto do 4 me enfrenta com uma faca. Ele a passa de raspão no meu rosto deixando um arranhão, mas antes que ele possa atacar novamente estou com a espada atravessada no seu coração. Sangue sai de sua boca e eu rio. Gleisen me olha assustada e ri também.

- Glimmer! – eu grito e ela se vira na hora de atirar em uma menina.

- Matei... – ela grita enquanto pisa no corpo da menina.

Marvel esta lutando com um garoto que não vai muito bem. Então o garoto tenta correr e Marvel atira sua lança que pega na barriga. Ambos os tributos do 6 estão vindo na minha direção. Eu sou rápido e mato a garota primeiro. Ela cospe sangue na minha cara e eu a chuto. O menino é mais resistente, mas eu o mato decepando sua cabeça. Olho abismado para a lamina da espada. Essa sim é uma lamina muito boa. Gleisen esta matando um menino do 7 com seu tridente... Espera eles colocaram um tridente. Nossa eles a amam. Olho para Clove que esta voltando.

- Matei o garoto do 9! – ela grita

- E a 12? – eu pergunto e quando ela balança a cabeça em negativa a raiva toma conta de mim.

Avanço contra os tributos que ainda tentam nos abater e mato a maioria. Chuto o último que é a menina no 9 ate Clove me segurar pelos braço.

- Cato! – ela berra – Não vale à pena!

Eu paro. E vou bruscamente para o lago para que os aerodeslizadores possam pegar os corpos.

Quando eles recolhem todos os corpos vejo que já esta anoitecendo, Como passou rápido. Então vem os tiros do canhão. 11 mortos.

Vamos ate a cornucópia ver o que temos. Olho de relance e já gosto. Muitas armas. Pego a maior mochila que encontro e encho de comida, garrafas e facas, espadas e remédios. Essa noite vamos caçar. Permito-me adentrar a cornucópia e tenho uma surpresa. Peeta esta agachado atrás de um bando de suprimentos. Quando ele me vê seus olhos se arregalam. Eu puxo ele pela camisa e ele solta um gemido grotesco. Chamo meus aliados e eles vem correndo.

- Quem é esse? – Gleisen pergunta com o tridente no pescoço dele.

- Peeta – Peeta diz com uma voz rouca – Peeta Melark

Alguma coisa esta errada. Algo não faz sentido, afinal porque ele ficaria aqui. Ele é rápido e não parece ser muito burro. Deve estar querendo morrer mesmo.

- Me de um motivo para eu não te matar agora? – eu pergunto rosnando porque sei que as câmeras estão me filmando nesse exato momento.

- Quero me aliar a vocês... – ele começa, mas Gleisen aperta mais o tridente o fazendo parar de respirar. Faço sinal para ela parar e ele continua – Quero ficar... Com... Os... Fortes.

Eu o encaro e decido confiar nele e assim que o solto os murmúrios de contestação são imediatos.

- Quietos! – eu berro – Ele é nosso mais novo aliado. Aceitem ou vão embora.

Todos ficam em silêncio e eu saio com Peeta. Prendo-o com as mãos amarradas nos pés e entro para conversar com meus aliados. Assim que entro na cornucópia novamente Clove começa a falar sobre o que eu quero com isso, ou por que estou sendo tão idiota quando eu falo quase num sussurro.

- Vocês querem pegar a 12? – e quando todos assentem eu continuo – Então ele é a nossa melhor chance!

Todos sorriem quando entendem o que eu quero. Nós saímos e eu falo em alto e bom som quando Marvel desamarra Peeta.

- Hoje nós vamos caçar! Ninguém fica de guarda, temos que pegar os fracos no inicio.

Todos concordam e Clove entrega óculos de sol a mim e coloca um. Todos riem e ela berra irritada:

- São de visão noturna seus idiotas!

Agora sou eu que estou rindo pelo modo que todos se calaram.

Estamos andando há 1 hora e ainda não encontramos ninguém. Nenhum sinal de outro tributo no raio de 15 km. Dou uma faca a Peeta e vejo que ele bom com ela. Não é como Clove, mas é bom de verdade. Estamos quase desistindo, faltam 3 horas para o sol nascer e estamos cansados quando avisto uma claridade a 5 metros de onde estamos. Peço silencio e vamos engatinhando lentamente por debaixo de uns arbustos. Estou a um metro de distancia quando eu vejo uma menina de uns 13 anos se aquecendo em uma fogueira. Não podia ser mais burra. De verdade acender uma fogueira nos jogos é como enviar um alerta pedindo para que te matem. Seguro um riso enquanto me ergo o suficiente para andar e me dirijo à menina. Quando chego me levanto e ela não vê por que esta de costas. Todos se levantam também e Clove fala alto o suficiente para ela ouvir:

- Me da a honra?

A menina se vira e grita, tenta correr, mas Marvel já segurou ela. Clove se move lentamente e a menina grita como se isso fosse salvar sua vida. Então com um movimento Clove rasga a garganta da menina. Marvel a empurra e da um chute em suas costas. Glimmer fala rindo:

- Que menina burra.

- Doze já foram e faltam onze! – Marvel grita

Tentamos achar algum suprimento, mas a menina não tem nada de bom.Então eu falo com desprezo:

- É melhor nos afastarmos para que eles possam pegar o corpo antes que comece a feder.

Eles assentem acendemos tochas e seguimos andando e contando piadas sobre a menina. Paramos bruscamente quando Gleisen diz:

- Não deveríamos ter ouvido um canhão já?

Eu fico furioso ao pensar que a menina não tenha morrido. Glimmer diz:

- Eu diria que sim. Nada para impedir que eles entrem imediatamente...

- A não ser que ela não esteja morta... – Clove palpita

- Ela esta morta. Eu mesmo a imobilizei... – Marvel fala irritado com a desconfiança de Clove.

- Então onde esta o canhão? – Clove rebate

- Alguém devia voltar. Se certificar que o trabalho foi feito! – Glimmer enfim fala

- É, não queremos ter de localizá-la duas vezes. – eu digo tentando convencer quem esta na duvidar. Amenizar os problemas.

- Eu disse que ela esta morta! – Marvel esta irritado demais para ver a razão

Já estamos discutindo quando Peeta fala:

- Estamos perdendo tempo! Eu vou terminar com ela e vamos nos mover!

- Vá em frente então Lover Boy – eu digo sério – Veja por si mesmo.

Todos ficam em silencio enquanto ele caminha de volta ate o local onde deixamos o corpo da menina. Quando já não escutamos seus passos Glimmer diz:

- Por que nós apenas não o matamos logo agora e acabamos com isso?

Suspiro. Não sei por que eles continuam a resistir a verdade.

- Deixe-o por enquanto. Qual é o dano? – Clove fala quando vê que eu estou quase explodindo – E ele é útil com aquela faca.

- Além disso, ele é nossa melhor chance de encontra - lá. – eu digo fitando o chão.

- Por que? Você acha que ela esta mesmo naquela coisa romântica e sentimental? – Marvel questiona

- Ela deve. – Gleisen fala – Parece muito simplória para mim. Toda vez que eu penso nela dando voltas naquele vestido, tenho vontade de vomitar.

- Gostaria de saber como ela ganhou aquele 11... – Glimmer fala com raiva

- Aposto que o Lover Boy saber. – eu digo

Estou chamando ele assim pelo fato de ter se apaixonado. Escuto passos e fico quieto. Assim que ele aparece me apreso em perguntar:

- Ela estava morta?

- Não.Mas ela está agora. – ele responde. O canhão soa e ele continua – Prontos para ir adiante?

Começamos a correr e no horizonte vejo o sol começa a nascer. Hoje foi um longo dia. Quero voltar para a cornucópia e descansar, mas ainda temos muito o que explorar.


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Notas finais do capítulo

Posto o próximo amanhã!