Os Novos Jogos escrita por Diana


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Nathan's POV





Incrível. Essa era a palavra. Simplesmente incrível. Os Jogos Vorazes estavam de volta, e finalmente eu teria a chance de provar que eu sou o melhor de todos, seja no Distrito 2, Capital, ou os outros Distritos. Panem inteira nunca mais duvidaria de mim, e minha mãe se orgulharia. Ela se orgulharia do filho que tinha e nunca mais se lamentaria pelo estúpido do Zeus tê-la deixado.

Tudo o que eu tinha que fazer era me oferecer assim que a mulher da Capital começasse a chamar os nomes dos homens. Depois, criar as alianças com os Distritos carreiristas, matar os outros tributos e então puf! Matar os “aliados” enquanto dormem.

Serei o mais novo vencedor desses Jogos. Eu podia até mesmo me ver levantando uma coroa e recebendo os aplausos do Distrito 2, meu lar.

Um homem ou mulher, não saberia dizer, extremamente maquiado subiu à praça para sortear os tributos semideuses, iniciando pelas meninas.

Hayley Minan, filha de Ares.

Ora, muito bem, ele falará a descendência divina de cada um. Melhor, assim me temerão ainda mais por ser filho do Senhor dos Céus.

A menina que foi escolhida subiu até o palco. Ela era bem bonita, loira e com olhos azuis, mas parecia ser fraca, pois era magra demais. De qualquer modo, eu iria esperar. A próxima a ser chamada foi Emma McKeene, filha de Dionísio. Então chegou a vez dos homens. Puxei o ar e deixei as palavras saírem altas e firmes.

Eu me ofereço! - O povo me encarou até o homem dos sorteios perguntar meu nome e pai/mãe olimpiano. - Nathan Smith, filho de Zeus.

O homem me lançou um olhar intenso à medida que um Pacificador me conduzia até ele, coisa que achei meio bizarra e preferi ignorar.

O último garoto a ser chamado também se ofereceu e seu nome era Thomas Windsor, filho de Hermes.

Então, pensei, esses são meus concorrentes. Fácil assim.





Daniel's POV




É claro que eu seria escolhido, com a absoluta certeza de que não foi coincidência alguma.

Enquanto me dirigia ao palco, onde os outros três tributos semideuses já estavam, analisei a burrice que havia feito, nada típico de mim.

Fora há duas semanas, quando a manada de Pacificadores chegou ao Distrito 5 querendo colocar mais “ordem”. Acontece que eu tinha uma meia-irmã mais nova da qual era muito próximo. Ela estava brincando num terreno abandonado e perigoso que era proibido, mas sua idade ainda não entendia isso. Os Pacificadores a acharam e quase a chicotearam por isso, mas eu impedi. Gritei coisas para eles, coisas realmente terríveis para alguém se dizer assim, porém me descontrolei.

Algo como “A Capital é uma merda e nunca deveria ter sido reconstruída”. Consegui com que perdoassem minha irmãzinha, e agora aquele estava sendo o preço pela minha idiotice e impulsividade. Escolhido para os Jogos Vorazes, ou melhor, a volta deles.

Enfim, cheguei até onde os outros estavam. Eu não sabia o nome de nenhum deles e não queria saber. Se no final só um teria que sobreviver, queria não ficar muito chegado aos outros. Menos peso na consciência, apesar de saber que na hora mataria como qualquer outro.

Entretanto, eu tinha capacidade para ganhar esses “jogos”. Ninguém dispensa um filho de Atena, nem se ele tiver 13 anos.






Jade's POV





Eu estava aterrorizada. Nunca havia pensado que seria escolhida. Na verdade, pelo que ouvi falar, nunca pensei que os Jogos voltariam. O povo todo de Panem conhecia a história de Katniss Everdeen, que causara a rebelião cento e cinquenta anos atrás e como os Jogos Vorazes eram maldosos. Eu jamais vi uma edição deles, portanto só sabia o que poderia me esperar pelas pessoas mais velhas do Distrito 8.

O problema é que eu não estava aterrorizada só pelo fato de estar indo até uma Arena. Eu estava aterrorizada por estar indo para uma Arena onde metade dos outros tributos tinham poderes dos deuses e eu era apenas uma humana normal. As minhas chances eram quase nulas, levando em conta que também haveria mais vinte e três humanos que devem lutar vezes melhor do que eu.

Resumindo: eu estava num estado de torpor e nada mais passava pela minha cabeça. Até porque se passasse, ela corria o risco de explodir.

O dia estava nublado e com uma brisa gelada, o que não ajudava a esconder o tremor que ameaçava tomar minhas pernas e braços. O Distrito 8 não era o lugar mais bonito para se viver, nem de longe o melhor, com suas fábricas têxteis cinzas e edifícios com rachaduras que ninguém se dava ao luxo de consertar. Mas naquele momento percebi que daria tudo para permanecer ali. Ou, se eu tivesse o mínimo de sorte, poder voltar para tudo aquilo de novo.

Por fim, subi os degraus até onde o ser que pegou meu nome se encontrava e respirei fundo, assistindo aos outros tributos serem chamados.



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Notas finais do capítulo

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