Capítulo 5 – Desenhos, anotações... Quem será?

Desceram as escadas e foram para a parte de trás da escola, onde estavam várias árvores. Os alunos preferiram pesquisar sobre as plantas, “os animais dão trabalho de mais”, diziam. Kagome se separou do grupo e foi para um canto. Subiu em uma árvore e se sentou em um galho forte. Começou a observar atentamente um ninho de passarinhos ali. Quando ouviu Kaede dizer:

– Quero que façam um desenho sobre a espécie de planta ou animal que vocês escolheram.

Ouviu vários murmúrios desanimados por parte dos colegas. Não se importou, continuou com sua observação.

Havia dois passarinhos naquele ninho, cuidando de dois pequenos ovos azuis. O macho –provavelmente- saiu para pegar algo, -que deveria ser alimento para a fêmea- e a fêmea ficou chocando os ovos. Kagome observou o que a fêmea fazia, o modo que ela protegia os pequenos ovinhos, como os aquecia com suas penas... Anotou tudo o que viu, juntamente com os horários de cada ação. Demorou menos que dois minutos e o macho voltou com algumas minhocas no bico, e colocou-as no ninho. A fêmea comeu e o macho também. O macho cobriu as costas da fêmea com uma de suas asas e colocou sua cabeça junto na dela. Uma cena linda.

Fez o esboço de seu desenho, ficara igual a cena. Sorriu fracamente ao lembrar que Souta amava seus desenhos. Olhou para o ninho novamente, viu uma cena mais linda que a anterior: os ovos estavam abrindo. Novamente, desenhou. O primeiro ovinho abrindo, o macho e fêmea cantando, o outro ovinho abrindo... Por fim, desenhou a cena da família feliz: os dois filhotes piando, os pais assoviando... O macho saiu dali, provavelmente foi pegar mais minhocas, dessa vez para os filhotes. Desenhou ele saindo, e ele voltando com as minhocas.

Pintou os desenhos com os lápis. Haviam ficado ainda mais lindos pintados. Quem olhasse se impressionaria. Os desenhos estavam idênticos as cenas que Kagome tinha visto. Olhou novamente a família de pequenas aves azuis. Parecia a sua família de antigamente... Todos felizes. Mordeu o lábio inferior e uma lágrima rolou pelo seu rosto. Enxugou-a quando ouviu seu nome.

– Onde está a Kagome? –Perguntou Inuyasha.

Ele estava procurando-a, provavelmente para tentar conversar com ela.

– Kagome-chan? –Era Sango.

– Cadê você? –Rin perguntou enquanto andava procurando-a.

Sentiu um vento um pouco forte. Lembrou-se do ninho. Olhou para cima rapidamente e viu o ninho, com a fêmea e o macho tentando deixá-lo na árvore. Fechou seu bloco de anotações rapidamente e o jogou juntamente com seu lápis no chão. Chamando a atenção dos amigos e dos outros colegas. Escalou alguns galhos da árvore com cuidado para não cair.

– Kagome? –Perguntou Kouga olhando para ela em cima da árvore.

Os alunos e Kaede também estavam olhando para ela.

– O que você está fazendo aí em cima Kagome-chan? -Perguntou Sango preocupada.

–Cuidado! Você pode cair! –Rin disse aflita.

Kagome ignorou os comentários e continuou subindo. Esticou o braço e segurou o ninho para ele não cair. Veio outra rajada de vento, mais forte que a outra. O ninho foi deslizando pelo galho, deixando o macho e a fêmea preocupados. Kagome segurou o ninho com a outra mão. Estava presa na árvore apenas pelos pés e por um de seus braços que estavam escorados num galho.

Evitou que o ninho caísse. Infelizmente, os filhotes acabaram saindo do ninho. Kagome arregalou os olhos, os filhotes recém saídos dos ovos, não podiam cair de maneira alguma. Ela pegou o ninho na mão esquerda e pulou atrás dos filhotes que iam caindo piando. O macho e a fêmea foram atrás, preocupados com seus lindos filhotes.

– KAGOME! –Gritaram seus amigos, Kaede e seus colegas.

Ela pegou rapidamente os filhotes e os colocou dentro do bolso interno da blusa, aproveitando que ele era grande e confortável. Ela foi caindo da árvore, deixando todos preocupados.

– KAGOME! –Gritou Inuyasha preocupado.

Ela, rapidamente passou a perna por um dos galhos fortes, e caiu de pé e perfeitamente. Todos correram até ela e a rodearam. Ela abriu a blusa com cuidado e tirou os filhotes, colocou-os no ninho, e os pais também foram para o ninho. Todos estavam surpresos.

– Por que me chamaram? –Ela disse com o ninho nos braços.

– Você podia ter se machucado Kagome-chan! –Rin disse preocupada.

– Não se preocupe. Um ser humano se recupera quando cai de uma determinada altura. Já filhotes indefesos que acabaram de nascer, não. –Ela disse simplesmente, enquanto dava de ombros.

– Ainda bem que você os pegou! –Ayame disse sorrindo.

– E ainda bem que não caiu! Seria um tombo daqueles para eu colocar no jornal da escola! –Kouga disse rindo um pouco.

Ayame deu um soco nele, pelo comentário e pela risada. A ruiva o olhou feio.

– ITAI! Doeu Ayame! –Kouga disse um pouco irritado pela dor.

– E era pra doer mesmo! –A ruiva rebateu com raiva. –Você não tem que colocar esse tipo de coisa no jornal da escola!

– Mas é o meu trabalho oras! –Ele também disse com raiva.

– O seu trabalho é colocar coisas que acontecem, e não os tombos que todo mundo leva! –Ayame disse com mais raiva.

Os dois ficaram discutindo. Inuyasha notou o bloco de notas e o lápis no chão. Andou até ele e o pegou, folheou as anotações. Assim que se deparou com os desenhos ficou surpreso.

– Kagome... Isso aqui está incrível! –Ele disse mostrando o desenho do macho com a asa em volta da fêmea.

Todos viraram para ele e para o desenho.

– Que lindo Kagome-chan! –Sango disse admirada.

– Deve estar igualzinho! –Rin disse também admirada.

– Incrível Kagome! –Ayame disse, ignorando a discussão que tivera com Kouga.

– Ficou maravilhoso Kagome. –Kaede disse sorrindo.

– Já sei! Eu posso colocar seu desenho no jornal da escola! Que tal? –Disse Kouga colocando a mão no ombro de Ayame.

– Agora sim! –A ruiva disse sorrindo.

– Posso colocar ele no jornal, Kagome? –Kouga perguntou.

– Ele? Quem disse que é só um? –Inuyasha disse virando outra folha. –Ela fez vários desenhos! E fez anotações detalhadas!

– Deixe-me ver, Inuyasha. –Disse Kaede pegando o bloco dele.

Ela analisou por alguns segundos.

– Definitivamente... Isso aqui está esplêndido!

– Uou! Você é especialista por acaso? –perguntou Miroku sorrindo.

Ela negou com a cabeça.

– Como você sabe tanto Kagome-chan? –Rin perguntou enquanto admirava outro desenho e as anotações.

– Casualidade... Antes eu queria ser veterinária ou bióloga com alguém. –Ela respondeu fitando o céu.

Esse alguém, era Souta... Ela se lembrava de como eles adoravam cuidar de animais feridos ou visitar florestas. Aprendeu bastante em livros sobre determinadas espécies de animais e aquilo ficou gravado em sua memória.

– Quem? –Inuyasha perguntou se interessando.

Kagome olhou para o céu e fechou os olhos. Sentiu a brisa bagunçar seus cabelos negros, abriu seus olhos novamente, com uma certa tristeza...

– Se quiser... Pode colocar os desenhos e as minhas anotações no jornal Kouga. –Ela disse dando um sorriso perfeitamente e até mesmo talvez completamente... Falso.

Inuyasha sentiu algo errado novamente naquele sorriso... O que lhe incomodava tanto? Ela estava sorrindo. Mas... Quem era a pessoa que ela havia mencionado? Será que era um amor de infância? Será que era alguém que estava viajando? Essas perguntas ecoavam na mente do jovem Inuyasha.

– Sério? Que bom! Tenho certeza que todos vão adorar! –Ele disse animado.

– Ei Kouga... Você já sabe o que fazer com os vídeos que você faz de vez em quando? –Ayame perguntou.

Kagome deu mais atenção a conversa.

– Ainda não... É óbvio que eu não posso colocar os vídeos no jornal, já que é um jornal. –Ele disse desanimado.

– Por que não faz um Blog? –Kagome sugeriu anotando algumas coisas em seu bloco de notas.

– É uma ótima idéia... Mas eu não consigo fazer um blog bom, e não sei quem consegue. –Ele disse desapontado.

– E se nós ajudássemos a criar o Blog do Colégio? –Ayame perguntou colocando a mão no ombro do moreno.

– Séria ótimo! –Ele sorriu. –Mas ainda assim não ficaria tão legal já que nós somos inexperientes nisso.

– Eu posso ajudar. –Kagome disse ainda escrevendo em seu caderno.

Todos viraram-se para ela.

– Sério? Você tem alguma experiência nisso? –Miroku perguntou curioso.

– Hm... –Ela pensou um pouco. –Já ouviram falar do Blog ‘Como sobreviver na escola!”?

– Aquele blog cômico? Eu adorava ele! –Rin disse animada.

– As postagens eram engraçadas e ajudavam bastante! –Sango disse também animada.

– Quem já acessou o blog? –Kagome perguntou.

Todos, até mesmo Kaede levantaram a mão. Os alunos viram-se para ela.

– Eu achava bem engraçado. –ela riu com a cara de espanto que a maioria fez.

– Mas o que tem esse blog Kagome-chan? –Sango perguntou curiosa.

– Ah... Fui eu quem o criei. –Ela disse arrumando os cabelos negros que se bagunçavam com a brisa.

Todos –sem exceção –abriram a boca.

–Como? –Inuyasha perguntou espantado. –Você é a... Criadora e a Bloggeira original do ‘Como sobreviver na escola!’?

– Sou. –Ela disse voltando a escrever algo no bloco de notas.

– M-Mas... Se você é a bloggeira original... Quem é a que faz os posts atualmente? –Rin perguntou.

– Uma antiga colega... –Ela parou de escrever e respirou fundo. –Eu criei o blog e fazia tudo o que era preciso nele, ela descobriu que eu era a bloggeira e me pediu para ser gerente do blog... Como eu confiava nela, deixei. O tempo foi passando, e o que era pra ser um segredo de eu ser a criadora do ‘Como sobreviver na escola’, ela contou pra todos. –Voltou a escrever. –Eu discuti com ela, e eu deixei o blog.

– Mas... Você é a dona dele! –Kouga disse indignado. –Era ela que devia sair!

– Eu não gosto de confusões, e por isso resolvi sair. –Ela deu de ombros. –E também, os milhares de fãs que o blog tinha, eram meus e não dela. Ela já deve saber disso. Não deu três dias que eu saí do blog, e eu mudei de cidade. –Deu novamente de ombros.

– Ah... E então? Como vai ser o Blog? –Inuyasha perguntou mudando de assunto.

Kagome mostrou à ele, as coisas que havia escrito e desenhado em outras folhas do bloco de notas.

– Uau. –Ele disse impressionado. –Agora não me resta dúvidas que você era mesmo a bloggeira do ‘Como sobreviver na escola’.

– Podemos criar o blog Kaede-san? –Kagome virou-se para ela.

– Claro! Tenho certeza que esse blog, além de divertir os alunos e os informar, vai ajudar os futuros alunos daqui. –Ela respondeu sorrindo marotamente.

Novamente, Kagome notou o sorriso maroto de Kaede. Se Kaede planejava algo, ela iria descobrir, mas não deixaria ninguém saber sobre Souta. Não queria envolver mais ninguém nessa história. E quando descobrisse o que Kaede planejava... Ela iria conhecer a verdade Kagome Higurashi.

– Quando você pode criar ele? –Kouga perguntou animado.

– Hoje mesmo. –Respondeu com um sorriso pequeno e... Falso.

– Por que não fazemos aqui na escola? –Rin perguntou.

– É melhor no meu notebook. Eu posso usar os programas que eu tenho nele, para dar efeitos no blog. –Respondeu calmamente terminando de escrever no bloco de notas.

Na verdade, não queria ficar tanto tempo perto de Kaede. Tinha que descobrir o plano dela nas surdinas e fingir que não percebia nada do que se passava.

– Podemos ir na sua casa para ver passo a passo? –Inuyasha perguntou.

– Verdade! Seria muito divertido conhecer a sua casa Kagome-chan! –Rin disse animada.

– Eu estou mesmo querendo saber como é a sua casa! –Sango disse no mesmo tom.

– Não é nada de mais. –Kagome disse ‘sorrindo’.

– Podemos ir? –Inuyasha perguntou.

Ele iria aproveitar que estava na casa dela, para conversar sobre o que tinha acontecido mais cedo. Uma sombra envolveu os olhos dela. Ela ficou em silêncio durante algum tempo. Ela abriu os olhos para dar a resposta e deu um de seus sorrisos perfeitamente falsos.

– Podem.

Rin e Sango ficaram ainda mais animadas.

– Estou dizendo meninas... Minha casa não é nada de mais. –Kagome disse ajeitando suas coisas. –Kaede-san, como eu ainda não recebi o uniforme para a Educação Física, eu posso usar outra roupa? –Perguntou virando-se para ela.

– Claro. Falando nisso, vamos voltar para a sala por que o sinal já vai tocar. –Kaede disse.

Kagome foi diretamente para a sala. Logo, o sensei Naraku já havia chegado e já estava informado de que ela usaria outra roupa.

Os alunos foram para a quadra, e Kagome foi se trocar no banheiro. Guardou sua roupa na bolsa e foi para a quadra. Assim que chegou lá, o professor a chamou, fazendo com que os alunos virassem para ela. Todos se surpreenderam.

– Então pessoal, nós iremos jogar futebol! –Naraku disse animado.

As meninas não gostaram, os meninos também não gostaram muito... Para eles, garotas não sabiam jogar.

– Que desanimo é esse pessoal? Vocês têm que jogar juntos! –Naraku disse tentando animar seus alunos.

– Ah sensei... Temos mesmo que jogar com as garotas? –Um garoto disse.

– E nós temos mesmo que jogar com eles? –Uma garota disse desanimada.

– Então, se uma garota concordar em jogar com um dos times dos garotos, as outras podem jogar vôlei. Entendido? Qual das senhoritas se habilita? –Naraku perguntou.

Nenhuma das garotas queria jogar com os garotos. Kagome suspirou e amarrou seu cabelo em um alto rabo de cavalo.

– Eu vou. –Ela disse.

Todos viraram-se novamente para ela. Kagome andou até a frente do sensei.

– Eu jogo em um dos times. –Ela disse simplesmente.

– Ok! Então, o capitão do time vermelho vai ser o Inuyasha! E o capitão do time branco vai ser o Araki! Kagome será do time do Inuyasha, então rapazes, escolham seus times.

Após a escalação dos dois, cada time ficou com um lado do campo. O time do Inuyasha, com o gol do lado direito com Kouga como goleiro.

Inuyasha ficou com Miroku no meio campo, enquanto Kagome ficou como zagueira. Inuyasha deu o chute para Miroku e saíram correndo para o ataque.

– Ei Kagome. –Kouga a chamou.

– Fala. –Ela disse sem se virar para ele.

– Cuidado com eles. Eles jogam pesado. –Ele alertou.

Kagome deu um sorriso de canto. Kouga não entendeu nada, até que viu Araki vindo com a bola para perto do gol.

– Droga. –Kouga murmurou.

Kagome correu na frente de Araki, o mesmo soltou um sorriso um pouco sínico. Em poucos segundos, Kagome estava com a bola que havia roubado e estava no meio da quadra.

Kouga ficou sem reação assim como Araki e os outros jogadores.

– Inuyasha! Pega! –Ela disse depois de driblar dois jogadores e jogou a bola na direção do mesmo.

Inuyasha pegou a bola e passou para Miroku que estava perto do gol. Miroku pegou a bola, mas Araki havia voltado até o gol e roubou a bola novamente. Kagome correu para enfrentar Araki frente a frente.

– De novo? –Ele disse parando com a bola.

Kagome deu um sorriso maroto e girou pegando a bola com o pé e driblando Araki. Ela correu até o gol e chutou novamente para Inuyasha que chutou para o gol, porém a bola bateu no travessão e Kagome correu na direção contrária do gol para pegar o rebote. Todos pararam para ver o que ela iria fazer. Ela correu e pulou, fazendo uma bicicleta e chutando a bola, marcando um gol. Kagome caiu com as mãos no chão, deu um impulso e fez uma pequena cambalhota no ar e caindo perfeitamente de pé.

Todos ficaram surpresos. Kagome deu um leve suspiro e voltou a sua posição de zagueira.

– Algo errado Kouga? –Ela perguntou calmamente.

– Não mas... Como você fez aquilo? –Perguntou ainda surpreso.

– Aprendi por alguém. –Deu outro sorriso falso.

Todos ainda estavam sem reação.

– Vamos continuar jogando ou vão ficar com cara de bobos? –Kagome disse dando de ombro.

Os jogadores do time adversário disseram algo entre si, que Kagome pôde ouvir. Sorriu de canto e partiu para o ataque, recomeçando a partida. Driblou um jogador, outro veio para cima com a intenção de derrubá-la. Ela foi mais rápida e se esquivou do jogador, fazendo uma finta em outro jogador e chegando até Araki.

– Agora eu não vou dar mole pra você. –Ele disse sorrindo.

– Pode vir. –Ela respondeu fazendo embaixadinhas.

Araki foi pra cima dela, e Kagome passou a bola por cima dele correndo para pegá-la. Araki não ficou no prejuízo e foi atrás dela, tentando roubar a bola, por meio de uma rasteira.

Kagome olhou a ação de esguelha e jogou a bola bem para o alto –quase tocando o teto do ginásio- em seguida, se jogou e colocou uma mão no chão dando um impulso e pulando alto. Domou a bola no peito e deu uma embaixadinha, aproveitando que estava caindo, deu um chute bem forte, mandando a bola diretamente para dentro da rede do gol adversário. O goleiro –coitado –mal teve tempo para tomar alguma atitude, a bola foi certeira como um míssil.

Kagome apenas caiu no chão, sem esforço algum. Todos estavam ainda mais abismados.

O professor Naraku se aproximou surpreso.

– Parabéns Kagome. –Ele parabenizou a aluna.

– Ah, obrigada Naraku-sensei... Posso fazer outra coisa? –Ela perguntou relaxando os músculos.

– Descanse um pouco e depois vá jogar vôlei com as outras alunas. –Ele sorriu e se afastou.

Kagome deu de ombros e se sentou na arquibancada, ficando pensativa. Alguns minutos depois ela foi jogar vôlei. As demais aulas passaram e deu o horário de saída. Kagome foi à última a sair da sala de aula.

– Ei Kagome-chan! –Sango disse na porta.

– Sim? –Perguntou pensativa.

– Que horas podemos ir à sua casa? –Rin perguntou animada.

Kagome pensou durante alguns segundos.

– Pode ser por volta das 15:00? –Ela perguntou dando um fraco sorriso... Falso.

– Claro! –Rin e Sango disseram sorrindo.

– Ah. Se vocês quiserem levem seus próprios instrumentos... Eu compus uma música. –Ela disse passando pela porta e tomando seu rumo para fola do colégio.

– Ok. –Miroku, Sango e Rin disseram juntos.

Inuyasha apenas assentiu com a cabeça. Kagome parou e pegou uma folha, anotou seu endereço e deu um para cada um.

– Até depois. –Disse e saiu correndo com seu skate.

Os outros amigos se despediram e Inuyasha resolveu ver qual caminho Kagome tinha pegado. Passou a segui-la de longe, para que a mesma não percebesse. Viu-a parando em frente ao hospital, e indo a uma floricultura que ficava ali em frente, entrou e logo depois saiu. Ela entrou no hospital e depois disso, ele não a viu mais.

– Mas o que é que ela tá fazendo no hospital? –Ele murmurou para si mesmo.