Breathe escrita por xDarkDreamX
Notas iniciais do capítulo
Perdão...
O albino não conteve a sonora gargalhada que escapou de sua boca. Todos os olhares voltaram-se para si e isso o fazia rir ainda mais. Ele andava com as mãos na barriga, sem conseguir parar de rir.
Na porta da sala de aula, Koga e Ayame estavam vermelhos de raiva (ou seria de vergonha) e o olhavam furiosamente. Inuyasha podia ver claramente a ruiva dando socos na porta e sabia que ela o xingava, e muito. Mas o garoto apenas conseguia rir mais e mais, cada vez mais alto. Sua barriga doía enquanto ele assistia o desespero de Kouga ao tentar abrir a porta e não conseguir.
Aquilo era tão hilário!
O cara de cachorro apontava o indicador para o filho de Inu Taisho, obviamente o ameaçava e o xingava de todos os nomes existentes na face da Terra.
Inuyasha respirou fundo, sua barriga já doía e seu rosto estava tomado pelo vermelho. Então voltou a olhar para os dois amigos e ele não pôde aguentar. Caiu de joelhos no chão, rindo muito mais que antes. (Isso era mesmo possível?)
Então ele ouviu outra risada, feminina.
E imediatamente o albino cessou seu riso. Seus olhos se arregalaram e sua voz morreu ali. Virou a cabeça, temendo o que encontraria.
E lá estava ela. A mesma garota de seu infeliz passado.
E o garoto de cabelos longos sabia... Aquela definitivamente não era Kagome Higurashi. Nem no inferno.
– Vejo que você não mudou em nada, Inuyasha.
Ah, aquela voz. Como agora ele odiava aquela maldita voz...
O jovem se levantou, sua vontade de rir já não mais existia. Apenas ignorou a figura da moça e foi até a porta da sala de aula. Pegou a chave que estava em seu bolso e abriu-a.
Imediatamente Kouga saiu furioso dali, mas antes de gritar com o amigo, viu aquela conhecida parada, olhando-os de forma divertida.
E Kouga não disse nada. Não xingou Inuyasha, não lhe bateu.
– Mas o que diabos você tinha na cabeça, seu idiota?! -Ayame deu-lhe um soco no peito.
Ao ver que o albino não lhe respondera, a ruiva arqueou uma sobrancelha. Geralmente ele estaria rindo e pouco se lixando para o que ela dizia. Mas não agora.
Então ela sentira a mão de Kouga em seu ombro direito, e quando se virara para vê-lo, a garota também se calou.
Agora era simplesmente tão óbvio.
Essa era a maldita razão pela qual Inuyasha apenas calara a boca absolutamente do nada. Aquele fantasma vivo de Kikiyou estava bem ali, de pé no corredor do colégio.
Ela havia voltado.
O albino realmente possuía uma má-sorte filha da puta, era o que pensava. Odiava com todas as suas forças aquele maldito retorno inesperado de Kikiyou.
– O que está fazendo aqui? -Mantendo um auto-controle que sequer sabia que existia em si, ele indagara de uma forma ríspida.
– Ora essa... Vim visitar meu namorado. –Ela desfilara até o seu lado, tentando tocá-lo. A morena de cabelos lisos soltara um riso divertido ao vê-lo se afastar rapidamente. – Por que foges de mim, Inu?
O jovem Taishou cerrou os punhos, repetindo mentalmente que deveria permanecer o mais neutro que conseguisse. Sabia o quanto aquela maldita mulher adorava joguinhos de cinismo.
– Não sou mais seu namorado, caso você tenha problemas de memória, Kikiyou. –Ele fora frio. – Você sabe muito bem que nós terminamos há meses.
A moça jogou o cabelo para trás, rindo alto. – Terminamos, é? -Rira mais, então num instante os olhos castanhos se tornaram frios, igual à sua expressão. – Nada disso, Inuyasha. Nenhum de nós falou em término!
Agora era a vez dele soltar um riso, porém seco. – Vejo que você continua tão falsa quanto sempre. -Revirou os olhos, sorrindo debochado. – Nós terminamos. Ter-mi-na-mos. -Falara sílaba por sílaba.
Kikiyou apertou os dentes enquanto agarrava-o pelo braço.
Naquele instante Ayame quis puxá-la pelo cabelo, mas Kouga lhe segurara.
– Como você ousa?! – a morena gritava. – Seu canalha!
Inuyasha empurrara Kikiyou como se a mesma não passasse de uma caixa vazia de papelão, ignorando os olhares tensos de seus colegas sobre eles dois.
– Eu terminei com você, Kikiyou. Não sou mais aquele moleque idiota apaixonado por você, quero mais é que você vá para o inferno. –A palavras saíram de sua boca numa maneira cortante. – Você é vadia da história, a falsa, a traíra. Pensa que eu não sei que se oferecia para o meu irmão? Pensa que sempre fui idiota ao ponto de não enxergar que você tentava acabar com as minhas amizades?!
O corredor estava tomado por um silêncio de nervosismo.
A mulher imediatamente dera um tapa estalado na face do Taisho, chegando à arranhar o lado direito de seu rosto no processo. Ela estava realmente com muita raiva dele.
Mas a risada de Inuyasha ecoara por ali. Uma risada que soava como se ele houvesse escutado a melhor piada do século. – O que foi? Não quer que eu revele a todos o quão puta você era, e definitivamente ainda é? – Ele zombava e quando ela tentara acertar-lhe o outro lado do rosto, apenas segurara suas mãos firmemente.
Os olhos âmbares encaravam friamente os orbes castanhos.
– Você nunca aceitou que as pessoas ao seu redor fossem mais felizes que você. Nunca quis vê-las sorrindo mais que você. Kikiyou, você é uma vadia egoísta, sempre fez de tudo para separar as pessoas que realmente se gostavam. – O albino praticamente cuspia as palavras na face da moça. – Mas eu estava tão imbecilmente apaixonado por uma mulher idealizada, que não enxergava quem você realmente sempre foi: uma mulher traiçoeira. Não sei e não quero saber porquê diabos você voltou após meses desaparecida, mas eu preferia que você nunca mais aparecesse.
Por fim, empurrou-a, fazendo com que ela caísse no chão.
O olhar de Inuyasha era terrivelmente frio, os punhos cerrados fortemente demonstravam o quanto ele estava enraivecido. –Desapareça da minha vida novamente. Não há mais nada entre nós dois, e nunca haverá novamente.
Dera-lhe as costas, caminhando para algum lugar qualquer. Ficaria longe enquanto as aulas não começassem, seria o melhor para si mesmo... E todos ao seu redor.
– Você vai me pagar por essa humilhação, Taishou Inuyasha! – Kikiyou gritara, os olhos vermelhos de lágrimas.
– Vai lá, tente fazer alguma merda. – A voz dele soava debochada. – Mas saiba que eu não terei o mínimo receio em pagar-lhe o dobro do que "devo".
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... Obrigada por todo o apoio que recebi. Muito obrigada mesmo.