Breathe escrita por xDarkDreamX


Capítulo 11
Capítulo 11 -“Sermos pais” – “Mas já não somos?”


Notas iniciais do capítulo

Foi mal, demore mesmo pra postar.
=/
Mas...
Eu tava em crise comigo mesma. e-e'...
Não gosto do que eu escrevo. Simplesmente acho tudo uma merda. e-e'...
Além de que a preguiça é alta...
E também odeio o verão. u-u
Calor? Mosquitos?
Argh!
Sou alérgica à tudo quanto picadas de inseto, então o verão não é meu amigo. u-ú
Ah!
E peço desculpas, agradeço por vocês lerem a fic e por me darem conselhos.
(embora aqui não seja lugar para isso, e-e')
Ah, e tenho um aviso nas notas finais.
Até lá, e espero que gostem...
Embora tenha ficado muito chato e nosense total. e-e



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Capítulo 11 – “Sermos pais” – “Mas já não somos?”

 Seus pais estavam calados, ambos desviaram seus olhares para o chão.

No fundo, mesmo que bem no fundo de seus corações, eles amavam incondicionalmente seus filhos. Mas o trabalho era tanto, que tudo relacionado às empresas ocupava suas mentes. Claro, suas brigas diárias eram horríveis. Eles não pareciam mais o mesmo casal de apaixonados que haviam se casado por puro amor. Mas sim, dois seres levando apenas uma vida de puro trabalho, onde sequer se importavam com seus filhos.

 E claro, o choque. Como puderam ter sido seres tão inescrupulosos, ao ponto de jogar na cara um do outro, o problema cardíaco de Kagome? Como se ela tivesse culpa.

 Não, os únicos culpados eram eles. Desde o instante que descobriram sobre o problema da filha, deveriam tê-la levado para um tratamento. Mas não foi o que fizeram. Eles apenas se afundaram cada vez mais em seus trabalhos, desligando-se da vida dos filhos, não se importando se ainda eram casados, ou se tinha que dar um mínimo de atenção e amor para Kagome ou Souta.

 Mas e o ponto de vista de Kagome?

 Claro, quando ela descobriu sobre sua doença cardíaca, fora um completo choque.

 Ela viu seus pais se distanciando dela cada vez mais. Distanciando-se do que era para ser uma família.

Aliás...

O que era uma família, afinal? O que era ter uma família, e ser como uma família?

“Família: Designa-se por família o conjunto de pessoas que possuem grau de parentesco entre si e vivem na mesma casa formando um lar. Uma família tradicional é normalmente formada pelo pai e mãe, unidos por matrimônio ou união de fato, e por um ou mais filhos, compondo uma família nuclear ou elementar.”

Não. Família não era apenas isso. Família era bem mais que ter um grau de parentesco e viver na mesma casa. Família era cuidar um do outro. Era amar cada um, independentemente de qualquer problema.

Mas ali... Não era o seu caso.

Sua vida não passava de um inferno. Seus pais não lhe davam atenção, sequer se importavam com ela.

Ela não tinha ninguém que a entendia. Sango, Rin, Ayame, Miroku, Kouga, Inuyasha... Nenhum deles a entendia.

Não sabiam o que era viver uma vida que não passava de uma farsa. Não sabiam o que era estar perto da morte, e ver quem mais amava morrendo. Não sabiam o que era sofrer um verdadeiro inferno durante seis dolorosos meses. Os seis piores meses de sua falsa vida.

Às vezes, olhamos para a nossa vida atual, e o que vemos é que ela não passa de uma droga, tentamos nos focar em pensamentos como: “Não, minha vida não é tão ruim. Tenho que agradecer pelo que tenho, e parar de achar que todos a minha volta não passam de falsos.”.

Mas para Kagome não era assim. Ela sabia que sua vida era uma droga. Sabia que se Souta não acordasse, ela morreria junto com ele. Sabia que sua vida dependia de um mísero fio, que poderia se arrebentar a qualquer momento. Então, para ela... Não tinha o que aproveitar da sua “vida”. Não tinha nada para fazer se Souta morresse.

Viver o que sem ele?

Do que adiantava ela continuar viva sem seu irmão? Era ele quem a alegrava, era ele quem lhe tirava daquele inferno todo. Se ela o perdesse? O que lhe restaria? Uma vida ilusória? Dinheiro?

Afinal... Do que adiantava a merda do dinheiro, se ela não teria ao seu lado, quem mais amava?

Poderiam achar tolice que ela não pudesse continuar vivendo sem Souta.

Mas isso pouco importava.

Quantos sabiam o que era viver naquele inferno que ela vivia? Quantos sabiam como era estar a poucos passos de perder quem mais amava?

Quantos sabiam o que era se sentir uma inútil, por não poder proteger quem mais amava?

Poucos. Muito poucos.

Levantou-se em silêncio e se dirigiu para as escadas. Quando seus pais finalmente ouviram o barulho dos seus pés pisando na escada, eles acordaram de um transe. Sua mãe fora a primeira a se pronunciar.

- Filha! Espere! –Nodoka a chamou, ficando logo de pé.

Kagome parou no meio da escada, mas não se virou para encarar a mãe.

- O que é? –Perguntou fria.

Sua mãe ficou em silêncio durante alguns segundos. Não tinha certeza do que dizer para a filha. A verdade é que tinha medo de conversar com a primogênita. Sempre teve.

- Não vai dizer nada? –Kagome disse novamente em um tom frio, não obtendo uma resposta de imediato. – Se é assim, eu vou continuar meu caminho.

- Filha... –Sua mãe se pronunciou, num tom baixo.

Kagome parou novamente, esperando a mãe falar.

- Eu... –Sua mãe suspirou pesadamente. –Eu e o seu pai... Nós...

- Vocês se arrependeram? –Kagome perguntou fria, sem se virar. –Agora já é tarde.

Voltou a subir as escadas, ignorando os chamados dos pais.

- Kagome Higurashi! –Seu pai disse bravo. –Volte já aqui!

Kagome não parou e sumiu no corredor do andar de cima, indo diretamente para a sala de música.

- Kagome! –Ouviu o grito de sua mãe, antes de fechar a porta.

Não ouviu mais nada depois. A sala de música abafava os sons tanto quanto de dentro dela, quanto de fora. O que era ótimo, pois ninguém reclamaria do... Barulho.

Precisava esfriar a cabeça. Precisava tirar todo aquele pesadelo da mente.

Sabia que aquilo não poderia durar pra sempre. Sabia que não poderia continuar se fazendo de forte. Sabia que aquilo que se fazer de forte durante todo o tempo era apenas uma imagem.

Do que adiantaria dizer para seus amigos sobre o que tinha acontecido?

Eles não poderiam fazer nada, mesmo se quisessem.

Ninguém poderia fazer nada por ela.

E essa era a verdade.

Se eles descobrissem em algum momento sobre ela estar “escondendo” aquilo deles?

Sinceramente ela não saberia como agir.

Dizer o que, para os únicos que tinham se aproximado dela e que queriam tocar com ela?

Dizer o que para o garoto que tinha uma possibilidade dela estar apaixonada?

Esperar que eles a entendessem e que a abraçassem dizendo que ia ficar tudo bem?

Ela não queria aquilo.

Ela não queria pena de ninguém.

Não queria que a olhassem com pena.

Encostou-se na parede e se deixou escorregar enquanto fechava os olhos.

Por quanto tempo ela iria continuar uma farsa?

Por quanto tempo mais?

Suspirou fundo e se levantou, indo pegar seu violão.

Sentou-se no chão em seguida. Começou a dedilhar algumas notas.

Era uma música que ela tinha escrito especialmente para Souta.

Cantarolava baixinho os versos que havia escrito e não pôde evitar a voz embargada e as lágrimas escorrendo por seu rosto.

Parou de tocar quando sentiu as lágrimas caindo no violão e colocou o instrumento no colo enquanto colocava os punhos nos olhos, tentando parar o choro.

Havia composto aquela música para tocar no dia do show de talentos. Era aquela a surpresa que havia preparado para o caçula. Mas acabou por não poder tocá-la. Acabou por não poder sequer se apresentar.

Enxugou as lágrimas com a manga da blusa que usava e pegara o violão novamente.

Dedilhou algumas notas.

Uma música nova.

Começou a criar a melodia.

A letra já vinha na sua cabeça, uma por uma.

Quando deu as últimas notas, colocou o violão em cima do sofá e se levantou.

Sua cabeça estava doendo. Talvez pela chuva que ela havia tomado?

Se parasse para pensar, deveria ser isso mesmo.

Havia tomado chuva duas vezes, e a primeira havia sido bem forte.

Saiu da sala de música e foi para seu quarto. Ligou uma música, jogando-se na cama sem trancar a porta.

Welcome to My Life começava a ecoar no quarto e em sua mente.

Seus olhos estavam pesados e a dor de cabeça não ajudava em nada.

Estava com o corpo pesado de mais para se levantar da cama. Pegou seu edredom e se enfiou debaixo do mesmo, fechando os olhos e apagando em seguida.

***

Inuyasha, Sango, Rin, Miroku e Kouga iam para casa juntos.

- O que será que aconteceu com a Kagome? –Kouga perguntou, quebrando o silêncio do grupo.

- Pelo olhar dela na hora que a Sango a chamou... –Miroku começou pensativo. –Vai ver que alguém sofreu um acidente, ué. –Deu de ombros.

Sango deu-lhe um soco na cabeça.

- Baka! –Gritou irritada. –E você fala isso, como se não fosse nada de mais!?

- Foi mal... –Miroku disse, passando a mão no galo que se formava.

- Eu acho que não deve ter sido algo bom. –Inuyasha comentou baixo, fazendo os amigos se virarem para ele.

Rin apertou os lábios. Suspirou.

- Também acho que não tenha acontecido algo bom... –Ela falou baixo.

- Mas a Kagome-chan não nos ligou, se fosse algo ruim ela teria nos ligado... –Sango suspirou.

- Será? –Inuyasha fez essa pergunta, enquanto olhava para o céu e parava em frente à sua casa. –Bom, até mais pessoal.  –Disse foi até a porta.

- Até amanhã, Inuyasha. –Responderam em conjunto e seguiram para suas casas.

Inuyasha passou pela porta e murmurou baixo.

- Será?

* * *

Nodoka e Seiko estavam na sala. Sentados de frente ao outro, encarando-se. Já fazia algum tempo que Kagome havia subido, e os dois não haviam saído do lugar.

- Temos que parar com isso. –Nodoka disse, quebrando o silêncio.

- Nós já não tentamos? –Seiko perguntou.

Nodoka suspirou.

- Faz quanto tempo que nós não agimos como um casal? –A mulher perguntou.

Seiko ficou calado.

- Um bom tempo. –Admitiu num tom baixo.

- Nós nos casamos por que éramos apaixonados, não foi? –Nodoka perguntou olhando o marido.

- Foi. –Seiko disse novamente num tom baixo.

- E acabou-se o amor? –Nodoka desviou os olhos com a própria pergunta.

- Pra mim não. –Seiko murmurou e se levantou, indo para as escadas.

- E por que estamos assim? –Nodoka se levantou, mas não saiu do lugar.

- Pergunte a si mesma. –seu marido disse seco.

- Eu tenho culpa agora? –Nodoka se sentiu ofendida. –Você acha que eu estou afundando nosso casamento?!

Seiko não respondeu, apenas parou aos pés da escada.

- Eu não disse isso. –Ele disse baixo, mas num tom audível para a esposa.

- Mas foi o que eu entendi Seiko. –Nodoka disse pesarosa. –Nunca quis as coisas assim. Você sabe.

Eles permaneceram em silêncio por algum tempo.

- Eu não sei Nodoka. –Seiko disse, encostando-se na parede e afrouxando a gravata.

- E o que você não sabe? –Ela cruzou os braços, olhando para outro lugar.

Seiko suspirou e respondeu após algum tempo.

- Não sei por que estamos agindo assim.

Subiu as escadas. Nodoka o olhou subir e foi atrás.

Tinham que conversar e iriam conversar. Os dois passaram pelo quarto de Kagome e viram a porta entreaberta. Estranharam.

Por mais que fossem distantes da filha, sabiam que Kagome nunca deixava a porta do quarto aberta. Nunca a deixava destrancada. Ouviram um leve som de alguma música.

Seiko empurrou a porta e entrou no quarto da filha, seguido por Nodoka. Ele desligou o aparelho que tocava a música e virou-se para a cama de Kagome.

- Kagome? –Nodoka a chamou, se aproximando da cama.

Kagome não respondeu. Seiko franziu o cenho. Pelo que sabia, a filha tinha um sono leve.

- Filha? –Seiko a chamou, ficando ao lado da esposa.

- O que? –Uma voz fraca disse debaixo do edredom.

Nodoka e Seiko se olharam.

- Tá tudo bem querida? –Nodoka perguntou enquanto puxava lentamente o edredom.

- Não... Não finjam... Não finjam que se importam. –Kagome disse com os olhos fechados e com uma voz fraca, enquanto se cobria até a cabeça com o edredom.

- Mas nos importamos. –Seiko disse e tirou o edredom da filha.

Nodoka levou a mão até a testa de Kagome e comprovou sua suspeita. A filha queimava em febre.

- Eu to... Com frio... Devolve. –Kagome disse manhosa, puxando seu edredom das mãos do pai com tudo, cobriu-se novamente.

- Febre? –Seiko olhou para Nodoka que assentiu. Ele franziu o cenho. –Que gênio ela tem até mesmo quando está doente. –Disse baixo.

Nodoka soltou uma curta risada baixa.

- Sei de quem ela puxou isso. –Ela disse passando as mãos pelos cabelos.

Ele olhou a esposa, confuso.

- Quem? –Perguntou, sem entender.

Nodoka balançou a cabeça negativamente e olhou novamente para Kagome, suspirando em seguida.

- Ela está com uma febre alta. –Disse num tom baixo. –O que pode ter causado isso?

- O tempo? –Seiko perguntou, olhando para a filha. Ou pelo menos para o edredom, já que Kagome se encontrava completamente debaixo do mesmo.

- Não foi só isso. –Nodoka disse analisando melhor. –Ela era sensível a essas coisas quando pequena, mas não acho que ela seja assim hoje em dia.

Eles ficaram em silêncio durante algum tempo. O que fazer naquela situação?

Por mais que não estivessem tão presentes na vida da garota, ao menos sabiam de algumas coisas fundamentais. Sabiam que quando pequena, Kagome era sensível ao clima, mas ela havia crescido. Então aquilo deveria ter parado.

Suspiraram ao mesmo tempo.

Foi quando perceberam algo óbvio até de mais.

A chuva.

Havia chovido durante os três dias que eles já estavam naquela casa. Teve uma chuva forte, na verdade uma tempestade, no primeiro dia. No segundo, o tempo ficou nublado e com algumas chuvas durante a noite. E por fim, neste terceiro dia, havia chovido mais cedo e ainda continuava chovendo.

- Ela poderia ter tomado chuva? –Nodoka perguntou, ligando alguns fatos.

- Não sei, não tenho certeza. –Seiko respondeu pensativo. Aproximou-se do que achava ser a cabeça da filha debaixo do edredom. –Kagome, você tomou chuva?

Kagome não respondeu de imediato. Mexeu-se um pouco debaixo do edredom.

- ... Tomei... –Disse baixinho. –Problem? –Seu gênio continuava mesmo quando estava doente. Incrível.

Seus pais se olharam e suspiraram.

- Por Kami... –Seiko murmurou. –Que gênio.

- Igual ao pai. –Nodoka deu de ombros.

Seiko olhou para a esposa, com uma sobrancelha arqueada.

- Bem, agora essa febre até que faz sentido. –Nodoka disse, mudando de assunto. –Mas não entendo por que ela está tão alta. –Disse baixo e se aproximou da filha. –Filha, por quanto tempo você tomou chuva?

- ... –Silêncio. -... Duas... –Disse apenas.

- Horas? –Seiko perguntou incrédulo.

Kagome apenas se mexeu, como se dissesse sim e voltou a dormir pesado.

Nodoka suspirou.

- Tomou chuva durante duas horas? –Perguntou ainda surpresa. –Quantas vezes? Essa febre está alta de mais.

Seiko suspirou.

- E o que fazemos? –Perguntou para a esposa.

- Cuidamos dela. –Nodoka disse séria.

Seiko arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços.

- Não me diga. –Disse irônico.

Nodoka revirou os olhos e riu levemente. A filha e o marido tinham algumas coisas em comum.

- Hora de sermos pais. –Ela disse e saiu do quarto, puxando o marido.

- Já somos pais. –Seiko disse confuso, enquanto era arrastado pelas escadas.

- Hora de agirmos como pais. –Nodoka disse e levou o marido até a cozinha.

A mulher de cabelos castanhos presos em um rabo de cavalo, pegou uma caixa dentro do armário. Colocou água em um caldeirão pequeno e pôs no fogo.

- Vá pegar algumas toalhas pequenas. –Nodoka ordenou o marido, enquanto procurava algum remédio na caixa.

Seiko obedeceu sem criticar e saiu da cozinha. Voltou pouco tempo depois, com várias toalhas. Nodoka o olhou e segurou o riso.

- Não tantas. –Ela disse rindo.

- Não sabia quantas eram. –Seiko deu de ombros e colocou as toalhas na mesa.

Nodoka riu em seus pensamentos e suspirou ao ver que não havia mais remédios para febre dentro da caixa.

Seiko estava sentado, pensando, quando uma coisa lhe veio à mente.

- Kagome jantou ontem? –Ele perguntou à Nodoka.

A mulher franziu o cenho.

- Não vi nada sujo quando chegamos. –Ela comentou.

Foi a vez de Seiko franzir o cenho.

- Ela almoçou ontem? –Ele perguntou.

- Eu disse que não vi nada sujo de louça quando chegamos. –Nodoka disse séria. –Vi apenas alguns indícios de que ela tenha feito um lanche ou algo do tipo.

Os dois ficaram em silêncio após isso.

- Ela não tomou café da manhã hoje, tomou? –Seiko perguntou preocupado.

Nodoka ficou em silêncio.

- Não. –Disse preocupada.

- Então ela não come? –Seiko franziu o cenho. –Como que ela fica todo esse tempo sem comer direito?

Nodoka suspirou pesadamente e se levantou.

- Vamos lá... –Ela disse baixo enquanto tirava a água do fogo e colocava em uma bacia pequena. –Pega uma toalha dessas e leva junto com essa bacia lá pro quarto dela. Molhe a toalha na água e certifique-se que não está muito quente. Depois, coloque a toalha molhada e dobrada na testa dela, e lembre-se de cobri-la. O frio é insuportável quando se tem febre.

- Hai, hai... –Ele disse baixo e se levantou, pegando a bacia e a toalha, saindo da cozinha em seguida.

Nodoka olhou o marido sair da cozinha e sorriu minimamente. Pelo menos não haviam discutido.

Pegou uma panela de pressão em baixo do armário e os ingredientes da sopa que iria fazer.

* * *

Kagome ON

Não sei onde estava.

Só sei que eu não respirava.

Que sentia meu peito arder.

Água?

Eu me sentia como se estivesse afundando.

Eu estava no mar?

Ou em uma piscina?

Não...

Eu não costumo ir à praia ou em piscinas.

Então, por que eu estava na água?

Eu sentia a água invadir meus pulmões e eles doerem por causa disso.

Seres humanos não respiram debaixo d’água.

Somos seres terrestres.

Mas o que eu estava fazendo ali?

Por que estava afundando?

Por que ninguém me ajudava?

Por que sentia que estava sozinha?

...

Minha mente doía.

Minha cabeça martelava.

Eu estava gelada.

Sentia frio.

A água estava congelando.

Parecia o inverno.

Mas o que eu estava fazendo dentro d’água no inverno?

Eu tentei me matar, por acaso?

...

Não.

Eu não faria isso.

Então...

Tentaram me matar?

...

Estão conseguindo.

Pelo tempo que eu sinto que estou afundando,

Pelo tempo que eu estou sentindo essa dor,

E pelo tempo que a água está entrando em mim...

Eu já estou muito longe da superfície.

...

Mas...

Não acho que alguém tente me matar.

Por que alguém me mataria?

Isso não faz sentido.

Deve ter acontecido algo.

Mas... O que?

...

Não dá pra eu sumir de uma vez?

Não dá pra acabar com isso agora?

Eu quero sair daqui.

Alguém pode me ajudar?

...

Kagome OFF

* * *

- Desculpe. –Ele disse baixo, com um tom de arrependimento na voz, enquanto acariciava a mão dela.

* * *


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Notas finais do capítulo

É...
Eu escrevi essa droga mesmo.
'-'...
T~T... Gomen'ne.
Ah, o aviso?
Sim, sim. Claro...
É muito provável.
Extremamente provável que dia 23 eu irei viajar.
Ficarei acho que uns 5 ou 6 dias fora.
Então... Não vai ser preguiça de postar. u-u
"Mas eles tem computador!" -Vocês dizem.
É óbvio que eles tem computador. e-e. Mas não é legal usar as coisas dos outros, sem contar que eu não me sinto à vontade para escrever em qualquer outro pc que não seja o meu note. u-u
Caham....
Também não tenho escrito por que...
Tenho dormido de mais. '-'
Durmo cedo e acordo tarde.
Embora eu durma de madrugada na maioria das vezes... e-e
E minha mãe invocou que eu estou doente! VÊ SE PODE!
CARAMBA OKA-SAN! EU NÃO TO DOENTE! E-E'
Tudo isso por que "eu não como direito". Blééh. ¬¬
Só não gosto de comer, ok?
(Mentira)
u-u
Só não gosto de comer nos horários certos, ué.
Sou estranha mesmo.
u-u
Problem?
Até mais.
Me liguem!
-sóquenão.