The Change In The Game escrita por Juubs


Capítulo 59
Desde que você me ame...


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capitulo, rs.



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- Sim. – Disse Catherine, adetrando a sala de Gil.

Ele que mexia em sua papelada, virou-se para ela.

- Sim? – Perguntou, olhando-a nos olhos.

- Eu aceito me casar com você. – Declarou.

- Você tem certeza disso? Quero dizer, é algo sério, que precisa ser pensado com delicadeza. – Ironizou, aproximando-se dela.

- Demoramos tanto para nos acertar, por que jogar tudo isso fora novamente? Eu amo você e você me ama. É assim, simples. Não há mais o que complicar. Apenas o que aceitar. O tempo passa rápido e eu tenho que passá-lo ao lado de quem me faz feliz, de quem eu já tenho uma historia. Como eu disse, é simples assim. – Respondeu.

Ele não acreditava no que acabara de escutar. Um sorriso lindo se formou em seu rosto, ele a olhava nos olhos, com uma alegria inexplicável.

Acariciou o seu rosto. Ela cedia ao seu leve toque, sorrindo também.

- Isso parece um sonho. – Sussurrou.

- Não mais. – Disse, passando a mão na sua nuca. Ficou na  ponta dos pés, alcançando os seus lábios.

Beijaram-se lentamente e apaixonadamente. Ao fim, ele a abraçou. Um abraço forte, não querendo soltá-la por nada.

- Eu serei o homem que você merece. – Sussurrou no seu ouvido.

- Você sempre o foi. – Respondeu, no mesmo tom que ele.

Distanciaram-se um pouco, olhando um para o outro. Voltaram a se beijar, tão levemente, quanto à primeira vez.

Ao final do turno, Brennan, por incrível que pareça, foi a primeira a ir embora. Sem falar com ninguém desde que Catherine foi atrás dela.

Ia para a casa da mesma, de taxi, não se achava em condição de dirigir e não queria chamar ninguém, nem mesmo Angie, para leva-lá para casa.

Chegando lá, abriu a porta e a deixou bater sozinha. Jogou-se, praticamente, no sofá, encarando o teto.

Pela primeira vez, desde os seus 15 anos, se via perdida e abandonada. Não sabia o que fazer. Não sabia o que pensar. Deveria ela voltar ao departamento e fazer mais e mais perguntas á sua mãe? Talvez não. Não havia o porquê se magoar novamente.

De repente, ela levantou-se e saiu, deixando a porta bater-se sozinha, mais uma vez.

Corria pela rua, atrás um táxi que a levasse ao seu destino. O achou, entrou desesperadamente e disse o taxista aonde ele deveria deixá-la. E assim foi, minutos depois, chegou onde queria.

Parada em frente ao lugar desejado, Brennan não tinha coragem de sair. Ela ainda parecia perdida em seus pensamentos, olhando para a rua, sem ou menos piscar.

- É aqui, não é? – Perguntou o taxista.

Não obteve resposta.

- Senhora... Este é o lugar, não é? – Aumentou um pouco o seu tom de voz.

Ela olhou-o assustada.

- Sim, é sim. – Disse.

- Então... – Apontou para a porta, indicando que ela deveria abri-lá.

Brennan hesitou. Ele a encarava sem entendê-la, com certeza pensando que ela era louca. Então, logo depois disso, ela saiu do taxi, pagando a corrida e andando para a calçada.

Batia na porta, devagar. Não obteve resposta do outro lado e nem sequer ouvia passos.

 - Estúpida, estúpida, estúpida. – Repetia com a voz baixa, insistindo em bater na porta.

Ainda não tinha obtido a resposta do outro lado. Então, chateada, desceu os degrauzinhos da escada, indo à busca de outro taxi.

- Bones?!- Perguntou Booth, que estava atrás dela.

Ela paralizou no meio da calçada, sem dizer absolutamente nada. Ele se aproximou dela, tocando o seu ombro.

- Bones... – Disse, olhando para ela. – Está bem? Quero dizer, apesar dos pesares?

Ela olhou-o, ainda calada. Ele se assustava com a ausência de suas palavras.

- Bones, o que está acontecendo? Por que você veio até a casa do Gil?

- Eu queria falar com você. – Finalmente, falou.

- Bom... Eu estou aqui, bem a sua frente. – Sorriu.

- Eu... Eu andei pensando, acho que uma vida longe da cidade não seria tão ruim. – Prosseguiu - Quero dizer, pessoas que vivem perto da natureza vivem mais e as crianças nascem mais saudáveis.

- Do que você está falando? – Riu, sem entendê-la.

- Dos seus objetivos quando você se declarou para mim.

- Ah... – Virou-se. – Eu... Eu não disse que queria simplesmente uma vida longe da cidade. Eu disse que queria uma esposa, filhos, enfim, uma família.

- Eu... Talvez, no fundo... Queira isso também. – Declarou.

Booth a olhou novamente, bastante surpreso.

- Você quer isso? – Perguntou. – Logo você que justificou o porquê de nunca darmos certos. Que nos acha tão diferente. Que pediu para que eu esquecesse toda aquela que passamos juntos... O que fez mudar todo o seu pensamento lógico e racional?

Brennan demorou a responder. Deixando um sorriso indiscreto forma-se em seu rosto.

- Eu lembro-me de todas às vezes, depois de turno, chegar a casa e observar que a primeira coisa que Catherine fazia, era subir as escadas correndo e ir direto ao quarto de Lindsey, só para desejar boa noite a ela. No começo, achava um tanto idiota algo assim. Uma adolescente de 15 anos, com o sono pesado, nem perceberia que a sua mãe esteve ali. Mas, depois, eu vi que era um hábito. Era como se ela pedisse desculpas, todos os dias, por não ter ficado perto dela. Era como se ela estivesse recuperando parte do tempo que passou longe dela. Era algo irracional, mas bonito. Muito bonito.

- Aonde você quer chegar com isso?

- Eu quero o mesmo, Booth. – Declarou. – Eu não suporto mais viver em meu “mundo”, achar que não dependo de ninguém. Eu não quero mais me sentir como eu estou me sentindo hoje: Sozinha, desprezível. Eu quero demonstrar os meus sentimentos e parar de me autoproteger de tudo e de todos. Eu quero que você saiba que eu te amo. Sim, eu amo você, mesmo que isso não seja racional.

Booth continuava olha-lá surpreso, sem dizer absolutamente nada.

Brennan o encarava, com os olhos marejados. O seu silêncio a matava aos poucos.

- Você tem certeza do que você está dizendo? – Perguntou. – Não responda como uma cientista, responda com você, Temperance.

- Sim, eu tenho. – Respondeu rapidamente. – Eu quero uma família, eu quero uma casa longe da cidade com uma casinha na arvore. – Sorriu. – Eu quero você ao meu lado, todos os dias. Completando-me, fazendo-me feliz.

Era tudo que Booth queria escutar, mas não sabia necessariamente o que fazer. Estava surpreso, sem palavras. Apenas a olhava nos olhos.

Brennan tomou a iniciativa, aproximou-se dela. Acariciou o seu rosto, beijando o lentamente e logo depois, o abraçando.

Ele correspondeu, segurando bem forte.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram?



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