Saiu de sua sala, caminhando até a sala onde estavam os ossos. Só havia Brennan e Cam. Booth e Gil estavam se falando, um pouco afastado. Talvez Gil estivesse pedindo desculpas pelo seu escândalo totalmente exagerado. Já Angela, trabalhava incansavelmente na descoberta da identidade da vítima.

- O que você estava fazendo? – Perguntou Catherine. Não estava interessada, só queria ocupar a sua mente.

- Estou tentando encontrar algo para que ajude a Angie a identificar essa pessoa. – Falou, concentrada nos ossos. – Alguma coisa que seja única. Porém não acho. Nenhuma prótese, osso quebrado na infância ou na adolescência. Aqui não há absolutamente nada.

Continuava a falar, parecia um pouco preocupada. Seria esse o caso mais difícil de sua vida? Não, acho que não. Talvez entrasse em um “top 10” que com certeza ela não teria.

Logo, Booth e Gil entraram. Catherine olhou para Gil, que revidou. Viu em seus olhos que ele já tinha acertado tudo que tinha feito. Para o bem dos dois, para o bem do trabalho em si.

- Descobri quem é a nossa vitima. – Falou ao entrar na sala.

Todas as atenções se voltaram a ela. Quem seria a pessoa tão difícil de se localizar e identificar? Tão odiada para morrer desse jeito?

Todos estavam curiosos, não queriam falar nada, apenas escutar o que Angela tinha a dizer. A mesma havia um olhar cansativo, afinal trabalhou nisso a noite inteira.

- Quem é? – Cobrou Booth, diante ao seu silêncio.

Ela estava a fazer mistério ou não queria falar.

- Eu só digo quando a Bren sair. – Falou.

Os presentes naquela sala, inclusive Brennan, a olhavam sem entender. Não havia motivos para não querer que a antropóloga escutasse o que o seu caso tinha a dizer, ou teria?

- Isso é um absurdo. Eu trabalho nesse caso! Eu quero e tenho o direito de ouvir a sua descoberta, Angie. – Respondeu.

Angela respirou fundo. As pessoas continuavam a encará-la. O olhar de Booth em sua direção praticamente implorava para que ela contasse, pois sabia que Brennan não iria a lugar algum.

- A nossa vitima é Max Keenan. – Sussurrou.

- E por que não poderiam dizer isso na frente da Brennan? – Perguntou Catherine, sem entender.

- Porque é o pai dela. – Respondeu Cam.

Agora, os olhares curiosos voltaram-se à ela.

- Não, não é possível! – Retrucou. Não deixara os sentimentos transparecer – Você errou Angie, meu pai está em D.C não em Las Vegas.

- Eu não erro, Bren e você sabe disso.

Brennan a olhou. Havia ficado calada. Não poderia mais falar nada, não tinha como retrucar. Sabia que Angela não fazia o seu trabalho pela metade, sabia que ela nunca errara.

Com a dor tomando conta, mesmo que não mostrasse, saiu da sala. Sem dar nenhum tipo de explicação, saiu correndo pelo corredor.