Assim que entrei, reparei que Brennan estava a encarar a cabeça, em silêncio.

TB: Já temos tudo para a Angie desenhar e descobrir a identidade dessa pessoa. – Confirmou, olhando para Angela que já estava presente na sala.

AM: Para onde eu posso levar isso?

CW: Pode ir para a sala de vídeo. Eu acho que não há ninguém lá, você poderá trabalhar tranquila. – Afirmei.

Ajudada por Brennan, ela pegou a cabeça e saiu da sala, andando em direção ao seu destino.

- Na sala.

TB: Eu não sei se você consegue se dá bem com esses computadores. Não são tão bons quanto o nosso. – Falou sem delongas, como sempre.

AM: Eu ficarei bem. – Respondeu, ligando os aparelhos.

TB: Eu não perguntei isso. – Respondeu.

Angela apenas sorriu a conhecia melhor que ninguém. O que muitos achariam grosseiro, Angie se divertia. Afinal, Brennan era a sua melhor amiga.

AM: Então, Departamento de Las Vegas, hein! – Virou-se para Brennan. – Ou eu deveria dizer Academia? – Falou, com o sorriso que não saia do rosto.

TB: Não sei o que isso quer dizer? – Olhou para Angie rapidamente, logo se virando para o monitor.

AM: Quero dizer que há muitos homens bonitos por aqui. – Usava o teclado. – Gil, Nick, Greg... – Deu uma pausa. – Warrick. – Suspirou.

Brennan a olhou, sorrindo.

TB: Espero que o doutor Hodgins esteja de acordo com isso.

AM: Não há mais nada entre mim e Hodgins. Ele é meu passado.

TB: Na verdade não, vocês trabalham juntos, então ele é o seu presente e um futuro próximo. – Respondeu rapidamente. Fazia parte de sua personalidade usar de sua inteligência e de frases completas nessas situações.

Angela sorrira novamente. Ela não queria argumentar, era o jeito de Brennan, o jeito que ela gostava. O diferente, que não é visto nas demais mulheres americanas.

AM: Catherine, hein. – Puxou mais assunto.

Brennan olhou para ela, rapidamente.

TB: É, ela é bonita também.

AM: E isso não te preocupa? – Perguntou, o mais rápido que pode. Parecia guardar isso desde o primeiro momento que a viu.

TB: O que você quer dizer?

AM: Como você mesma disse, ela é bonita. E parece está bem próxima do Booth.

Bones virou-se para Angie, parecia está mais atenta do que de costume. Lançava um olhar para ela, um pouco curioso, queria saber mais do que ela tinha a dizer. Relacionamentos, atrações, eram mesmo com a Angela.

Porém não extraiu muita coisa. Angela deu uma pausa, estava organizando os dados do computador para então, começar a identificação daquele crânio.

Ficaram caladas, Angie havia começado o seu trabalho.

TB: Eu não me incomodo com isso. – Sentiu necessidade em falar. – Booth é um homem solteiro e muito atraente. Catherine o mesmo. Não tem nada a esconder, nada a temer. Aliás, eles têm muito em comum. Ambos são pais. Sentem uma coisa que talvez eu nunca sinta. – Falou, sem expressar emoções.

Angie a olhou, sem dizer nada. Talvez se arrependera de ter dito algo sobre isso antes.

AM: São muitos dados para processar por esse computador. Eu vou demorar um tempo para conseguir identificar a sua vítima.

TB: Tudo bem, temos tempo. Não vamos a lugar algum até fechar esse caso.

Acabara-se o turno de hoje.  Angie havia passado o dia tentando construir o rosto da vitima. Bones a ajudava como podia, olhando os ossos para vê se tinha alguma referência específica. Gil evitava cada vez mais Catherine, que ria superficialmente com isso, mas no fundo, no fundo sofria em ver o seu amigo de tanto tempo a tratando como uma estranha. Os outros não entendiam o motivo e perguntavam toda hora e ela por sua vez, tinha que inventar uma grande desculpa. Uma para Warrick, outra para o Nick, outra para o Greg e assim por diante.