Hopeless II escrita por Letícia M


Capítulo 33
Chapter 33 - Mom.


Notas iniciais do capítulo

Vou tentar postar mais um hoje, mas nada garante que eu vá postar, tudo bem?



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Jessica POV

-Mamãe... Acorda, por favor... Mamãe... Por favor, acorda! - Sarah me batia, com seu polvo de pelúcia roxo, com lágrimas nos olhos, tentando me acordar a qualquer custo. Abro os olhos e vejo que ela relaxa, e se senta novamente na cama, apontando para minhas pernas. Droga, eu estava sangrando. 

-Esta tudo bem, Sarah. Agora, vai lá para o quarto do Mateus, tudo bem? 

-Mas ele esta dormindo, mamãe...

-Você acorda ele. Agora vai, por favor Sarah. 

Ela se levantou da cama, e saiu arrastando seu polvo de pelúcia pelo chão. Olhei para o relógio do celular, que marcavam 2h40. Me levantei da cama, tentando me sentar nela. Uma dor insuportável apareceu em minha barriga. Me joguei para o lado, afim de deitar novamente na cama, mas a dor aumentou e meu corpo foi jogado para o chão. Me lamentei por ter mandado a Sarah ir para o quarto do Mateus. 

Ignorei a dor, e me pus de pé, ao lado da cama. Rodei meus olhos pelo quarto, procurando meu celular, vendo-o em cima da cama. Me inclinei para pega-lo, e mais uma pontada me atingiu, fazendo-me cair no chão novamente. Estendi meu braço, e peguei o celular. Disquei o primeiro número que veio a minha mente, ouvindo os primeiros toques.

-Jessica?!

-Me ajuda... - meus olhos se fecharam, e senti o celular cair de minha mão.

***

Ouvia barulhos do lado de fora, pessoas conversando, alguma criança insuportável chorando, mas me recusava a abrir os olhos. Estava cansada demais acordar. Me virei na cama, batendo minha cabeça em uma barra de ferro. Abri os olhos e vi que já era de manhã, e eu estava em algum lugar que não era meu quarto. 

-Você acordou! - me virei e a vi parada perto da cama de hospital, me olhando.

-O que está fazendo aqui?

-Você me ligou de madrugada, oras. E logo em seguida você desmaiou, então...

-Eu não lembro de ter te ligado... Me lembro de passar mal e mandar a Sarah para o quarto do Mateus, e...

-E você me ligou, e desmaiou. Então eu liguei para o Mateus que te achou jogada no chão do seu quarto, e te trouxe para o hospital. 

-O que aconteceu comigo, Silvia?

-Oh, querida... - ela sorriu de lado e lágrimas apareceram em seus olhos. Ela passou as mãos em meus cabelos, e por um momento me deu vontade de chorar. Afastei sua mão de meus cabelos, e a encarei novamente.

-O que aconteceu, Silvia? Porque eu desmaiei, e porque eu ainda estou aqui?!

-Você pode ter me dado uma surra, e pode achar que eu droguei minha filha... Mas eu estou tão feliz por você, Je! Eu te amo tanto, filha. Tanto! 

-Pare de falar como se eu ainda fosse sua filha. Pare de falar como se você não tivesse traído meu pai, Silvia. Você sabe no que isso deu? Eu transei com meu irmão, Silvia! E eu só fui descobrir que ele era meu irmão depois. Tudo isso porque você não conseguia ver um cara bonito sem abrir as pernas para ele! 

-Espere... Você transou com o Lucas?

-Transei! E só depois, de manhã, eu fui ver a mesma marca de nascença na cintura dele. Eu tenho a mesma marca, no mesmo lugar! O pai dele também tem... Ou seja, você transou com o pai do Lucas, e ele te engravidou. Estou certa?

-Isso... Isso é muita coisa para mim entender. - ela sai do quarto, me deixando sozinha. 

O Lucas ser meu irmão foi um choque e tanto para mim. Quando a Pamela perguntou se nós havíamos transado, eu falei não. Como eu explicaria depois? Eu transei com meu irmão, mas eu não sabia que ele era meu irmão, eu juro. 

Olhei para a porta e vi o Mateus entrando. Ele estava com uma cara de cansado, mas os olhos deles sorriam sem parar. Sorri para ele, que andou até a cama e se sentou. 

-Então... - ele segura em minha mão, apertando-a. 

-O que aconteceu? Digo, porque eu passei mal?

-Je... É... Hm... Não sei como te falar isso.

-Falar o que? Fala logo, não enrola.

-Lembra daquele dia, em que nós transamos?

-Pelo amor de Deus, Mateus. Isso já faz o que? Um mês?

-Sim, eu sei... Mas nós... Je, nós esquecemos da camisinha! 

O sorriso em meu rosto desapareceu. Meu corpo estremeceu com aquela ideia. Não, não podia ser. Não agora, por favor. Por favor...

-Eu estou grávida? Não, Mat. Eu não posso estar grávida. Eu estava sangrando, e uma dor insuportável. Ou eu estava quase parindo, ou estava perdendo o bebê. De qualquer jeito, isso não é possível. 

-Je, você quase sofreu um aborto. Mais um pouco você tinha perdido o bebê...

-Não viaja, Mateus! Eu não estou grávida, tudo bem?

-Je, você está grávida!

Me joguei para trás, fechando os olhos. Não era possível. Agora eu me toquei. Como eu pude ser tão idiota e tão descuidada? Droga, droga, droga! Um nó se formou em minha garganta, e eu não pude e nem quis conter as lágrimas. Elas saiam sem esforço e eu tremia.

-Ei, ei, Je! Calma, por favor, calma... Eu vou assumir o filho, tudo bem? Calma... - ele me deu um beijo na testa, e me abraçou. Ele pensava que o filho era dele. É claro que ele pensava. Para ele, eu só transei com ele a minha vida inteira. Droga. Como eu iria falar isso para ele?

-Mat... Por favor, não me odeia... Mas eu estava machucada, e... Você não foi o único que eu transei nesse mês. - ele abriu a boca para falar algo, mas ele a fechou. Toda a felicidade em seu rosto havia desaparecido. 

-E você não se protegeu? Droga, Jessica! 

-Não, eu fui irresponsável, eu sei. Me perdoa! - ele levantou da cama e andou em direção a porta, indicando que iria sair do quarto. Antes que ele saísse, ele se virou para mim.

-Com quem mais você transou?

-O Guilherme e o Lucas. - solucei mais alto, vendo-o sair do quarto com raiva de mim.

Parabéns, Jessica. Você consegue ser mais estupida? Claro que consegue!


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Notas finais do capítulo

Então, minhas aulas voltaram, eu chego em casa 20hrs cansadaça, só penso em chuveiro e cama. Tudo bem, eu entro um pouco no twitter, facebook, até aqui no nyah!, mas não tenho cabeça para escrever. Mas se vocês deixarem várias reviews lindas quem sabe eu ignore meu cansaço e poste mais rápido para vocês? HEHE



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