Hopeless II escrita por Letícia M


Capítulo 2
Chapter 2 - Love u, dad.


Notas iniciais do capítulo

Bom dia gatassssss, vão ler, bj ♥



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Jessica POV

Como é de se esperar de todo fim de semana, o Mateus e o Guilherme dormiram lá em casa. Dessa vez a Pamela ficou com a gente. E como eles são namorados, é obvio que eles ficaram em um quarto separado de nós. Resumindo: era somente eu e o Mateus sozinhos em um quarto... Mas claro, minha mãe não estava em casa, tinha ido para a baladinha semanal dela, então... A Sarah ficava comigo, no meu quarto.

– Hoje temos o quarto só para nós... - ouço o Mateus falando baixinho, acho que ele não queria que eu ouvisse, mas eu ouvi.

– Tirando o fato da Sarah ficar aqui com a gente, é... Temos o quarto só para nós. - ele ri baixo.

– Mas ela já dormiu Je.

– Eu sei.

– Então.... - ele se aproxima e me beija.

O beijo estáva como calmo, mas com desejo. Como nenhum de nós é santo, tu já pode imaginar o estado de cada um. Nós imploravamos um pelo corpo do outro. Ele me puxou para mais perto dele, e eu sentei no colo dele. Já tinha sinal de vida ali em baixo, porque sou foda e gostosa.

Sinto ele colocando a mão por baixo da minha blusa, e puxando a manga para tira-la. Eu não hesitei, e ajudei ele a tirar. Quando estavamos prontos para tirar a calça, quem acorda? Isso mesmo, Sarah...

– Mamãe.... - ela fala chorando. É, a Sarah me chamava de mamãe, porque eu era a unica mãe presente na vida dela. Se eu falar que ela via a minha mãe pelo menos cinco dias no mês, eu vou estar exagerando.

– Oi anjinha... - a pego no colo e levo para a cama.

– Porque você ta sem blusa mãe? - ela pergunta, olhando para mim e para o Mateus. Ele começa a rir desesperado, e eu não consigo conter o riso, e começo a rir também. A Sarah começou a rir também, resumindo: três idiotas no quarto rindo até chorar.

– 10 minutos depois... -

– O que vocês querem fazer? Que tal assistir filme? - eu falo.

– Se não tiver a cuca má, eu assisto - a Sarah diz, e nós rimos.

– Não, não vai ter a cuca má bebê. Vamos lá em baixo acabar com a festa dos meninos Mat?

– Só se for agora - ele ri, e saimos do quarto. Passo a Sarah para o colo do Mateus, eu não conseguia descer as escadas com ela no colo.

– Seja lá o que vocês estiverem fazendo, parem e vistam a roupa. Estamos descendo - eu grito da escada e se não me engano ouço um leve gemido lá em baixo, e começo a rir. - eu to falando sério, parem de se comer no meu sofá.

– Jessica filha da puta - a Pamela grita lá de baixo - espera ai, quando eu falar que tu pode descer tu desce.

Ótimo, além de estar na minha casa, estão pedindo tempo para se comerem? Mereço isso, claro que mereço.

– Já que eles se comem lá em baixo, nós vamos nos comer aqui em cima - o Mateus me beijar e me encurrala na parede. Obs: com a Sarah no colo.

– Arghhhh! Parem já com isso! - a Sarah grita e começa a me bater, e eu solto uma gargalhada e desço as escadas, sem esperar a Pamela dar o sinal.

Quando cheguei lá em baixo, a Pamela estava vestindo o shorts, e o Guilherme... Bom, ele estava só de cueca box ainda. Ô lá em casa viu... Ta, esquece Jessica. Foco.

– Mandei vocês esperarem lá em cima porra - a Pamela reclama vestindo a blusa.

– Se eu esperasse mais um minuto ali em cima... Sei lá, não ia prestar. - Guilherme me olha com um sorriso malicioso.

– Ta, vamos assistir um filme. Qual vocês querem assistir? Temos Valente, o desenho que eu comprei para a Sarah e Prometheus, eu não sei si ele é legal ou não. Mas sei lá...

– Valente, Valente! - a Sarah começa a gritar.

– Tudo bem, vamos assistir Valente.

A Sarah sentou em uma poltrona sozinha, eu e o Mateus em um sofá, o Guilherme e a Pamela em outro. Em menos de 1 hora, todos estavamos dormindo. Inclusive Sarah.

03h48 p.m

LIGAÇÃO ON

Alô? - eu falo com um voz de sono.

– Oi, desculpa ligar a essa hora, mas você é a filha do senhor Paulo F.?

– Sim, sou eu. - sento no sofá, ficando séria já. - Ele está bem? De onde fala?

– Aqui é do hospital... Sinto muito em informar, mas teu pai faleceu hoje aqui, durante o tratamento. - fico paralisada, não sei se xingo a mulher por estar passando trote a essa hora da madrugada, ou se começo a chorar.

– Tratamento? Que tratamento?

– Oh.... - ela fica calada por alguns segundos - você é a Jessica, certo?

– Sim, sou eu.

– É, teu pai me falou sobre você... Ele tinha certeza que ia se curar, mas não se curou. Ele não queria te deixar preocupada, então não lhe contou que ele tinha aids.

– Não, meu pai nunca esconderia isso de mim. - uma lagrima cai sobre meu rosto.

– Mas escondeu, eu... Eu sinto muito. De verdade, teu pai era um ótimo homem.

LIGAÇÃO OFF

Como assim, meu pai tinha aids, e não me contou nada? Escondeu isso de mim, e de todo mundo? Ta, eu sei que eu e meu pai não eramos os mais proximos do mundo, não conviviamos tanto assim igual os outros filhos com os pais. Mas, esconder uma doença de mim? Desculpa, mas isso pra mim, não é amor.

– Ei... Mat - falo, cutucando ele.

– Só mais cinco minutinhos mãe....

– Mãe é o cacete, porra. - ai ele acorda, e vê que eu estou chorando.

– Ei, que foi? - ele me abraça.

– Meu pai... - ele olha para mim e fica sério. - Que foi? Eu ainda não te contei.

– Fala então... - ele fala sem olhar para mim.

– Ele faleceu, sei lá, acho que ele tinha aids, e não me contou. Isso é amor Mateus? Não, não é amor.

Ele permaneceu calado, olhando fixamente para o chão.

– Ei, eu to aqui ainda. Fala comigo?

– Oi, desculpa, é que....

– Você sabia, não é?

– É.... Na verdade, todos aqui já sabiamos. Lembra, quando você foi atropelada e ficavamos falando sobre algo que ninguém queria te contar? Então, era isso... Me perdoa, eu só... Não queria te ver sofrendo.

– Então vocês todos esconderam uma doença grave de mim, só para me poupar? Acho que meu pai não era o unico que não se importava comigo.

Levantei, peguei a Sarah no colo e desci para a garagem. Entrei no carro da minha mãe, peguei as chaves reservas e dei partida. Quando olhei pelo retrovisor, o Guilherme estava correndo atrás do carro. Inutil, eu estava a quase 100 por hora.

Depois de duas quadras, foi que eu me dei conta: para onde eu estava indo? Eu só não queria voltar para casa... Pensei em ir para a casa da Pamela, passar uma noite lá com a mãe dela, mas era muito longe, do outro lado da cidade. E eu não tinha tanta gasolina assim.

Olhei para os lados e avistei a casa do meu pai no fim da rua. Bem, já que ele estava morto, não iria se importar se eu passase uma noite lá, certo?

– Onde estamos indo mamãe? - a Sarah pergunta do banco de trás.

– Para a casa do titio, lembra? O titio Paulo? Então, estamos quase chegando. - chegamos - fica me esperando aqui, enquanto eu abro a porta ta? Fica ai!

Desci do carro e tentava me lembrar aonde meu pai guardava a chave reserva. Olhei de baixo do tapete, e nada. Olhei nos vasos de plantas do jardim, e nada. Olhei debaixo de umas pedras, e a chave estava lá, grudada no chão com durex. Abri a porta e acendi a luz. Voltei ao carro para pegar a Sarah.

Entramos e ficamos na sala mesmo. Estava muito empoeirado, então bem, acho que fazia um tempo que meu pai não ia ali. Nossa, ficou quanto tempo no hospital hein papai?

Fiz um leite para ela, e logo ela dormiu. Quando ela dormiu, eu desabei... Era dor misturada com raiva, raiva de todo mundo. Chorei tanto que acabei caindo no sono ali mesmo.

Quando acordei no dia seguinte, com os raios de sol batendo no meu rosto, senti que alguém me abraçava por trás... Pai...

– Bom dia pai... - eu sussuro.

– Bom dia princesa...

– Porque não me contou sobre a aids?

– Porque... Eu não queria te machucar bebê. Eu sabia que isso ia te machucar, muito.

– Machucou mais agora.. Eu não pude nem ao menos te dar o ultimo abraço - uma lágrima cai sobre meu rosto.

– Eu estou aqui, não estou? Vem, me abraça...

Eu o abracei, forte, muito forte. Não queria solta-lo nunca mais.

– Eu te amo pequena... - ele sussura no meu ouvido.

– Eu também te amo, grandão. - eu falo chorando.

Abro os olhos e vejo que ainda são 4h23 da manhã. Legal, eu tinha sonhado com isso. Mas, aquilo para mim era tão real... Parecia mesmo que eu tinha o abraçado. Olho para onde ele estava e sussuro "Eu também te amo, grandão".


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Notas finais do capítulo

bem, sei lá, acho que vcs n vão gostar mt desse cap, eu mesma n gostei ): sei lá. Talvez tenha mais um cap hoje, TALVEZZZZ. Mandem reviews suas gatas, beijos ♥♥



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