Hopeless II escrita por Letícia M


Capítulo 14
Chapter 14 - Childhood friendship, >never< dies!


Notas iniciais do capítulo

eu particularmente amei esse capítulo cara, sério ♥



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Mateus POV

Já tinha se passado uma semana depois do meu beijo com a Lisa, e eu ainda não me conformava que eu tinha imagnado a Jessica ali no lugar dela. Alias, a Jessica tinha voltado a falar comigo normal. O que por um lado, era uma tortura. Ela acordava e ia direto no meu quarto, tipo, de pijama. Parece até que ela fazia isso para me provocar, cara. Que menina dos deuses era aquela! Depois que eu agarrar aquela menina e ela considerar como estupro, a culpa não vai ser minha. Mas estupro é só quando o violentador é de maior de idade e a vitíma não né? Bem, se for assim não vai ser considerado estupro. Mas e se for contra a vontade dela? Ah, dane-se. Não preciso saber disso para continuar com a minha vida. Fui retirado dos meus pensamentos quando ouço a campainha tocar.

— Jessica, vai atender a porta! - eu grito lá de baixo. Sim, eu estava na sala e ela lá em cima, mas estava com preguiça de levantar e ir abrir.

— Vai tomar no cu garoto, você ta ai em baixo, e eu estou tomando banho. Levanta essa bunda da cadeira e vá fazer algo que preste, porra. - nossa, nem me chamou de imprestável na cara dura.

Me levanto e olho pelo olho mágico. Não era ninguém que eu conhecia, era um menino moreno de olhos castanhos bem escuros, quase pretos. Não que eu seja gay, mas o menino era lindo.

— Pronto. - falo abrindo a porta e apoiando um braço meu na mesa do lado da porta.

— Oi, a Jessica esta? - ele estava aqui procurando a Jessica então? Não é mais lindo, cabo o encanto gay.

— Como é seu nome? 

— Lucas. Ela esta ou não? - ele fala olhando para dentro da casa.

— Só um minutinho que eu vou ver. - falo subindo para o quarto da Jessica deixando ele sozinho lá na porta.

No momento me ocorreu da fechar a porta na cara dele e falar que ela não estava. Mas se eu fizesse isso a Jessica iria ficar muito puta comigo. Enfim...

— Jessica? Posso entrar? - falo batendo na porta do quarto dela.

— Entra.

Abri a porta e me deparei com uma visão bem fora do comum para a minha situação com ela. É, isso ai. Bem isso que você esta pensando. 

— É.... - falo tentando me lembrar sobre o que eu tinha ido falar com ela - tem um menino lá em baixo querendo falar contigo. - falo abrindo o guarda-roupa dela para tentar me destrair daquela cena.

— Como é o nome dele?

— Lucas.

— Moreno, gostoso, olhos castanhos, sorriso perfeito? - ela fala soltando um sorrisinho de lado.

— Moreno. - falo com um pouco de raiva, fechando o guarda-roupa. 

— Fala que eu já to descendo. - ela fala me empurrando para fora do quarto dela.

Ok, vamos fazer uma votação. Quem acha que a Jessica estava tentando me deixar louco/com ciumes dela levanta a mão, e quem acha ao contrário, levante o nariz.

— Ela ta descendo - eu falo fazendo um sinal para ele entrar - senta aí. Vou pegar algo pra comer, quer alguma coisa?

— Não, obrigado. - ele fala sentando na poltrona, na MINHA POLTRONA! 

Saio da sala e vou para a cozinha. Pego o primeiro salgadinho que vi na minha frente e fui para a sala. Sentei no sofá perto dele.

— Então... - falo tentando puxar assunto - como vocês se conheceram?

— Digamos que foi minha culpa ela ter pedido as contas. Eu derrubei café na blusa dela, sem querer. E depois emprestei minha jaqueta para ela, mas ela não quis e veio para casa só de sutiã. Ai o minimo que eu podia fazer era rachar a corrida de táxi com ela. E foi assim que eu descobri aonde ela mora, porque ela não quis passar o numero dela para mim. - COMO ASSIM ELE JÁ TINHA VISTO A JESSICA DE SUTIÃ NO PRIMEIRO DIA QUE ELES SE >VIRAM< E EU DEMOREI MAIS DE UM ANO PARA VER? Ta, Mateus se controla. 

Jessica POV

Depois que o Mateus já tinha saido do meu quarto falando que o Lucas estava lá em baixo, eu abri meu guarda-roupa e procurei uma roupa legal, para receber alguém que você conheceu no outro dia e passou menos de meia hora com ele. Opa..

Peguei uma roupa para sair, alias, não colaria muito ficar em casa com o Lucas E com o Mateus, né? Coloquei uma roupa nova que eu tinha comprado um tempinho atrás, e ainda não tinha usado. - se vocês não entenderam o porque da foto da Demi ali, significa o penteado da Demi, ta? salkdjaskj - e desci.

— Quem é vivo sempre aparece, né senhor Lucas? - falo aparecendo na sala.

— Contando que você não me deu o seu telefone, e eu tive que vir até aqui só para te ver... Você tem que me agradecer Jessica.

— Ah ta, vai achando. Lucas, não sei se ele já se apresentou, mas esse aqui é o Mateus, meu... Amigo. - o Mateus olha para mim com cara de deboche e dá um sorrisinho. - então, vamos sair? Não quero ficar em casa hoje.

— Com uma condição.

— Qual seria essa condição?

— Te conto no caminho, vamos? 

— Vamos. Tchau Mat. - ele faz um sinal com a mão sem desviar o olhar da televisão. Ele esta com ciumes, awn!

Saimos de casa e eu parei na calçada pronta para chamar um táxi. 

— Então, que condição é essa? - eu falo revirando a minha bolsa.

— Eu to totalmente sem dinheiro. Eu até te levaria para sair, mas to quebrado. Vamos lá para casa, eu sei fazer pizza e depois podemos assistir um filme, ou sei lá.

— Impressão minha ou você esta querendo meu corpinho nu? 

— Vá te danar Jessica. Se você quer perder a minha deliciosa pizza, o problema é seu. Mas só avisando que não adianta me pedir depois, eu nunca mais vou fazer minha pizza deliciosa para você. - ele fala fazendo uma cara de convencido.

— Ah é? Então ta, vamos ver se a sua pizza é melhor do que a minha. - falei parando um táxi e entrando nele.

 Aonde você vai, louca? - ele fala segurando a porta do táxi.

— Para a sua casa, louco.

— Minha casa não é tão longe Jessica, vem, vamos a pé.

Sai do táxi e pedi desculpas para o motorista. Fechei a porta e me virei para o Lucas, e não pude deixar de notar que o Mateus estava na janela olhando para nós. Ele estava meio que enrolado nas cortinas, tentando não ser visto, mas eu vi porque eu sou a mulher bionica. PRONTO FALEI TO LEVE UHU.

— Então, para que lado é a sua casa? - ele aponta para a frente e me puxa para atravessar a rua com ele. 

Chegamos do outro lado da rua e eu continuei andando, mas ele me puxou pela mão mandando eu parar.

— Já é a segunda vez que você tenta fugir de mim hoje, sabia Jessica?

— Eu to indo para a tua casa caralho! Alias, aonde é a tua casa?

— Aqui. - ele fala abrindo o portão automático da casa que ficava NA FRENTE DA MINHA!!

— Pe-pe-pe-pe-pera! - falei segurando a mão dele - você mora na frente da minha casa?

— Eu fico ofendido que você não lembra de mim, Je baleia.

— Ai meu Deus! Não, você é o Lucas gal... 

— Galho de árvore seco. Sim, sou eu. 

— Eu não acredito, seu filho da puta! - falei abraçando ele - quanto tempo cara?

— Onze anos, se eu não me engano.

— Meu Deus, você esta tão... - pensei em falar gostoso, mas eu ia parecer uma garota tarada por meninos que ela conheceu na sua infância - diferente.

— Eu sei que to gostoso Jessica, eu sei  - ele fala passando a mão na barriga, e levantando um pouco a camisa, ai ai... - e você também esta diferente. Mas mesmo assim eu te reconheci. Tipo, você ficou loira! Coisa que você falou que NUNCA faria cara, tipo, como assim?

— Muitas coisas mudam em onze anos, ta? Agora vamos entrar vai, tu tem muito para me contar. - falei puxando a mão dele para dentro da casa.

Como assim eu não reconheci o meu primeiro namoradinho de infancia cara? Que crime! Antes dos meus pais se separarem eu morava nessa casa com eles. O Lucas era meu melhor amigo, e eu tinha uma quedinha por ele. Mas você quer o que cara? Eu só tinha sete anos! Uma criança de sete anos ter um melhor amigo lindo, e querer crescer logo só para namorar logo, e se "apaixonar" pelo seu melhor amigo. 

Aqui estou eu confessando as coisas, bem, então vamos lá, vamos confessar mais uma: foi com o Lucas que eu dei o meu primeiro beijo. E a gente beijava tão mal, mas tão mal, que eu tinha pegado nojo de beijo na época. Nossa cara, que saudades que bateu dessa época agora. 

— Você e seu pai não mudaram a decoração da casa, até agora? Nossa, parabéns. - eu falo entrando na sala.

— É, meu pai diz que essa decoração lembra a minha mãe, porque foi ela que decorou a casa e... - ele fica quieto.

— Ei... - eu pego a mão dele.

— Você lembra?

— Eu lembro de cada detalhe da nossa infancia. Mas, eai, tu tem noticias dela ou sei lá?

— Não, ela desapareceu por completo uns dois anos atrás. Mudou de endereço, mudou de telefone, acho que até de país ela mudou. Mas cara, nossa, que odio que eu tenho da minha mãe cara! Ela me abandonou com seis meses de vida, sabe o que é isso? SEIS MESES DE VIDA! Depois de quase seis anos vem arrependida querendo ter uma relação boa com seu "filho". Dou graças a Deus que ela tenha saído de vez da minha vida. 

— As vezes, eu também dou graças a Deus que a minha saiu também. 

— O que aconteceu entre vocês?

— Bem, aconteceu tanta coisa na minha vida nesses onze anos, que eu ficaria o dia todo aqui falando. 

— Vai, eu tenho tempo.

— Começando pelo começo: eu arrumei um namoradinho uns anos atrás, e ele me batia, ele usava drogas e bla bla, ai eu terminei com ele e etc. Depois eu conheci a Pamela e o Guilherme e a gente se tornou melhores amigos. Ai eu me apaixonei pelo Guilherme, e ele se apaixonou pela Pamela e a Pamela por ele. Eles começaram a namorar e na primeira briga que eles tiveram, o Guilherme veio se consolar comigo. A gente ficou, e depois disso o Guilherme dizia amar eu a Pamela. Ai nós ficamos nisso, de ficar enquanto ele namorava com a minha melhor amiga. Sim, eu me arrependo muito disso, mas fazer o que porra, eu amava ele. Ai... Aquele meu namorado que batia em mim, voltou, mudou, e a gente voltou a namorar. Ai eu sofri um acidente, fiquei internada, sai do hospital, e a Pamela descobriu sobre mim e o Guilherme. Ficou um tempo sem falar com a gente, mas depois perdoou. Ai eu terminei com o Mateus. Mas ficamos em uma amizade colorida. Ai minha mãe engravidou, sumiu no mundo, aparecia de casa de vez e nunca. Eu criei a Sarah praticamente sozinha. Eu amamentei ela, só para você ter noção. Ai se passaram três anos, meu pai morreu de aids, eu briguei com o Mateus, ele ta saindo com uma vadia qualquer agora. Eu beijei o Guilherme, de novo... E sim, ele ainda esta namorando com a Pamela. É, sou uma otaria. Descobri que minha mãe é prostituta, e que a Sarah foi fruto de um programa nojento dela. Fui despedida do meu emprego, e agora chegamos a esse ponto aqui.

— Que ponto? - ele pergunta olhando diretamente nos meus olhos.

— Eu reencontrando meu melhor amigo de infancia. Lucas galho de árvore seco.

— Vai, ow, Je baleia. - ele me abraça bem forte, e puta merda, não sabia que eu tava com tanta saudade assim do Lu. 

— Senti sua falta... - eu falo segurando o choro.

— Eu senti mais, pode acreditar... - ele fala me abraçando mais forte ainda.


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Notas finais do capítulo

amaram? acharam fofo? ai cara, eu achei mega fofo u-u sério, awn ♥ enfim, reviews? recomendações para a fic? haha ♥