Clube Dragon - Livro 1 escrita por Jpprojetos


Capítulo 4
Capítulo 4 - Novas Amizades


Notas iniciais do capítulo

Quem puder, por favor, corrija os erros ortográficos de acordo com a nova ortografia, porque mas é nunca que conseguirei decorar as regras!



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     Aquela voz assustou Koltar.

- Quem é você? - voltou a perguntar a voz.

- Eu é que pergunto: quem é você? - retrucou Koltar.

- Perguntei primeiro - disse a delicada voz, com um sorrisinho.

- Certo, meu nome é Koltar, tenho 13 anos e não sou daqui.

- Como não é daqui? Daqui onde, de Calt? Nós também não...

- Estamos em Calt? Ei, nós quem? - assustou-se Koltar.

- Não somos somente nós dois aqui na cela - então, deu um passo à frente, no limite possível, pois também estava acorrentada, , e, pela lus de uma Thora flamejante, Koltar pôde ver que conversava com uma magnífica garota, de cabelos negros, face delicada e corpo perfeito. Vestia trapos. - Meu nome é Wynna.

- Prazer em conhecê-la, Wynna. A propósito: o que houve? - indagou Koltar, muito confuso.

- Koltar, de onde veio? - perguntou Wynna.

- Talvez não conheça esse lugar, mas eu vim da Terra, um planeta bem diferente daqui de Thora.

- Agora eu que fiquei confusa. Terra? Já ouvi falar, mas...

- Desculpe-me interrompê-la, mas, realmente, o que houve? - perguntou Koltar, novamente, curioso.

- Está havendo uma guerra aqui em Thora: Ragnar está  na tentativa de dominar Thora e obter os poderes de Hanno. Ah, é mesmo, você não deve estar entendendo nada do que estou dizendo...

- Estou sim. Lá na Terra, encontrei um livro antigo, intitulado de "Thora"...

     Uma outra voz vinda de trás de Wynna sussurou à garota:

- Não conte nada à ele, deixe as coisas acontecerem normalmente, não podemos alterar o rumo da história - de modo que Koltar não pôde ouvir nada.

- Quem é esse aí, Wynna? - perguntou Koltar, percebendo que Wynna e a outra voz também estavam acorrentados.

- Koltar, esse aqui é Monn, meu pai. Pai, este aqui é Koltar.

- Prazer, Koltar. Uma pequena pergunta: que roupa são essas? - disse Monn.

- Ah, eu não sou daqui de Thora, sou da Terra, um planeta que não faço ideia a que distância está esse planeta - disse Koltar.

- Seja bem vindo, Koltar. Eu, Wynna e você não somos os únicos por aqui. Nós estamos aqui pois fomos capturados e feitos prisioneiros  após uma rebelião em nosso vilarejo contra a opressão de Ragnar e as trevas, e agora não sabemos o que fazer para escapar - disse Monn, mostrando os outros prisioneiros, com expressões melancólicas em suas faces.

- E o que acontecerá? - perguntou Koltar.

- Ninguém sabe, Koltar, ninguém sabe... - disse Monn.

     O tempo custava a passar, mas logo anoiteceu. A porta do calabouço se abriu, revelendo uma face maléfica. Era Ragnar, acompanhado de outros dois soldados segurando tochas flamejantes. Vestia uma roupa negra, semelhante a uma armadura. Uma sinistra nuvem acinzentada acompanhava seu corpo sombrio. Seus cabelos eram ruivos da cor do sangue, seu olhos eram como chama viva ardendo intensamente, seus lábios e sua face possuíam diversas cicatrizes. Ao lado esquerdo de seu pescoço, outra longa e funda cicatriz. Era uma figura horrenda. Com um simples gesto, a nuvem negra penetrou na enferrujada porta de ferro da cela onde estava Koltar, e ela abriu-se, e a nuvem retornou para próximo de Ragnar. Koltar gelou.

- Bom, bom, bom. Você já deve me conhecer, certamente, sou Ragnar. E você é...?

- ... - Koltar não respondeu, apenas olhou profundamente nos medonhos olhos de Ragnar.

- Ah, não vai me responder? Tudo bem... Guardas, retirem metade do pão que ele recebe por refeição - disse Ragnar, rindo.

- O que quer de mim? - gritou Koltar, furioso.

- O que quero de você? O que quero de você? Você é meu prisioneiro agora, e não ouse dirigir-me a palavra dessa maneira! - disse Ragnar, muito enfurecido.

- Quem você acha que é para me dar ordens? - atacou Koltar.

     Ragnar, cheio de ódio, levantou sua mão direita, proferiu algumas palavras numa linguagem desconhecida e, então, a nuvem negra que o circundava rastejou pelo chão até chegar à Koltar, e concentrou-se em seu pé, que ficou negro. Ragnar sorriu misteriosamente.

- O que é isso? - assustou-se Koltar.

- Não mais do que uma pequena lembrança. Considere como um presente - disse Ragnar, fazedo a nuvem voltar para si e, rindo, retirou-se do calabouço, acompanhado dos dois soldados. O silêncio voltou a reinar.

- Você está bem, Koltar? - disse Wynna, quando, por uma pequena janela com grades na parede, os raios do luar atingiram  a face de Wynna. Koltar sentiu algo inexplicável. - Koltar? Você está bem? - Wynna voltou a perguntar.

- E-eu... a-acho que eu estou be-bem... - gaguejou Koltar, maravilhado com a agora explícita beleza de Wynna.

- E o que houve em seu pé? - suspreendeu-se a garota.

- Ele foi enfeitiçado pela poderosa magia negra de Ragnar - disse Monn.

- E como farei para curar-me? E o que isso fará comigo? - disse Koltar.

- A magia negra das trevas é poderosa e bastante imprevisível, mas suspeito de algo terrível: é como Ragnar, quando ele foi possuído pelas trevas, sabe? - disse Monn.

- Oh-oh... Não quero ser possuído pelas trevas. Ah, não... - lamentou Koltar. De repente, num movimento brusco, olhou para seu pulso e animou-se. - Gente, preciso despedir-me imediatamente de vocês - disse Koltar, lembrando-se de seu relógio.

- E... como você pretende... - e, abaixando o volume da voz - ... fugir daqui? - sussurrou Wynna.

- É uma longa história, não dá para contar, o tempo é muito curto. Tenho apenas alguns segundos para ir, mas eu voltarei e libertarei vocês. Adeus! - e, como magia, Koltar fechou os olhos e desapareceu dali.

- Era ele, pai? - perguntou Wynna.

- Sim, era ele - disse Monn, calmamente.

     Koltar apareceu em uma floresta. Confuso por alguns instantes, viu que já anoitecera, e o poder do relógio havia terminado. Sua cabeça doía, e seu pé e sua canela estavam negros, iluminados pelo luar. Começou a correr, com medo de ser pego novamente em uma emboscada, quando ouviu algumas vozes, vindas de perto, e Koltar, velozmente, os viu: eram cinco soldados de Ragnar de tocaia, e, vendo Koltar, começaram a correr atrás dele.

- Parado aí! - disse um dos soldados.

     A floresta estava escura, e apenas alguns raios de luz que provinham da lua passavam pelas densas copas das árvores. Koltar, de repente, lembrou-se:

- Epa, aqui em Thora tem lua? E é muito parecida com a da Terra!

     Sem perceber, o jovem acabou entrando em uma caverna oculta na escuridão. Os soldados acabaram por passar em frente à caverna sem notarem a entrada. Quando percebeu, Koltar, em meio à escuridão, tateou para descobrir uma saída. Então, notou uma fechadura de uma porta de madeira. Estava enferujada, mas abriu-se levemente com um pequeno empurrão.

     Por trás da porta, surgiu uma luz ofuscante, que, se Koltar não tivesse protegido seus olhos, estaria cego. Mas a luz foi diminuindo, até ser apenas uma fraca luz. Ao abrir seus olhos, viu-se em uma ampla câmara toda feita de pedra. Hvia um pequeno lago redondo centralizado, e uma alta escadaria irregular era caminho para o topo de um alto pedestal, também de pedra. Em cima deste último, algo brilhava intensamente, o que chamou a atenção de Koltar.

- Uau, estou maravilhado! - exclamou Koltar, sentindo as dores em seu pé e canela, negros. Observou-os: seu joelho também ficara negro! - O que será que há lá em cima que tanto brilha? Eu irei ver - e começou a subir, degrau após degrau, mas logo cansou-se. - Caramba! Essa escada é muito íngreme, e estou muito cansado - mas subiu mais alguns degraus, e parou. - Nossa, chega. Preciso descansar - reclamou, sentando em um degrau.

     De repente, começou a ouvir vozes ao longe. No início, pensou ser apenas fruto de sua imaginação, mas elas começaram a se aproximar, e foram ficando mais altas.

- Ué, que estranho. Ah, devem ser os soldados! Ah!

     Então, Koltar rapidamente esqueceu suas dores e subiu os últimos degraus, e chegou ao topo. Viu, então, o que estava iluminando tudo, e ousou encostar-lhe a mão. Uma fortíssima luz surgiu, no momento em que cinco soldados derrubaram a porta de entrada. Assim que viram a luz, perceberam o que havia acontecido: a magia negra ao pé de Koltar desaparecia. e Koltar, um forasteiro, encontrara o poder do dragão!


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Notas finais do capítulo

Bom, andei percebendo que muita gente que lia entendia erroneamente. Só uma observação: a pronúncia de Koltar é Kôltar, certo? E não Koltár!



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