Clube Dragon - Livro 1 escrita por Jpprojetos


Capítulo 2
Capítulo 2 - Uma Visita Inesperada




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"Thora, volume 1. Capítulo 1 - O Início
     No começo de tudo, o universo era apenas um grande vazio, negro e sombrio. Apenas existia Hanno, o deus do universo e da magia. Ele sentia-se, sempre, muito só, então resolveu criar tudo o que existe hoje, para lhe fazer companhia. Provocou uma grande explosão, com uma imensa concentração de magia. E assim foram criados os planetas, estrelas, galáxias..."
- Nossa, parece o mito da criação do universo segundo outro povo - comentou Koltar consigo mesmo. - Hanno? Deus do universo e da magia? Desse aí eu nunca tinha ouvido falar - e continuou a leitura.
"Capítulo 2 - Thora.
     Hanno, vendo o que havia feito, continuou insatisfeito. Então escolheu um planeta que a aparência lhe agradava e lá colocou a vida. E deu o nome de Thora à esse especial planeta. Ali, surgiram animais, plantas e o homem.
     Os anos se passaram, e, após um grande desenvolvimento, Hanno sentiu-se alegre, depois de milhões de anos. Os homens haviam dominado Thora, e sempre ofereciam bens e respeito à Hanno. E a paz reinava, lado a lado com a magia.
     Thora foi dividida em vários reinos, também conhecidos por países, e cada um recebeu um rei para administrá-lo."
- Uau, eles são mais avançados que a Terra. Ou será que Thora é a Terra? Agora estou confuso. Bom, a história está boa! - disse Koltar, verificando se seu celular estava "com área". Negativo. Prosseguiu a leitura novamente.
"Capítulo 3 - As Trevas
     Um dos reinos, chamado Calt, recebeu um jovem muito poderoso no poder. Seu nome era Ragnar, um tirano ambicioso, com o poder das trevas. Ele pretendia superar Hanno e tornar-se o deus do universo e da magia, podendo, dessa maneira, dominar tudo e a todos, e controlar da maneira que quisesse. Quando pequeno, uma nuvem negra invadiu seu quarto, e penetrou no corpo de um inteligente Ragnar, mudando seu comportamento. Ragnar, no início, tentou vencer as trevas, mas desistiu, pois, do contrário, sua mãe seria morta pelas forças obscuras. Cedendo, Ragnar foi totalmente possuído e controlado como uma marionete. E, assim, as trevas começaram a tentativa de derrotar Hanno e obter seu imenso poder."
- Bom, acho que Thora não é Terra. Talvez a história deste livro não seja real. Afinal, nunca ouvi falar em um planeta, primeiramente, que possua vida além da Terra, e depois ninguém usa magia. Isso se ela realmente existir! - Koltar olhou no relógio e assustou-se: era quase a hora do jantar, e sua mãe já devia estar preocupadíssima. De repente, escutou o barulho inconfundível de pedra se arrastando. - Oh-oh, acho que o ladrão encontrou a passagem secreta. O que farei? - Koltar escondeu-se atrás da parede, ao lado da escada. Esperou. Nenhum ruído sequer. Ousou espiar, e quase caiu de costas. No início da escadaria, uma figura humana. Mas não parecia ser o ladrão. Era um homem, vestido com um longo roupão azul-escuro, cheio de detalhes de estrelas e luas prateadas, uma longa barba branca e um chapéu no formato de um cone, com a ponta caída, também azul-escuro com detalhes de estrelas e luas prateadas. O homem segurava um cajado de madeira num formato irregular, com um dragão dourado sustentando uma esfera na coloração azul-celeste, na ponta superior do cajado. A esfera azul possuía um brilho radiante.
- Ahn? Estou sonhando, só pode ser isto - disse Koltar, rapidamente retornando a sua cabeça.
- Koltar... - disse aquela figura humana.

- E-e-ele disse o-o me-me-meu no-no-me? – Koltar empalideceu. Será que era algum conhecido seu apenas fantasiado para pregar-lhe uma peça? Não, era muito real.

- Não se assuste Koltar. Eu vim em paz – sussurrou o homem novamente.

- Quem é você? – perguntou Koltar, guardando o livro na mochila, colocando-a nas costas e mostrando-se, enfim, por inteiro, na escada.

- Meu nome é Rapht. Pelo jeito, já conhece Thora, não é mesmo?

- Como sabe? – impressionou-se Koltar.

- Primeiro, pois sou um mago, e segundo, pois nessa sala só havia um único livro.

- Então você é um mago... de Thora? – indagou Koltar, perplexo.

- Sim, meu rapaz. Vim falar-lhe algo muito importante – disse o mago, agora num tom sério.

- Diga – disse Koltar. – É sobre o livro? Se quiser eu o devolvo onde estava.

- Koltar, o problema não é o livro. Bom, é e não é. Para entender tudo, você precisa lê-lo por inteiro. Assim que terminar, você deve ir para Thora o mais rápido que puder.

- Mas como farei isso, se nem sei onde fica Thora?

- Use isto – o mago, então, tirou seu chapéu de sua cabeça, e de dentro desse, retirou um cajado idêntico ao que estava usando. Pegou e, levitando-o, entregou-o à Koltar. Imediatamente, o jovem subiu as escadas, pegou o cajado e, assim que saiu daquela sala secreta, a passagem se fechou, voltando a ser uma lareira. Koltar experimentou colocar a sua mão na cabeça de uma górgona novamente, mas nada aconteceu. – Koltar, a passagem se fechou, e não abrirá mais. Realmente, essa biblioteca que nós estamos agora não existe.

- O quê? – assustou-se Koltar.

- Ela é só uma ilusão. Quando daqui sair não mais a verá. Você verá apenas uma trilha...

- A trilha que liga a cidade com a floresta! Espere: como vou para Thora usando este cajado? – perguntou Koltar.

- Com este cajado, você pode fazer o que desejar. É só focalizar em sua mente o que quiser e acontecerá. Isso é magia, meu rapaz! É magia!

- Ah, ela existe realmente, então...

- Volte para casa, Koltar, e se sua família lhe perguntar onde conseguiu isso, diga que o cajado foi presente de um amigo. Agora, preciso despedir-me, o tempo passa rápido, e voltarei à Thora, à sua espera. Adeus!

- Adeus – acenou Koltar. O mago, então, foi desaparecendo. E sumiu. – Fazer o que desejar? Hum, muito interessante... Quero um pedaço de pizza! – e assim, realmente misticamente, um pedaço de pizza se materializou nas mãos de Koltar, que o devorou em instantes. Koltar, gostando da idéia, disse: - Um par de patins! – e eles logo apareceram, novinhos em folha, nos pés de Koltar. – Ei, a magia vem dessa esfera em cima do dragão dourado. Esfera azul-celeste? Não... Quero vermelho! – e assim foi feito, seguindo as indicações de Koltar. E o jovem seguiu para a porta da biblioteca, que sumiu assim que ele saiu. Começou a acelerar, e chegou a sua casa em questão de minutos.

- Koltar! Por que demorou tanto? Eu estava muitíssimo preocupada! Onde esteve? – perguntou Helena, respirando aliviada. – E o que é isso?

- Mãe, calma. Isso aqui? É presente de um amigo meu. Preciso tomar banho, jantar e... Ah, amanhã é segunda-feira, né? – Koltar fez cara de desgosto: ainda precisava terminar a lição de casa. Subiu as escadas correndo e, após um bom banho, apressadamente dirigiu-se para a cozinha, e lá encontrou seu pai lendo uma revista.

- Oi pai!

- Oi Koltar, demorou, hein?

- Desculpe-me, pai. O que temos hoje para jantar?

- Arroz à grega, feijão, salada de agrião acompanhado de um delicioso molho de azeitonas pretas e um suculento lagarto recheado. De bebida temos um gostoso suco de maracujá, e um bolo de limão para a sobremesa. Prontos para se servirem? – disse Helena, posicionando tudo em seu devido lugar para o jantar.

- Hum, deve estar delicioso, ainda mais com esse cheiro... – comentou Koltar.

- Cajado bonito aquele que seu amigo lhe deu, viu? Parece até de verdade, não? - disse Helena.

- É, mãe, nem te conto – disse Koltar, dando uma risada disfarçada.

     A família jantou deliciosamente naquela noite. Koltar, após estar pronto, sentou-se em sua escrivaninha, e teve uma grande ideia: pegou o cajado, apontou para seu caderno e disse:

- Quero minha lição de casa pronta! – e, num piscar de olhos, as respostas apareceram. – Agora estou livre, o que faço? Computador? Não dá, precisa recarregar a bateria. Ah é, eu quase ia me esquecendo – e, revirando a sua mochila particular e confidencial, retirou dela um objeto, um livro, mais precisamente. Abriu-o, folheou algumas páginas, parou em uma, e continuou a sua leitura. Continuou a ler “Thora”...

 


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