The Baby escrita por Hobbit


Capítulo 4
Knowing You- Parte 2


Notas iniciais do capítulo

EU SOU A ÚNICA LOUCA QUE POSTA NO NATAL, MAS OK.
Bom meus lindos que eu amo mais que a minha vida (eu só tenho 7 leitores, mas tudo bem hsuahsu) aqui to eu mais uma vez... postando um cap chato as 21:57 do dia 25/12/12 no quarto do meu irmão, com um ventilador nas minhas costas, suando e morrendo de calor E ISSO QUE EU MORO NO RS HEIN (sério, vcs viram na tv do calor aqui no sul? hsauhsuahsuahsuhsuahs)
Bom, é isso, o cap ta fraquinho, porque eu to fraquinha pra escrever... até lá embaixo :)



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SANTANA POV

Eu vi Rachel instintivamente arregalando os olhos seu queixo caindo em surpresa. Tenho certeza que se ela não estivesse tão paralisada se preocuparia em ter feito uma expressão menos clichê. Olhei para o outro lado e vi Finn sem expressão nenhuma, só lendo e relendo aquela carta estúpida.

Nenhum dos três ousaria quebrar o silêncio. De repente eu percebi que não me sentia surpresa e uma vontade incontrolável de rir tomou conta de mim. A situação era minimamente cômica. Três idiotas que caíram no papo da loirinha angelical vão ter que cuidar de um bebe prematuro, sendo que o pai da criança acabou de se formar no ensino médio e nem tem onde morar. Soltei uma risada abafada e Rachel me fuzilou com os olhos. Ela foi até Finn e tocou levemente em seu ombro. É... talvez a Quinn tenha acertado em alguma coisa...

Na verdade eu não sei dizer se estou feliz ou triste com isso. Quer dizer, eu realmente gostava da Quinn -talvez até mais do que deveria- e eu queria que ela ficasse aqui, mas essa garota pode ter um futuro imenso e uma filha muda tudo. A Fabray não amava o Finn -na verdade meu gaydar era bem preciso sobre ela- e ela não seria uma boa mãe e nem uma boa esposa. O lugar dela não é New York, o destino dela não a traz aqui. Mas em compensação, o lugar de Lea é New York, o destino dela a traz aqui.

-Rachel e Finn... Hum... Finchel, eu acho que já tivemos o suficiente de drama por hoje. 

Finn me olhou e eu pude ver a raiva em seus olhos. Fechei a cara.

-Santana, Quinn fugiu! Não consegue levar isso a sério?

-Eu sei que ela fugiu e eu acho que você deveria crescer um pouco e perceber que não era pra ser e deu! Quinn Fabray não quer casar com você, não quer viver em NY e não quer criar sua filha. E não vai fazer nada que ela não quer.  Você não pode a obrigar a ficar contigo. Você foi deixado, Finnoceronte, aceite! Nós três temos uma criança prematura para cuidar.

A raiva que eu via há dois segundos se diluiu nas minhas palavras e se transformou em tristeza. Bom, ele é meu parente, só podia ser bipolar mesmo. Rachel parecia confusa, mas eu sabia exatamente como tratar com gente louca. Suspirei, revirei os olhos e comecei mais uma vez a domar Finn. Não sei se é porque eu sou pessimista, ou porque Rachel é bem desajeitada com crianças ou ainda porque Finn continua sendo meio maluco, mas a ideia de nós três cuidando de uma menininha que acabou de nascer e tem um problema respiratório não me parece nada boa. E eu não sei se é porque nenhum dos três tem dinheiro, ou porque Finn acabou de se formar, ou porque eu e Rachel não temos tempo pra supervisionar essas duas crianças, mas eu tenho a impressão de que serão longos meses...

RACHEL POV

O cheiro de hospital invadiu minhas narinas. Eu podia ver claramente a dor no rosto das famílias e dava para sentir a preocupação no ar só de entrar lá.

Vi uma família chorando pela perda do único filho e mais adiante um senhor cercado da família. Sorri. Essas pessoas que tinham o apoio da família pareciam sempre mais felizes.

Fitei o papel em minhas mãos pela décima vez: Corredor J, quarta porta a direita na incubadora de número 4. Aquele hospital era um labirinto gigante e de certa forma assustador.

E da primeira porta aberta que eu enxerguei pude ver uma menininha pequena e triste com aparentemente uns 5 anos  deitada na maca ao lado de um homem que mais parecia o seu irmão e tinha os seus 22, 23 anos. A menina, fraca, olhou com os olhos marejados para o homem e falou baixinho:

-Papai... A mamãe vai voltar? Já passou tanto tempo desde que ela saiu...

-Juliet, somos só eu e você agora. A mamãe foi embora.

-Mas se ela foi embora ela pode voltar, não pode?

Ele concordou com a cabeça, finalmente olhando para a filha, já que antes o celular parecia muito mais importante.

-Mas o problema é que ela não quer voltar, meu amor.

A pequena criança olhou para o pai no seu limite de segurar as lágrimas e ele parecia cansado demais para ligar pra ela.

E isso instintivamente me fez pensar em Finn. Nenhuma criança deve viver sem uma família. Nenhuma criança deve crescer sem mãe. Isso simplesmente não parece certo pra mim e agora isso vai acontecer na minha própria casa e eu mesma posso impedir. Lea Michele Hudson pode até não ser minha de sangue, mas nesse momento eu decidi que ela será a minha filha.

Observei a menina chorando baixinho aparentemente com medo de assustar o pai e depois o papel em minhas mãos mais uma vez e segui reto. E na quarta porta a direita eu respirei fundo e entrei. Vi Finn observando sua filha com um sorriso quase imperceptível e caminhei lentamente até ele. Aquela criança de expressão tão doce não tem noção do que ela causou e vai causar simplesmente por existir. Eu não sei se seria estranho criar Lea, mas eu faria isso. Lentamente, me aproximaria dos dois e faria com que ela mesma me considerasse sua mãe, nem que eu tivesse que manipular a cabecinha dela pra conseguir o que eu quero, mas isso não importa, graças a Deus eu sou uma atriz. Se depender de mim, nenhuma criança vai crescer sem uma mãe.

---------Pez----------Berry---------é-----------a----------minha------------vida---------!

Dois meses depois...

---------Pez----------Berry---------é-----------a----------minha------------vida---------!

FINN POV

-FINN HUDSON LOPEZ!

Abri os olhos lentamente e vi uma latina com a cara fechada me encarando.

-Fala...

-Não pretende te arrumar, não? O combinado era as 9, Hudson!

-Que?

-FINN! ACORDA!

-Pra que?

Ela revirou os olhos e saiu do quarto batendo o pé. Era sempre assim: Santana se irritava e saía sem dizer mais nada. Eu costumava ficar triste com isso, mas já me acostumei. E então uma ideia passou voando pela minha cabeça e eu arregalei os olhos desesperado.

-É HOJE??

Ela olhou pra mim como quem diz “Viu como você é burro?” e sorriu amistosamente. Isso foi extremamente estranho, se querem saber. Peguei uma roupa qualquer e tirei o meu pijama. Santana me olhou confusa e saiu do quarto acenando negativamente a cabeça. Dei de ombros. As vezes eu me sinto tão... diferente do resto das pessoas. Essas pessoas tão cheias de frescuras e...

-Finn, a Santy ta pedindo pra você...

Olhei para o lado e vi Rachel paralisada na porta.

-Pra eu...- gesticulei para ela continuar

-Que? Ah, hum, é pra você... –ela engoliu em seco e me olhava de cima a baixo e eu comecei a estranhar - pra você... Ah não sei!

Rachel saiu apressada do meu quarto e eu dei e ombros. É disso que eu to falando. Eu sinceramente não entendi porque tanta frescura só porque ela entrou aqui enquanto eu me vestia. Ela provavelmente ficou tão envergonhada que esqueceu do que tinha que dizer... Na verdade eu não consigo entender essas pessoas. Santana sempre dizia que eu era monga. Nunca gostei dessa palavra, é tão agressiva...

Rachel colocou a cabeça pra dentro do meu quarto pela porta que ela mesma fechou.

-Hum... Era pra você se vestir mais- engole em seco- Hum... Mais rápido.

É, eu definitivamente nunca vou entender essa gente.

RACHEL POV

E mais uma vez o cheiro de hospital invadiu as minhas narinas. Finn tremia, eu sentia meu coração acelerado e Santana... ela caminhava despreocupadamente. Olhei para o pequeno pai ao meu lado e sorri levemente. Finn me ensinou bastante coisa, mesmo só tendo 18 anos e sendo um pouco maluco. Ele me ensinou que o amor não tem limites e em nenhum momento pensou em desistir. Todo o tempo que ele tinha era reservado para essa criança. Em nenhum segundo ele culpou a menina por tudo aquilo com a Quinn.

E depois de dois meses, eu finalmente entrei feliz na quarta porta a direita, no corredor J, e olhei para a incubadora numero 4. E olhando para os dois Lopez na minha volta, vi que um sorriso inevitável também ocupava o rosto deles.

E depois de dois meses, a pequena Lea finalmente vai para casa, com a família um pouco anormal dela.  A médica trouxe a pequena nos braços e eu instintivamente a peguei. Ela nos recomendou milhares de coisas que ela devia ou não devia fazer e fez um relato enorme sobre o que fazer caso ela tenha um ataque parecido com o que ela teve logo que nasceu. Óbvio que não escutei nada. Tinha uma coisa muito mais interessante nos meus braços. Lea tinha um cabelo dourado e grandes olhos verdes, como a mãe. Os lábios bem desenhados, traços marcantes. Eu poderia ficar pra sempre olhando para aquela menina. E se aquele momento durasse pra sempre eu nem notaria nada a minha volta. Lea Michele Hudson era minha nova filha. Por mais maluco que isso pareça. Depois que a médica saiu, Finn pegou ela meio desajeitado dos meus braços e sorriu abertamente.

-Dianna. Dianna Agron.

Eu e Santana trocamos um olhar confuso.

-Hum.. o que?

-Ela vai se chamar Dianna Agron.

Santana olhou para Finn com aquela cara dela de “Ai meu Deus você é louco”.

-Finn, o nome dela é Lea.

Ele fechou a cara imediatamente.

-Lea... Eu não escolhi esse nome para a minha filha, Santana, não viaja.

-ÓBVIO QUE ESCOLHEU!

-Não. Eu estou escolhendo agora. Dianna Agron.

-Finn, tá maluco? Você e Quinn decidiram que seria Lea. Ela até pediu para colocar Lea Michele.

Ele olhou triste para Santana e vi seus olhos marejados.

-Quinn me deixou, Santana, eu não quero que fique me lembrando disso toda hora.

Franzi o cenho. Ele é maluco ou o que?

E pra me salvar daquilo, quando a latina ia responder a médica pediu para que saíssemos dali logo.

E no último degrau da entrada do hospital, quando a luz forte do sol fez os três apertarem os olhos, Santana soltou um suspiro e falou baixinho:

-Tudo bem, me dá Dianna aqui.

Sorri internamente. Eu acho que conheci Finn agora. E eu não acho que ele seja muito certo da cabeça não. Tenho medo de como será criar uma criança entre uma criança, uma louca e uma falsa mãe, mas talvez... só talvez, Finn estivesse certo. Talvez o destino é que realmente guie tudo para seu devido lugar. Talvez o destino nos leve para os lugares certos, nas horas certas. Talvez tudo seja destino. Talvez Lea Dianna seja o meu destino e o tal do Puck seja o destino de Quinn. Talvez tudo isso esteja acontecendo por um bom motivo. Talvez (só talvez) tenha uma razão pra tudo isso.  


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Notas finais do capítulo

E é isso...
O seguinte: Eu sei que já são dez horas da noite e que a comemoração é mais no dia 24 e na madrugada (pelo menos pra mim shushausha), mas... Feliz Natal! Eu não sou muito boa com o que dizer em datas comemorativas e tal, mas... Bom, esse ano foi muito bom pra mim porque eu descobri um novo mundo, novas pessoas... e a maioria com essa mesma obsessão louca minha com histórias... e Glee né. Escrever é a minha vida e ler também. Eu não consigo me imaginar vivendo sem isso... é o meu oxigênio. Eu começei a ler fanfics esse ano mesmo e eu criei minha conta aqui no Nyah dia 22/06. Bom, o que eu quero dizer é que cada um de vocês é muito importante pra mim. A cada review que eu recebo, cada favorito, cada leitor novo, cada review que me respondem, cada cap que postam... De verdade, eu amo vocês. Feliz Natal :) E Feliz Ano Novo, por via das dúvidas, mas eu acho que vou postar That's My Life Without Me antes do dia 1º, porque depois do dia 1º eu só vou postar no dia 20 de janeiro, que eu vou viajar... NÃO SEI COMO VOU SOBREVIVER, MAS OK