O Filho De Thanatos (Hiatus) escrita por Victor Everdeen Jackson


Capítulo 11
10- Controlados, seguidos e atacados, uhul!


Notas iniciais do capítulo

Olá meu povo e minha pova, semideuses(as) do meu coração, como vão? Mais um capitulo quentinho para vcs, até lá embaixo.



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   Olhei para meus companheiros de missão.

    -E agora?

    Nico revirou os olhos.

    -Bem, achei que já estivesse claro, vamos para Nova Jersey.

    Cerrei os punhos.

    -Tá, vamos para Nova Jersey, mas como vamos achar Nix? Procurando no Google Maps que não vai dar né? – ironizei.

    -Ele tem razão – falou Beatriz – Mas vamos chegar lá primeiro, depois veremos.

    Ficamos em silencio, até que Nico estremeceu e falou:

    -Não olhem agora, mas acho que estamos sendo seguidos.

    Olhei para trás, silhuetas de algumas coisas corriam apressadamente atrás da van.

    -Como nos encontraram? – perguntou Beatriz.

    -Estamos fora das defesas do Acampamento Meio-Sangue, estamos por a mercê dos monstros. – explicou Nico.

   -Beleza, o que... – fui cortado por um barulho de algo sendo arremessado contra a van. Olhei para o lado, o metal estava amassado, com a forma de uma clava. Bati na divisória onde Argos estava dirigindo. Nada. Bati de novo. Silencio. Troquei olhares de pânico
com meus companheiros. Nico pegou uma adaga e quebrou o vidro com o punho da
faca. Olhamos ali, não havia ninguém ali dentro, a van trocava de marcha sozinha.

   -Hã, isso é normal? – perguntei confuso.

   -Não, acho que estamos sendo controlados. – Nico falou, ele segurou na bainha de sua espada.

    A van começou a acelerar, fomos jogados de um lado para outro, um dos monstros que estavam nos seguindo pulou em cima da van e rasgou o teto, uma mão peluda e cheia de garras apareceu tentando agarrar alguma coisa.

   -Certo, vamos sair daqui – Nico falou, colocou a mão na maçaneta da porta da van, mas ela estava trancada.

   -Legal – falou Beatriz, ela colocou a mão em seu pingente, um arco apareceu – Da licença.

   Ela pegou uma flecha, com uma ponta afiada, apontou para o trinco e disparou, o mesmo se retorceu e explodiu.

  -Agora vamos.

   Pulamos com a van ainda em movimento, rolamos no asfalto, a criatura na van pulou na nossa frente  e a vi pela primeira vez, era um lobo negro, do tamanho de um leão, com olhos roxos.

   -Armas – falou Nico, Beatriz guardou o arco e pegou a espada, invoquei minha foice, ficamos todos de frente para o cachorro, ele mostrou os dentes amarelos e afiados.

   Outros lobos chegaram e ficaram ao lado do primeiro.

   -É uma matilha inteira – comentei, o que foi desnecessário, Nico revirou os olhos.

   -Obrigado capitão obvio – quando essa missão acabar, eu mesmo vou garantir que ele fique com seu pai permanentemente.

    Um dos lobos pulou em cima de mim, brandi a foice, quando ela entrou em contato com a pele daquela coisa, ele foi envolvido em um casulo negro e explodiu, os outros rosnaram.

    -Ah valeu, acho que não foi uma boa idéia.

    Eles correram, um pulou em cima de Nico e colocou as patas em seus ombros, ele enfiou a espada embaixo da barriga do lobo, ele foi sugado para dentro da espada. Beatriz começou a desferir golpes a torto e a direito, um deles raspou em meu braço. Eu, desavisado, fui atacado por um dos lobos, que rasgou meu peito. Fiz um  circulo com a foice, um buraco negro se abriu e sugou os lobos, sobrando somente um, um filhote, que Beatriz pegou no colo.

   -Ele é muito fofo, vamos ficar com ele? – ela perguntou.

   -Bia, ele são Cães da Escuridão, outros servos de Nix – explicou Nico – Eles são...

  Nico foi interrompido por um barulho de sucção.

   -Ééé, Gary, acho que vem de sua foice – informou Beatriz, olhei para a arma que eu estava segurando, ela estava tremendo, a joguei no chão, mas ela não caiu, começou a girar no ar, um outro buraco negro surgiu e os cães foram expelidos do buraco.

   -Por acaso você apertou o botão de “reverso” ? – perguntou Nico.

   -Não sei o que está acontecendo – tentei explicar, mais lobos surgiram, agora havia mais da metade da matilha.

    A minha foice parou de girar e caiu no chão com um estampido, avancei cautelosamente, de olho nos lobos, peguei a foice e apertei a rubi, coloquei o anel no dedo e esperei.

   -E agora? – perguntei.

   -Passos para trás lentamente – orientou Nico, certo, posso esperar um pouquinho antes de matar ele. Demos um passo para trás. Ouvi uma voz de um homem.

   -Nananinanão, fiquem onde estão.

   Um brilho vermelho apareceu no meio dos lobos, eles se afastaram um pouco, um homem surgiu lá, bem, não era um homem, mas sim um adolescente de mais ou menos minha idade.

    Tinha o rosto corado, cabelos ruivos, olhos castanhos e nariz adunco, usava roupas surradas jeans rasgados, tênis all-star de cano alto, mas o mais estranho foi: ele usava uma camiseta roxa com as letras SPQR.

   -Quem é você? – perguntou Beatriz erguendo a espada.

   -Nossa, assim que recebem um colega de acampamento? – ele perguntou.

   -Você... Você... – Nico ficava repetindo.

   -Já que não perguntam – ele sorriu – meu nome é Derek, sou filho de Marte, e vocês?

   -Meu nome é... – comecei, mas Beatriz me interrompeu:

   -NÃO, NÃO FALE NOSSOS NOMES!

   -Nossa, escandalosa, ta bom – murmurei.

   -O que quer aqui? – perguntou Nico, ele pareceu ter saído de seu transe.   

  -Ora, vim conversar, posso? – ele falou inocentemente.

   -Marte – franzi a testa – Quis dizer Ares?

   -Não, Marte mesmo – ele falou.

   Nico sussurrou alguma coisa no ouvido de Beatriz, ela assentiu ainda de olho em Derek que parecia entediado.

   Ela se aproximou de mim e sussurrou:

   -Quando Nico disser já saia correndo.

    Assenti e esperei. Derek olhou para mim.

    -Nem tentem...

    -Já! – Nico gritou. Girei nos calcanhares e corri como nunca corri em minha vida, ouvi a voz de Derek:

    -Hahaha, ataquem.

    Os lobos começaram a correr atrás de nós, olhei para o lado, Beatriz disparava flechas, e Nico mexia em sua celular.

    -Isso não é hora de mandar mensagem – falei.

    -Cala a boca que eu estou tentando manter a gente vivo – ele falou irritado.

    Ele digitou mais alguma coisa e jogou o celular para trás, olhei de relance para os lobos, eles estavam parados em torno do celular parecendo interessados.

   Corremos mais um pouco, seguimos até um beco e paramos para respirar.

   -O que você fez? – perguntei ofegante para Nico.

   -Um truque que aprendi com Annabeth, aquele celular é um rastreador que confunde os monstros, tem uma gota de sangue de semideus, um chip dos mortais e um pouco da poção da confusão, cortesia do chalé de Hécate.

   -É, bom truque – comentei – mas e agora? Para onde vamos?

   Nico olhou para trás, ouvimos um rosnado vindo daquela direção, Nico se virou para mim e Beatriz e falou:

   -Ok, temos que sair daqui.

   -Avá? Jura? – falei, ele mandou mais um de seus olhares mortais, dei os ombros.

   -Continuando – ele falou – Vamos para a cidade, lá, no meio dos mortais, poderemos despistar e de lá partir para Nova Jersey.

   -Tá, como chegaremos lá? – perguntou Beatriz.

   Nico sorriu.

   -Confiam em mim?

   -Não – falamos em uníssono.

  -Nossa, valeu, então como vamos? – ele perguntou.

  -A pé – falei – Prefiro a pé a um meio de transporte concedido por você.

  -Me faz um favor – ele pediu – Cala a boca.

  E nesse clima amigável fomos andando.


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Notas finais do capítulo

E ai? Quem tem razão? Nico ou Gary? Fiquem vivos para ler o proximo capitulo: 11- Conhecemos o deus do amor.



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