O caminho até o mercado era curto. O mercado era uma grande construção feita de metal. Quando chegou, Jace foi direto para o carniceiro, não tinha tempo a perder, pois já eram 10:00h da manhã, perdera muito tempo na floresta.

 O carniceiro era um homem de meia idade, robusto e barbudo. Ele nunca perguntara a Jace de onde vinha à carne que vendia.

-O que me traz hoje garoto? –perguntou-lhe o carniceiro.
-Carne de veado, senhor Robert - respondeu Jace.

  Robert, o carniceiro, olhou Jace com desconfiança. Ele sabia que não era fácil conseguir carne de veado.
-Esta gozando da minha cara, Jace? Como você conseguiu essa carne? – perguntou-lhe Robert com desconfiança.
-Onde consegui não interessa, eu só quero que me diga o preço. - Retrucou Jace
-Esta bem, compro a carne por cem pratas. - disse Robert.
-Tudo bem. - respondeu Jace.

  Robert entregou-lhe o dinheiro, Jace entregou-lhe a carne. Com esse dinheiro poderiam sobreviver por pelo menos duas semanas.

  Jace saiu do mercado e foi em direção a casa, onde a mãe e Carl o estariam esperando para irem à colheita.

  E estavam. Quando Jace abriu a porta, Carl e Lily estavam sentados na mesa da sala, a mãe já estava pronta para sair. Provavelmente já tinham tomado café da manha.
Lily sabia que o filho ia à floresta todo dia para caçar. Ela não se preocupava, sabia que o pai lhe ensinara feitiços e como usar o arco. Então Lily nunca ficava preocupada quando Jace demorava.

-Jace sua roupa esta lá em cima, tome um banho, se arrume e desça, vamos sair daqui a pouco. –Disse-lhe Lily.
-Esta bem mãe, vou rápido- respondeu Jace tirando o casaco e as botas.

  Jace subiu as escadas, entrou no quarto, a roupa dele estava em cima da mesa. Uma calça preta, uma camisa de botão azul listrada e um sapato preto.

  Jace entrou no banheiro, ficou nu, pegou o balde e o encheu de agua. Entrou em sua banheira e derramou a agua por cima de sua cabeça. A agua estava fria, não se importava com isso.

  Quando acabou de tomar banho, pegou a toalha, se enxugou e saiu do banheiro nu, para se vestir. Se a mãe o visse pelado, Jace sentiria vergonha. Trancou a porta do quarto e se olhou no espelho. Jace percebeu que seu pênis crescera, era de se esperar, pois já tinha quinze anos, começava a ter mais pelo no corpo, especialmente no pênis e nas axilas. Ele viu que seu rosto continuava com aspecto sujo e mal cuidado. Não se importava.

  Depois de se olhar no espelho, Jace vestiu a cueca, depois a calça e em seguida a camisa listrada. Mesmo com aquele rosto não cuidado, ele estava bonito com aquela roupa. Calçou os sapatos, saiu do quarto e desceu as escadas.

  Quando entrou na sala, a mãe e Carl o estavam esperando na porta.
-Você esta muito bonito com essa roupa, Jacy. – disse o irmãozinho.
-Obrigado Carl, você fica aqui em casa esperando agente chegar da colheita.- disse Jace abrindo a porta para sair.
-Esta bem, mamãe já me disse para eu ficar aqui. Boa sorte la, fica tranquilo você não será escolhido- despediu-se Carl
-Eu sei Carl, voltarei para o almoço- despediu-se também.

  Nem Jace estava seguro do que acabara de dizer. Abriu a porta e saiu de casa com a mãe. O dia continuava lindo.
-Se não fosse pela colheita, o dia seria lindo. –Disse para si mesmo.