Matheus já tinha acabo era vez de Chaz, achei que iam começar a brigar lá na pista, eles se olharam com fúria, eu ainda não entendo o porque deles se odiarem tanto. Matheus veio se sentar comigo, ele parecia bravo comigo, que ótimo eu não faço nada e esse menino vira as costas pra mim, idiota.

-Está tudo bem com você? –Perguntei calma.

-uhum – Disse Math sem dar a mínima

-hey, hey, o que eu fiz pra você estar assim comigo? –Perguntei um pouco alterada

-Nada, vai lá com seu amiguinho – Ciúmes detected

-Ciúmes amor ?– Debochei

-Cala boca lesada – Eu não acredito que Matheus ta assim comigo só por causa do Chaz

-Matheus para já com isso – Disse enquanto abraça forte ele.

-Me solta Juh

-Não – Falei risonha

-A é – Ele falou, e começou a fazer cócegas

-Paaarra Matheeeuss, Paarraaa –Dizia enquanto ria, e muito

-Diz que me ama

-Não

-Então não vou parar – Disse ele fazendo ainda mais cócegas. Eu odeio cócegas, ele sabe disso, deve ser por isso que ele adora tanto, para me provar.

 -Matheees  eeeu te-te amoo – Me entreguei ao desespero, ou eu falava isso ou eu mijava ali mesmo.

-Eu sempre soube disso amor – Disse Math jogando beijo, que fofo, só que não.

-Cala boca sua mula – Falei dando socos em seu braço

-Ei para, isso dói – Debochou Math com uma voz de mulherzinha, ele deve ter problemas só pode.

-Porque ainda estamos aqui? – Perguntei com cara de tédio

-Boa pergunta, vamos? – Sim ou claro?

-Só se for agora

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Brasil

   11:30

Pov. Mariana

-Olá Mariana está tudo bem com você hoje ? –Me perguntou aquela enfermeira, magra e chata, é claro que não estou bem, eu não estava bem ontem, não estou hoje e nunca vou estar bem, como uma pessoa é para se sentir bem sabendo que daqui alguns dias irá morrer. Mas não quero que tenham pena de mim, nem eu tenho, estou até um pouco feliz, vou para um lugar melhor que o mundo, onde não existem pessoas falsas, hipócritas, corruptas, chatas e idiotas que nem essa enfermeira.

-Não, você já ligou para minha filha, eu quero vê-la –Falei calma e um pouco irônica

-Não senhora, ainda não ligamos para sua filha, seu marido disse que ele mesmo irá ligar –Falou ela com um sorriso falso no rosto,ai.

-Diga para ele ligar logo – Falei e me virei para o lado contrario, pensando em minha filha, estava com tanta saudades dela.

...

-Acorda dorminhoca – Ouvi uma voz masculina familiar, e automaticamente sorri

-Olá querido – Falei me virando e lhe dando um beijo, ainda com uma cara sonolenta

-Oi amor, está bem hoje?

-Não seu bobo, é claro que não estou bem, já ligou para Julieta?

-Não sua bobinha grossa, não achei o numero dela em casa então vim ver se você tem ele aqui?

-Tenho sim ta na gaveta – Ele foi buscar na gaveta e eu senti um dor forte no peito era como se meu coração fosse sair naquele instantes.

 Quando Quin vira e se depara com a cena que não queria que ninguém visse, eu estava pálida, suando, meu coração acelerado, meus olhos lacrimejavam e eu só queria que tirassem minha dor, era horrível estar naquela situação, preferiria morrer de uma vez do que ficar nesse inferno sofrendo desse jeito.

-ENFERMEIRA, ENFERMEIRA – Gritava Quin. Estava tudo ficando lento, escuro e menos dolorido...

POV. Julieta

-Alô – Falei toda contente, eu e os meninos estávamos assistindo filme de terror e Brad faz todo mundo rir em filmes como esses

-Oi, Julieta? –Perguntou a voz masculina quase reconhecível

-Quin, nossa quase nem te reconheci sou eu sim – Falei mas contente ainda.

  Flashback.

Quin não era meu pai, era meu padrasto. Meu pai havia morrido em uma viajem para Alemanha onde ele havia ido visitar seus pais, meus avôs.

Fiquei super triste por isso, meu pai era a pessoa mais engraçado que eu conhecia, fazia piada de tudo, nos amava muito, ele era um homem bom, gostava muito da minha, nós éramos tipo uma família igual a finais de filmes, felizes, e sem problemas, até ele partir.

Eu e  Brad já estávamos no Estados Unidos quando isso aconteceu, é o que nós deixa mais triste.

Off

-É...Juh.. Nossa nem sei como te falar isso...

-Bom comece pelo começo

-É que é meio complicado...

-Quin fale logo, ta me deixando preocupada

-Preciso que você e seu irmão venham urgente para o Brasil – Falou Quin rápido e com medo de algo que poderia acontecer

-Porque? O que ta acontecendo? Quin me diga algo, por favor?

-Se você deixasse. É que sua mãe está com câncer ela está morrendo vocês precisam vir pra cá o mais urgente possível Juh.- Por um segundo meu mundo desabou, meu coração parou de bater, minha barriga teria sido invadida  por touros loucos, minha mente não conseguia pensar em mais nada a não ser em chorar, chorar e chorar. Quando os meninos viram eu sentada no chão com o telefone jogado no chão, e meu rosto inchando rápido e ficando vermelho vieram correndo em minha direção.

-Juli o que aconteceu? – Perguntou Jay-B

-Juh fale alguma coisa – Reprendeu Chris

-Galera, Galera calma ai – Falou Brad.

Ele me abraçou forte, me pegou no colo e me levou para o meu quarto, eu deitei agarrei meu travesseiro e chorei.

Brad parecia entender que eu queria ficar sozinha, sabe sem ninguém perguntando ou criticando.

Eu estava dormindo quando sinto algo acariciando meu rosto

-Oi bela adormecida – Disse Math com um sorriso meio sem graça

-Quantos dias eu estou dormindo – Falei risonha

-Bom, você foi dormir ontem de tarde e acordou só agora – Disse Math, e eu sorri boba

-Então o que aconteceu ontem não foi um sonho? – Perguntei sabendo da resposta obvia

-É... não Juh – Disse Math passando a mão na nuca, parecendo meio tenso –Mas vai ficar tudo bem – Disse ele vendo meus olhos já em uma maré de lagrimas, vendo isso me abraçou forte como se quis esse dizer “Vou estar do seu lado caso algo ruim vier acontecer”

Após o abraço nos separamos devagar colamos nossas testas, nos entreolhamos por longos minutos, parecia que estávamos conversando por olhares, meu coração batia forte querendo sair de meu peito, minhas mãos tremiam e suavam, minha boca pedia por aquilo que sem pensar aconteceu, eu o beijei...

Parecia que todos os meus problemas acabavam aqui, agora, ele me fazia bem, suas palavras tranquilizantes, seus abraços era remédios.

-Me desculpe – Disse me levantando indignada pelo meu gesto por impulso

-Hey – Disse ele me puxando pela cintura encostando novamente nossas testas –Você não sabe quanto tempo eu esperei por isso – Quando ia me beijar novamente alguém entra no quarto.

-Ops desculpa – Falou Brad se virando. Eu e Math nós separamos fingindo que nada havia acontecido, tarde de mais.

-É... – Falei confusa

-Tudo bem, Juh arrume suas malas vamos voltar para o Brasil – Falou Brad

-Mas Brad... – Fui interrompida no mesmo segundo de minha fala

-Juh agente vai voltar, mas... agora temos que ir, comprei nossas passagens nos vamos amanhã ás 3:00 da tarde, aproveite o tempo que tem – Disse Brad na ultima frase olhando para Math da cabeça aos pés, entendi a ironia.

-TCHAU BRAD – Falei fechando a porta na cara dele

-Onde paramos – Disse Math vindo em minha direção

-Vai te que me pegar – Falei rindo que nem uma boba e sai correndo pelo quarto

-Isso não é problema – Ele saiu correndo atrás de mim, parecíamos crianças, felizes por alguns instantes, até eu cair sentada e começar a chorar, por me lembrar de minha mãe, não quero perder mais ninguém Deus –pensei comigo- não, minha mãe não.

-Juh eu estou aqui, fique tranquila – Disse em meio ao abraço apertado

-Eu vou ficar bem – Reprimi insegura

...

Math estava no quarto comigo e Jay-B eles estavam me ajudando a arrumar minha mala.

Ficar com eles era bom, eles me faziam rir, me faziam esquecer por longos segundos dos meus problemas.

-Juh você poderia trazer algumas amigas da sua antiga escola pra morar aqui né, além disso estar parado fiquei sabendo que brasileiras são muito gatas – Falou Jay-B convencido

-Jay ta cheio de meninas gatas por aqui – Disse sorrindo

-Juh, por favor, faz esse único favor a seu querido amigo – Disse Jay-b me abraçando.

-Hey, vamos separando, vamos separando que essa brasileira aqui é minha –Falou a pessoa mais ciumenta que alguém pode conhecer

-Quem disse que sou sua Sr. Math ? –Disse na maior arrogância

-Você é minha Sra. Baris Koney – Disse Math, agarrando minha cintura e puxando a mesma, assim juntando nossos lábios

-Pombinhos esse carinha aqui não ta afim de ficar segurando vela, to indo – Falou Jay debochando

Nós rimos com a careta que Jay fez, e continuamos arrumando as coisas.

...

-Pronto está tudo pronto – Sentei na cama com cara de tédio

-Afim de dar uma volta – Math pegou minha mão, me levantando, mas eu o puxei e voltei a deitar na cama com sono

-Estou com sono Math – Falei manhosa

-Não podemos ficar aqui deitados o dia inteiro Juh – Falou Math olhando para mim que ainda estava fitando o teto

-Mas eu to com sono - Disse

-Vamos a praia, lembra até ontem você queria ir - Falou Math esperando alguma resposta.

...