Be Safe escrita por Natitalia Prince


Capítulo 1
Uma nova palavra


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o primeiro capitulo!
Podem me chamar de Naty se quiserem e espero que gostem. Geralmente o Draco e o Harry invadem minhas notas do capítulo e...
Draco: Fazer o que se sou perfeito u.u
Harry: Cale a boca Malfoy
Draco: Venha calar Potter
De novo não ¬¬
Bem, espero que gostem!



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1


Draco procurava uma cabine no trem trouxa que estava indo para longe da cidade de todos os seus problemas. Fora exilado, como pena por se tornar um comensal da morte ele teria que viver em uma pequena cidade trouxa, muito, mais muito pequena mesmo.

O trem não era luxuoso e nem havia nada de fantástico nele, o que Draco achou uma maravilha. O trem era o mais simples que se podia haver naquela época e só faltavam apenas 4 horas para a chegada na cidade.

Depois da Guerra, o fim do reinado de Voldemort, muitos comensais foram presos, exilados e até perseguidos por radicalistas aurores que achavam que se igualando a eles o seu destino para o outro mundo seria necessário, ou seja, mereciam morrer como mataram as pessoas, sofrer pelas pessoas que sofreram e chorar pelas mortes que causaram o que, obviamente nunca iria acontecer, pois o novo Chefe dos Aurores Tyler Kniffer, um velho que já havia passado da época,  não deixaria isso acontecer, mas todos sabiam que ele queria, só estava mantendo a visão do herói bonzinho até com os vilões. O que irritou muitos criminosos que preferiam a morte do que ir a Azkaban.

Os comensais exilados foram somente ele, Draco e alguns colegas da escola. O ministério achou melhor separá-los da família para verem o que estavam destruindo e o quem poderiam matar.  Draco esperava não encontrar ninguém que conhecia naquele lugar, ele mesmo achou melhor ficar exilado, não agüentava mais o olhar dos adultos e de todos caindo em reprovação e muito ódio sobre ele cada vez que fazia algo, falava algo ou até mesmo estava presente em algum lugar.

Ele precisava de um descanso e se soltar um pouco. Desde pequeno, pelo incrível que pareça, Draco sempre quis conhecer o mundo trouxa. Mas seus pais nunca haviam deixado ele se comunicar com nenhum desses não bruxos, sempre teve uma fascinação estranha sobre eles. Como podiam viver sem magia?

Seus pais... Era um assunto complicado em sua vida agora. Seu pai, Lucius Malfoy, o mais escorregável homem do mundo fora preso e cumpria prisão indeterminada em Azkaban, por ser um Comensal da Morte, lutar ao lado de Voldemort, por conspirar contra o Ministério, infidelidade ao mundo mágico e por muitos outros crimes, como o uso das Três Maldições Imperdoáveis. Sua mãe por outro lado, foi absolvida de todas as acusações, pois segundo o depoimento por defesa de Narcissa, Harry Potter havia afirmado ativamente que sem Sra. Malfoy, ele não teria conseguido salvar o mundo mágico e por ela mostrar estar do lado certo. Aquilo fez com que Lucius tivesse sua pena de perpetua mudada para indeterminada, o que o deixou um pouco mais relaxado, ele daria um jeito de sair da prisão antes que o Ministro e até todo o mundo mágico se desse conta.

Draco não ligava com o que aconteceria com seu pai, ele vira que depois da guerra, Lucius apenas o tratou como um alguém desconhecido, como se ele não fosse seu filho, que ele fosse à razão de seus problemas. Então Draco notou que não precisava mais seguir as ordens de seu pai e saiu feliz pelo exílio, o que deve ter chocado muitos da audição quando ele disse em alto e bom som.

“O exílio para mim parece à melhor opção, se vocês, caros senhor e senhoras do júri poderem me exilar por algum tempo, tenho certeza que seria o melhor para todos.”

Fora divertido ver os olhos arregalados de alguns que depunham a sua defesa e aqueles contra. Mas o engraçado foi à cara de seu antigo inimigo de escola Ronald Weasley que pareceu achar que sua frase tinha indiretas a ele e suas orelhas ficaram mais vermelhas que seu cabelo ruivo.

Aquilo fez Draco rir enquanto andava pelo trem. Resolveu abrir a primeira cabine que lhe deu na telha e se deparou com o que menos queria no momento. Seu sorriso se desfez e seus olhos fitaram os dois ocupantes da cabine. Blaise Zabini usava um terno preto que lhe caia muito bem e no outro banco fofo de veludo azul se encontrava Crabbe que usava uma roupa tipicamente bruxa, o que deve ter sido obra de seus pais que deveriam tê-lo falado sobre as tradições bruxas antes de ele embarcar no trem, para ele não esquecer.

Eles ficaram parados por um tempo o encarando. Draco usava roupas trouxas, já que o inverno estava mais forte do que o comum aquele ano, ele usava uma blusa preta com uma faixa vermelha no meio e uma jaqueta de couro marrom clara por cima, usava um jeans preto e levava nas costas uma mochila de viagem preta, seus sapatos eram vermelhos para combinar com o detalhe de sua blusa e pareciam gastados e com muito tempo de uso. Aquilo era estranho para seus colegas de antiga casa de Hogwarts.

  -  Está mudado Draco, os trouxas te contaminaram? -  pergunto sarcástico Zabini com um olhar de ódio direcionado a ele. - Pensei que não se renderia fácil.

    - Você não é bem-vindo aqui, Malfoy.  - disse Crabbe sombrio e o encarou profundamente.

Draco continuou os olhando mais lhe caiu a ficha. Talvez tivesse sido ele que deu a idéia do exílio do mundo mágico, se bem que, podiam usar magia sem os trouxas verem, mas eram supervisionados todas as horas do dia o que não lhe davam muita liberdade de usar qualquer feitiço, como um normal  Alohomora, teriam que anotar por que fizeram o feitiço e para que e enviar um coruja para o Ministério na mesma hora.

Outra coisa lhe chamou a atenção, Crabbe parecia mais sombrio, mais inteligente e até mais maduro. O fato é que seu olhar era bem pesado em ódio contra Draco. Até que ele percebeu que fora sobre a morte de Goyle. Crabbe o culpava por tudo e sempre iria culpar, mas a culpa de sua morte fora do morto, Goyle não conseguiu controlar o maldito feitiço. Mas Draco se culpava pela morte dele mesmo sabendo que não fora sua culpa.

   - Olá Zabini, olá Crabbe. Não queria atrapalhar vocês.  - falou educado, causando um olhar duvidoso em ambos.  - Olha, Crabbe, eu sei. E a culpa é minha sim. Eu sei disso. Não precisa me lembrar se não for incomodo. - disse Draco seco e se virou para sair

   - Se não for incomodo? Que maldita colocação é essa Malfoy! Eu vou lembrar e vou te assombrar todos os dias de sua vida pela morte dele! VOCÊ...  - começou a falar alto Crabbe que havia se levantado. Draco apenas fechou a porta trás de si e ignorou por completo os berros indignados de Crabbe pela oudasia dele se virar de costas.

Draco ignorou também o olhar curioso dos trouxas e procurou outra cabine. Aqueles que pensara ser seus amigos agora o odiavam e o consideravam o inimigo de suas vidas e o causador e seus problemas.

Bem, na verdade ele não era, mas se culpava mesmo assim, por todo o mal que sua família fez aos outros, pela morte de Dumbledore, pela morte de Goyle e pela ruína de sua família. Draco era o único herdeiro da família Malfoy e ele não conseguiu alcançar os objetivos de seus antepassados que deveriam estar se revirando no tumulo de indignação.

A procura de outra cabine, Draco percebeu que a hora do almoço se aproximava, era praticamente onze horas da manhã e não havia tomado um café da manhã decente. Talvez nem conseguisse comer, aquela andada pelo trem o fez perder valiosos minutos de uma refeição adiantada servida pelos operários do trem.

Draco achará uma cabine vazia, aproveitou o pouco movimento no corredor e entrou rapidamente na cabine. Não havia ninguém nela, nenhuma mala, nada... Finalmente sozinho. Ele colocou sua mochila preta ao seu lado e se sentou. Encarou a paisagem e viu a campina verde clara se tornar grande ao seu lado, imponente e natural. Tudo o que ele queria ser, era ele mesmo. E agora conseguiria, podia viver como ele sempre quis numa cidade que três ou dois sabiam de seu passado e o resto nada se importava.

Um sorriso caloroso invadiu o rosto dele como uma criança que acaba de ganhar um brinquedo, aquele podia ser o melhor dia da vida dele, ou melhor...

  - Minha nova vida - suspirou aliviado Draco ao olhar pela janela.

Uma batida tímida na porta da cabine fez com que Draco se virasse para ver quem era. Uma mulher uns dois anos mais velha que ele, morena, alta abriu a porta e deu um sorriso tímido para ele.

- Posso me sentar aqui? Se não for incomodo é claro. – disse ela.

- Sem problema. – falou Draco educado colocando sua mochila no chão esperando ela se acomodar.

A mulher se sentou e olhou para ele, analisando-o. Ela abriu o zíper da frente da mochila e de lá tirou uma barra de chocolate preta.

- Quer? – perguntou ela.

Draco analisou a barra duvidosa, mas estava com fome e acabou cedendo.

- Acho que vou querer um pedaço sim. – disse ele e cortou um pedaço da barra. – Aah a propósito sou Draco, Draco Malfoy.

- Sou Daniella Walker, muito prazer. Está indo para onde? – perguntou ela enquanto o olhava. Seus olhos eram azuis claros e seus cabelos marrons claros combinavam perfeitamente com o sorriso caloroso e encorajador dela.

- Estou indo para a próxima parada do trem. Para Turkey Lake1 – respondeu Draco e os olhos da mulher se iluminaram.

- Sério? Estou indo para lá também! Sabe, meus pais moram lá e vou passar alguns meses lá com eles, já que minha mãe está doente. – informou Daniella.

- Meus pêsames a sua mãe. – lamentou Draco – Estou dando um tempo da cidade sabe. Meus pais, eles querem que eu veja como é viver sozinho e tudo mais. Então acabei vindo para cá para esfriar a cabeça. – mentiu ele, não podia contar a verdade de sua estadia. – Ficarei alguns meses também, talvez quando Janeiro chegar eu vá embora, ainda não sei.

- Não tem lugar para ficar? – perguntou Daniella animada. Parecia não ser tão madura quanto ele imaginava. Mas parecia uma ótima companhia. – Sabe, em Turkey não tem nenhum hotel, motel e tudo mais, sabia?

- Não? – perguntou preocupado Draco que agora caíra na real. Seus pais não haviam feito nada para ter uma estadia longa e luxuosa que nem os pais de Zabini e Crabbe tiveram o cuidado de fazer tudo para que seus queridos filhos tivessem o do bom e o melhor. – Eu pensei que...

- Bom... Você pode ficar na minha casa se quiser. Ai eu te mostro a vila. E te apresento a alguns antigos amigos. Vai que você quer voltar para cá. – propôs ela

- Serio? Você não se incomoda... – falou ele comendo a barra de chocolate agora mais tranqüilo. Pelo menos impedia outra dor de cabeça. Se bem que antes de seus colegas e ele embarcarem no trem, o ministro disse que “A equipe de aurores e seu chefe iriam acompanhar sua estadia na cidade para impedir danos aos trouxas ou fugas. E que quando chegassem ao lugar, pelo meio de transporte trouxa, os aurores iriam ver aonde e como iram passar seus dias lá. Mas se suas famílias estiverem dispostas a ajudar o ministério...”

- Não não.. Pode ficar, seria um prazer. Meu pai precisa de algum homem na casa para ouvir as conversas de coisas de homens. Se eu te contar sobre as idéias do meu pai... Ele não me fala nada... Sabe, ele fica falando sobre técnicas de basquete todos os dias...

- Bas o que? – perguntou Draco confuso – É algum tipo de esporte ou algo assim?

- Você não sabe o que é basquete? – perguntou incrédula Daniella que adquiriu de novo um brilho animado nos olhos azuis claros. – É estrangeiro certo?

- É... – falou sem graça Draco que deu uma risada – Seu pai vai gostar de falar comigo sobre isso.

Daniella riu imaginando a cena de seu velho pai falando com o seu novo amigo Draco, imaginando os xingamentos e expressões antigas que falaria quando o homem falasse que não conhecia basquete.

Draco encarou a janela da cabine vendo o céu azul mais atentamente. Podia ver pontinhos pretos voando na velocidade do trem. Ele sabia que era a escolta dos aurores, eles estavam usando as vassouras do Ministério. Sentiu uma dor aguçada no peito, sempre gostou de voar, era o que mais gostava em tudo do mundo mágico. Ele se sentia livre como um pássaro, sem nada para segura-lo.

- Então... esse almoço não vai sair logo? - perguntou Daniella entediada – Posso de chamar de Dra? Acho um apelido legal... Somos amigos agora ,certo?

Draco olhou para ela com um brilho diferente e desconhecido nos olhos cinzas. Uma chama desconhecida fez seu coração bater mais acelerado, amigos? Sempre Draco quis ter uma amizade com uma trouxa, sempre quis ter simplesmente uma amizade verdadeira.

Era algo novo que parecia duradouro e aconchegante ao seu coração, seu cérebro pareceu vibrar com a nova palavra em seu vocabulário e aquela memória estava sendo selada em seu crânio com alegria.

-Amigos... – falou Draco experimentando a palavra nova – Certamente somos amigos.

Daniella sorriu quando viu o sorriso contagiante ser feito pelo rosto de Draco. Ele parecia uma criança que acabará de ganhar o doce que precisava, não parecia malicioso nem nada, aquilo despertou seu sorriso. Era algo puro, único. Os dentes incrivelmente brancos e o olhar animado mostravam o quanto aquilo iria durar.



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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Harry:...(No comments)
Draco: Ainda esgano aquele Zabini maldito.
Cof cof* A vida é assim Draco, mas vamos esperar as reviews para ver o que vai acontecer a seguir.
Sapos de Chocolate, NP