Desavenças Às Avessas escrita por RoBerTA, Apenas Uma Sobrevivente


Capítulo 6
Formigamento de Formigas!


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura meus lindos.
Apenas uma sobrevivente.



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-Uma aposta? Que tipo de aposta?- pede John com um misto de curiosidade e tensão em sua voz.

-Uma aposta poxa!- respondo levando minhas mãos ao alto.- Sabe aquela festa? A fantasia? Aquela que a escola ta promoven...- me corta, esse cretino mal educado.

-Para de enrolar garota. Sei sim que festa que é!

-Então, o senhor John, vai?- peço me aproximando mais dele.

-Claro que vou senhorita Alice, sou o mais popular da escola, acha mesmo que eu não iria?

-Não disse que não achava, só perguntei se iria.

-Ta, desembucha, que aposta você quer propor?

-Então, como eu ia dizendo antes do senhor me interromper- falo, encurtando nossa distancia-  Se...- dou mais um passo em sua direção e paro de frente para ele, tendo apenas alguns centímetros nos distanciando, olho para sua boca, com intenção de provocá-lo, e depois pros seus olhos, os quais fitavam minha boca, me deixando (acho) um pouco corada, então ele olha em meus olhos e eu continuo- nessa tal festa, você ficar na seca...- ele me olha, e estranhando da um passo para trás-  não ficar com ninguém, entende? Não beijar ninguém. Você ganha! – termino me distanciando.

-Huum. E se você ganhar, o que acontece?- pede estreitando os olhos para mim.

-Você perde, né? dã!- e deposito com um pouco de dificuldade pela sua altura, um tapa na nuca.

-Affes, o que você ganha se eu perder?-pede.

-Ganho, você...- dou um tempo, e ele provavelmente acha que eu queira ele, mas continuo: - quietinho, e além de quietinho, terá que fazer uma serenata para Anabella, e beijá-la na frente de toda a escola.

-Ta maluca?

-Sempre fui amor!- falo cheirando seu cangote, fazendo-o arrepiar, pelo visto David estava certo sobre seu ponto fraco.

-Ta, e se eu ganhar, o que acontece com você?

-O que você quer?- falo, quase num sussurro, o encostando no armário.

-Você...- acho que já esperava por isso.- Não, espere... e David, você o deixará em paz.

-Ele já esta em paz, baby.- falo abrindo um sorrisinho.

-O QUE? VOCÊ MATOU ELE?- ele grita, parecendo uma garotinha.

-Não, né, sua anta!- respondo revirando os olhos.- E então, aposta feita?- falo estendendo minha mão.

- Feita!- Ele responde enquanto aperta a minha mão!- Vai se preparando para ser minha...Alice- e assim, ele me da suas costas e vai sumindo no corredor.

Vai sonhando!

E assim, a manhã passa, e o sinal finalmente bate.

Estava faminta, então pego David e vamos para a sua casa. Hoje passaria o dia lá. O que, acho, que, seria muito bom!

-E ai, como foi sua manhã? Deu certo o plano?- pede David logo desembarcar da Ducati.

-Uhual Davi, tu tinha que ver, deu mais do que certo! E sabe, tu tinha razão.

-Sobre?

-Quando cheguei perto do seu pescoço ele se arrepiou todinho! Foi hilário. Pena que tive que ficar séria na hora. Sério, acho que vou seguir carreira de espiã!- ele me olha com uma sobrancelha erguida, e cai na gargalhada, após entrarmos em sua casa.

-E sua mão, onde esta?

-Provavelmente na Escola, ou em algum bar!- fala revirando os olhos, na verdade, eu não entendi o porquê dela estar num bar, mas a mãe é dele... então!

-E ai, como ele reagiu com a aposta?- pede ele, mudando de assunto e sentando-se no enorme sofá.

-Não posso negar que ele ficou muito interessado em ganhar!- rimos mais um pouco!- mas aposto que ele ficou um pouco apreensivo se perdesse! Mas tu visse a cara dele!E sabe... ele disse que se ele ganhasse, eu teria que te deixar em paz!- David me olha, para ter certeza de que não estaria brincando.

-Sério? Ele falou isso?

-Pois é, acho que ele realmente gosta de ti! – dou um sorriso amarelo.

-E você respondeu o que?

-Eu disse que você já estava em paz, e o estúpido achou que eu tinha te matado! Pode?- Rimos mais um pouco e então começamos a jogar vídeo game.

-Sabe, eu achava que só o John podia me derrotar nesse game. Mas pelo visto tu também! Poxa vida! O que eu fiz pra merecer isso?- reclama Davi de sua derota.

-Nasceu amigo, nasceu!

Depois de um bom tempo jogando, já eram 5:30 da tarde.

-Alice, vamos pra algum lugar? – pede Davi, e eu, claro aceito!

Fomos para o parque, bem no centro da cidade, onde tinham um monte de arvores, e bancos, e grama, e formiga, e borboletas, e pássaros, uma fonte e é claro, como poderia me esquecer? As pessoas!

-Uma vez aqui era melhor de se viver, sabia?- puxa assunto Davi se deitando na grama, seguido por mim.

-A é, e por quê?

-Uma vez, as pessoas não ligavam pra roupa do vizinho, ou pra o que ele fazia e deixava de fazer; ou até mesmo pelo o que eles tinham, ou como viviam.

-E quando foi que isso mudou?- peço me virando para ele.

-Eu não sei. Acho que conforme o passar dos anos. Talvez- ele se vira para mim, e assim ficamos um de frente para o outro- as novas pessoas, trazendo novos conflitos e desavenças, sei lá, conforme o tempo, você vai percebendo que nada é como antes...- ele termina por assim, sem complementar uma frase com reticências, só com um grande talvez. Mas, sei lá, acho que senti como se ele estivesse falando de mim com “novas pessoas, trazendo novos conflitos e desavenças”, leve sensação. Talvez.

E então, minha perna esquerda começa a arder, parece um formigamento, mas ardente. Então chacoalho para ver se passa, mas só piora, e quando finalmente olho para minhas pernas, elas realmente estavam formigadas. FORMIGAMENTO DE FORMIGAS!

-AAAAAAAAAAAAAAAH- saio gritando e correndo feito uma histérica, que no caso é o que eu realmente sou. Já comentei que não gosto de formigas? Mas não gosto mesmo, e também não gosto da sensação delas comendo minha perna.Todos a meu redor pararam de fazer o que estavam fazendo para olharem uma maluca pulando com uma perna só e gritando.

-O que eu faço Davi?- Grito para David que parecia sem ação.

Então sem esperar uma resposta começo a tirar minhas calças. Nunca me despi tão rápido, sem ao menos tirar o tênis, que estava começando a ser invadido pro formigas. Já sem calças e não agüentando mais a dor ardente daquelas malditas, me jogo na fonte. E assim começo a massagear minha perna, e afogar as formigas restantes nela. Quando olho em minha volta, percebo um circulo de curiosos ao redor de mim.

Olho para baixo, e me dou conta da calçinha que estou usando, coro na hora. Sabe aquelas calçinhas que a sua vó lhe da de Natal? Então....

-O que foi nunca viram uma pessoa só de calçinha numa fonte afogando formigas?- Grito para a população ao redor da fonte.

Mas ninguém saiu, até parece que eles estavam querendo ver no que isso ia dar.

-UHULL É FESTA NA FONTE!- Grita David parecendo um maluco pulando na fonte segurando as calças no alto para não molhar!

E assim, nós começamos a se jogar água, e jogar água para tudo que é lado, e com isso, a fonte parecia uma piscina, todas as crianças que ali por perto estavam, agora estavam só de cueca ou calçinha brincando na fonte. E o que antes parecia um acidente, agora era uma grande brincadeira.

David e eu, logo saímos de fininho, pois a aglomeração já não tinha mais.

-O que foi aquilo Davi?- peço para ele me enrolando no seu casaco de flanela que pegava todo meu corpo, que assim ninguém iria ver minha calçinha de vovó.

-Sei lá. Só vi tua cara de desespero e foi a primeira coisa que me veio me mente. Vem – ele me pega pelo braço e me leva ate minha ducati e monta nela- vamos para casa, tu ta precisando se aquecer. -E nisso Davi da o arenque em minha Ducati, e vamos até sua casa, onde me mostra o seu quarto e o seu banheiro.

-Tem certeza que esse é o seu quarto?- peço.

 -Sim. Por quê?

-Sei lá, até o meu quarto é mais bagunçado.

-Ta me chamando de Fêmea?- ele pede fazendo uma careta muito hilária, e assim me derruba na cama e começa a me fazer cócegas.

Depois de vários supliques por Penico, ele finalmente concede, e me leva até seu chuveiro. Onde tomo um banho quentinho e aconchegante.

-Davi, to sem toalha.- Grito para que do quarto ele escute.

-Tem embaixo da pia Ali!- ele me chamou de Ali? Ninguém nunca me chamou assim, que estranho.

Depois de molhar todo o banheiro do pobre garoto, vou para o quarto enrolada na toalha, e enquanto ele toma banho, começo a procurar alguma roupa que mais ou menos coubesse em mim. Após achar um moletom cinza da banda de rock que eu admiro bastante, Led Zeppelin, e por uma cueca Box, que usei como shorts, estava vestida, e assim deito na cama. E sem querer acabo pegando no sono.

Acordo nas mãos de David.

-Alice, vamos, minha mãe chegou e já é de noite, teus pais devem estar preocupados. Vamos Alice- Fala Davi meigo, levantando minha cabeça.

Descemos nas pontas dos pés, não sei por que. Parecia que David fazia de tudo para não se encontrar com a mãe, mas não faço perguntas.

-David, filho, não vai me apresentar a sua namoradinha?- Aparece na sala a mãe de David. Ele cora e vai me empurrando até a porta; sua mãe parecia estar bêbada, e seu cheiro também era de álcool, mas não ligue para isso, afinal, eu devia estar em abstinência, desde quando fui expulsa da penúltima escola. Na verdade faz 3 semanas, é talvez fosse isso.

Chago no meu Hotel Amarelo e todos observam a garota de cueca; subo rápido, e vejo que ninguém esta no apartamento, então vou a meu quarto troco de roupa rápido, e na mesa central da sala tem um bilhete de Leonel, avisando que eles foram jantar fora, e só voltariam amanhã, logo penso o que eles irão fazer nessa madrugada, e então balanço a cabeça tentando esquecer.

Ligo para uma pizzaria que tinha no catalogo do hotel e peço um pizza de brócolis, já comentei que adoro brócolis? Então...

Depois de algum tempo esperando a pizza, a como e vou para a cama, só esperando o dia de amanhã.


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Notas finais do capítulo

Reviews??



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