A Filha Da Morte E O Príncipe Dos Mortos escrita por Ana Flávia Souza


Capítulo 19
Atacados por... manequins?


Notas iniciais do capítulo

Olá povo... Eu ia postar ontem/anteontem mas não deu tempo, desculpa!!!
Mas hoje eu vou postar hoje ^^ Espero que gostem e eu não sei quando vou poder postar o próximo ^^



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POV. Meggy

Assim que Jayne saiu para tomar banho eu abri minha bolsa para poder pegar uma troca de roupa. Eu iria colocar outra blusa do acampamento, por que eu não tinha outra roupa comigo, já que eu morava no acampamento não via a necessidade de ter outras blusas se não as laranjas do acampamento. Decidi trocar de calça também, coloquei uma calça jeans um pouco mais clara do que a que eu estava antes.

Mas assim que eu tirei a blusa que estava usando um vento invadiu o quarto. Quando me virei, dei de cara com um homem alto,com um sorriso torto e cabelo castanho e bagunçado. Ele estava segurando um celular, com o desenho de um cajado com asas e duas cobras ao seu redor, e uma caixa simples.

Ele não estava olhando para mim mas senti meu rosto esquentar. Meu coração deu uma disparada, afinal, eu estava na frente de Hermes o deus dos ladrões, dos mensageiros, das estradas, dos amantes, dos... Aaah já deu pra entender, e eu ainda estava apenas de calça e sutiã.

– Pai? - Falou Giullia com incredulidade na voz, seu olhos estavam arregalados. - O que está fazendo aqui?

– Olá filhota, vim entregar uma coisinha para vocês. Mas como estou ocupado não vou poder ficar muito - Ele entregou, digo jogou a caixa para Giullia. - E mais uma coisa. Se eu fosse vocês não usaria a blusa do acampamento, fica meio chamativo demais para os monstros e coisa e tal. Aqui, como eu sou um deus generoso eu vou dar uma blusa para cada.

Ele me entregou uma blusa branca e entregou uma verde para Giullia. Depois disso ele simplesmente andou em direção da janela e pulou, depois de dar tchau para sua filha e me ignorar, claro, mas até que foi melhor assim.

– um deus generoso é? aonde eu não sei... - Fiquei olhando para além do horizonte por um tempo, podia sentir meu rosto quente ainda. Amarrei o cabelo em um rabo de cabalo alto e voltei a olhar para fora da janela. Tentando normalizar minha frequência cardíaca.

Enfim Jayne saiu do banho. Ela perguntou o que era aquela caixa. Eu disse sobre a visita de Hermes e Giullia falou algo sobre o "presente" parecer uma lembrancinha de lojas de conveniências.

Jayne pediu para que ela a entregasse o objeto para ela ver. Quando já estava com ele nas mãos seus olhos se arregalaram.

– Um grifo? Por que alguém mandaria a estatueta de um grifo pra gente? - Ela perguntou com uma voz áspera o que indicava que sua garganta deve ter ficado seca com a surpresa.

O que? Um grifo, como assim? Pensei. O mesmo monstro que tinha nos atacado mais cedo, o que isso significava?

– Também não sei. De que isso vai nos ajudar? Se pelo menos fosse um grifo de verdade... - Disse Giullia, de repente Jayne larga a estatueta mas antes de ela atingir o chão, ela se transforma em uma miniatura de Grifo do tamanho de um gato doméstico.

Ele voou pelo quarto, sem nos atacar. Mas eu sabia que ele poderia fazer isso a qualquer momento. Por fim ele pousou aos pés da Jayne e ficou se esfregando nela, do mesmo jeito que faria um gatinho doméstico.

– Não me diga que ganhamos um mini Grifo de estimação?! - Exclamou Giullia tentando disfarçar um sorriso.

– É o que parece... - Respondeu Jayne afagando a cabeça do Grifo.

–Acho que deveríamos dar um nome para ele. O que acha Meggy?

– O que eu acho? Eu acho que temos que tomar cuidado com esse monstro. - Não sei dizer se foi pelo meu tom de voz ou se o bicho me entendeu mas ele se encolheu e foi se esconder entre as pernas da Giullia.

– É, ele parece muito perigoso. - Disse ela com desdém. - Que tal chamarmos ele de Spike?

– De onde tirou esse nome? - Perguntei.

– Sei lá, eu acho que é um nome fofo e ele é fofo. - Disse dando de ombros.

– Ele é fofo? Ele é um Grifo! Um monstro grego. - Disse apontando para o híbrido de gato e águia. Aquilo não era muito fofo, pelo menos o que nos atacou não era. Não sei por que, mas ele pareceu ofendido com isso e foi aninhar-se no colo da Giullia. - Enfim... Ele parece gostar de você então ele está sob sua responsabilidade.

– Eba!! Ouviu isso Spike? Você agora é o meu grifo! - Não sei se isso é possível mas o grifo, digo, Spike ronronou. Olhei para o relógio e vi que faltavam apenas quinze minutos para a saída da excursão que nos levaria até Hogsmead.

– Vamos gente, e arrume um jeito de esconder o seu "bichinho" cria de Hermes.

– Como quiser... Cria de Hades! - Ela retrucou imitando o meu tom ao chamá-la de "cria de Hermes".

Saímos do quarto em silêncio. Reparei que Jayne não parava de coçar o braço e olhar em volta meio nervosa. Bem, Estávamos em um Hotel carregando um grifo como se fosse um gatinho doméstico. Ela provavelmente estava com medo de alguém nos barrar, ou de que mais algum monstro aparece-se.

Deu tudo certo até chegarmos em um shopping. Paramos para comer ali e eu tive que segurar a Giullia se não ela iria roubar uma máquina de sorvete, nem me perguntem como ela pretendia fazer aquilo. Eu não sou uma filha do deus dos ladrões.

De repente algo chama a atenção da Jayne e ela começa a nos puxar até uma loja de roupas.

– O que você quer Jayne? Não temos tempo para fazer compras agora. - Comentei enquanto no abaixávamos atras de uma pilha de casacos com 50% de desconto.

–Não é isso. Estão vendo aquela mulher? - Ela apontava para uma mulher alta com longos cabelos negros. - Ela é a mulher que apareceu no meu sonho, entrando no beco de Hogsmead.

– E o que pretende fazer? Correr e agarrar ela no meio de uma loja lotada?

– Eu não tinha pensado nisso. - Parecia que ela realmente não tinha pensado nessa hipótese. Eu ia me virar para falar com Giullia, mas ela não estava mais atras de mim. Nem ela, nem o grifo.

– Giullia!! - Ouvi Jayne gritar. A cria de Hermes estava correndo em direção da mulher com um bicho meio gato meio águia agarrado nas costas. Mas antes que ela pudesse acertar algum golpe ou sequer encarar a mulher ela desapareceu. Todas nós ficamos com cara de paisagem, sem entender nada.

De repente percebo que somos as únicas pessoas naquela loja, o que era estranho já que era uma loja grande. Sem aviso algum as portas se fecham e algumas luzes piscam. Não havia atendente os nada do tipo, somente nós três, o grifo e quase uma duzia de manequins que se mexem. Pera? Os manequins estão...

– Vivos! Esses manequins estão vivos!! - Berrou Jayne, completando o meu pensamento.

– O que faremos agora, rainha dos planos e planejamentos? - Retrucou Giullia sacando sua espada, de dentro do bolso... nem me perguntem. Jayne já estava empunhando sua foice que eu nem quando ela a transformou do anel para a arma.

Peguei uma faca que eu tinha escondido por debaixo da roupa.

– Bem, acho que não temos escolha se não lutar. E temos que ser rápidas, ou a excursão vai embora sem a gente.

– Lutar com rapidez. Gostei disso! - A cria de Hermes exibia seu melhor sorriso travesso e animado. - Fiquem para traz, eu dou um jeito nisso.

– Sozinha? - Perguntou Jayne, ela não estava pondo muita confiança em Giullia, o que normalmente é um grande erro, mas eu revistei a bolsa dela e como não tem chantily, fita adesiva e outros pertences potencialmente perigosos, não é tão perigoso assim.

– Pode deixar, se ela estiver morrendo e precisar de socorro nós ajudamos ela. Mas só se ela implorar. - Lancei a última frase para provocá-la, digamos que isso é como jogar álcool na fogueira.

– Eu nunca vou implorar, e vou acabar com isso em um minuto. - Ela gritou enquanto decapitava um boneco que vestia uma blusa em que se lia; Today is a party day.

– Estarei contando então... 1...2...3...4...

Ela olhou para mim. Seus olhos brilhavam com um fogo intenso de quem não aceita a derrota. Ela pulou em cima de outros dois bonecos e cortou-os na altura do peito. Um quarto manequim, vestindo uma calça jeans e uma blusa que imitava o espaço, vinha correndo em sua direção, mas ela virou o corpo e fincou a espada no topo de sua cabeça. Jayne parecia paralisada, sua boca estava aberta e os olhos saltados. Durante os cinco segundos em que eu tinha virado para olhar as reações da Jayne, Giullia derrubara mais dois dos bonecos.

faltavam quatro manequins e vinte segundos.

– 40...41...42... - Enquanto eu contava Giullia fazia movimentos cada vez mais rápidos, quando faltavam ainda oito segundos todos os manequins já estavam no chão e Spike brincava de fatiar seus braços e suas pernas com aquelas enormes garras.

–Nunca. Subestime. Uma. Filha. De. Hermes. - Disse ofegante.

– Certo, certo. Vencemos a luta, agora temos que sair daqui. - Estendi uma garrafa de água que eu peguei de dentro da minha mochila para ela beber. Depois que ela se recuperou, fomos até a entrada da loja e abrimos a porta cuidadosamente, ao modo semideus. Traduzindo, explodimos a porta sem machucar ninguém.

Nos juntamos ao nosso grupo como se nada tivesse acontecido.

– Quem era aquela mulher, Meggy? - Perguntaram as duas ao mesmo tempo. Por que elas acham que eu devo saber de tudo? Eu sou só a mais responsável, não a nerd, isso eu deixo para os filhos e filhas de Atena.

– Eu não sei, isso está estranho. Vamos seguir com o plano por hora.

Continuamos seguindo o grupo de turistas até chegar à entrada da Disney, e do parque do Harry Potter. Por alguma razão eu tinha a sensação de estar sendo vigiada, mas sempre que eu olhava para os lados não via nada de anormal, e aquela mulher não apareceu mais depois daquela vez na loja...



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Notas finais do capítulo

Comentem por favor *__*
Enquanto eu escrevia essa nota eu estava lutando contra uma mosca irritante aqui no meu quarto!! MORRE MOSCA MALDITA!!
Espero que estejam gostando, daqui a pouco já estaremos chegando perto do começo do fim... Confuso? nem tanto...



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