O Garoto Da Camisa 9 escrita por Gi Carlesso


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Chegou o momento que todos esperavam! E já podem subir pelas paredes ok? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk



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Um sorriso malicioso escapou de meus lábios enquanto ele continuava a me tentar daquela forma que impossível de resistir. Já estávamos juntos à quase dois meses – por incrível que pareça – e por mais que eu tentasse evitar, eu possuía um sentimento por ele tanto emocional quanto carnal. Quando estávamos juntos, éramos puxados um pelo o outro como imãs, não conseguindo resistir.

Sam ainda me provocava – dava mordiscadas na pele de meu pescoço e suas mãos deslizavam por minhas costas, até um momento que me descontrolei e puxei seu rosto para cima. Estava cansada de apenas ser provocada, já estava no meu máximo. Começou com apenas um toque – gentil, delicado, macio e quente, o qual se transformou totalmente quando senti os lábios dele forçando-o os meus para que aquilo se tornasse um beijo de verdade.

Como eu poderia descrever um beijo de Sam?

Completamente insano, sempre pedindo por mais, quase como se me quisesse por completo. Bom, podia-se dizer que, com aqueles beijos subindo e descendo em meu pescoço e passando para os lábios, qualquer um iria o querer por inteiro. Senti que estava sendo pressionada contra a parede, fazendo com que um pensamento invadisse minha mente: Estávamos no meio do corredor do dormitório feminino! Estar ali daquela forma era o mesmo que pedir para que um segurança nos visse e acabasse com nosso plano. Se algum fiscal nos pegasse, estaríamos em perigo, pois Lilian saberia de nossa escapada e chegaria à conclusão de que estávamos tentando fugir e evitar o prazo dela.

Ainda sendo pressionada pela parede, consegui arrumar força de vontade para afastá-lo lentamente, quem pareceu confuso ao ver o quão nervosa eu estava.

- O que foi?

- Estamos no meio do dormitório feminino e você e os outros garotos são proibidos de entrar aqui, Sam! Sabe o que pode acontecer se um fiscal ou segurança nos pega aqui? Lilian vai escarar como uma tentativa de escapar. Você tem que ir.

Eu já estava o empurrando para longe, mas ele conseguiu permanecer no mesmo lugar e acredite, aquele garoto era pesado demais. Eu nem tive chance de conseguir empurrá-lo direito.

- Ah, não. – disse de uma forma manhosa. – Eu não quero ir.

Suas mãos estavam apertando meu quadril, deixando-nos muito próximos um do outro, ainda mais porque eu estava completamente de encontro a parede. Se tivesse um biquinho em seus lábios, eu juro que me jogava sobre ele agora mesmo. Mas, como seu uma pessoa controlada, fiz uma careta tentando mostrar a ele o quão perigoso era aquilo.

- Jesse está aqui dentro. – resmunguei sentindo-o mais próximo de mim até que senti um de seus braços me rodeando. – Se tem planos para essa noite, pode mudar de ideia.

- Ao invés de ficar fazendo de tudo para eu ir, por que não olha ai dentro e verifica se a Jes está mesmo? – sussurrou e antes que eu pudesse mostrar qualquer reação, Sam mordeu o lóbulo de minha orelha.

Um arrepio percorreu minha espinha e com muita força de vontade, afastei-me dele lentamente para ir e abrir a porta para ter certeza de que Jesse estava ali. Consegui sair de seus braços e abri a porta de meu quarto bem lentamente, colocando minha cabeça para dentro apenas para ter certeza do que ele dizia. É, Sam estava certo. Jesse não estava no quarto e pelo o que eu conhecia minha amiga, ela não voltaria muito cedo.

Tentei controlar minha respiração e não ter uma crise de nervosismo por conta daquilo, afinal, Sam não precisava saber o quão ansiosa e com medo eu estava.

Porém, pouco antes de me virar para dizer que não havia ninguém, Sam já me agarrava e me empurrava para dentro do quarto, não me deixando nenhuma chance de negar. Sua boca trabalhava em beijos longos e apaixonantes, assim como seus dedos que faziam um percurso longo desde meus braços, até meu quadril – indo e vindo. Eu estava fora de mim, sentindo cada canto dele, sentindo um sentimento novo de apoderar de mim.

Eu amava Sam. Mesmo não dizendo, eu sabia que esse sentimento existia, e estava presente naquele momento.

Sam me colocou contra a parede novamente, mas então suas mãos desceram para minhas pernas e quando vi, fui erguida, colocando-as em torno do quadril de Sam. Isso me fez ficar ainda mais próxima dele fazendo com que o nervosismo voltasse à tona.

Ele beijou meu pescoço, como antes dando mordidas leves e eu nem me importava se ficaria roxo, eu só queria ele naquele momento. Com meu corpo apoiado na parede, ele desceu as mãos por minha cintura, erguendo minha camiseta lentamente, e eu, fiz o mesmo com ele, porém arrancando-a muito mais rápido. Ele possuía músculos, porém nada exageradamente, apenas o mínimo para que eu acabasse mordendo os lábios em resposta com a imagem. Vendo minha expressão um tanto maliciosa, Sam voltou seus lábios contra os meus, quase que num beijo de posse.

Seus dedos voltaram a tentar arrancar minha blusa pela barra e quando finalmente ela foi tirada, Sam a lançou para algum canto do quarto, o qual não pude ver. O beijo ficou mais intenso, como uma fogueira grande de um acampamento, esquentando-me. Havia algo mais naquele beijo, como uma posse “você é minha” era a linguagem de nosso beijo. Mordisquei seu lábio inferior, vendo-o sorrir abertamente.

- Você realmente sabe como provocar. – sussurrou com os lábios de encontro a minha orelha.

Sam me carregou até minha cama, colocando-me deitada enquanto eu ia indo para trás lentamente e ele, vindo sobre mim, os lábios pedindo os meus. Sam cobriu meu corpo com o seu, colocando todo o peso sobre mim. Havia um brilho em seus olhos – excitação – e ao mesmo tempo, um brilho já reconhecido, algo que provavelmente estava presente nos meus também.

- Apressado. – falei quando ele arrancou minha calça.

Ele deu de ombros.

– Sabia que me deixa louco?

- Deixo, é? – sussurrei tentando soar como ele. Fui até seu ouvido e sussurrei sentindo-o arrepiar. – Cuidado, eu posso tirar proveito disso.

Sem deixa-lo responder, empurrei Sam para o lado ficando sobre ele. Eu estava sentada em seu quadril, o que deixava me sentir estranha, um pouco constrangida por estar fazendo isso. Eu tinha a plena noção de que estávamos indo rápido demais, em meio a tudo que estava acontecendo em nossas vidas, aquela parecia ser a pior hora para acontecer, entretanto, o desejo que sentíamos um pelo outro era intenso demais, algo quase que fora de controle.

Éramos como imãs, sempre sendo atraídos um pelo outro.

Nossos olhares se encontraram por um segundo, como se percebêssemos apenas agora onde tudo acabara chegando. Agora, o brilho nos olhos de Sam tomara a forma de algo um pouco assustado, ele parecia surpreso por tudo ter acontecido daquela forma, mas agora, não teria como parar.

- Eu preciso dizer uma coisa... mas não sei como. – murmurou ele escondendo o rosto na curva de meu pescoço.

- Sabe que não precisa ter vergonha de me dizer nada.

Um silêncio um pouco constrangido pairou sobre nós por alguns segundos.

- Eu te amo. – disse simplesmente sem dar-me chance de absorver o choque. – Sempre amei, desde o dia que eu a vi no jogo, desde quando você foi a primeira a não me julgar e... gostar de mim pelo o que sou. Eu amo você, Overton, mais do que eu achei que amaria.

Uma confissão como aquela poderia roubar suspiros de qualquer garota apaixonada, mas para alguém como eu que sofrera tanto e agora, sofria de uma perseguição mortal, parecera quase que uma notícia ruim. Eu não conseguia sair do transe, não conseguia arrumar palavras para dizer o que sentia.

E que sentia o mesmo que ele.

- Sabe... esse era o momento de você dizer que também me ama. – disse num tom brincalhão, porém um pouco assustado pelo medo de eu não dizer isso.

- Eu... – respirei fundo. – Sam, eu... eu te amo também.

Sam abriu o maior sorriso que já vi em minha vida, como uma criança que acabar de ganhar um doce ou um brinquedo, havia um brilho naquele olhar que me fez perder o fôlego. Quem diria que seria no North England, que eu encontraria alguém como Sam Bower?

As pessoas poderiam dizer que era loucura, que estávamos completamente loucos em sentir algo assim um pelo outro em meio à tantos problemas. Mas eu não ligava. Nós não ligávamos para nada disso. Tudo o que eu conseguia pensar agora, era a forma com que seus dedos estavam entrelaçados aos meus – seguros e firmes – como se nada pudesse interferir.

Quando acabou, senti-lo enroscar os dedos nos fios de meu cabelo, com o corpo próximo ao meu como se nunca fosse se separar. O sorriso em seus lábios e a forma com que seus olhos pairavam sobre mim, cansados, felizes e tranquilos...

Como eu queria que aquela sensação durasse para sempre, mesmo sabendo que não.

Pois o perigo, está aonde menos se espera.



- Não que você vá se importar mesmo, porque está com essa cara de boba desde de manhã, mas eu tive que terminar um dos trabalhos com Carly ontem a noite e acabei ficando por lá. – ela estalou dois dedos a frente de meu rosto. – Terra chamando Melanie! Virou zumbi?

Balancei a cabeça para os lados acordando de repente de um transe. Jesse estava ao meu lado no refeitório comendo uma maça que conseguiu após subornar a cozinheira com algumas notas de 20 libras que encontrara em sua bolsa. Ela me encarava com as sobrancelhas arqueadas e o olhar curioso sobre mim a procura de minha reposta.

Engoli um seco.

Do que estávamos falando mesmo?

- Será que isso tem alguma coisa a ver com o Sr. Camisa 9? – perguntou desconfiada.

Indignada, assenti negativamente tentando desviar meu olhar do dela para que Jesse não percebesse meu rosto completamente corado.

- Não! – falei indignada. – Vamos para a aula, por favor?

Sem dizer mais nada, Jes apenas deu de ombros e me seguiu para fora do refeitório ainda segurando sua maça pela metade. Os corredores estavam bem cheios, porém não demorara muito até que finalmente encontramos a sala, onde Roman e os outros já estavam presentes, porém não fazendo a bagunça diária e sim, sérios e um pouco quietos.

Nem me importando muito com isso, sorrindo feito uma boba, sentei-me ao lado de Jesse ouvindo-os falar algo sobre uma pessoa estranha ter saído de manhã da sala de Lilian e desaparecer logo em seguida.



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Notas finais do capítulo

UHSUSHUSHSUSHUSHSUHS MOMENTO ROMÂNTICO DE SANIE ♥



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