Any: Er, ahn... – Ok, o que eu ia dizer mesmo? (cap 3)
XxX: Boa tarde. Meu nome é Alfonso Herrera, mas acho que isso você já sabe. – ele disse apontando para as fichas em minha mão.

Precisei de pelo menos um minuto para recompor minha face de choque. Aquele homem era realmente maravilhoso. Só de olhar pra ele, já consigo imaginar mil novas posições sendo inventadas para o Kamasutra, e o melhor, na minha cama. Enfim, recomponha-se Anahí, foco, foco, foco – eu disse para mim mesma.

Any: Boa Tarde Alfonso, é um prazer tê-lo aqui. Pode se sentar.
Poncho: Obrigada. – ele disse sentando-se na cadeira à minha frente.
Any: Bem, quero que fique a vontade, a primeira consulta é bastante perturbadora, mas quero que tente me ver como uma amiga disposta a dar conselhos, e não como uma mulher cruel disposta a te julgar. Certo?
Poncho: Com certeza eu não a veria como uma mulher cruel. – e nesse momento ele sorriu. AHHHHHHH, preciso de ar! Ar. Ar. Ar.

A consulta pareceu uma sessão de tortura lenta e dolorosa. A cada sorriso dele, eu me derretia e não conseguia achar o ar pra respirar. Fora isso, foi tudo ótimo. Ele me contou do trabalho, – está em uma nova série e também é dono de um restaurante no litoral – da família, dos amigos, e até de alguns relacionamentos. Sinceramente, não vi problema nenhum com ele, muito pelo contrário, acho que posso esculpi-lo – pelado, peladão – e coloca-lo em meu quarto. Rá, seria ótimo, impossível ter pesadelos, eu acho que ia até perder o medo de cobras. Ok, eu não pensei isso.

Voltei para casa exausta. O motivo eu não sei, mas estava mais exausta que o normal. Olhei meu telefone e tinha um recado na secretária.

Secretária eletrônica: Oi amiga, linda, poposuda e gostosa. Christian falando. Escuta, a Mai vai começar um projeto mega luxuoso lá em Acapulco, com direito a trilhões de ajudantes e não sei mais o quê. Ela vai esse final de semana para conhecer o terreno, então, estamos aproveitando pra passar o final de semana lá, o que acha? Ah, eu acho ótimo, Acapulco, amigos, bebida, festa, praia, sol, sexo, Bj, sexo com o Bj. – ele soltou uma risadinha – Por falar em sexo, Bj e sexo com o Bj, ontem fizemos loucuras na piscina aqui de casa, espero que os vizinhos não tenham visto a minha performance de I will survive. – ele deu outra risadinha comprometedora. Já disse pro Christian que não faço questão de saber das intimidades dele, mas ele insiste em contar. Bicha quando dá a louca é uma desgraça – Enfim Any meu amor, espero uma resposta. Xoxo!

O Christian fala xoxo no telefone, muito gay isso, ele não tem jeito. Final de semana em Acapulco, isso pode ser interessante.

A semana passou tranqüilamente, sem muitos problemas, muitos estresses. Finalmente chegou sexta feira. E já era noite, o que significava: VOU PARA ACAPULCO! As borboletas na minha barriga já começavam a fazer festa. Os dois casais apaixonados – lê-se Mai e Guido; Christian e Bj – já estavam lá, só eu estava indo à noite, culpa dos meus pacientes problemáticos. Pelo menos a segunda feira eu teria livre, isso já era uma dádiva.

O vôo foi tranqüilo, fui ouvindo Maria Jose o trajeto inteiro. Ela agora ta estourando nas rádios aqui do México, e eu claro, viciei. Quando cheguei lá, esperei ver meus quatro amigos lindos, de braços abertos, esperando por mim, e de repente... nada! Os desgraçados esqueceram de mim. Tenho que me lembrar de providenciar uma sepultura para cada um deles