Se passou um mês e nunca mais aconteceu algo como isso de novo entre a gente, foi somente aquela vez, nem ele não tentou mais nada e eu mantive a distancia. Eu já havia encontrado uma casa, com a ajuda dele e as coisas pareciam caminhar normalmente. Meu trabalho estava indo bem, eu adorava sentir de novo a adrenalina e tudo mais.

            Amanha é aniversário de Lindsay e nós vamos para Vegas como o combinado. Chegamos lá quase de manha e eu insisti para que ele ficasse lá em casa ainda não tinha conseguido vender a casa, na verdade eu nem queria mais vendê-la. Ele aceitou ficar lá como uma troca de favores.

            Já na festa eu fui apresentar George para Lindsay, que para constar estava linda eu não me separava dela de tanta saudade que eu estava.

- filha, esse é George Pratt, agente do FBI que trabalha comigo. – eles se olharam e ele apertou a mão dela.

- Lindsay Willows!

- encantado! – ele diz e eu balanço a cabeça.

- cuidado viu minha filha. – eu digo e ele me olha com um olhar fuzilador. A campanhinha toca e eu vou abrir. Ao abrir a porta ainda sorrindo de um comentário idiota de Pratt, meu sorriso logo desaparece. Lou estava na porta nosso olhar se encontra e eu podia jurar que o olhei durante meia hora. Eu não podia acreditar que depois de tanto tempo apenas um olhar nos olhos dele faria tudo voltar e ainda mais forte que antes.

- ah entra. – eu digo muito desconfortável, não sabia que Lindsay havia o convidado.

- tudo bem? – ele me pergunta ainda da porta.

- tudo e você? – minha voz falha, eu tinha vontade de abraçá-lo.

- indo. – ele diz e passa por mim, seu cheiro me invade e ainda fico parado na porta com os olhos fechados tentando me recompor. Lindsay se aproxima de mim.

- mãe? Tudo bem? – ela diz fechando a porta e me puxando para a cozinha.

- por que você não me disse que iria convidá-lo?

- por que eu achei que não seria um problema, mas pelo visto você ainda o ama e muito, ficou igual a uma idiota parada na porta.

- nada a ver Lindsay, você que parece ter gostado do George.

- ah ele é bonito.

- cuidado viu filha. – eu digo querendo contar a ela sobre eu e ele, mas era aniversário dela e eu não faria nada para magoá-la, mas eu sabia que isso poderia me causar problemas.

- eu não sou mais uma adolescente mãe.

- eu sei, só não quero que se machuque. – principalmente por minha causa, eu penso.

            Voltamos para a sala. A festa estava divertida aproveitei para matar a saudade de Lindsay e do pessoal do lab. Lou não tirava os olhos de mim, nós não tínhamos trocado mais nenhuma palavra. Eu estava sentada na ponta do sofá com Greg ao meu lado.

- Lou? – sinto um arrepio ao ouvir o nome dele que Greg gritou e fez sinal para que ele se aproximasse.

 - senta aqui! – Greg diz e se levanta para dar lugar para ele se sentar ao meu lado. Lanço um olhar fuzilador para Greg, mas ele me ignora.

- não, estou bem aqui Greg. – ele diz, mas eu decido quebrar esse clima ruim, afinal todos já estavam percebendo.

- não Lou senta aqui. – eu insisto e ele me olha meio receoso, mas se aproxima de mim. Ele se senta ao meu lado e meu coração parecer falhar entre uma batida e outra.

- então como está o novo emprego?

- está correndo tudo bem por enquanto. – ele somente balança a cabeça e desvia o olhar.

- eu vou pegar outra bebida. – ele diz se levantando e saindo de perto de mim, nem me dando a chance de dizer qualquer coisa. Estava claro que ele não queria ficar perto de mim, mas eu queria estava morrendo de saudade. Ele nem se quer disfarça pegando uma bebida, ele simplesmente vai para a varanda deixando um clima ruim que todos perceberam e ficaram me olhando. Então me levanto e vou atrás dele.

- Lou? – o chamo, mas ele nem me olha, nem me responde, então me aproximo.

- vai me tratar assim?

- assim como? – ele me pergunta, mas eu ignoro, ele sabia como.

- eu senti sua falta. – eu digo e ele me olha

- eu também, você não sabe como foi e ainda é difícil. Não teve só um momento que eu não pensei em você, que eu não tive vontade de ir atrás de você.

- eu também pensei em você cada segundo. Eu fiz de tudo para te esquecer, mas nada adiantou.

 - sabe, às vezes, eu penso se não poderia haver um jeito melhor.

- eu também. – eu digo e ficamos em silencio olhando através da varanda. Depois de alguns segundos ele me olha e começa a falar.

- sabe, você está muito bonita, tem um brilho diferente nos seus olhos e eu fico realmente feliz que as coisas estejam dando certo para você.

- é, mas eu ainda sinto que falta alguma coisa... Talvez falte você, para que minha felicidade se torne completa. – meus olhos teimam em chorar. Nos olhamos intensamente, todo o amor parecia igual. Um imã parecia nos puxar para perto tanto que quando percebo já estávamos nos abraçando forte, com medo de nos machucarmos ainda mais. Fecho meus olhos e não penso em mais nada a não ser em seus braços ao redor de mim me apertando dizendo inconscientemente que quanto mais forte me abraçasse mais difícil seria para mim ir embora.

- como eu queria poder nunca mais te soltar. – ele diz ao meu ouvido, meus olhos já escorriam lagrimas.

- como eu queria que você nunca mais me soltasse.

- mãe pode me ajudar com... – Lindsay sai na varanda e nos soltamos. - desculpa eu não queria.

- não filha tudo bem. – eu digo e agarro a mão dela a puxando, doida para sair de lá.