Passeamos pelo central park, ao som dos pássaros cantando e a brisa leve e fresca que soprava entre as folhas das arvores. Conversávamos sobre como era a vida em NY, sobre meu novo emprego, sobre Lindsay que em minha opinião ele se mostrou bem interessado nela.

- sua filha parece fascinante como você, quando vou conhecê-la?

- eu pretendo voltar a Vegas no mês que vem, é aniversario dela e ela fará uma festa, você esta convidado. – ele sorri e acena com a cabeça.

Compramos um sorvete e nos sentamos em um banco próximo a uma fonte.

 - sabe, um amigo meu fará uma despedida de solteiro quer ir comigo?

- está me convidando para uma despedida de solteiro?

- qual problema?

- nenhum, é só que é meio estranho.

- não para mim.

- quando vai ser?

- hoje!

- se não se importar... – tento inventar alguma desculpa, mas ele me corta.

- eu me importo, eu quero que você vá comigo. Você parece triste, precisa esquecer Vegas! – ele tinha razão eu precisava esquecer Vegas, esquecer Lou, não que eu achasse que isso era possível. Sinceramente a distancia não diminui a dor somente aumenta o amor. Eu tentava negar a mim mesma que o tinha esquecido, mas no fundo eu nunca vou esquecê-lo. Decido aceitar, eu precisava ao menos tentar.

- tudo bem, mas eu jurei nunca mais beber.

- ah assim não tem graça.

- não serio ainda estou me recuperando da minha despedida. – ele sorri e voltamos para a casa dele caminhando calmamente pelo parque que para constar era lindo.

Eu disse que não iria beber, mas me diga quem vai a uma despedida de solteiro e não bebe? Bom, eu bebi sim, mas não tanto quanto ele. Ele estava tropeçando pelo caminho e eu tentava segurá-lo, mas em vão. Ele se senta na varanda e coloca a cabeça entre as mãos e os joelhos.

- George? Vem! – eu o puxo pela mão para ele se levantar. Ele por fim se levanta e consigo arrastá-lo para dentro.

- você está muito bonita. – ele diz chegando perto de mim

- e você está bêbado, vem?! – eu o puxo pela mão.

- por que você não me dá uma chance? – ele me diz me fazendo virar para encará-lo.

- por que não. – eu digo indisposta a formular uma desculpa melhor

- tem alguém em Vegas que te impede?

- não. – eu respondo rapidamente, me voltando a andar ate o quarto dele com ele atrás de mim. Quando entramos no quarto ele me puxa pela mão e envolve suas mãos em minha cintura colando seu corpo ao meu.  Olho em seus olhos, meio confusa e sem reação.

- desculpa, mas não vai rolar! – eu digo o empurrando. Ele sorri para mim, um sorriso doce. Eu pensei que ele fosse ficar bravo, mas não. Ele me solta e se joga na cama de bruços.

- seu coração já tem dono não é? Mudar de cidade não vai fazer você esquecer ele.

- e transar com você vai?

- se eu disser que vai eu tenho alguma chance?... Sério eu não sei se transar comigo vai adiantar ou não, mas eu sei que você precisa se decidir. Ou você o esquece de vez ou volta para ele. Você ainda o ama? – ele pergunta, mas eu não consigo responder em vez disso me viro para o guarda-roupa dele e pego um pijama.

- vai trocar de roupa em mim? – ele diz levantando a cabeça para mim, mas logo a abaixa de novo deve ter ficado tonto. – serio você não precisa fazer isso.

- você consegue fazer sozinho?

- na verdade não, mas não precisa se preocupar.

- cala a boca, você consegue ficar ainda mais chato quando está tonto. Vem! – o puxo pela mão e o levo até o banheiro, ele se apóia na pia. Começo a abrir a camisa dele, ele apenas me olhava. Retiro a camisa dele e o olho, ele tinha um corpo e tanto.

- gosta do que vê? – ele me pergunta e sorrio sem jeito. Retiro a camisa dele e coloco minha mão sobre o cinto dele, mas ele retira minha mão.

- melhor você parar. – ele me diz e sorrio para ele, mas volto a abrir o cinto dele.

- tudo bem, eu posso continuar daqui. – ele diz saindo de perto de mim, ele retira a calça e eu apenas o olhava.

- você vai ficar ai?

- vou, você está tonto é perigoso. – eu digo e vou abrir o chuveiro, coloco na água fria e ele entra na água. Ele fica parado com a água escorrendo pelo corpo com os olhos fechados. Ele é muito sexy, olho para boca dele e desço para o abdômen. Mordo os lábios e quando volto a olhar para o rosto dele percebo que ele tinha os olhos abertos e olhava para mim. Ele simplesmente sorri com cara de safado.

- você está parecendo minha mãe assim.

- está achando ruim?

- não de jeito nenhum, mas bem que nós poderíamos dar um passo à frente.

- como assim?

- assim. – ele me puxa pela cintura e me beija, não tento parar agora. Eu só queria alguma coisa que me fizesse esquecer. Ele me puxa para debaixo da água fria e eu solto um gemido. Ele me pressiona contra a parede fria do banheiro e abre minha blusa e tira minha roupa rapidamente. O desejo estava à flor da pele. Caminhamos para o quarto em meio a tropeços e beijos. O empurro na cama e pulo em cima dele voltando a beijá-lo. Eu queria parar de sentir essa dor e essa saudade, eu sabia que dormir com ele não iria diminuir minha dor, pelo contrario poderia aumentar. Mas eu não me importava eu só queria tirar Lou da minha cabeça nem que fosse por apenas um segundo.

            Acordo com a cama toda molhada não sei se era nosso suor ou a água do chuveiro ou os dois. me viro para ele que dormia calmamente. Eu não deveria fazer isso com ele, nem comigo mesma por que agora eu me sentia ainda pior. Eu não queria dar nenhum tipo de esperança para ele. eu pensei em levantar e ir para o meu quarto antes que ele acordasse, mas foi tarde demais. Ele abre os olhos cuidadosamente, e olha para mim meio preocupado.

- minha nossa, eu não espera acordar na mesma cama que você! – ele diz e me encara.

- você não se lembra de nada?

- não, mas com certeza eu fiquei tentando te agarrar e eu não lembro por que você não me deu um soco no estomago e foi embora.

- por que você estava bêbado.

- isso não é desculpa, eu não tinha o direito, me desculpa às vezes eu sou um idiota.

- tudo bem, você não me forçou a nada.

- quer dizer que...

- não quer dizer nada. – eu o corto e ele sorri.