Meu Amor Imortal escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 33
Capítulo 33 - SHOW SANGRENTO NAS ALTURAS


Notas iniciais do capítulo

E eu te amarei até que a ultima folha de Bordo caia a chegada de Outubro. De todos Outubros. Te amarei até que a ultima folha do mundo caia. Te amarei até o fim do mundo, ou pelo menos até o fim do meu mundo. Te amarei a cada milésimo de segundo. Alias, te amo cada vez mais. Como se cada piscar de olhos acarretasse uma avalanche de sentimentos. Uma avalanche de amor. CHUVA DE AMOR! Te amarei todos os dias. Todas manhãs. Todas tardes. Todas noites. Te amarei em todos sonhos. Te amarei independente da distancia, da saudade, do tempo. Maldita seja à distância. Maldito seja quem criou o adeus. Te amarei até que o ultimo pingo dagua seque. Te amarei como te amo hoje. Como te amava ontem. Como sempre te amei. Te amarei para sempre, independente do que o para sempre seja, independente que ele exista ou não. Você entendeu. Te amarei...
Gabriela Polippo



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PDV -Nessie

Meus pais estavam estranhos aquela manhã. Minha mãe principalmente. Ela se sentou à minha frente na mesa da cozinha, quando eu devorava um pãozinho com geléia de damasco. Olhei inquisitiva para ela. Ela batia suavemente a ponta dos dedos na mesa, olhando distraidamente para o piano de calda na sala. Ao seu lado, observava seu gesto com curiosidade. Olhei para meu pai sentado numa poltrona na sala ao lado, folheando o jornal. Apesar de aparentemente estar lendo, eu sabia que estava atento ao que se passava na mesa do café. Cansada daquele silêncio contido, bebi um gole de café, olhando fixamente para o rosto da minha mãe. Comecei a imitar seu gesto de bater dedinhos na mesa, chamando sua atenção. Quando ela me olhou, seus olhos estavam negros. Me desarmei totalmente. Vê-la assim! Já sabia que vinham notícias péssimas pela frente.

– É tão ruim assim ?
Ela confirmou com a cabeça. Meu pai nesta hora, já estava ao seu lado, tocando seu ombro em sinal de apoio, me deixando ainda mais preocupada.
– Esta manhã, eu liguei para Charlie. As notícias de Forks não são nada boas, filha.



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Estava jogando qualquer coisa dentro da mochila. Era só isso que eu pretendia levar. Nada de malas! Isso chamaria muita atenção. Meu pai me olhava com expressão contrariada, na porta do quarto, enquanto eu ia de um lado para outro. Corri para o banheiro, me enfiando em uma calça jeans e uma blusa de xadrez de flanela, voltando ao quarto. Minha mãe já estava lá, com uma expressão de apreensão nos olhos. Eu tentava ignorar os dois.

– Vamos com você filha!

Minha mãe tentava, mais uma vez me persoadir, a aceitar a companhia dela ou a do meu pai para a viagem.

– Não podem. Niguém pode me acompanhar! Só vai chamar atenção deles. Só vou ficar três dias afastada. Neste tempo, digam que eu estou doente, que pequei uma gripe, virose ou sei lá.

Meu pai revirava os olhos.

– Isso não vai dar certo Renesmee.

–Vai sim! Vocês são ótimos mentirosos.

Minha mãe estranhou minhas palavras, me fazendo parar de movimentar, colocando seu corpo na minha frente.

– O que está dizendo, Renesmee?

– Que eu sei de tudo mãe! Do passado! Da sua historia com Jake! De tudo! Se foram capazes de mentir por tanto tempo pra mim. São capazes de contar uma mentirinha por três dias, para os Volturi.

Falei, me desviando, procurando meus documentos falsos na gaveta da cômoda. Eu não queria olhar para eles. Sabia que jogar isso na cara deles, neste momento, não era muito correto. Mas eu estava sem tempo e sem paciência para isso agora.

– Não fale assim com sua mãe, Renesmee!!!

Bufei impaciente, batendo com a gaveta. Destruí completamente a minha linda cômoda de mogno branco.

– Pai! Mãe! Eu já sei disso há algum tempo. Não estou acusando vocês! Já entendi o que houve e não tenho mágoas, tá bem! Mas agora, eu tenho que ir. Sejam bem convincentes com os Volturi.

Dei um beijo na testa da minha mãe, que ainda estava sem ação, parada como uma estátua no meio do meu quarto. Meu pai bloqueava a saída do quarto. Parei, olhando fundo em seus olhos dourados.

– Eu realmente acho, que pular a janela do terceiro andar, chamaria muita atenção. Mas não duvide que eu farei, caso não saia da minha frente pai.

Ele saiu. Mas segurou minha mão por alguns segundos, murmurando.

– Por favor, tome cuidado!

Fiz que sim com a cabeça, indo o mais rápido que pude para a garagem, pegar o carro.


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Estava concentrada, olhando o painel dos vôos no aeroporto de Turim. Mas pude identificar de longe, a presença de Alec a poucos metros de mim. Olhei atenta para ele, procurando ver se ele estava sozinho. Mas tudo que eu vi, foi o vampiro me olhando desconfiado. Ele estava diferente! Usava calça jeans, óculos escuros, camiseta e uma jaqueta de couro. Ficou do meu lado, analizando o painel do aeroporto com os vôos. Não sabia o que dizer para ele. Fiquei estática! O que ele estava fazendo?


– Vamos pegar este aqui pra Berlim. Depois, vamos para Paris. De lá, pra América. É mais seguro! Hà espiões em todos os aeroportos da Itália.


Ele se virou, me deixando com cara de boba, no meio do salão do aeroporto. Como viu que eu não estava seguindo-o, ele se virou me encarando.

– Vamos Renesmee! Só temos três dias.

Corri, indo em sua direção. Confusa, mas sem tempo para questionamentos.

Dentro do avião, ele colocou fones de ouvido e começou a cantarolar uma música. Mas o que era isso agora?

Toquei seu braço com minhas mãos, transmitindo minha pergunta através do meu dom:

O que você está fazendo Alec e como descobriu que eu estou aqui?


Ele desligou a música, levantando os óculos. pude ver sua íris escurecuda. Eu sabia que era de sede.

– É isso mesmo senhorita Renesmee. Eu não me preparei devidamente para uma viagem, e por isso, vou tentar me distrair da melhor maneira.

Apontou para o mp3 na sua mão.

– E vou responder suas perguntas, somente quando eu já estiver fora deste avião. A não ser, que você queira assistir a um show sangrento nas alturas.

Fiquei em choque! Ainda tinhamos doze horas de vôo. Isso era pedir demais de um vampiro. Ainda mais com sede. Olhei em volta. As pessoas se arrumando nos assentos. Alheias ao perigo que corriam. Crianças correndo pelo corredor do avião, e um pavor percorreu minha espinha.

– Por que não se alimentou?

Perguntei, sem conseguir esconder a fúria na minha voz.

– Eu não sabia que ia fazer uma viagem tão longa, quando resolvi ir na sua casa hoje. Agora, por favor Renesmee. Eu realmente preciso me concentrar.

Colocou novamente os fones no ouvido, num gesto rápido. Arranquei eles dele. Ele me olhou incrédulo, balançando as mãos, num gesto de questionamento.

– Me segue Alec!

Saí em direção ao banheiro. Ele me fitava confuso, e eu fiz um gesto com a cabeça, para que ele me seguisse. Entrei no minúsculo banheiro do avião. Ele bateu suavemente na porta, olhando constrangido para os lados. Puxei ele para dentro, antes que alguém visse a gente alí e pensasse besteira. Apesar, que seria bem provável, que fosse melhor que pensassem isso do que se soubessem o que realmente ia acontecer alí.


– O quê? Esse é seu plano? Vamos ficar aqui, trancados a viagem toda? Lamento, mas isso é um péssimo plano.

– CALA A BOCA ALEC!!!

Tirei minha camisa de flanela, ficando só de camiseta. Alec me olhava espantando.

– Só não quero, que fique suja de sanque.

Estendi meu braço direito, mostrando a veia do pulso. Ele me olhava incrédulo.

– Anda, Alec! Bebe! Não temos o dia todo.

– Não vou beber seu sangue, Renesmee.

– Por que não? É só se controlar. Pode beber uma boa quantidade. É como uma transfusão. Eu me curo rápido! Mas tente não colocar o veneno. Eles atiçam minha sede e minha libido.

Falei rápido, mas de forma clara. Ele continuava me olhando incrédulo.

– Eu não tenho o auto controle dos Cullen, Renesmee. Eu posso mata-la! Eu não vou beber seu sangue.

– Chega, Alec! Ou você bebe por bem, ou eu mesma vou me morder, enfiando sangue por sua garganta abaixo, fazendo a maior sujeira. Não vou permitir colocar a vida destas pessoas em perigo, e não vai fazer nenhum lanchinho em Berlim, quando desembarcarmos para o outro avião. Anda, bebe!

Estendi novamente o braço para ele. Ele abaixou meu braço lentamente, chegando muito próximo do meu corpo. Fiquei confusa, sentindo o gelo de sua pele de marfim. Ele encostou sua mão em meu rosto, fazendo um carinho com a ponta dos dedos. Não reagi ao seu toque. Fechei os olhos, tentando organizar a confusão que começava a instalar-se no meu corpo.

– Já que vamos fazer isso, vamos fazer do jeito tradicional. Seu braço é muito fino. Parece um graveto! Nada apetitoso.

Eu queria protestar, mas não consegui pensar. Ele jogou meu cabelo pra trás, deixando meu pescoço à mostra. Alisou com suas mãos geladas toda as veias pulsantes do meu pescoço, encontrando a jugular pulsante. Alisando com seu lábios gelados, mais uma vez, ele parecia protelar e me olhou no canto dos olhos. Enlacei com minhas mãos, seus cabelos, aproximando ele do meu pescoço, acabando com sua hesitação. Senti suas presas cravarem minha carne. Um pouco doloroso, mas nada insuportável. Ele estava sendo gentil e doce. Quando terminou, pude sentir seu corpo dar uma leve tremida. Por alguns segundos, ele ficou alí, sentindo o meu cheiro, segurando em meus cabelos. Me sentia um pouco fraca, mas não demostrei. Precisava sentar e beber algo, e logo estaria bem. Ele depositou um beijo no lugar da mordida.


Pude sentir o frio de sua língua, meu corpo estremeceu levemente. Ele ma olhava, e pude ver o vermelho vivo voltando a sua cor de rubi. Mas ele não se mexia, e isso começou a me perturbar.

– Está tudo bem, Alec?

– Sim... Está. Obrigado!

Sorri de forma divertida para ele, colocando seus óculos de volta no seu rosto angelical.

– Depois, mando a conta do restaurante. Costumo cobrar por litro.

Abri a porta do minúsculo banheiro, dando de frente com uma comissária de bordo, que nos olhava com espanto, pensando sabe lá o quê daquela cena. Olhei para Alec, que para minha incredulidade, estava sorrindo com a expreção de espanto da mulher. Me desviei, e percebi, que estava segurando a minha blusa de franela na mão. O que dava a tudo, a confirmação que boa coisa não estava acontecendo naquele banheiro. Vesti a blusa, levantando o queixo, como se nada estivesse acontecendo, e fui me sentar no meu lugar. Percebi tarde de mais, que minhas pernas estavam bambas. Provavelmente, pela fraqueza. Alec me amparou antes de eu chegar ao chão, me colocando sentada.

– Muito bem! Quietinha aí! Você me alimentou. Agora é minha vez.

Fez um gesto para a comissária, e pediu um suco e algo para eu comer. Ela voltou algum tempo depois com tudo. Comi rapidamente. Estava realmente com fome. Alec me olhava, sem conseguir desmanchar o sorriso.

– Sabia que é feio encarar, quando alguém está comendo.

– Desculpe! É que, é fascinante pra mim, isso em você. Vê-la comer! Ouvir seu coração! Vê-la sorrir! É indescritível pra mim.

– Para com isso! Estou com vergonha.

– Eu sei! Posso ver seu rosto vermelho. Ouvir seu coração! É hipnotizante Renesmee.

Suspirei em desalento. Ele percebeu o meu constrangimento aos seu elogios, e se endireitou na poltrona.

– Não vai me contar como me encontrou?

– Seu pai me disse onde estaria.

Meu pai? Não acredito! Que traidor! Por quê ele fez isso?

– Ele viu que eu não acreditei, quando sua mãe disse que você estava doente, e decidiu contar a verdade, quando viu que eu realmente estava preocupado com você.

– Meu pai não devia ter feito isso.

– Claro que devia! Imagina se fosse Nahuel! Sua mãe é uma péssima mentirosa Renesmee. E eu já avisei em Volterra, que vou passar três dias hospedado com sua família em Turim, o que nos dá o tempo que precisamos.

Olhava, sem acreditar, para ele.

– Você sabe o que eu vou fazer e com quem vou estar, e ainda assim me segue Alec?

Ele não respondeu. Me encarava por trás de seus óculos escuros, e me vi tentando entender o que estava passando em sua mente. Ele se desviou, olhando pra fora da janela do avião, dando um leve suspiro.

– Tente dormir Renesmee. É uma viagem longa, tenho certeza que não quer chegar em Forks e cair desmaiada de exaustão, sem conseguir ver quem você quer.

Me encolhi na poltrona do avião. Me sentia estranha, devendo tanto a Alec, sem poder dar nada além de amizade a ele. E era tão pouco! Ele se arriscando desse jeito, era insano. Não demorou para que eu caísse na escuridão do sono.



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Parecia que meus pés não tocavam mais o solo. Me via quase flutuando, em meio àquela floresta que eu conhecia tão bem. Assim que chegamos, tive que correr para caçar. Não tinha mais como enganar a sede. Sem falar, que era extremamente perigoso. Alec me acompanhou em minha dieta vegetariana, abatendo um cervo. Eu precisei de dois. O fato de ter que doar meu sanque a ele, me enfraqueceu mais do que eu me permitia admitir. Voltamos para a mansão, e eu tomei um rápido banho. Troquei de roupa, colocando um leve vestido branco. Sem conseguir mais me segurar, fui para a floresta rumo a La Push.

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