Meu Amor Imortal escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 27
Capítulo 27 - A NINFA


Notas iniciais do capítulo

Coloquei neste capitulo um trecho de um ,dos meus livros favoritos , espero que gostem .
bjs



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PDV - NESSIE


Palhaçada! O quanto disto ainda terei que suportar? Me perguntava olhando a imagem no espelho. Minha tia tinha se superado como sempre. Mas nem o mais belo dos vestidos, poderia disfarçar a dor nos meus olhos, e a total insatisfação que tudo isso me causava.


– Não presisamos ir, se não quer. Ainda dá tempo de acabar com isso.


Olhei meu pai pelo reflexo do espelho. Eu não tinha visto ele entrar no quarto, total era o meu torpor no momento. Dei o sorriso mais forçado que consegui, rezando para que ele não notasse. Como se isto fosse possivel. Nada passa por Edward, meu velho e jovem pai. Eu conseguia bloquear minha mente agora, sem nenhuma dificuldade. Mas ele via além de mim. Eu sou transparente para ele, como um vaso de vidro liso.


– Como? É melhor acabar logo com isso. Eles podem achar que estamos escondendo coisas.


Eu realmente estava desconfiada que Aro sabia de algo sobre os meus poderes, e isso estava começando a me preocupar.


– E estamos?


A pergunta tinha duplo sentido. Ele gosta de falar em enigmas. Não teve como não sorrir com isso.


– Me preocupo com você filha. Sei o quanto está sofrendo, por mais que tente disfarçar. Lamento em dizer, sem muito sucesso.


– Lamento pai! Sei que vocês sofrem por mim. É involuntário, acredite. É mais forte que eu.


– Eu sei filha. É por isso, que digo que não precisamos passar por isso. Nada mais será imposto a você.


Dei um suspiro de total desânimo. Gostaria realmente de acreditar nas palavas de meu pai. Mas eu sei que ele só tentava me confortar. Nenhuma recusa minha seria vista como boa resposta pelos Volturi.


– Eles ficariam desconfiados, e só teriamos que adiar o inevitável.


Ele me deu um beijo carinhoso na testa, saindo. Ele sabia que minha decisão já estava tomada, e era perda total de tempo tentar me fazer mudar de idéia. Neste ponto, eu era totalmente Bella. Uma vez que minha desisão foi tomada, não teria volta.


Tinha uma vantagem ser um baile de máscaras. Poderia ajudar a esconder minha cara contrariada. Mais que isso, era pedir demais de mim. Mas ia tentar por minha família. Toda a família tinha vindo para Itália, por segurança. Não confiavamos nem um pouco nas intenções dos Volturi. O baile não passava de uma desculpa para eles. O que Aro e sua corja queriam, era me ver. O baile foi organizado como uma apresentação minha, para a sociedade vampiresca. Ridículo! Eles se seguravam em tradições arcaicas e leis que eles mesmos não respeitavam. Somos reféns, sem pedidos de resgate. A única maneira de fugir, era lutar. Mas eu sou egoista demais! Jamais sacrificaria minha família desta maneira. Nenhuma perda é aceitavel por mim, a não ser a minha mesma. Pois eu já me sentia meio morta mesmo.

Já estava pronta, quando ouvi leves batidas na porta. Era minha minha mãe, que estava com um lindo vestido verde esmeralda que acentuava muito bem com seus cabelos castanhos escuros e o dourado dos seus olhos. Segurava uma máscara dourada em suas mãos, com uma luva negra de seda até os cotovelos.


– Nossa, filha! Você está linda, meu amor. Estes vampiros não merecem sua beleza, meu anjo.


Ela se aproximou, depositando um beijo em minha testa, e me admirando de cima à baixo.


– Por mim, vestiria trapos. Mas Alice, você sabe!


Falei encolhendo os ombros.


– E eu sei! Olhe pra mim, pareço uma modelo da Vogue antiga.


Tive que sorrir! Ela estava linda e aborrecida por isso, tentei consolá-la.


– Pense que estará bonita para o papai, e não para estes monstros decrépitos.


Ela sorriu, consertando meu cabelo, que caía um fio solto no meu rosto. Pegou minha mão e disse:


– Eu gostaria de dizer palavras de consolo pra você, por que sei o quanto está custando estar aqui. Mas eu não vou. Porque sei, que não é isso que você quer ouvir. Vou apenas dizer que estarei ao seu lado, junto com seu pai, e não tiraremos os olhos de você equanto estivermos neste castelo horrendo.


Nos abraçamos, e descemos para encontrar meu pai, que nos aguardava em um pequeno saguão. Ele sorriu pra gente, e pegou a mão da minha mãe. Nos encaminhamos para o corredor que levava ao salão do baile, e uma porta gigante foi aberta por guardas Volturi. Meus pais na frente, e eu atrás, resoluta. A música se fazia alta, misturada ao sons de gargalhadas e conversas inteligíveis, em diversos idiomas e sotaques estrangeiros. Eu contemplava o salão com espanto, mesmo não apreciando a cena. Não podia negar, que se tratava de um encontro impressionante. Houve murmúrios dos convidados assim que entramos no salão (( Estes são os Cullen )) , (( Esta é a mestiça)). Foi quando Aro, se pronunciou em seu trono, fazendo um gesto onde todos se calaram imediatamente.


– Meus queridos amigos! Estes são Edward , Isabella e sua adorável filha Renesmee Cullen. Quero que todos recebam meus amigos Americanos, como parte da corte de Volterra.


Fizemos uma singela reverência, em agradecimento pela apresentação. Aro nos exibia, como se fossemos um troféu conquistado. Me senti como uma antiga nativa Americana, sendo apresentada como um artigo exótico para meus conquistadores. Era humilhante. Vi Nahuel se aproximar. Ele pegou minha mão e depositou um beijo, que eu queria muito limpar com álcool e desifetante, mas fiz uma cara de indiferente. Não queria demonstrar nada. Estava fria como gelo. Nada podia se dizer na minha expressão, o que estava se passando no meu interior.


– Finalmente, minha querida! Como sempre, sua atenção é disputada por todos, mas eu entendo. Não é sempre que estes vampiros vêem algo tão etéreo, e que se pareça com o mais próximo que eles vão chegar do celestial. Uma ninfa fugida do próprio Olimpo, perseguida por Afrodite, invejosa de sua beleza.

– Há exagero em suas palavras, Nahuel.

Desprezava com todas as minha forças aquela criatura. Queria mata-lo alí mesmo, naquele salão. Arrancar sua cabeça e exibi-la como troféu, ao melhor estilo Rosali. Mas tive que respirar fundo e guardar minha ira para depois.

– Me concede a honrra desta dança? Sei que não é nosso tango favorito, mas prometo não decepciona-la.

Pensei em recusar, e estava pasma com seu sangue frio. Não era possível, que aguele homem não saiba que eu o odeio. Mas vi alí, uma oportunidade de esclarecer algumas dúvidas. Claro que eu gostaria mais de poder usar meu poder sobre ele. Mas alí, só serviria pra chamar mais a atenção, e não tinha nenhuma intensão de revelar meus poderes para os Volturi. Só aumentaria a cobiça de Aro por mim. Resolvi jogar seu jogo, e ser tão fria quanto ele.

– Claro! Por que não?

Ele parecia surpreso com a minha aceitação. Vi um brilho de desejo em seus olhos. Ele é vaidoso. Se julga irresistível. Por isso, não enxerga a minha repúdia sobre ele.
Mas eu não tinha como negar. O maldito dança divinamente. Seus movimentos são precisos e me conduziam com perfeição. Tinha que me concentrar para acompanha-lo na valsa.

Resolvi começar com meu pequeno plano de arrancar informações do híbrido.

– Então! Há quanto tempo é um Volturi Nahuel ?


Ele olhou fundo em meus olhos. Exitante, se devia ou não, responder minha pergunta. Sorriu cínicamente.



– Um interrogatório em meio à valsa. E eu, achando que você finalmente tinha percebido que era MINHA.


Estremeci com sua última palavra, pois ele falou em susurro bem próximo ao meu ouvido, me trazendo novamente a sensação de enjôo que ele sempre me causava. Resolvi contornar a situação. Ele tinha percebido minhas intensões. Eu o subestimei, e este foi o meu erro. Mas não iria desistir tão facilmente. Fiz uma cara de entediada e suspirei bufante.


– Eu acredito que nós deveríamos conversar alguma coisa, Nahuel. Pouco já seria bastante. Você diria algo sobre a dança, talvez. Eu poderia fazer uma observação sobre o número de casais


Ele parecia se divertir,e resolveu entrar na brincadeira



Você tem por norma conversar quando está dançando?



– Sim, às vezes é melhor. Desse modo, podemos desfrutar a vantagem de dizermos o mínimo possível

Você consulta seus próprios sentimentos neste caso, ou busca gratificar os meus?

– Ambos, eu creio. Nós dois somos de natureza anti-social e taciturna, avessos a conversas a menos que esperemos dizer algo que surpreenderia a todos na sala.



–Isto, estou certo, não tem a menor semelhança com seu próprio caráter.

– Amante dos clássicos Nahuel ? Jamais poderia imaginar que apreciasse Jane Austen.

– Não aprecio particularmente, mas gosto de travar conhecimento. Eu também estou surpreso. Sempre achei que fosse uma moleca selvagem, que gostava de correr pelas matas. Estava fascinado com a possibilidade de ter que domestica-la.

– Minha natureza é muito mais ambigenia do que julga Nahuel. Mas não pretendo discutila com você, que não me responde a uma simples pergunta.

– Quero desvenda-la jovem Renesmee . Pergunte o que quiser. Não vou lutar mais contra o que me fascina.


Me senti poderosa. Será que tinha conseguido? Era um jogo perigoso, mas eu já estava nele, não tinha como recuar.

– Há quanto tempo é um Volturi Nahuel ?

Arrisquei novamente.

– Há alguns anos. Desde o dia que eu a vi pela primeira vez. Eu soube que você era minha. Mas tinha alguém no meu caminho. Alguém que eu tinha que me livrar, pois já tinha uma ligação muito forte com você. Tive que ser inteligente. Com um pai leitor de mentes e um lobo ciumento ao seu lado, o que fazer para tê-la pra mim? Tudo! Vender minha alma imortal foi o preço que eu paguei. E pagaria mil vezes. Fiz um acordo com Aro. Você será minha! E mais. Uma coisa que terei que entregar a ele quando chegar o momento. Uma coisa que ele cobiça muito, e só você pode dar a ele. Eu tenho uma mente muito poderosa Renesmee. Posso esconder o que eu quiser do seu pai, sem ele nunca descobrir as minhas reais inteções. Não é um poder. É um truque, como mágica. Você chama atenção para algo, mas está focado em outra coisa. Eu demorei muito para dominar minha mente, mas agora é natural para mim. É um exercício mental muito útil em nosso mundo.

Absorvia cada palavra dita por Nahuel, e um ódio começava a se apoderar de mim. Não teria mais como me controlar mais na presença daquele homem. A música tinha finalmente acabado, e eu fiz uma leve reverência a ele, me afastando como se o próprio demonio estivese a me perseguir pedindo mais uma dança. Muito contra vontade, aceitei toda a dança que me era pedida, só para fugir de suas garras. Tinha noção, que mesmo de longe, ele me observava com seu olhar maldito. Ele era um pscicopata doente, e agora eu já sabia. Tinha que me manter longe dele o máximo que eu conseguisse .




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Notas finais do capítulo

*** O trecho sublinhado não é meu. É da obra de Jane Austen, quando Elizabeth está dançando com sr Darci, do livro Orgulho e Preconceito.



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