*Emily*

Um homem me trouxe até aqui dizendo que era amigo da minha mãe e que ela já viria me buscar. Claro que eu não acreditei. O homem tinha uma feição boa, mas a voz escindia um sarcasmo e uma maldade enormes.

Tente fugir dali, mas não consegui. Acabei por me perder no meio daquela floresta. Eu andava, andava e tinha a sensação de que eu não saía do lugar. O que eu fiz? Sentei e fiquei esperando minha mãe e Gerald me encontrarem. Claro que minha mãe ia conseguir, eu a acho o máximo. Mais que o máximo. Foi ela que me deu a vida, não foi?

Gerald ainda é um enigma pra mim, do mesmo jeito que eu devo ser um pra ele. Minha mãe acha que eu desisti da idéia de encontrar meu pai, mas eu nunca desistirei. Gerald é um bom homem e é ele que cuida de mim a maior parte do tempo. Eu o amo como se fosse meu pai, embora eu não saiba o que é amor de pai...

Eu queria ser vampira também, assim minha mãe não precisaria se preocupar tanto comigo.

Algumas pessoas podem achar que minha vida é legal, mas não é. Minha mãe quase não tem tempo pra mim, mas já me acostumei à isso. E agora eu tinha fugido porque Gerald me mandou fugir pra cá. Se bem que eu tenho minhas dúvidas se foi Gerald. Era ele, mas não era a voz dele.

Não sei por que motivo me lembrei agora de uma coisa que minha mãe me contou certa vez. Ela me disse que, do mesmo jeito que os vampiros podem morrer e voltar, os humanos também podem, com a diferença que nós, humanos, temos de ser salvos por algum vampiro. Não sei a razão de eu ter lembrado disso.

Aquele homem não veio atrás de mim quandp corri. Quem seria ele? Uma pergunta não respondida. O que ele quer? Outra pergunta que eu não sei a resposta.

Agora é esperar. Como eu queria que isso acabasse logo...