Só mais uma história de amor escrita por Sali


Capítulo 27
Visitas


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeey, moçoilas!
Tô ligada que eu demorei um tantinho pra postar, mas tô feliz porque eu estava num estado de tão completa falta de inspiração (e ainda estou), que finalizar um capítulo foi dádiva.
Er... Não tenho mais o que dizer.
Adios :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/281704/chapter/27

Depois que a minha mãe saiu, um homem de aparentemente quarenta anos, barba espessa e cabelos grisalhos surgiu no quarto, com um sorriso simpático no rosto. Depois de idenficar-se como o cirurgião que cuidara da minha perna – Dr. Felipe –, fez basicamente as mesmas perguntas que Kim em relação ao meu estado, além de dizer que conversara com a minha mãe. Repetiu o que a enfermeira dissera, sobre eu precisar ficar, por pelo menos quinze dias internada, e então avisou à enfermeira algo que eu não pude ouvir.

Quando saiu, Kim se pôs a checar a bolsa de soro que se ligava ao meu braço.

– Eu realmente vou ter que ficar aqui por quinze dias? – Perguntei com um suspiro, fazendo-a rir.

– Sim, Mariana. É o tempo mínimo para a sua recuperação.

Revirei os olhos, me afundando nos travesseiros.

– Isso não é nada animador.

Kim riu novamente.

– Isso pode ser um pouco tedioso, mas é necessário.

– Um pouco? Meu Deus, ficar quinze dias presa numa cama, sem sair, sem ver gente, sem... – Me interrompi, revirando os olhos outra vez.

Ela sorriu.

– A sua mãe já disse que lhe traria os livros que pediu. E, a partir de amanhã, você já pode começar a receber outras visitas.

Mordi o lábio por reflexo, soltando um suspiro longo. A menção de Kim a visitas me lembrara do que a minha mãe dissera: Júlia sabia do acidente. E, por alguns momentos, eu senti um fio de esperança de que ela viesse me ver. Soltando outro suspiro, balancei a cabeça para afastar esses pensamentos.

– Kim? – Chamei, lembrando-me subitamente de outra coisa.

– Sim?

– Eu tinha esquecido de perguntar mas… Como eu farei para tomar banho aqui?

Kim deu uma risada.

– Você não pode ficar de pé, Mariana. Nem forçar muito a sua perna. Resumindo… Você vai precisar de ajuda para tomar o seu banho.

Ergui as sobrancelhas, surpresa. Obviamente, aquilo havia passado pela minha cabeça, mas não deixava de ser um tanto estranho.

– E… Eu posso tomar um banho hoje?

Kim balançou a cabeça.

– Não. – Deu uma risadinha. – Por causa da cirurgia, vai ter que esperar pelo menos até amanhã para tomar seu banho.

Ergui as sobrancelhas, suspirando.

– Que emoção.

Kim riu outra vez e foi fazer outra coisa. E eu, vencida pelo tédio, acabei dormindo pouco tempo depois.

. . .

No dia seguinte, minha mãe trouxe-me meus livros antes do café da manhã, e saiu para o trabalho logo depois. Meu tédio só foi amainado de tarde, quando Ana e Pedro apareceram ali.

Logo que Kim deixou-nos a sós, meu amigo moreno se manifestou.

– Caramba, Mari! Que sorte maldita você tem. Sofre um acidente, fica no hospital e ganha uma enfermeira dessas?

Com isso, tive que rir.

– Que isso, Pedro? Está mudando de time?

Ele riu.

– Claro que não. Lado arco-íris da força sempre. Mas eu não tenho como negar, ela é linda!

Ana sorriu.

– Eu preciso concordar. Que mel é esse, mulher? Só arruma mulher bonita, e parece que todas elas te querem.

Revirei os olhos, rindo tanto que acabei movendo a perna e, com isso, soltando um gemido de dor.

– Claro que não, Ana!

– Claro que sim, Mari! Todas elas te desejam.

– Vocês são loucos.

Ana riu.

– Certo, mas mudando de assunto, que droga aconteceu, Mari? Você foi buscar cerveja e aí a gente só soube que você estava aqui, quebrada.

Dei um sorriso pequeno, dando de ombros, e contei de modo sucinto o que ocorrera, desde Nina até o acidente. Apenas omiti a parte sobre Júlia, preferindo dizer que eu passara mal.

– Mariana decidiu dirigir depois de beber. Por que eu não estou surpresa?

Dei uma risada baixa, dando de ombros novamente.

– Acho que já ouvi isso demais em apenas dois dias.

Eu, Ana e Pedro conversamos sobre mais coisas aleatórias, como sobre o conforto daquele hospital e as aulas da faculdade, até que, repentinamente, Ana pediu que Pedro lhe trouxesse água. Quando ele deixou o quarto, ela voltou-se para mim.

– Tudo bem, Mari. Despachei o Pedro. Agora você pode falar.

Abri um sorriso, balançando ligeiramente a cabeça.

– Tudo bem. Não vou perguntar como você descobriu.

Ela riu.

– Eu sempre sei. Agora, fala.

Mordi o lábio.

– Você… Hum… Sabe… – Suspirei, olhando para baixo.

Ana deu um sorriso complacente.

– Sim, Mari. Ela soube sim.

– É. Minha mãe falou. E… O que ela… Como…

Suspirei. Mesmo com Ana, era difícil superar meu orgulho e lhe perguntar aquilo.

– Bom, a verdade é que ela está preocupada, Mari. Muito. Na verdade, ela quase chorou quando nós contamos. E quer te ver, mas…

Mordi o lábio.

– Mas…?

– Mas acha que você não quer vê-la. Você sabe. Por causa do…

– Sim, eu sei.

Ana sorriu e, antes de poder falar mais alguma coisa, a porta se abriu, revelando Pedro e, junto dele, Gabriel.

O segundo entrou hesitante, mas, quando eu sorri, ele fez o mesmo.

– Hey, Gabriel!

– Meu deus, Mari! Você se machucou!

Sorri, expondo o óbvio.

– Pois é.

Ana olhou o celular.

– Droga, eu tenho que ir. Vamos, Pedro?

Meu amigo concordou, e, depois de despedirem-se de nós com recomendações de melhoras, os dois foram embora.

– E aí, Mari? Como vai a vida? – Gabriel perguntou, sentando-se ao meu lado.

Suspirei, dando um sorriso.

– Indo, né. Agora de muletas.

Ele riu, e então começamos a conversar sobre aleatoriedades. Gabriel contou-me sobre Bruna, e sobre o que ela dissera do Café. Contou que ela, Esther e Juliana planejavam me visitar assim que possível. Depois, conversamos sobre a minha moto e eu acabei contando a ele o que havia acontecido, omitindo, também, a parte sobre Júlia.

Continuamos conversando sobre coisas aleatórias até que, quando o assunto acabou, Gabriel se voltou para mim.

– Mas e aí, Mari? Não vai usar meus serviços de terapeuta hoje?

Comecei a rir.

– Não é possível que eu seja tão transparente assim.

– Normalmente não, mas agora dá para ver pela sua cara que não está tudo certo.

Sem escolha, baguncei o cabelo e dei um sorriso cansado, relatando o que Ana me contara.

Ao final, meu amigo ergueu as sobrancelhas.

– E você com isso? Ainda não se sente pronta para falar com ela?

Esfreguei o rosto com as mãos.

– Isso é tão complicado!

Gabriel sorriu.

– Mas não deveria ser. Você gosta dela, ela gosta de você. Toca o foda-se e fica com ela!

Comecei a rir.

– Mas…

– Mas ela ficou com a outra. Certo. Ficou porque estava em dúvida. E chorou quando vocês terminaram e está louca para te ver. Não acha que isso é prova suficiente de que é você quem ela ama? Mari, vamos lá. Posso não conhecer vocês desde o início, mas um amor desses não pode morrer assim.

Gabriel sorria, me lançando um olhar encorajador.

Abri um sorriso em resposta. E então comecei a rir.

– Droga, Gabriel. Que dom é esse de falar a coisa certa na hora certa sempre?

Ele riu.

– Deixa de bobeira, Mari. É sério.

– Com licença. – Uma voz feminina nos interrompeu. Era Kim quem entrava. – Me desculpem a interrupção, mas nossa paciente precisa descansar. Lhe trouxe seu remédio e o jantar, Mariana.

Agradeci com um aceno de cabeça.

– Então eu vou indo. Bom descanso, Mari. E melhoras. Pensa no que eu te disse.

Assenti com a cabeça e sorri, despedindo-me de Gabriel antes que ele deixasse o quarto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Atendendo aos pedidos de muitos, a Ju tá ai! u.u
Não fisicamente, mas foi muito citada. Acho que vocês já podem imaginar um pouquinho, certo?
Er... Muito obrigada a todas as moças que comentaram e à Ana Carol Ajala, essa linda que recomendou a fic. Que tal seguirem o exemplo dela? U.u
Bom... É isso. Não tenho mais o que dizer, então apenas... Comentem!
Au revoir! ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Só mais uma história de amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.