Só mais uma história de amor escrita por Sali


Capítulo 21
"Como quase todo sofrimento,


Notas iniciais do capítulo

tudo começou com uma aparente felicidade." Markus Suzak
Rélou, moças. Nem sei quanto tempo demorei pra postar e tô com aquela preguiça de descobrir, afinal já são dez para as duas da manhã de domingo e eu ainda estou acordada.
Bom, esse capítulo tá uma mistura. Acho que ele e o título (cortado ao meio, porque não coube tudo) dá uma boa impressão do que vem vindo por aí.
Well, espero que gostem.
C'est tout.



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Acordei com o calor familiar do corpo de Júlia sobre o meu, sentindo o cheiro bom dos seus cabelos, o contato da sua coxa entre as minhas e o movimento das suas costas sob meus braços de acordo com a respiração lenta.

Comecei a acariciar suas costas com a ponta dos dedos, desenhando a linha da sua coluna, quando Júlia se moveu sobre mim, suspirando e estreitando os braços ao redor do meu corpo.

– Mari? – Ela sussurrou, a voz baixa e rouca.

– Bom dia, meu amor. – Dei um sorriso pequeno.

– Bom dia... – Ela sorriu e me olhou, colando mais a pele nua à minha.

Senti leves arrepios e puxei-a para mim, lhe roubando um beijo demorado. Ela sorriu e retribuiu ao beijo, que continuou até ficarmos sem fôlego.

Quando nos separamos, Júlia rolou até ficar deitada ao meu lado e se sentou, espreguiçando-se demoradamente, bocejando.

– Que horas são?

Virei-me para olhar o relógio na mesa de cabeceira ao meu lado.

– Uma da tarde. – Sorri de canto, esfregando os olhos.

– Já? – Ela arregalou os olhos, surpresa. – Meu Deus... Eu ainda estou com sono.

Ri baixo.

– Bom, a gente foi dormir lá para as três da manhã ontem.

Júlia corou levemente e sorriu.

– É...

Espreguicei-me na cama.

– Ai, eu estou com fome. Vamos comer alguma coisa?

Júlia sorriu.

– Tipo o que? Café da manhã? Uma hora da tarde?

– Sei lá. Vamos pedir alguma coisa. Pizza, comida chinesa...

– Hmm, comida chinesa é uma boa.

– Então a gente pode pedir agora e ir tomar banho. Está na hora do almoço, vão demorar a entregar.

– É, boa ideia.

Concordei e me sentei na cama, espreguiçando outra vez antes de me levantar. Comecei a andar a passos lentos pelo quarto, passando por peças de roupas e roupas íntimas minhas e de Júlia até chegar na minha calça. Peguei-a do chão e tirei o celular do bolso, vendo que não haviam chamadas novas. Ao me virar de novo, vi que Júlia mordia o lábio e seu olhar estava fixo no meu corpo.

– O que está olhando? – Perguntei, sorrindo de canto.

Júlia riu.

– Agora, nada. Mas antes, estava olhando para você. – Respondeu, mordendo novamente o lábio.

– E não está olhando agora?

– Não para onde eu estava olhando antes.

Ri baixo.

– E onde estava olhando antes?

– Bom... – Ela sorriu de canto. – Para os arranhões nas suas costas e... Hmm... Um pouco mais abaixo. Para o seu corpo sexy...

–... E para a minha bunda? – Completei, sorrindo de canto.

Júlia riu.

– Sim. Ela é linda.

Dei risada.

– Você acha?

– Acho sim.

– Eu prefiro a sua.

– É?

– Uhum.

– Vem cá. – Júlia mordeu o lábio e me puxou de volta para a cama, com força suficiente para que eu caísse deitada sobre o seu corpo. Apoiei as duas mãos na cama e comecei a beijar-lhe com vontade, enquanto sentia suas mãos percorrendo minha pele nua, me causando arrepios no corpo todo.

E então, antes que o ar acabasse, ouvi o toque do meu celular em algum lugar da cama, ao mesmo tempo em que a minha namorada interrompia o beijo com um gritinho assustado, começando a rir logo depois.

– Droga. – Ela murmurou e eu encostei a testa na dela, começando a rir contra a sua boca enquanto ela ria ainda mais.

Ajoelhei-me na cama, ainda rindo, para procurar o celular que tocava e peguei o aparelho entre os lençois.

– Não acredito.

– O que foi? Quem ligou?

Balancei a cabeça, rindo, e mostrei à Júlia a tela do celular.

– Sério que foi chamada falsa?

– Deve ter ativado quando você me puxou para a cama. – Dei de ombros, me esticando para colocar o celular na mesa de cabeceira.

– Ai, eu estou com fome. – Júlia disse, sentando na cama e se espreguiçando. – Melhor a gente pedir a comida e ir tomar banho.

– Então vamos lá. – Sorri de canto e me levantei da cama, sendo seguida por Júlia até o banheiro.

. . .

O domingo passou como planejado, com Júlia e eu fazendo nada no meu apartamento. Nós duas comemos besteiras, vimos filmes e ficamos na cama, com e sem roupas.

E então a segunda feira chegou novamente e, junto com ela, todos os problemas que Júlia havia me feito esquecer naqueles dois dias.

Quando mal havíamos chegado à faculdade, Isabel já parecia estar decidida a perturbar a minha paz.

– Hey, Ju. Você deve ter tido um fim de semana agitado, não? Nem atendeu as minhas ligações.

Ao ouvir isso arqueei uma sobrancelha, surpresa e sem paciência com tanta cara de pau.

– Por acaso isso é da sua conta, Isabel? – Perguntei antes que eu pudesse impedir.

– E é da sua?

Suspirei, sentindo a raiva me subir à cabeça.

– A Júlia é a minha namorada. O que ela fez ou deixou de fazer no fim de semana é sim da minha conta, diferentemente de você.

– Gente, gente. Vocês não vão brigar aqui, não é? – Júlia, que estava calada até então se manifestou, tentando interromper o clima de tensão que se formava.

– Eu não estou brigando, Ju. Só estou querendo saber por que essa Mariana se acha no direito de cuidar da sua vida.

– Isabel, para. Você sabe muito bem que a Mari é a minha namorada, e ela tem todo o direito de se importar comigo e com onde eu vou ou deixo de ir, diferente de você. Por favor, Isabel. Nós não temos mais nada. Para de se meter entre mim e a Mari, eu já te falei e acho que não preciso ficar repetindo. – E então, segurando meu braço, Júlia continuou. – Vem, Mari. Vamos sair daqui. Já está quase na hora da aula.

Acabei sendo praticamente arrastada dali e, quando estávamos distantes de Isabel, Júlia finalmente se virou para mim.

– Ei, Mari. Não liga para a Isabel. Você sabe, ela é assim mesmo.

Não ligar, Ju? Sério? Essa droga dessa mulher só fez estragar nosso namoro desde que chegou aqui. Estragar nosso namoro, te deixar toda confusa, nos afastar. Ela deve ter algum problema sério com você, e se a ideia dela é acabar com esse namoro, não duvido que consiga.

– Não fala assim, Mari. Meu Deus! Eu te amo mais que tudo, e amo só você. Deixa a Isabel para lá, ela não é ninguém. Se eu já gostei dela, foi no passado. Ela não me afeta mais, e eu vou fazê-la ver isso. Mas não diz que nosso namoro vai acabar, por favor.

Suspirei.

– Certo, Ju. Me desculpa. Eu não devia ter falado desse jeito. É só que... Essa Isabel me tira do sério.

Júlia suspirou e colocou a franja atrás da orelha, levemente inquieta.

–Tudo bem, Mari. Eu entendo. Ela também me irrita. Bom, vamos para a aula. Já está na hora.

– É, vamos. – Concordei, sentindo os efeitos do clima estranho que se instalava entre nós.

Começamos a andar em direção à sala e Júlia arrumou da mesma forma inquieta a alça da bolsa, ao mesmo tempo em que a sua outra mão descia em direção à minha de um modo quase automático. Do mesmo jeito eu entrelacei os dedos nos dela, percebendo o quanto de cumplicidade e costume havia num gesto tão pequeno.

Em silêncio e de mãos dadas, caminhamos em direção à sala.


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Notas finais do capítulo

Pois é. Esse capítulo tá tenso. Pelo menos a metade final. E... Sei lá. Nem tenho mais o que dizer, sabe? Tô enrolando aqui, morrendo de sono, nem sei por que.
Vou aproveitar pra agradecer os reviews e favoritos, a recomendação nova da linda da Nane (que vocês deveriam seguir o exemplo), o lindo do Vincent de León, que fez uma capa nova muito linda (que vocês deveriam ir conferir) e fazer mais propagandinha da minha fic nova, Unica et Opposita.
http://fanfiction.com.br/historia/423351/Unica_Et_Opposita/
Bom, é isso. Até mais ver o//



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