Como Os Lírios escrita por BiaSiqueira, ThansyS


Capítulo 6
Monstros


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Nem demorei tanto dessa vez rs
Espero que gostem!
Ps: Prestem atenção nos traços de personalidade desses caras nesse capitulo. Vai mostrar os dois lados da moeda.
Ps ²: Obrigada pelos reviews do ultimo capitulo!



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Janina parecia em um transe do qual ela não tinha forças para sair. Ela ouviu cada palavra do que Andrews disse e assistiu toda a cena que ele preparou. Ela viu como ele retirou a mascara e como mentiu com uma naturalidade incrível. Ele apenas desligou a câmera e saiu do quarto sem dizer uma única palavra, deixando-a sozinha e completamente atordoada.

Andrews sorriu satisfeito diante de como as coisas estavam caminhando. Ele não se lembrava de em que momento ele havia tido aquela idéia. Tudo se desenvolveu na mente dele de maneira rápida demais tornando as coisas ainda mais impressionantes para ele.


–DERECK!_Ele bradou a plenos pulmões atraindo não só a atenção de Derek como a de sua mãe também.

–Pare de gritar criatura._Pietra respondeu se aproximando do filho. No mesmo instante ela foi surpreendia por um caloroso beijo vindo do rapaz que sorria exageradamente.

Derek se aproximou e viu a cena sorrindo logo em seguida.

–Acho que vou aproveitar o momento pra beijar a tia Pietra também._Ele disse sorrindo e caçoando da cara feia de Andrews.

–Oras And, não seja ciumento._A mulher disse abraçando o outro rapaz._O Derek também tem direito a beijos.

–Ok ok mamãe._Ele disse afastando a mulher do amigo._Não nos espere para o almoço hoje ok?

–Tudo bem._Ela deu de ombros.Isso já era normal para ela.

Andrews arrastou Derek para junto de si e logo se trancaram no escritório principal da casa. Derek havia cursado a faculdade de Ciências da computação e sendo assim era perfeito para o que Andrews precisava.

–Vai me falar o porquê esta me trancando aqui, ou apenas quer ter a minha beleza por perto?_Derek perguntou se sentando em cadeira, entediado.

–Preciso de sua ajuda para varias coisas hoje. A primeira, porém é nesse exato momento._Andrews disse e logo em seguida pediu ao rapaz para criptografar o vídeo a ponto de torná-lo impossível de ser copiado. Logo em seguida o rapaz usou de recursos de edição a fim de fazer o vídeo parecer ainda mais “convincente”.

–Bom o suficiente And?_Derek perguntou girando a cadeira inconscientemente.

–Ótimo meu amigo. Perfeito na verdade._Ele disse rodando ainda mais a cadeira do outro jovem._Agora levanta o rabo dessa cadeira e vá chamar três dos nossos “rapazes de confiança”.

–Pra que exatamente?_Ele perguntou já procurando por nomes mentalmente.

–Vamos até a casa do Cantini. Quero colocar tudo em pratica hoje mesmo._Andrews respondeu animado.

–Não vou chamar os Haala, And._Derek pontuou._Não confio neles.

–Eu também não. Mas o mais velho era um homem de confiança do meu pai, por isso não farei nada ainda. Mas pretendo ficar de olho nos dois._Andrews concordou._Procure chamar “anônimos”, pois policiais ou homens públicos podem ser reconhecidos. Basta ao Cantini saber meu nome, não quero dar a ele muitas informações. O velho está com o pé na cova, mas ainda é bem inteligente.

–Me dê quinze minutos e depois me encontre na sala._O rapaz disse se afastando de Andrews.

–Use roupas “comuns” cara, depois vamos ao Shopping._Andrews disse e seguiu para o quarto rindo da cara de confusão que o amigo fez.

Quinze minutos se passaram exatamente, e Derek se encontrava devidamente vestido. Ao seu lado estavam três rapazes. Nenhum deles aparentava ter mais de trinta anos, porém eram fortes e tinham feições sérias. Derek, porém era de todos, o mais altivo. O rapaz além de um porte admirável tinha ainda um belo rosto, o tornando um conjunto perfeitamente desejável.

Não demorou até que Andrews chegasse saudando calmamente a todos os rapazes.

–Acredito que Derek já tenha colocado vocês a par da situação, mas agora tratarei de esclarecer qualquer dúvida._Ele começou seriamente._Quero todos vocês devidamente encapuzados e parados ao meu lado. Iremos até a casa de Emanuel Cantini e nenhum de vocês deve se referir a mim, a Derek ou ao velho de forma nenhuma. Caso ele tente reagir, não o machuquem, e se concentrem em apenas nos manter longe de qualquer perigo. A minha segurança e a de Derek é a missão principal de vocês. Ademais é nossa inteira responsabilidade.

Diante da afirmação de todos Andrews seguiu rumo a porta e logo já estavam a caminho da casa dos Cantini.

Emanuel encontrava-se em horário de almoço e sentado sozinho na mesa tinha os pensamentos vagando em lembranças da filha. Ele se lembrava do ultimo dia em que esteve com ela e estremecia a cada lembrança. Doía no peito saber que não tinha mais seu único motivo de viver. Depois da morte de sua esposa, Janina se tornou seu maior tesouro. Mas ele não foi um bom “guardião” do tesouro. Ele a deixou sozinha e acabou a perdendo. Levantou-se e caminhou rumo ao quarto da garota. Entrou e sentou-se na cama que ainda se encontrava da maneira que estava antes de ela sair naquele fatídico dia. Os porta retratos tinham diversas fotos, e dentre elas estava uma em especial. Havia um jovem ao lado de uma bela mulher, demonstrando também ser bastante jovem. No colo da mulher tinha um bebê que sorria e esticava os bracinhos. Era sua família. Tudo o que ele tinha de mais precioso e que foi arrancado de si parte por parte. Sentiu os olhos se umedecerem, mas antes que derramasse qualquer lagrima um barulho de campainha o trouxe de volta à realidade.

Ao chegar na porta o homem se assustou ao perceber a presença de quatro homens.Três deles estavam de costas e tampavam alguém. O quarto homem estava de pé frente a si e o olhava fixamente. Por instinto Emanuel levou à mão a cintura a procura de uma arma, mas logo a voz cortante de Derek o impediu.

–Eu não o aconselharia fazer isso Emanuel._Ele disse sorrindo cinicamente._Não é educado receber as visitas assim.

–Quem o pivete pensa que é pra me dar ordens na minha casa?_ Emanuel respondeu sem se deixar intimidar.

–Agora vejo de quem a garotinha herdou a falta de educação._Derek mais uma vez usou do veneno em suas palavras. Emanuel congelou no lugar e sentiu uma onda de esperança seguida de ódio tomar conta de si.

–O que você sabe sobre a minha filha moleque?_Ele disse apontando a arma em direção a cabeça de Derek que nem se quer se moveu um centímetro do lugar. _É bom desembuchar infeliz antes que eu perca a paciência e arranque essa sua maldita cabeça do lugar.

Nesse momento todos os rapazes se viraram na direção de Emanuel apontando as armas e forçando o homem a recuar um pouco.

–Acha mesmo que está em posição de inquirir algo?_Derek disse adentrando a casa e sendo acompanhado dos demais forçando Emanuel a recuar._O engraçado é que já me lembro de ter dito essa frase essa semana... Você tem mesmo uma bela filha. Deu a ela toda a falta de educação que possuía...

–Minha filha..._Emanuel sussurrou._Minha filha está viva?

–Não graças a você..._Derek disse destilando veneno e fazendo o mundo do velho homem girar outra vez de ponta a cabeça.

Será que os céus finalmente o haviam escutado e concedido a ele sua tão sonhada segunda chance? Ele não sabia a resposta para isso, mas em seu intimo sabia que qualquer que fosse a situação ele não mediria esforços para salvar sua filha. Dessa vez ele daria a própria vida por ela.

Derek caminhou até o sofá e pegou das mãos de um dos outros homens uma bolsa contendo o Notebook. Emanuel tentava olhar através da barreira que os rapazes formavam, mas nada poderia ser identificado, além do fato de que uma quinta pessoa estava ali.

–Sente-se._Derek ordenou._E não se de ao trabalho de reclamar.

Dizendo isso e vendo o homem se apressar em se sentar, ele deu “play” no vídeo que logo de inicio fez Emanuel derramar todas as lagrimas que estava tentando a tempos segurar.


–Olá papai... Sei que é estranho me ver, depois de pensar que estou morta, mas não tenho muito tempo e por conta disso terei de ser breve. Não posso te dar explicações pois nem eu mesma as tenho e peço somente que faça o que tiver de ser feito e em momento algum se sinta culpado de nada. Você foi e ainda é o melhor pai do mundo. Eu amo você e peço que nunca se esqueça disso, independente do que venha a acontecer.Não faça nada do que irá se arrepender depois e saiba que nada do que fizer me fará te amar menos.Fique bem Sargento.


Emanuel chorava compulsivamente causando uma sensação ruim em todos os presentes. Logo ele percebeu que mais uma pessoa entrava no ângulo de filmagens.

–Olá! Emanuel Cantini certo?Sei que deve estar se derretendo em lagrimas agora, e por isso vou aproveitar o momento para dar a você todas as noticias de uma única vez. Essa sua filha costuma se fazer de boa moça não é? Confesso ao senhor que esse jeito de puritana dela costuma me irritar bastante._Ele sorriu sinicamente, mas isso não era notável devido a mascara que ele usava._Mas ela me contou umas coisinhas que aparentemente o senhor ainda não sabe não é Sargento? Mas isso não vem ao caso agora, a menos que o senhor queira saber é claro.... Eu não costumo contar segredos alheios, mas acho que o senhor tem o direito de saber... Não é Nina?_Ele puxou a garota para perto de si, ela mantinha os olhos fixos nele sem saber que reação ter._O senhor Emanuel Cantini será vovô. A propósito... Eu sou Andrews Montanova, pai do seu neto.

O homem se levantou sem entender. Ele sabia agora que sua filha estava viva, e ainda por cima carregava consigo uma criança. Filha de alguém que ele nem ao menos sabia quem era, mas o pior de tudo era não ter respostas para nenhuma das suas perguntas.

–É você não é?_Ele disse alterado tentando transpor a barreira de homens a sua frente._Você está aqui agora não está desgraçado? Andrews Montanova? Montanova? Como não pensei nisso antes? É o filho do infeliz do Samuel Montanova! E você rapaz_ Ele apontou pra Derek._ de longe é notável sua semelhança com Sávio Andeza. Diz pra mim seu crápula desgraçado, me fala o que foi que você fez com minha filha?_Ele voltou mais uma vez a atenção para “Andrews”­_. Apareça rapaz. SEJA O HOMEM QUE SEU PAI NUCA FOI E ME ENFRENTE!

Nesse momento a barreira foi rompida e por ela Andrews Montanova passou sorrindo. Ele batia palmas calmamente e sorria em direção ao homem.

–Bravo. Belíssima cena. Eu não via a hora de nos conhecermos Emanuel._Ele disse ao passo que Emanuel tentava a todo custo se aproximar dele e era sem demora impedido pelos três rapazes._Confesso que pensei que demoraria um pouco mais a entender. Mas isso não vem ao caso no momento. O importante é que estamos todos aqui._ele disse em falso tom alegria. O escárnio era praticamente palpável._Agora que você já sabe que a vadia que você chama de filha está a salvo pode voltar a dormir tranqüilo. Você não é tão merda quanto pensa que é. A desgraçada é que é burra mesmo. Mas ao menos é bonitinha. Já te adianto que foi uma delicia colocar aquele filhote dentro dela. _Andrews cuspiu cada palavra carregada de prazer._Agora me escute bem. Seja lá o que pensa que vai fazer, desista. Se você der um passo em falso eu não vou hesitar em estourar os miolos daquela vadia, mas não sem antes arrancar aquele filho dela com minhas próprias mãos. Se pensa que é mais esperto que eu, desista. Onde você pode buscar ajuda está cheio de gente minha. Você fará tudo o que eu mandar e para começar, vai parar de procurar pela fedelha. E logo depois vai parar de procurar pela minha gente também. Arrume maneiras de arquivar as drogas de investigações que você vem fazendo e saiba que a cada dia que você demorar, será mais um dia de tormento para sua princesinha.


Emanuel sentiu perder o chão. Aquele na sua frente não era um homem. Essas não eram características de um ser humano. Ele era um monstro e era nas mãos dele que estava a sua filha. Sua única filha e conseqüentemente sua vida. Mas ele prometeu a si mesmo que daria tudo por outra chance e ele faria. Sim faria. Por mais que custasse tudo o que ele sempre prezou em toda a sua existência. Ele faria tudo por ela e a teria de volta nem que para isso tivesse que dar a Andrews Montanova a sua própria cabeça.


–Em breve voltaremos a nos ver e espero que não me de motivos pra uma represália._Andrews voltou a falar._Sou um homem de palavra senhor Cantini e juro que cumprirei cada uma delas, caso me de o menor dos motivos para isso.

–Não pense que somos como Samuel Montanova ou Sávio Andeza, senhor Cantini._Derek tomou a palavra._Ambos estão mortos e assim como eles tudo o que o senhor sabia também está. A partir de agora é bom andar na linha e gostaria de lhe informar que a “guarda” da sua preciosa filhinha cabe a mim e aos meus homens, e eu teria um imenso prazer em dizer a ela o quanto o senhor está disposto a colaborar. Saiba também que vou aproveitar esse meio tempo para tentar dar educação aquela vadia, já que ela visivelmente não a tem. Você tem duas semanas até o nosso próximo encontro. Até lá, certifique-se de cumprir tudo o que pedirmos a você. Nesse meio tempo... Não se preocupe. Cuidaremos muito bem da Nina._Ele terminou a frase passando a língua sob os lábios em uma visível insinuação, que fez Emanuel sentir o ar faltar momentaneamente.

Os cinco homens deixaram a casa e em seguida desapareceram em dois luxuosos carros, deixando para trás o velho Emanuel Cantini, como medo e de mãos atadas.


–And, eu achei que o velho ia arrancar uma bazuca Ca manga e arrancar sua cabeça cara._Derek disse sorrindo para o amigo._Você destruiu.

–Falando o cara que vai “adorar educar a garotinha”_Andrews sorria sacana.

–Você acha que o velo se mata ou cumpre o que mandamos?_Derek perguntou.

–Ele daria a vida pela garota, caso pedíssemos isso a ele._ Andrews disse simplesmente.

–Pra onde estamos indo And?_Derek perguntou observando o caminho.

–Para o Shopping._Ele deu de ombros._A Janina vai precisar de roupas.


Mas uma etapa estava cumprida.



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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Espero realmente que sim!
Me digam o que acharam ok?
Beijo e fiquem com Deus!
Espero vocês nos próximos capítulos!