Como Os Lírios escrita por BiaSiqueira, ThansyS


Capítulo 4
Planos podem falhar...


Notas iniciais do capítulo

Olá amores...
Demorei e mais? Desculpe! Fim de ano é tenso pra mim! Mas graças a Deus esse ano acaba o ensino médio!rs' Feliz de mais! Se Deus quiser!Em nome de Jesus :) Ano que vem só Deus sabe...
Espero que gostem, e não achem muto confuso
PS: Duas recomendações em tres capitulos postados? OMG muito obrigada mesmo amores :)



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–Pare de chorar garota._Ele disse enquanto a puxava, forçando-a a ficar de pé frente a si.

A sacudiu pelos ombros e quando levantou a mão para fazê-la calar a boca notou que ela levou as mãos sobre o ventre, que só agora ele notou que estava um pouco fora do padrão que deveria ter para uma garota do porte dela.

–Mas que droga você esta escondendo?_Ele disse puxando os braços dela.

–Nada...Nada...por favor._Ela disse e desfaleceu.Outra vez sentiu a escuridão tomar conta de si.

Andrews sentiu uma fúria tamanha tomar conta de si. Devido ao susto do momento por impulso segurou a garota antes que ela caísse ao chão. Ele sentiu toda a sanidade que lhe restava se esvair de si assim que percebeu a gravidade da situação. Nunca em toda a sua vida já havia sentido tanto ódio. Como ele poderia ter planejado tudo tão bem e não ter notado que a garota estava grávida. Ele queria a todo custo provar que poderia ser tão bom quanto seu pai, mas em seu intimo sabia que nem de longe poderia ser tão ruim. Se o velho Samuel Montanova ainda estivesse vivo e fosse ele naquele momento no lugar do filho, não hesitaria em tomar a primeira arma que lhe aparecesse na frente e apertar o gatilho sem pestanejar. Ele não poderia manter uma garota grávida em cativeiro sem que isso lhe rendesse enorme esforço e trabalho dobrado. Mas Andrews era diferente do pai. Não que ele fosse um “bom moço”, mas o que o tornava melhor era o tamanho de sua inteligência. O jovem homem era sagaz e assim que observou o corpo inerte da jovem em seus braços percebeu que poderia reverter a situação a seu favor.


–Derek!_Ele chamou em alto e bom som.

No instante seguinte um rapaz alto e aparentemente da mesma idade de Andrews passou ofegante pela porta.

–Mas pra que gritar tanto Andrews?_O chefe da segurança e amigo pessoal de Andrews adentrou a sala._Que droga você fez com a garota, seu imbecil?_Derek revidou em um tom que ele era único “autorizado” a usar. Ambos eram amigos desde a infância e por isso se tratavam com tamanha intimidade.

–Não é hora pra me encher Derek._Andrews sibilou entre dentes._Me faça o favor de chamar a mamãe.

–Mas como assim chamar a sua mãe?_Derek perguntou confuso._Deu uns tapas na garota e agora quer que eu chame a tia Pietra pra apreciar a cena?

–Eu não bati nela._Andrews se defendeu._Eu descobri que ela estava grávida e a estúpida desmaiou de medo.

–Grávida? Como assim grávida?_Derek perguntou exasperado.

–Ora vamos Derek, depois te explico como uma garota faz pra ficar grávida ok?_Andrews respondeu sarcástico._No momento só preciso que chame a mamãe.

Derek revirou os olhos e saiu a passos lentos da sala, no intuito principal de irritar Andrews, e em seguida chamar a mulher.

Pietra Mantanova estava em seu quarto quando ouviu a voz alta do filho soar pela casa. Teria se preocupado, caso não percebesse que ele chamava por Derek. Desde crianças eram assim. Nem mesmo muitas palmadas fariam com que Andrews aprendesse a usar da educação que recebeu quando se tratava do melhor amigo. O mesmo valia para Derek, o jovem filho de um dos seguranças de confiança do seu falecido marido que cresceu junto com seu próprio filho. Motivo esse que levava o rapaz a chamá-la sempre de tia.

–Tia Pietra._Derek interrompeu os pensamentos da mulher._O And ta’ chamando a senhora lá embaixo.

–O que ele quer Derek?_A mulher perguntou ainda sem sair do quarto.

–Não sei direito não tia.._Ele disse tentando esconder um sorriso._Mas acho que deve ter alguma coisa a ver coma garota grávida desmaiada no colo dele lá embaixo.

–Como assim garota grávida desmaiada lá embaixo menino?_A mulher se levantou da cama em um salto.

–O And seqüestrou uma garota, descobriu que ela tava grávida e fez ela desmaiar..._Derek disse e esperou Pietra passar por ele para finalmente sorrir em satisfação Com toda certeza veria o amigo ganhar uns belos tapas da mãe.

Pietra seguiu Derek até o quarto onde Andrews estava. O rapaz havia tirado Janina do chão e agora ela repousava sobre a cama no centro do quarto. Ele estava sentado no chão ao lado da cama até ser surpreendido por um tapa forte no braço e um grito escandaloso da única mulher no mundo que poderia agir daquela forma com ele.

–Ai mãe..._Ele reclamou e esfregou o braço._Por que me bateu?

–Ainda pergunta Andrews Mantanova?_a mulher tratou de sentar na beirada da cama.

–Não grite mamãe._Ele a repreendeu e se arrependeu logo em seguida. A mulher voltou a lhe dar outro tapa e Derek via cena da porta se segurando para não cair na risada.

–Da pra parar de fazer isso mãe?_Andrews perguntou se levantando e se afastando da mulher.

–Pararia se não me desse tanto trabalho. Que idéia é essa de seqüestrar uma garota grávida e ainda fazê-la desmaiar menino?_A mulher perguntou cruzando os braços e enrugando a testa em uma expressão de desgosto visível.

–Mas quem disse..._Nesse instante a risada de Derek pode ser ouvida e de maneira indireta respondeu a pergunta de Andrews._Deixa pra lá mãe.

Dizendo isso Andrews correu na direção de Derek e tentou acerta-lhe um soco que foi desviado sem problemas por Derek que tratou de correr da fúria do amigo. Sem se conter Andrews correu atrás do rapaz e assim sumiram da vista de Pietra.

–Meninos..._Ela sussurrou assim que se sentou ao lado da cama pra examinar a garota. Notou que aos poucos ela ia recobrando a consciência e não demorou para que ela abrisse os olhos assustada.

–Não se preocupe querida... Está tudo bem.

Janina tentou forçar os olhos a enxergar a pessoa a sua frente e logo notou que não era o mesmo rapaz de antes. Agora era uma mulher de meia idade e com aparência terna. Não sabia por que, mas se sentiu um tanto melhor.

–Poderia me dizer como se sente?_Pietra tentou perguntar.

–Onde estou?Por favor, me ajude a sair daqui..._Janina implorava começando a chorar.

–Acalme-se meu bem, por favor. Isso pode fazer mal ao bebê._A mulher respondeu com voz doce.

–Co...como a senhora sabe?_Janina respondeu ainda tentando focalizar a visão embaçada.

–Acho que sua barriguinha está bem sugestiva._Ela respondeu sorrindo.

–Estou gorda._Janina disse com voz firme fazendo Pietra rir mais largo.

–Acho que não está não...Mas a propósito,_Ela disse ignorando a cara de desgosto de Janina._O que foi que meu filho te vez?

–Aquele era seu filho?_Ela perguntou voltando a se encolher na cama._Peça a ele que me deixe ir por favor.Eu não tenho nada pra oferecer senhora, por favor me ajude.

–Desculpe querida, mas qual o seu nome?

–Janina... Janina Cantini.

Os olhos da mulher se arregalaram de tal forma que poderiam ter saltado das órbitas.

–Não se preocupe._Pietra disse com vóz falha._Vou tentar ajudar você. Não deixarei que meu filho faça mal nenhum a você e nem ao seu filhinho.

–A senhora não pode me ajudar..._Janina disse abaixando os olhos e voltando a chorar._Ele é um monstro._Falou deixando novas lagrimas caírem.

–Meu filho não é um monstro._Ela respondeu com voz contida._Apenas tem mais do pai do que deveria. E pelo que vejo você também tem muito do seu...

Antes que Janina pudesse perguntar qualquer coisa, a porta foi aberta mais uma vez e por ela passaram dois grandes homens encapuzados. Quem os olhasse agora, não diria que eram os mesmos dois rapazes que minutos atrás corriam pelos corredores da enorme mansão e agiam como enormes crianças, trocando socos e chutes além é claro de altas risadas. Brincadeira infantil de meninos presos em capas de frieza.

–Vejo que acordou._O mais baixo deles disse seriamente.

–E é muito bonita._O segundo e mais alto deles disse com uma voz carregada de malicia apenas no intuito de assustar a garota. Derek era uns dois ou três centímetros maior que Andrews, e adorava bancar o “Bad Boy”, mas em hipótese algum seria capaz de oferecer perigo a uma mulher inocente.Não era parte do seu destorcido caráter. Pietra percebeu a brincadeira do rapaz e tratou logo de lançar um olhar repreendedor a ele.

–Poderia nos dar licença?_Andrews perguntou e Pietra logo tratou de se levantar da cama e caminhar junto o Derek em direção a porta.

Janina abaixou a cabeça diante da submissão da mulher perante o próprio filho. Provavelmente ele era mesmo um monstro, capaz de causar medo até na própria mãe.

Antes, porém de passar pela porta Pietra tocou delicadamente no ombro do filho e sussurrou em seu ouvido:- Se fizer mal a ela, te darei os tapas que seu pai nunca me deixou te dar.

Andrews revirou os olhos diante da “ameaça” seguida de um olhar nada amigável que recebeu da mãe e Derek quase não conseguiu conter a risada. Depois disso Pietra saiu do quarto e Derek ficou parado próximo a porta.

–O que é que vocês querem comigo?_Janina perguntou ainda temerosa em relação aos dois desconhecidos.

–Creio que já tenhamos passado dessa parte alguns minutos atrás, antes de eu descobrir que você não veio sozinha e que resolveu me presentear com mais um trunfo._Andrews disse sem demonstrar qualquer emoção na voz.

–Você pretende me usar exatamente para que?_Janina perguntou já sentindo a raiva tomar o lugar do medo._ Não deixarei fazer mal ao meu filho. Faça o que quiser comigo, mas não tocará no meu filho.

–Não acha que a garotinha está querendo impor um pouco de mais não?_Derek disse, assumindo o controle, pois sabia que logo Andrews não teriam mais tanta paciência com ela._Vadia por aqui tem que ficar de boca calada, se não acorda sem a maldita língua. Se quiser mesmo proteger alguém, comece consigo mesma, e se caso conseguir se manter viva, pense em quem mais irá querer tentar salvar._Ele sussurrou destilando veneno nas palavras e fazendo Janina voltar ao estado de profundo temor anterior.

Andrews sorriu discretamente. Sabia que o amigo era um notável torturador, e tinha o dom de usar a palavra como o mais afiado dos seus instrumentos de tortura.

–Esse será o homem responsável por sua “segurança”._Andrews retomou a palavra._E saiba que ele costuma fugir um pouco das regras quando não estou por perto. E caso queira manter uma distancia segura dele, tente se manter o mais quietinha possível ok?

Janina apenas assentiu sentindo todo o sangue sumir da sua face, e logo em seguida desviou os olhos dos tão assustadores homens a sua frente.

Em um movimento brusco Andrews se colocou ao lado dela e a segurou com força pelos grandes fios de cabelo.

–Não pare de me olhar a menos que eu peça e não faça nada a menos que tenha uma ordem superior pra isso. Nunca pense que tem autonomia pra desviar sua atenção de mim enquanto ainda estou falando, e caso me desobedeça ou tente qualquer gracinha, o meu amigo ali_ Apontou para Derek._será o menor dos seus problemas. Se tem medo das minhas palavras agora, descobrirá o que pode ser realmente o sinônimo do medo.

Ele soltou os fios de cabelo dela e logo lhe deu as costas indo em direção a porta.

–Se mantenha viva, por que logo terá que falar com seu amado “papai”...



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Notas finais do capítulo

Não queiram matar o Andrews w o Derek ainda ok?rs' Todo mundo merece uma segunda chance...ou uma terceira ou uma 14526678932 chance!rs'
Me digam o que acharam por favor!
Beijo amore s fica com Deus!