Na Sombra Do Passado escrita por Paola_B_B


Capítulo 9
Capítulo 8 - De volta a escola


Notas iniciais do capítulo

Oi gentee! Estou tão feliz! A quantidade de comentários praticamente dobrou desde a ultima postagem *o* Leitores novos sejam muito bem vindos! Quanto ao capítulo: Era para ser mais longo, porém estou completamente sem tempo e peço desculpas por isso. Como disse para alguns leitores, infelizmente eu não tenho condições de postar várias vezes por semana. Eu trabalho e estudo e isso ocupa todo o meu dia. E mesmo que eu faça que nem hoje (postando do meu trabalho), e postasse todos os dias a qualidade diminuiria e não acho justo nem com vocês e nem comigo. Então paciência pessoal. Não fiquem preocupados, pois nunca abandonarei uma história!



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8 - De volta a escola

POV Sam

O clima ficou pesado pelo resto da madrugada. Mary suspirou e deitou na sua cama e apesar dos olhos fechados eu sabia que ela não estava dormindo. Meu irmão voltou para o quarto era quase dia. Cheirava a bebida e tropeçava em seus próprios pés. Caiu praticamente desmaiado em sua cama.

Confesso que eu não estava chateado. Eu até que entendia o lado dela. Afinal, quanto menos gente souber a localização da placa, menos risco nós corremos dela cair em mãos erradas. Porém o modo que a caçadora falou com Dean o deixou muito irritado e francamente eu também ficaria se fosse comigo. 

Quando nos levantamos para partir já passava da hora do almoço. Dean estava de ressaca e Mary com profundas olheiras. Ajeitamos nossas coisas em silêncio e fomos comer alguma coisa antes de seguir viagem. Antes de a comida chegar a caçadora suspirou alto.

- Vou entender se vocês não me quiserem mais por perto. Eu só preciso que vocês falem. - deu de ombros enquanto olhava para a janela. - Não vai ser a primeira vez mesmo.

- Para de falar merda garota! - bufou meu irmão. - Você é irritante, arrogante e totalmente cínica, mas é daí? Eu também sou tudo isso. E por mais que me doa admitir você é uma ótima caçadora. E você está certa afinal. Não deve mesmo confiar em mim.

- Não é questão desse tipo de confiança. - murmurou Mary. - Eu sei que posso colocar minha vida na mão de vocês dois que eu estarei segura e acreditem que se vocês colocassem suas vidas em minhas mãos eu faria o possível e impossível para protegê-las. Mas essa placa... Se os demônios descobrem que ela não foi destruída estaremos completamente ferrados. Eles farão de tudo para tê-la em suas mãos. Eu não posso arriscar contar a localização para alguém, não posso arriscar que alguém escute. E mesmo que eu conseguisse contar a vocês com total segurança eu estaria arriscando que um de vocês pudesse falar o que não deve. Demônios costumam usar métodos... Bem, você sabe Dean, esteve por 4 anos, digo, meses no inferno. Eles brincam com as mentes humanas como um gato brinca com um novelo de lã.

- E o que te faz pensar que essa informação está tão protegida assim com você? Se eles descobrirem podem pegá-la, torturá-la, brincar com a sua mente... Você também está suscetível a deixar escapar a localização. - comentei.

Mary deu um sorriso triste.

- Engano seu Sam. Eles não podem entrar em minha mente, e enquanto minha mente estiver consciente eles não podem retirar informações. - ela olhou seriamente para Dean e eu tive a estranha sensação de que ela sabia exatamente o que era ser torturada por demônios. - Eu sei o que você está pensando... Chega a um ponto que seu corpo está tão destruído que as alucinações simplesmente acontecem.

- Você já foi torturada. - apontei com certeza.

Ela apensa deu de ombros.

- É difícil encontrar algum caçador experiente que não tenha passado por tortura.

- Lá vem você de novo com essa história de Experiência e Amadorismo. - reclamou Dean.

- Relaxa paixão, não vou pegar no seu pé. - riu.

Sorri. O clima assim era bem melhor. Logo a garçonete trouxe os nossos pedidos e comemos em uma conversa cheia de provocações.

[...]

- Escutem essa... Garoto de 17 anos morre de ataque cardíaco. - ditou Dean.

Mary apenas ronronou dormindo no banco de trás. Troquei a marcha franzindo o cenho.

- 17 anos? Ele não é muito novo para ter problemas de coração? Tinha histórico genético ou problemas de peso?

- Aí é que está a parte mais estranha. O garoto tinha uma saúde perfeita, inclusive era um promissor atleta, campeão nacional de natação. Segundo a reportagem ninguém na sua família tinha problemas cardíacos.

- Veneno?

- Nada foi encontrado.

- Você acha que é nosso tipo de trabalho?  

- Parece que ele foi o terceiro morto na equipe de natação do colégio.

- Assassinatos no colégio... Sério Dean, não temos nada com isso.

- E se eu te falar que o colégio é o Truman? - ergueu as sobrancelhas sorrindo.

Revirei meus olhos.

- Dean... - reclamei. - Eu pensei que você tinha superado a perseguição a senhora Miller.

- Aquela mulher é uma bruxa Sammy e eu vou provar a vocês e aqueles idiotas na reunião do encontro da minha turma.

- Que reunião?

- A reunião que diz no jornal... "Mesmo que a preocupação com os recentes casos sejam grandes a diretora Miller afirma que não adiara a reunião dos antigos alunos..." - me olhou como se fosse aquela notícia deixasse claro que a mulher era suspeita.

Dean me olhou bravo.

- Mas que droga Sammy! Nós ajudamos aquele seu amigo, não ajudamos?

- Você reclamou a viagem inteira por pegarmos aquele caso.

- E no fim era um caso nosso. Eu estava errado e dessa vez quem pode estar errado é você.

Suspirei sem querer continuar aquela discussão.

- Tudo bem Dean... De todo modo vai ser interessante rever a todos... - dei de ombros por fim.

O fato era que este colégio marcou nossa adolescência já que foi o lugar que ficamos mais tempo. Um ano inteiro sem nos mudar. Papai nos deixava sozinhos, já que Dean tinha 18 anos e cuidava de mim, não que eu precisasse de uma babá. O fato é que reclamei tanto com papai que ele acabou por concordar em ficar mais tempo naquela cidade. Só que nunca imaginamos que o Dean ia invocar com a diretora a ponto de tentar matá-la. Ele achava que ela era uma bruxa, mas a mulher ficou tão assustada quando ele a atacou, que não tinha a mínima chance de suas teorias serem fundadas.

A parte estranha é que ela não prestou nenhuma queixa na polícia, o que para Dean era mais uma prova de que ela era suspeita. Na ocasião investigamos, mas não encontramos absolutamente nada que indicasse que ela era realmente uma bruxa. Meu irmão ficou puto da cara e gritou na frente de todo colégio que ainda iria provar que a senhora Miller era uma bruxa. Quando os alunos perceberam que ele não estava xingando a diretora acabou por virar piada no colégio, afinal bruxas não existem, não é mesmo?

POV Bella

Acordei toda torta por dormir no banco de trás do carro. Ainda era madrugada e Dean roncava no bando do passageiro. Sam bocejava no volante.

- Hey, quer que eu dirija para você dormir?

- Em cinco minutos chegamos, aí eu durmo em uma cama. - sorriu.

Retribui e me espreguicei.

- Para onde estamos indo?

- Para uma cidade onde eu e Dean moramos por um ano.

- Um ano? Eu pensei que vocês caçavam desde crianças.

- E caçamos. Foi mais uma experiência sabe? Eu nunca quis ser caçador e quando era criança me revoltei com meu pai por viajarmos tanto. Estava cansado de ser sempre o novato na escola. Então pedi que ficássemos por mais tempo e papai concordou. Acabou que não deu certo. - deu de ombros.

A curiosidade me assolou.

- O que aconteceu?

- Dean tentou matar a diretora.

Tive que rir.

- O que ele achou ela era?

- Uma bruxa.

- E ela era?

- Nunca conseguimos provar nada. Eu acho que ele se enganou.

Franzi o cenho. Tudo bem que eu o provoco o chamando de amador, mas Dean tinha um extinto impressionante para o sobrenatural. Era estranho que ele tenha se enganado. Mesmo que fosse tão jovem.

- Bem... Todos cometemos erros. - dei de ombros.

Finalmente chegamos ao hotel. Acordei Dean com um grito na orelha e quase levei um tiro por causa disto. Logo estávamos descansando em camas confortáveis.

[...]

Passamos o dia investigando sobre a morte dos garotos. Mas nada indicava o sobrenatural. O que deixava Dean cada vez mais bravo.

- Dean, não adianta. Não é um caso nosso. - disse Sam encostado ao capô do carro e com os braços cruzados no peito.

Seu irmão andava de um lado para o outro e eu o observava sentada sobre o capô.

- Tudo bem. Vamos embora. - bufou Dean.

Estranhei, ele não era de desistir fácil das coisas.

- Não vai querer ir na reunião dos alunos?

- Reunião? - perguntei curiosa.

- É. A antiga turma de Dean está se reunindo após 12 anos. (verificar) - explicou Sam.

- Ah! Eu quero ir! Vamos! - pulei do carro.

- Não há porque, não tem caso. - disse Dean ranzinza.

- O que custa paixão? Além do mais pode ser sua última oportunidade para mostrar que a velha é uma bruxa. - lhe mandei uma piscadela.

- Você venceu. - ele pareceu gostar da ideia e então mexeu as sobrancelhas em sugestão. - Acho melhor você ir atrás de um vestido de gala.

- Adoro festa a rigor. - sorri.

Só espero profundamente que eu não tenha que dançar.

Me despedi dos garotos e segui até uma loja de vestidos.

- Olá em que posso ajudá-la? - uma atendente extremamente sorridente chegou perto.

- Eu quero comprar um vestido... - revirei os olhos mentalmente, eu estava em uma loja de vestidos é obvio que eu queria comprar um vestido.

- Nós temos uns modelos bem bonitos por aqui... Você vai à reunião dos ex-alunos?

- Exatamente. - sorri, deveria ser um grande evento na pequena cidade.

- Eu não lembro de você na época da escola. - comentou ela pensativa.

- Ah não! Eu não estudei aqui, apenas estou acompanhando meus amigos.

- E quem são eles? Talvez eu os conheça. - tenho a leve impressão que eu acabo de conhecer a fofoqueira da cidade.

- Sam e Dean Winchester. - ela arregalou os olhos e então sua expressão suavizou enquanto ela prendia o riso.

- Oh sim, eu sei quem são. Eu podia jurar que eles não viriam.

- Pois é, mas eles vieram. - sorri fingindo que não tinha notado a ironia de suas palavras. - Você tem o vestido?

- Ah sim! Claro! Por aqui...

Me indicou uma arara cheia de vestidos longos e dava sua opinião a cada vestido que eu pegava para ver melhor.

- Na verdade eu queria um que fosse fechado nas costas. - pedi.

Ela me olhou estranho. Apenas sorri. Eu não daria explicações a uma estranha.

Após mais alguns desgastantes minutos fiquei em dúvida entre dois e resolvi experimentá-los. Prendi meu cabelo com uma piranha e coloquei o primeiro vestido.

O preto ficou muito bonito e notei um olhar de inveja da mulher quando abri a cabine para me olhar de uma distância maior. Afinal o vestido era sensual, apesar de quase não possuir decote ele tinha uma grande fenda que se estendia até a metade da minha coxa.

O outro era vermelho e incrivelmente não vulgar. 

- Ficou muito bonito em você. - a atendente parecia sincera.

Me olhei no espelho e realmente havia caído bem, mas então ouvi a mulher ofegar. Pelo espelho eu notei ela com os olhos fixos em minhas costas. Virei rapidamente olhando pelo espelho e soltei um muxoxo. Os detalhes em aberto deixavam minha cicatriz a mostra.

- Ela parece uma...

- Eu sei. - cortei a mulher. - Acho que vou ficar com o preto que é mais fechado, mesmo.

Paguei a compra e voltei para o hotel. Estiquei o vestido em cima da cama e fui atrás de alguns acessórios em minha bolsa.

- Que horas começa a reunião?

- As oito. - respondeu Sam entediado na frente de seu computador.

- Já são cinco horas, vocês não vão começar a se ajeitar? - perguntei andando de um lado para o outro com toalha, o secador do hotel, e as poucas maquiagens que eu tinha.

Dean nem se deu ao trabalho de responder. Parece que o teto do quarto era muito mais interessante. Sam me olhou divertido.

- Ficamos prontos em 15 minutos.

- Então tá. - dei de ombros e fui para o banho.

Fiquei enrolada na toalha enquanto secava e prendia meu cabelo em um coque chique. Fiz uma maquiagem marcante e então pisquei para mim mesma com o resultado. 

- Mary, anda logo! Já são sete e meia! - reclamou Dean.

Revirei meus olhos e sai ainda enrolada na toalha.

- Vai logo então. - bufei sentando em minha cama.

Dean entrou no banheiro e eu mandei Sam virar de costas para eu por meu vestido. Aproveitei para prender minha pistola na cocha.

- Pronto Sam.

- Uau! Você está linda!

- Obrigada. - lhe mandei uma piscadela.

Logo os dois já estavam prontos também e seguimos para o tal ginásio que ocorreria a "festa".

POV Alice

Meus dentes cravaram na jugular do cervo e o sangue quente escorreu em minha garganta aliviando a ardência constante.

- Vamos Alice? – perguntou meu marido quando notou que eu já tinha terminado.

Sorri assentindo, mas meu sorriso acabou no mesmo momento em que meus olhos captaram uma visão.

Uau!

Bella estava um arraso com aquele vestido preto. E o salto alto então! Minha amiga finalmente aprendeu a usar salto!

Ela estava em um corredor que parecia ser de um colégio, já que tinha vários armários de ferro lá. O saltos faziam barulho pelo silencioso corredor, mas o som de mais um par de saltos a fez franzir o cenho.

Bella levou sua mão até a fenda do vestido e retirou de sua cocha uma pistola e virou-se rapidamente apontando a arma para a pessoa que a seguia.

- Oh Meu Deus! – exclamei nervosa tentando buscar mais alguma visão que indicasse que minha amiga ficaria bem, mas tudo o que eu consegui ver foi uma grande embaçado.

- O que foi Alice? O que você viu? – só então reparei que Jazz segurava meus braços e me olhava preocupado.

- Eu vi Bella novamente... Ela estava linda, mas armada.

- Bella armada?

- Sim... Eu acho que ela virou policial ou espiã... Deus! Não faço ideia. Não consigo achar nexo em minhas visões.

Jasper me abraçou me passando calma, mas não conseguiu acalentar a minha tristeza.

- Vai contar a Edward?

- Não acho que seja uma boa ideia... A gente precisa descobrir onde a Bella está e o que diabos está acontecendo!


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Notas finais do capítulo

mahfics.blogspot.com.br