Na Sombra Do Passado escrita por Paola_B_B


Capítulo 23
Capítulo 22 - Seguindo novos planos


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Muito obrigada pelas felicitações :D Ahh estou tão feliz! Recebi mais uma recomendação *rebola* bnandes os posts de hoje são dedicados a você! Muito obrigada amora!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/281065/chapter/23

22 - Seguindo novos planos

POV Bella

Fomos para a casa dos Cullen. Ela era muito parecida com a casa que eles viviam em Forks. Completamente ampla, cheia de janelões e enfurnada dentro da floresta. 

Assim que entrei fui esmagada por um abraço materno. Retribui fechando os olhos. Eu sentia falta daquele tipo de carinho. Esme me puxou para a cozinha tagarelando sobre o enorme lanche que tinha preparado, inclusive uma torta de morangos que a vampira sabia ser a preferida de Dean. 

Deixei-me levar por sua conversa, eu precisava de um pouco de distração para relaxar meus músculos tensos. Sorri observando a cena que se desenrolava a minha frente. Dean se empanturrava e gemia de prazer com a sua torta. Sam e Bobby conversavam com Jasper e Carlisle sobre Crowley e seu imenso ego podre. 

Esme estava sentada ao meu lado e segurava uma de minhas mãos. De dois em dois minutos ela me mandava comer mais. Confesso que eu estava prestes a explodir, mas eu não conseguia negar nada ao olhar preocupado de Esme. Eu sentia que tinha que retribuir todo o carinho e preocupação que ela sentia por mim. Também conseguia perceber certa culpa em seu olhar, creio eu ser sobre ter me abandonado. Não era surpresa saber que ela me considerava sua filha. 

- Uau! Está uma delicia. - elogiei o bolo de cenoura com calda de chocolate. 

- Rose vai gostar de saber, foi ela que fez. - segurei a vontade de cuspir tudo, Rosálie nunca demonstrou afeto por mim, muito pelo contrário, sempre deixou bem claro que eu era um estorvo para ela e sua família. 

Acho que Esme percebeu a minha linha de raciocínio, pois chamou Rosálie. 

- Rose! Bella adorou seu bolo. 

- Que bom. - escutei a voz de sinos às minhas costas. 

Virei-me e fiquei chocada com o sorriso sincero que avistei. Ok... Algo estava errado. 

Rosálie veio até a mesa e sentou-se ao lado de Esme, de frente para mim. 

- Bella eu queria te pedir desculpas por sempre lhe tratar tão rudemente. 

E sou surpreendida mais uma vez. 

- Ok, Rosálie... Nunca tive nada contra você. Apesar de nunca entender o motivo da sua raiva por mim. 

- Nunca senti raiva por você. - há quem diga o contrário, mordi minha língua. - Eu sentia inveja. 

- Por quê? - arregalei meus olhos. 

- Humana, com uma longa e simples vida pela frente. Podendo casar, ter filhos, netos... Eu simplesmente não entendia o porquê você queria virar um monstro frio e sem vida. - deu de ombros. 

- Porque eu amo... - limpei a garganta sentindo minhas bochechas corarem. - Amava seu irmão... Queria a eternidade ao lado dele. 

- Para mim, a possibilidade de ter filhos e netos viria em primeiro lugar. - deu de ombros. - Mas agora eu não sinto mais inveja de você. - sorriu. 

Retribuí seu sorriso. Eu nunca dei muita importância para os olhares matadores de Rosálie, mas seus comentários inoportunos ás vezes incomodavam. 

- Não sinto mesmo. - arregalou os olhos com a feição horrorizada... Ok... Muita sinceridade para inicio de amizade. 

- Eu entendo. - sorri forçado. 

- Pode me chamar de Rose, somos amigas agora. - que bom que ela deixa!  

- Claro! Fico feliz Rose. - sorri um pouco mais verdadeira. 

Esme tinha um sorriso tão largo no rosto que pensei que iria rasgá-lo em poucos segundos. 

- Vem Bella, tem toalhas em cima da cama e uma roupa da Rose para você usar. - Alice me puxou de repente. 

Pisquei confusa sendo praticamente arrastada para fora da cozinha. 

- Caramba Alice, vai com calma. - resmunguei. 

Ela apenas revirou os olhos. Notei que Edward estava sentado ao sofá da sala ao lado de Emmett, os dois pareciam prestar atenção no jogo de basquete que passava na televisão.

Mas não pude observá-los por muito tempo já que Alice me arrastava para um dos quartos. 

Assim que entrei olhei feio para a fadinha. Aquele quarto era obviamente de Edward. Cheio de CDs em prateleiras que cobriam quase toda a parede. Ali também estava um moderno aparelho de som.

- Alice... – reclamei.

- Os quartos de hóspedes não tem banheiro conjugado. E o banheiro social não tem chuveiro. E como Edward é o único solteiro é aqui que você e os garotos vão tomar banho.

Suspirei pegando a toalha e a roupa em cima da cama e segui para o banheiro.

Enquanto a água caía sobre minhas costas eu sentia meu corpo arrepiar com as lembranças. Eu não queria passar por aquilo novamente, nunca mais.

POV Sam

- Terminou? – perguntei contendo a raiva pela má educação de meu irmão que devorou a torta inteira em poucos minutos.

- Sim. – sorriu com os dentes sujos.

Revirei meus olhos.

- Então o que você acha? – perguntei.

Dean mastigou mais algumas vezes e finalmente engoliu para falar.

- Acho que vamos aceitar. – disse ele olhando para Carlisle.

Ele nos oferecera para ficar em sua casa até que a poeira abaixasse.

- Será um período de pesquisa, não adianta batermos de frente com Crowley. O filho da puta tem um exército quase interminável. A melhor saída é realmente destruir a placa. – concordei.

- Neste caso eu ajudarei mais estando em minha casa. – disse Bobby. – Amanhã pela manhã volto para minha cidade. Lá eu tenho um acervo melhor para pesquisa. Se eu descobrir qualquer coisa, ligo para vocês garotos. E é bom que mantenham Mary fora de problemas.

Olhamos seriamente para Bobby.

- Você está pedindo algo quase impossível. – resmungou Dean.

- Bella sempre foi um imã para problemas. – sorriu Carlisle de maneira nostálgica. – Mas se ela permanecer nessa casa ela terá muito mais proteção.

- É bom que se protejam também. Não é porque são vampiros que demônios não podem atacá-los. – alertou.

- Edward matou os 15 demônios que estavam guardando o local onde Bella estava sendo torturada, não acho que demônios possam fazer muita coisa contra nós. – Jasper se pronunciou.

- Não acho prudente esse pensamento Jasper. Edward só os destruiu, pois ficou completamente descontrolado. Agiu puramente com seu extinto assassino. Além do mais foi um ataque completamente surpresa. Eles nem viram de onde a mordida vinha. Se eles estiverem preparados, podem nos parar.

- Protegeremos a casa. A tiraremos do radar de Crowley. Acho até que devemos começar o mais breve possível. – alertei me levantando.

Dean assentiu assim como Bobby. Jasper se prontificou a nos ajudar.

[...]

Já era noite quando nos reunimos na sala de estar. Esme havia nos feito jantar antes de qualquer reunião importante. Ela estava um pouco chateada por mancharmos sua casa, mas sabia que aquilo era para a proteção de sua família.

- Então... Porque a reunião? – perguntou Mary esparramada no sofá.

- Planejamos algumas táticas que acho que todos devem estar cientes. – expliquei.

- Não tem como fazer nada sem saber se Cas conseguiu ou não algo que destrua a placa. – Mary falou em tom monótono. – Já passei por essa caçada antes e acreditem em mim quando digo que Crowley vai cansar.

- É mesmo?! E quantos anos demorou para ele cansar? Quantas pessoas morreram enquanto ele perseguia você e o tal profeta? – grunhiu Dean.

Mary suspirou alto.

- Ok Dean, eu já entendi o seu ponto. Não estou mais sozinha.

- E Crowley não vai acreditar na mesma mentira duas vezes. – alertei. – Ele está lutando com muito afinco por essa placa para não ter certeza que ela ainda existe.

- É eu notei. – resmungou a caçadora.

- Vocês só estão esquecendo de um detalhe. – a voz de Edward soava sombria.

Ele olhava fixamente pela janela, acho que ainda estava perturbado pelo que aconteceu com Mary.

- Se o anjo não encontrar um jeito de destruir a placa o que vão fazer? Até onde vai esse demônio para conseguir o que quer? Pelo que eu vi ele não tem nenhum limite, foi uma pena ele ter fugido antes de eu ter arrancado sua cabeça.

Todos pareciam saber a resposta de sua segunda pergunta – Crowley não pararia até destruir a todos – porém ninguém parecia ter uma resposta para a primeira questão.

Ficamos em silêncio por incontáveis minutos até Mary o quebrar.

- Acharemos um profeta e fecharemos a porta do inferno.

- Bem... Parece que temos um plano. – sorriu Dean.

- Você fala como se fosse fácil achar um profeta Dean. – retruquei.

- Temos Castiel que pode mexer alguns pauzinhos lá no céu. Sempre tem um arcanjo protegendo um profeta. E se isso não der certo poderemos procurar na internet. – sorriu brilhante.

Ficamos o olhando sem entender a merda que ele tinha dito.

Dean revirou seus olhos.

- Você costumava ser mais nerd Sammy.

- Você acha que vai ser fácil achar um profeta pela internet Dean?

- Você está me decepcionando irmãozinho. Me diga, o que o último profeta que encontramos costumava fazer? – sorriu como se aquilo fizesse sentido.

- Ele escrevia nossa história como se fossem livros de ficção.

- Sério? – perguntou Mary curiosa.

Meu irmão deu um meio sorriso.

- Cada detalhe. Desde minha voz grossa e máscula até os as afeminadas passadas de cabelo para trás da orelha do Sammy.

- Vai se ferrar! – xinguei.

- Sua ideia é colocar na internet a história de vocês e ver o que encontramos? – perguntou Jasper incrédulo.

- Melhor do que ficar sentado esperando. – Dean respondeu dando de ombros.

- Vamos esperar Cas voltar e então pensamos nisso. Estamos sofrendo por antecipação.

- Você realmente acha isso Mary? – perguntei seriamente.

Ela ficou em silêncio sem qualquer expressão e então respondeu sem demonstrar alguma emoção.

- Não. Mas estou cansada demais para ficar planejando qualquer coisa. Não estou com vontade de pensar em Crowley, se é que me entende. – sorriu cinicamente.

Então eu percebi. Ela estava ali conosco, discutindo estratégias quando por dentro estava apavorada com tudo que lhe aconteceu. As torturas do rei do inferno não eram fáceis de esquecer. Mary estava longe de estar bem.

- Vá descansar querida, o quarto de hóspedes está pronto para você. – disse Esme maternalmente.

A caçadora levantou do sofá e agradeceu Esme, mas ficou parada no meio do caminho. Antes que qualquer um perguntasse o que estava acontecendo a vampira vidente saltou até ela.

- Vem Bells, eu preciso falar uma coisa rapidinha para você e depois te deixo em paz para dormir.

As duas sumiram de nossas vistas.

- Ela está estranha. – murmurei.

- Depois do que ela passou... Para mim ela está bem normal. – murmurou Emmett falando pela primeira vez naquela reunião.

- Ela não está. – seria cômico se não fosse trágico eu, Dean, Edward e Jasper falarmos ao mesmo tempo.

POV Edward

Minha Bella estava sofrendo em silêncio assim como sempre. Seu altruísmo me dava nos nervos. Porque ela simplesmente não estoura, grita, chora, xinga... Porque ela não deixa que seu sofrimento vá embora.

Alice tagarelava no quarto tentando distraí-la, mas ela sabia que não estava surtindo efeito. Por sua mente eu via Bella deitada na cama com os olhos fixos no teto o corpo um pouco trêmulo. Eu não aguentava vê-la desse jeito.

Não me contive e segui para seu quarto. Bati a porta e minha entrada foi concedida por Alice que levantou-se da cama com a expressão triste. Ela sofria por sua amiga. Pisquei tentando animar a fadinha que sorriu pequeno.

- Bella. – chamei em tom baixo.

Ela virou-se na cama e me olhou com os olhos cheios de lágrimas.

- Será que você pode cantar para mim... – pediu em um sussurro abrindo os braços para que eu deitasse ao seu lado e a abraçasse.

Eu deveria me sentir feliz por estar cada vez mais perto de seu perdão. Mas tudo o que sua atitude fez a mim foi me quebrar ao meio. Doía vê-la tão frágil. Ela adotou uma fachada tão forte de durona enquanto caçadora que eu acabei me acostumando e esquecendo o quão frágil ela poderia ser.

Não demorei pensando, apenas apressei meus passos e deitei ao seu lado a puxando para o meu peito em seguida.

- Tudo bem Bella, estou aqui. – sussurrei a apertando forte.

Suas lágrimas desciam por suas bochechas. Levei uma de minhas mãos a sua cabeça acariciando delicadamente seus cabelos. Comecei a cantarolar sua inesquecível música. Seu choro tornou-se mais forte e ela agarrou-se em mim.

Passou-se quase uma hora até que ela relaxasse e dormisse.

Não tive tempo de comemorar, 20 minutos depois ela se debatia em seu sono.

- Bella! Acorda! Bella! – chamei a sacudindo.

Ela abriu os olhos apavorada e para a minha total surpresa me beijou.

POV Bella

Meu coração batia tão rápido que eu mal conseguia respirar. Agarrei seus cabelos o puxando para mim. Edward não ficou parado por muito tempo para corresponder. Suas mãos agarraram minha cintura e seu corpo pesou sobre o meu. E finalmente minha mente esvaziou.

Meu corpo agora era só sensorial. Eu sentia os dedos frios do vampiro passeando pela lateral do meu corpo. Sentia sua língua vasculhando minha boca. Sentia meu corpo corresponder com desespero. Meus ouvidos apitavam e meus olhos giravam em suas próprias órbitas e.... Ow! Acho que não estou bem.

Edward afastou seu rosto do me e me olhou assustado.

- Bella respira! – puxei o ar com toda a força que pude.

Ele sorriu.

- Algumas coisas não mudam.

- Cala a boca e volta aqui. – grunhi tentando puxá-lo de volta para mim.

Edward riu.

- Já outras... – murmurou antes de me beijar.

Dane-se o que aquilo poderia significar. Eu precisava que minha cabeça parasse de pensar, parasse de voltar ao passado... Eu não aguentava mais ver Crowley em minha mente com aquele seu sorrisinho debochado e cruel. Eu não queria enlouquecer.

O vampiro desceu seus beijos para o meu pescoço e eu perdi completamente a linha de raciocínio.

Ficamos naquele amasso por um tempo que eu não consigo determinar, até que suas caricias tornaram-se mais suaves.

- Você precisa descansar. O dia foi muito longo. – sussurrou em meu ouvido.

- Eu não quero voltar a pensar naquele demônio. – minha voz soou mais assustada do que eu imaginava.

- Você não vai. Não vou deixar. – prometeu. – Concentre-se em minha voz e em meus toques.

Assenti fechando os olhos. Edward voltou a cantarolar baixinho e seus dedos começaram a acariciar meu rosto como se estivesse o conhecendo pelo tato. Eu não sabia como um toque tão simples poderia me fazer relaxar, mas incrivelmente eu consegui dormir sem mais pesadelos.

Amanhã eu teria que conversar com ele. Dizer que o que aconteceu aqui não muda nada entre nós que eu apenas... O usei para não ter pesadelos. Hun! Que eu quero enganar afinal? Eu não conseguiria mentir para Edward. O que aconteceu aqui mudou tudo sim! De uma forma que eu não faço ideia do que pensar do futuro. Eu precisava falar com Castiel, precisava buscar a placa, precisava destruir Crowley. É, de repente pensar em Crowley não era tão assustador.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

FACEBOOK: http://www.facebook.com/groups/479210868793110/

BLOG:http://mahfics.blogspot.com.br/