Jon demorou a abrir os olhos, mas já estava acordado há muito tempo. Conseguia sentir uma respiração quente em seu pescoço. Sentiu as peles de lobo roçar em sua pele nua, e logo memórias da noite anterior voltavam à sua mente. Jon sorriu e olhou para Arya, que dormia delicadamente no seu ombro.

– Arya... – ele chamou. – Meu amor... Acorde.

– Hm... – ela grunhiu, esfregando os olhos. – Só mais cinco minutinhos...

Jon riu e virou-se para a irmã, rindo.

– Do que está rindo?

– Disso. – Jon começou a fazer cócegas nela, provocando gargalhadas altas de Arya.

– Tá bom, tá bom! – Arya recuperou o fôlego – Eu me rendo! Vou levantar.

Arya levantou o mais rápido possível, e Jon pode ter a visão de seu corpo nu. Coisa que não pudera ver na noite anterior, já que estava embriagado o suficiente para enxergar apenas borrões.

– Você é linda.

Arya sorriu para ele enquanto vestia-se.

– Vamos, Sor Preguiça. – ela pulou em cima dele. – Levante!

Jon a beijou e a abraçou forte, e em seguida foi se vestir. Arya saiu do quarto e desceu as escadas da Torre do Comandante, indo para o pátio. Enquanto Jon se vestia, sentiu um formigamento estranho no corpo, e um sorriso bobo brotou em seus lábios. Não sabia explicar o que sentia pela irmã, mas sabia que aquilo era forte o suficiente para deixá-lo daquela forma por muito tempo. Olhou de relance para um par de anéis de prata cravejados de diamantes e sorriu. Os guardou em uma caixa de madeira forrada por veludo negro e saiu do quarto, indo diretamente para o pátio, onde sua futura esposa o esperava.