Dawn teve um dia cheio. Os preparativos para a formatura já haviam começado há duas semanas e ela ainda precisava arrumar fornecedores para as becas .A expectativa de ter um longo caminho pela frente,de horas de pesquisa de preço e negociações a fazia ter vontade de desistir de ser diretora. Mas aquele era um sentimento era comum todo ano.

A única coisa que ela queria era chegar em casa e descansar, se preparar para passar horas no telefone no dia seguinte. Seu stress andava tão alto que Faye resolvera estender o tempo que passaria na casa de Jake. Talvez fosse ate melhor assim, ela poderia tirar a mascara de bom exemplo da casa e beber do melhor vinho ate ficar tão embriagada que dormiria no balcão mesmo. Esse era seu plano.

Mas, como acontece tipicamente em Chance Harbor os planos que Dawn havia feito foram interrompidos por um visitante que, no maior dos eufemismos possíveis, a deixou chocada.

Charles estava parado em frente a sua porta,com um olhar sombrio e a mulher quase teve um ataque cardíaco, ate onde ela sabia, ele estava morto e mesmo agora ela ainda não tinha a certeza de que ele estava vivo .Depois de 2 minutos em que os dois ficaram apenas se encarando ele bufou e disse:

– Acho que você não faz ideia do que esta acontecendo.

– Não, o que esta acontecendo?

– Se eu soubesse Dawn, não estaria aqui na sua porta neste momento.

–Você deveria estar morto.

–Obrigada pela obvia observação. E exatamente isso que eu estou tentando descobrir .O por que de eu ainda estar vivo.

– Quando você...

–Acordou?Hoje de manha.

– Não se lembra de nada o que aconteceu nessas duas últimas semanas?

–Não. - Mas aquilo não era de fato, verdade. Ele se lembrava de uma coisa, e essa lembrança assustava ele e fazia-o temer pelas pessoas ao seu redor. Mas não o suficiente para que contasse a Dawn, não por enquanto. - Não me lembro de nada, mas preciso.

– Por onde quer começar a procurar respostas?

– Minha mãe deve saber, mas não consegui conta-la.

– Ela deve ter saído da cidade .

– Então devemos ir atrás de algum ancião .

– Royce?

– Ele pode estar um pouco fora de si, mas ainda e a nossa melhor opção. Ao que me lembre, seu conhecimento sobre magia e bem vasto.

–Talvez ele possa nos dizer o que mais se passa nessa cidade.

– O que quer dizer? - perguntou Charles.

– Algo ainda esta errado. O circulo esta se reunindo por vezes demais pra ser considerado apenas treino de magia.

– Se tem algo errado , devemos perguntar a eles. Onde esta Diana?

– Ela saiu da cidade, Charles.

– Talvez seja melhor pra ela assim.Acha que Royce sabe o que se passa aqui?

– Não sei, mas jamais deveríamos ter trago Cassie Blake pra cidade.

– Nosso desejo pela magia falou mais alto do que tudo. E o pior e que, nos dois sabemos que ainda fala.

– Não sei o que você quer dizer com isso.

–Por favor Dawn, nos dois sabemos que você não vai deixar ninguém tomar esse poder de você de novo.

Dawn sabia que tudo aquilo que Charles estava dizendo era verdade, mas não queria admitir a si mesma e muito menos a ele que, faria tudo de novo. Ela agora possuía seu poder de volta e estava aproveitando cada segundo, sem se esbanjar demais e arriscar que os anciões retirassem a magia dela novamente.

– Eu não seria capaz de fazer todas aquelas atrocidades novamente- mentiu.

– Diga o que quiser pra conseguir dormir melhor a noite, mas agora temos que ir atrás de Royce.

– Agora?

–Mas e claro.

– Charles eu não posso, tenho que acordar cedo amanhã e organizar a formatura...

– Se você não quer saber o que anda acontecendo com a cidade e no que a sua filha esta metida...

Dawn sabia que Charles estava certo. Ela precisava fica a par do que acontecia na cidade, por isso ela se encaminhou pro carro e quando estavam os dois la dentro ela disse:

– Charles, você tem alguma ideia do tamanho da bagunça que nos fizemos?

– Não, mas acho que já vamos descobrir.