Memories escrita por taay


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

desculpa por ter demorado pra postar! eu estava cansada, quero logo as férias! horário de verão começa amanha, af. Bom, ficou meio legalzinho, eu acho.
Boa leitura!



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Logo que abri meus olhos, encarei o teto — mais nada aconteceu. Ou eu apenas esperasse que alguma coisa acontecesse.

Sentia calor, talvez minha mãe tenha ligado o aquecedor durante a noite. Passei a mão em minha testa grudenta e suada. É ela ligou o aquecedor. Sentei-me na cama com as costas encostadas na cabeceira; peguei meu prendedor de cabelo preferido — de uma borboleta azul — que estava no criado mudo ao lado da cama e amarrei o cabelo o mais longe possível do rosto. Abri as cortinas e vi que havia nevado, mas não o bastante para se fazer uma possível guerra de neve como antigamente eu fazia, quando eu era uma criança.

Ignorei esse pensamento.

Lembrei-me de era quinta-feira e teria minha aula favorita, e me animei. Voltei à cama caminhando lentamente desfrutando da sensação do chão gelado em contato com meus pés quentes demais. Peguei meu celular ao lado do travesseiro e olhei a hora. Seis e quarenta e três da manhã. Perfeito, acordei mais cedo do que de costume — pensei. Com meu celular em mãos caminhei lentamente e abri a porta de meu guadarroupa à procura do uniforme escolar. Peguei uma blusa verde de frio com pano leve de mais para o frio que lá fora fazia; o uniforme escolar; uma calça jeans escura e minha roupa íntima. Peguei-me sorrindo enquanto caminhava até o banheiro em passos rápidos; apesar de não haver motivo aparente para tal.

Assim que entrei no banheiro, fechei a porta e me encarei no espelho. Sorri novamente. Meu cabelo — apesar de no momento estar preso de um jeito desajeitado no ponto mais alto de minha cabeça — estava ótimo; melhor do que de costume na verdade.

Meus olhos estavam verde claro-azulados mais claros do que o normal, que se passariam por azuis-acizentados facilmente. Pela primeira vez em tempos, eu me sentia bonita o bastante. Despi-me e desprendi o cabelo entrando em baixo do chuveiro onde a água fria me esperava. Tremi; fria demais. Ri de mim mesma. Lavei-me com uma rapidez eficiente apesar de — novamente — não haver motivo. Vesti-me sem me dar ao trabalho de me secar e logo fui até meu quarto.

Peguei meu secador de cabelo, colocando-o no máximo de calor e sequei meus cabelos rapidamente por a casa ainda estar mais quente do que costume. Assim que ele se secou rapidamente, passei meu creme especializado para tempos frios, espalhando-o rapidamente. O loiro de meu cabelo destacava-se em contraste com a pele e meus olhos. Peguei minha mochila colocando-a em cima da cama, mais logo a pegando novamente assim que coloquei meus all stars pretos. Peguei meu celular, olhei a hora e falavam que era sete e quarenta.

Desci as escadas em passos normais e notei que a casa estava com eco; minha mãe provavelmente já havia ido trabalhar — pensei. Avistei um papel em cima da mesa de centro da sala. Aumentei o ritmo de meus pés e peguei a folha dobrada ao meio.

Kim, nos vemos quando você voltar da escola. E falando em escola, não se esqueça se passar na casa de Luke e acompanhá-lo até a escola como você prometeu.

Amo você! Mamãe”


Claro! Se não fosse por ela, já havia me esquecido.

Fui até a cozinha e peguei duas maçãs. Peguei minhas chaves e fechei a porta.

Olhei sua casa de longe e ela era linda. Perguntei-me se era assim por dentro também. Bom, provavelmente não é linda e sim magnífica. Molly me pareceu ter bom gosto só pelas roupas que ela usava quando nos vemos na noite anterior.

E então me lembrei de como Luke me fez sentir só pelas horas de conversa e a animação me invadiu. Eu queria sentir aquilo novamente, queria ser eu mesma nem que fosse por breves momentos.

Sai quase saltitante de casa e atravessei a rua rapidamente logo depois de reparar que a rua estava quase deserta, sem carros. Não hesitei em tocar a campainha, eu poderia desistir. Mais afinal, por que estava tocando a campainha da casa do Luke? Eu poderia lhe dar uma desculpa como me desculpe, eu acabei perdendo a hora e dormi demais, entretanto, eu não queria mentir. Apesar de querer me sentir eu mesma novamente, eu era medrosa demais de encará-lo sem nossas mães por perto ou a escapada relâmpago de meus amigos de infância. Pensei em ir embora, mas caramba, eu não queria ir embora! E nem poderia, já era tarde demais.

Ele abriu a porta numa velocidade meio lenta e um sorriso se abriu em seu rosto assim que nossos olhos se encontraram.

— Senhorita Kimberlly! Que surpresa! Sem querer ser rude mais o que está fazendo aqui? — Sorri ao ver que ele já estava arrumado para ir à escola provavelmente apenas me esperando para irmos. Estava com o uniforme — que eu havia errado, não fica nem perto de bom em comparação com Luke vestindo-o; era quase um insulto falar que ficava bom, ficava lindo nele! —, uma calça jeans azul clara e um tênis Nike vermelho. Por um momento fiquei hipnotizada com sua beleza, mais logo me recuperei, ele ainda esperava uma resposta com um sorriso no rosto.

— Vim te acompanhar pra escola, esqueceu? Eu lhe falei que iria te mostrar a escola e é isso que eu vim fazer, Senhor Luke.— Quando concluí seu sorriso se alargou. E ele deu um passo à frente para beijar minha bochecha e senti o sangue de meu rosto esquentando. Ele riu um pouco ao se afastar e apreciar minhas bochechas provavelmente mais vermelhas que pimentão.

— Ah claro! Já havia me esquecido. Espere aqui por alguns segundos, vou pegar minha mochila. — Apenas assenti.

Pela porta se via apenas a sala de estar e caramba, eu estava certa! Era magnífico. Os tons em rosa quase branco davam um belo contraste com os tons em vermelho escuro dos sofás e a televisão a sua frente. Havia quadros na parede ao lado do sofá pendurados, junto com algumas caixas empilhadas. E aquilo provavelmente demoraria até ficar tudo arrumado em seu devido lugar.

Chamei-me de intrometida em pensamento ao ficar observando a sala de estar de meu novo amigo sem ele nem sequer estar por perto.

Abaixei meus olhos pros meus pés e fiquei brincando mexendo em meu cabelo, enrolando-o no dedo por pelo o que pareceu ser apenas dois minutos. E ele já estava de volta.

— Er... Posso de chamar de Kim, certo? — Apenas assenti incapaz de responder com aqueles olhos tão lindos me fitando tranquilamente. Tive que me lembrar de respirar quando ele sorriu tão abertamente que parecia que seus lábios iam machucar suas orelhas. — Então, vamos. — Murmurei um Ok enquanto o via trancar a porta e em seguida guardá-la no bolso da calça e me acompanhar de volta ao caminho para a escola.

— O senhor poderia me dar à honra de olhar o horário das suas aulas? — Disse formalmente, logo ouvindo um riso baixo da pessoa que caminhava calmamente ao meu lado. O acompanhei rindo, era quase estranho fazer isso. Rir. Aquela sensação voltou. O olhei a tempo de vê-lo tirar um papel da mochila e me estender.

— Claro que poderia, senhorita — Rimos mais dessa vez mais logo que me concentrei em ler as letras miúdas no papel, parei de rir. Logo depois que vi a última aula de quinta-feira ele voltou a falar — Eu fui logo depois de ajudar minha mãe a arrumar as coisas na nossa casa, na escola e pediram para mim escolher a última aula de segunda-feira e de quinta-feira, nem precisei pensar muito para escolher — Ele terminou rindo levemente enquanto pegava o papel que eu estendia a sua frente.

— Qual aula você escolheu? Aposto que futebol, como todos os garotos normais daquela escola, que consequentemente quase se afogam pela baba das lideres de torcida — Falei rindo, quase não se entendia as palavras, mas ele entendeu, eu sabia disso. E não conseguia parar, lágrimas já escorriam pelos meus olhos quando consegui; cerca de 50 segundos mais tarde.

— N-não, e-eu o-odeio futebol — Ele ria junto comigo, mais parou enxugando o canto de seus olhos que também lacrimejavam. — Escolhi a aula de natação, sempre amei nadar então foi fácil escolher.

— Bom, então temos todas as aulas juntos hoje; posso te ajudar a achar as salas de aula. Seria bem melhor do que se perder nos corredores daquela escola. — Sorri ao terminar de falar e olhei a frente vendo se aproximando o prédio de nossa escola.

— Ou escorregar na baba das lideres de torcida. — Rimos alto enquanto eu observava o prédio alto da escola se aproximando.

— Provavelmente agora, vão ter muitas meninas no seu pé também. Uma vez seu primo me falou que as meninas da sua escola praticamente caíam aos seus pés. Aqui não vai ser tão diferente, presumo, acho que a diferença é que será só uma aos seus pés. Ei para de olhar assim para mim! Não estou falando de mim! — Falei quando ele me olhou estranho; uma mistura de expreção de sedutor com confuso. Ri um pouco colocando as mãos na altura dos ombros, me rendendo.

— Depois de todos esses anos, você devia saber que Zack exagera em tudo que diz; Kim. E não, não tinham meninas que caíam aos meus pés. Tudo bem, eu admito que uma vez uma garota caiu aos meus pés, mas foi porque ela tropeçou e caiu quase em cima de mim no corredor da minha antiga escola. Isso nem pode ser contado. E a quem você se refere com “acho que a diferença é que será só uma aos seus pés”?

— Certo, ah ali! Está vendo aquela garota ruiva de saia rosa? — Ele assentiu. Continuei. — Aquela é Brianna Lopez, é ela que irá te importunar até conseguir o que ela quer. A irmã dela é legal, a Hilary. Apesar de serem gêmeas; são bem diferentes. As diferenças começam com a cor de cabelo. Hilary é loira. Não se esqueça também de não confiar em ninguém nessa escola que você já não conheça.

— Tudo bem, vocês são se dão muito bem pela sua cara, certo? — Ele deu uma risadinha de leve quando viu a careta que fiz e depois ri o acompanhando. — Certo; mais alguma coisa que eu deva saber? — Assenti e continuei explicando com a voz em volume baixo sobre as pessoas daquela escola enquanto caminhávamos adentrando-a.

Expliquei também que conheci as irmãs Lopez logo em meu primeiro dia de aula na “Margarett Louise High School”. Mais tive a infeliz sorte de cruzar o caminho da Brianna primeiro, naturalmente ela fingiu ser minha amiga; mais Hilary me salvou das garras de sua gêmea má — como ela mesma falara pra mim.

Enquanto explicava, me senti razoavelmente segura com Luke. Era fácil conversar com ele; e logo já éramos quase melhores amigos. Apesar de nos conhecermos a menos de dois dias, ele já conseguia me fascinar com o jeito que me observava e quando comentava a alguma coisa que acabara de falar. O jeito que o canto da sua boca se estreita em um sorriso de lado mínimo; que eu logo considerei meu sorriso favorito.

Todavia, o mais interessante era quando andávamos lado a lado, ele nem sequer olhava a escola — que era o que ele devia estar fazendo. Ele me olhava, com aquele sorriso de lado encantadoramente fofo, que às vezes se alargava devido a algum comentário meu engraçado. Ele me olhava não fixamente, era quase natural e espontâneo; como se não pensasse e simplesmente agisse por impulso.

Mais foi quando passamos por uma das garotas da minha sala de Inglês que algo me chamou a atenção. Mary Baker, uma das muitas que não gostava apesar de nunca termos sequer nos apresentado formalmente — ouve um boato ano passado que ela confirmou que foi ela mesma quem inventou; disseram que eu tinha uma doença contagiosa que não me lembro o nome agora, por isso sentava no fundo da sala e não conversava com ninguém — ficou olhando para Luke com os dois olhos arregalados; quase pude ver a baba escorrendo pelo canto de sua boca. Comentei isso com Luke, ele pareceu perceber que iria ser cobiçado na escola, mas brinquei dizendo “Não se anime tanto, você não é o gostosão da escola. Mais seu primo é, e eu te garanto que você terá de conquistar seu respeito aqui. Ou as pessoas vão achar que você é igual ele. E eu sei que não é apesar deu ter te conhecido ontem”. Ele não disse nada depois disso. Olhou o caminho á frente como se estivesse pensando no que eu havia falado.

Encontrei minha prima numa das curvas até a sala de História, primeira aula minha e de Luke.

— Kim! Você não sabe o que eu acabei de ver, a Lopez ta quase matando um garoto aqui perto. Você tinha que ver a cara dele, é uma pena se ela matar ele. Ele é tão lindo e...

— Oi Giovanna, sim nós estamos bem, obrigado por perguntar. É muito bom te ver também. Claro, eu também te amo prima. — Ela deu língua enquanto dizia um oi para meu novo amigo, parecendo perceber só agora o quanto bonito ele é. — Certo, sobre o que você acabou de falar, pode deixar comigo isso.

— O que você vai fazer? — perguntaram em uníssono.

— Salvar o garoto das garras da Lopez, antes que ela faça sopa dele. Mais enquanto isso, eu continuo te falando sobre o pessoal daqui. — O vi assentir então voltamos a andar.

— Certo... Er... Ah ali — apontei rapidamente vendo-o levar o olhar até lá. — Aqueles são Trisha Smith e Logan Jacobs, eles são namorados há quase quatro anos e nunca se quer olhe diferente pra eles. O ultimo que mexeu não estava aqui para contar a história. E sim, foi o que você pensou. — Respondi ao seu olhar espantado.

Vi Mary se aproximando com uma das garotas que ela diz ser sua amiga, olhando fixamente para Luke. Aquilo estava começando a me incomodar.

— Você viu como a Baker olha pro Luke? — Vi minha prima negar e logo olhar para á Mary e para mim novamente e sussurrar um mal audível “Meu Deus, ela está quase comendo-o com os olhos!”

— Hey, ali o que tinham contado a vocês antes de minha querida e amada prima me responder com ironia. — Ela apontou para o final do corredor onde Brianna falava com um garoto que tinha a expressão de medo no rosto.

— Vou ter de fazer isso. — Falei enquanto caminhava até Lopez e a encarava seriamente com raiva transbordando os olhos. Não importa o quanto isso fosse estranho. Afinal, porque uma pessoa iria salvar outra. Bom, ela já fez isso comigo e não quero que ela faça isso com mais ninguém. É uma questão de honra.

Enquanto me aproximava percebi que o garoto que ela estava assustando era realmente muito bonito. Com cabelos negros e lisos erguidos num topete igual ao do Luke, com apenas uma mecha loira. Sua pele não era branca, quase morena clara que destacava seus olhos castanhos. Muito bonitos por sinal. Minha prima tinha razão.

Assim que fiquei a uma distancia razoável, comecei a falar.

— O que pensa está fazendo Lopez?


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? Não sei porque ainda pergunto, eu não mereço, eu sei. até o proximo capitulo!



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