Memories escrita por taay


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Hey, feliz natal atrasado e feliz ano novo adiantado!
Capitulo 12, tá aqui. O próximo tem briga e das feias! Kim mostra suas garras!
Vou começar o capitulo 13 hoje, então se eu conseguir inspiração, eu termino ele amanha, e posto amanha mesmo.
Torçam para a minha inspiração não sair correndo de mim.
Boa leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/280947/chapter/13

  Ainda fitava a parede da sala a minha frente.

  Depois de ler aquilo na internet, desliguei o computador rapidamente e desci até a sala em grandes passos. Minutos depois minha mãe anunciou que iria sair e não fiz mais do que um aceno de cabeça, dispensando saber aonde ela iria. Ouvi o nome de minha tia e da mãe de Luke, então se quer me importei. Ou tentei não me importar; ultimamente é difícil não se importar com ninguém.

  Minha cabeça não girava estritamente em volta do assunto de vidas passadas. Na verdade, tampouco sei o que estou pensando. Gira em torno de coisas banais e importantes, coisas do futuro e do passado, no certo e no incerto. Em coisas que não se prendem a minha mente, me fazendo refletir sobre tal.

  Então me forcei a pensar no texto.

  O modo superficial que tinha sido escrito não parecia realmente toda a verdade, eu sabia — de um jeito que eu não queria saber — que havia mais coisas além de um casal de apaixonados, o príncipe que salvou, mesmo que momentaneamente, a vida de sua princesa.

  E mesmo que a vida daquele infeliz casal fosse horrível, proibida e completa de medo e insegurança, desejei ser a garota. Desejei ter alguém para amar, alguém para me acolher. Alguém para chamar de meu.

  Mas então, tive pena. Pena porque eles não puderam ficar juntos e o tempo que se estendeu sobre eles não era longo e infinito. Não podiam se quer saber se olhariam nos olhos do outro no dia seguinte; imagine dali a cinco, seis anos, onde provavelmente teriam fugido com segurança. Onde teriam seu filho em segurança, mesmo que momentânea. Onde teriam um lar e acordariam todos os dias se maravilhando com a visão estranha da cara amassada e o cabelo bagunçado, mas mesmo assim, amados. A sorte da criança de ter pais tão apaixonados era gigantesca; mais do que se pode compreender.

  Talvez pena não fosse a palavra certa. Compaixão, talvez.

  Ou talvez meu mundo esteja tão solitário que, mesmo que inconscientemente, esteja tentando me agarrar a coisas incomuns para tirar todo o peso de minha pobre vidinha difícil e medíocre.

  O silêncio ainda rondava a casa. Com tudo desligado e eu apenas sentada no chão, com as costas amparadas pelo sofá; olhando fixamente para a parede seria bem mais silencioso do que com minha mãe presente.

   Parte de mim agradeceu por ela ter saído e ter me deixado apenas com meus pensamentos insanos e sem feitio nenhum.

  Uma luz se acendeu em minha mente, como em um desenho animado e eu sabia o que fazer.

  Levantei-me  e sem me importar com as horas, peguei a chave de casa e decidida, tranquei a casa indo em direção a casa de minha prima.

  Não era muito longe, três ruas para baixo da minha talvez, nunca prestei a atenção para ter a certeza.

  Caminhei tranquilamente, a rua estava estranhamente silenciosa. Olhei a cima e o sol estava alto, devia ser quase meio-dia.

  Quando cheguei a frente da casa de Giovanna, abri a porta e entrei. Uma vez que minha tia me disse que não precisava mais tocar a campainha, achei que não precisaria mesmo fazê-lo.

  — Prima?

  — Aqui em cima.

  Sua voz era abafada pela distância. Sua casa era estranhamente grande. Talvez desse mais de três vezes o tamanho da minha, apesar de minha casa já ser grande.

  Subi a escada quase em espiral e logo abri a porta de seu quarto encontrando-a sentada na cama, na mesma posição que eu minutos atrás — ou será que foram horas?

  — Você não foi à escola hoje.

  — Sim. Não consegui dormir direito. Pesadelo. Minha mãe tinha saído e Luke dormiu lá, ele achou que eu não conseguiria me concentrar na aula por não ter quase conseguido dormir.

  Ela olhou para mim com uma sobrancelha erguida e eu sabia o que ela havia pensado.

  — Sim, ele dormiu comigo na cama. E não, não rolou nada.

  — Ah Luke...

  — O que quis dizer?

  Ela olhou para mim e parecia me esconder alguma coisa enquanto me sentava ao seu lado.

  — Ande, me fala o que quis dizer! Ou vou contar ao Matthew que você tem uma queda por ele desde a primeira vez que o viu.

  — Eu não tenho uma “queda” pelo Matthew; somos bons amigos.

  Foi a minha vez de erguer a sobrancelha.

  — Ok, ok. Talvez eu goste dele, mas isso não faz diferença.

  — Certo, eu não vim aqui para falar sobre o Matthew nem sobre o Luke.

  — Certo, então pode começar a falar. — Ela desligou o notebook enquanto falava e o colocou no criado mudo ao lado da cama, enquanto o fechava.

  — Acredita... acredita em vidas passadas? Quero dizer, você acredita em reencarnação?

  — Por que a pergunta?

  Estávamos uma de frente para a outra agora.

  — Não, não é nada. Bobeira minha.

  — Sim, eu acredito em reencarnação. Não cresci com essa crença mais eu acredito.

  — Se eu te contar uma coisa, você não conta pra ninguém? — A curiosidade a corroia, dava para ver em sua expreção.

  Ela fez de conta que fechava a boca com um zíper e trancava, depois jogou a chave pelo ombro.

  — Eu... eu acho que... que eu estou me lembrando de uma vida passada minha.

  No exato momento em que terminei de falar e Giovanna fazia uma expreção de surpresa com incredulidade, a campainha tocou lá em baixo.

  Ela não falou nada, apenas me puxou pela mão junto com ela, escada abaixo. Sua mão tremia, eu sabia que ela não gostava de receber visitas quando sua mãe não estava em casa.

  Em sete pulos, estávamos em frente a porta.

  Minha prima abriu a porta.

  E eu não acreditei no que eu via. Talvez eu estivesse tendo uma alucinação, ou algo parecido. Talvez eu estivesse louca. Fiquei com a opção de que tinha ficado louca e estava tendo uma alucinação.

  O homem muito conhecido por mim sorria como um ex-sego ao ver o sol pela primeira vez me fitando.

  Seus olhos exatamente iguais aos meus só tinham um toque de incredulidade, talvez fosse surpresa, na expreção.

  O rosto e o cabelo continuavam do mesmo jeito que me lembrava talvez mais fios grisalhos aqui e ali se destacavam entre os outros loiros; mas eu sabia quem ele era.

  Peguei-me desejando não saber.

  — Olá Kimberlly, Giovanna. Como vocês cresceram, meninas.

  Vi pelo canto do olho minha prima se beliscar na perna discretamente, e desejei conseguir me mover para imitá-la.

  — Oi meu amor.

  E então uma onda de raiva me atingiu e eu queria morrer.

  Enquanto olhava na minha frente, em pé, sorrindo, foi que eu desejei que ele continuasse morto.

  Meu pai estava vivo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não,ele não virou um zumbi ao estilo The Walking Dead. KKKK até amanha



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Memories" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.