Assunto De Investigadoras escrita por Kaah_CSR


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Gente, mil desculpas pela demora :p mas é que meu computador estragou e ninguém no mundo sabe arrumar. Mas dei um jeito e vou postar a fic mais rápido. Boa leitura :)



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- "Tudo o que sabemos do amor é que o amor é tudo que existe" – recitou Grissom.

- Orgulho e Preconceito? – Arriscou Nick.

- Não, idiota. Crepúsculo. Grissom olhou com uma cara de "o que vocês estão dizendo?" para eles.

- Shakespeare.

Quase todos os investigadores estavam em uma lanchonete, fazendo uma pausa do trabalho incessante do laboratório e tendo de brinde um café decente. Estavam discutindo sobre tudo, até que Grissom decidiu mudar um pouco de assunto, tentando encontrar alguma indireta para ajudar suas subordinadas a resolverem tudo.

- Continue – pediu Sara.

- "A escuridão toma conta dos litorais do mundo... oh, Antônio, Antônio..." – continuou ele. – Então? Alguém reconhece?

- Antônio e Cleópatra – respondeu Catherine. – É a parte em que seu amado está morrendo. Quando ela chama o próprio sol para queimar o seu medo, o mundo.

Sara escutou aquilo e não pode deixar de relacionar aquela passagem com o que as duas estavam vivendo; seus olhos castanhos acompanhando cada gesto da loira.

- E depois ela diz... – Sara pronunciou-se, chamando toda a atenção para si. "Devo permanecer neste mundo estúpido que, sem você, não valerá mais que uma pocilga?". E logo depois... "A coroa da Terra foi derretida, e nada mais incrível resta sob a lua passageira". Isso eu conheço muito bem – completou, olhando para Catherine.

A loira sabia ao que sua morena estava se referindo. Com certeza sentia-se como a própria Cleópatra, quando o amor de sua vida estava partindo... E apesar de tudo não conseguiu encará-la.

- Muito bem, Sidle – aprovou Grissom com um aceno de cabeça. – Por mais que digamos que queremos ficar sozinhos... todos nós vamos conhecer isso. O amor. Louco. Ardente. Que não existe barreiras, que derruba regras e preconceitos. É a forma que encontramos para a liberdade. É por isso que continuamos a falar sobre ele.

- Gilbert Grissom... Falando sobre amor? – Greg quase não podia acreditar. Ele deu um soco de leve no braço do supervisor. – 'Tá apaixonado, é?

Grissom limitou-se a girar os olhos.

- Ai, gente. Quem daqui nunca se apaixonou? – Disse Wendy.

Sara olhou diretamente para Catherine, que não percebeu o gesto. Sentira uma vontade inexplicável de olhar para Sara naquele momento, mas insistiu em continuar observando outro lugar.

- Eu acho que amor está um pouco fora de moda – disse Sofia. – Tornou-se chato, algo que todo mundo acha que existe, mas na verdade não existe. O que você acha, Wendy?

- Meu pai traiu minha mãe com outra mulher. No final, deixou minha mãe para viver com essa garota. Resumindo: sexo. Alguns riram da situação.

- Eu acho que amor é sexo – concluiu Greg, piscando para Mendy, que desviou o olhar rapidamente.

- Eu não sei... – disse Nick. – O amor é como se fosse uma miragem no deserto... Você vê o que quer na pessoa. Isso é o que faz você se apaixonar.

- Não, não é, Sr. Romântico – retrucou Hodges, fazendo todos rirem. – Segundo meus cálculos, o amor é apenas uma reação química produzida pelo nosso corpo que nos induz a fazermos bebês.

- É dinheiro – brincou Warrick. Todos estavam rindo, mas apenas uma não conseguia ver graça naquelas piadas. Sara não conseguia acreditar que era assim que seus amigos pensavam que era o amor. Algo puro, profundo, maravilhoso. Que não podia ser reduzido a apenas sexo e dinheiro. Nervosa, a morena levantou-se da cadeira, olhando um por um dos investigadores.

- Mentirosos! Mentirosos! Vocês não tem cérebro, não sabem de nada. Porque o amor é! Simplesmente é! Não podem fazê-lo desaparecer, é a razão de estarmos aqui. É o topo da vida. E quando você chega ao topo e olha para todos lá embaixo, está preso nele para sempre...

Aquelas palavras saíam do seu coração, direto para o de Catherine. Não se importava com o que os outros deviam estar pensando ao observá-la, não queria tentar fazer com que Catherine percebesse o que era o amor de verdade. A loira, por sua vez, segurava-se para não chorar.

- Pois se você mover-se, você cai. Você cai...

Grissom sorriu, orgulhoso.

- Perfeito, Sara. Você tem razão absoluta.

Após o café, Catherine Willows e Laura Grey foram para a biblioteca. Catherine tinha que pegar alguns livros para sua filha; só Deus sabe como Lindsay preferia um shopping à uma biblioteca.

E seria uma boa forma de tentar falar com sua filha normalmente. Enquanto a loira procurava pelas prateleiras, Laura a fitava. Havia manchas escuras abaixo de seus olhos e sua expressão aparentava muita tristeza. Estava sofrendo pela situação e sobretudo por Sara. Mas Laura apenas não conseguia entender a atitude de Catherine.

- Laura?

- Sim?

Catherine olhou para sua colega.

- Eu preciso falar sobre Sara. Você é a única pessoa com quem eu realmente posso me abrir, que não vai me julgar nem nada disso. Tudo isso está parecendo estranho para você, eu imagino e eu sinto muito por tudo, mas...

Catherine suspirou. Parecia que não conseguia mais falar sobre Sara sem atrapalhar-se com as palavras.

- Sei que deve estar pensando que eu sou uma maluca... Mas você não conhece minha mãe. E Lindsay... tudo isso foi um choque para ela. E eu preciso da minha família comigo, eu não suportaria que eles parassem de falar comigo. Mas por outro lado... Eu amo a Sara. Eu a amo muito. Ela é minha melhor amiga e a única pessoa que amarei. Assim como Cleópatra amou...

Catherine parou, as lágrimas escorrendo pelo seu rosto.

- E magoá-la daquela maneira... – continuou, chorando. – Está me matando. Ficar sem ela... é como se eu não pudesse mais respirar. Mas é assim que tem que ser. É como eu devo continuar. Pelo bem de todos. Não pense que isso é fácil para mim... Deixá-la é a coisa mais difícil que eu já fiz na vida. Mas eu não posso ser mais a Catherine que brincava com ela, que ria de suas piadas e que ficava com ela todos os dias... Não posso mais ficar com Sara. Acabou... Acabou.

Catherine suspirou, tentando respirar um pouco em meio aos soluços.

- Ela vai ficar muito abalada – a loira enxugou algumas lágrimas, fazendo o possível para controlar-se. – E vai precisar de uma boa amiga, leal e que lhe dê conforto. Sara vai precisar de você como nunca precisou de ninguém antes. Acha que consegue fazer isso? Por Sara?

Laura devolveu seu olhar, afirmando que sim. Catherine parecia levemente aliviada.


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Notas finais do capítulo

Reviews? ;)