Assunto De Investigadoras escrita por Kaah_CSR


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

O capítulo não está lá essas coisas, mas o próximo vai ser melhor rsrsrs. Boa leitura :*



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Laura acompanhou Catherine pelos corredores. As duas seguiram seu caminho até a sala de Ecklie e esperaram por Sara. Do lado de dentro, uma morena estava prestes a pular no pescoço do diretor.

– Quem você pensa que é para ficar acima da minha autoridade?

- Qual é, Ecklie – bufou Sara, gesticulando com as mãos. – Você estava ofendendo uma das melhores investigadoras desse laboratório. Achou que eu ia ficar calada?

- Ela pode muito bem se defender sozinha, Sidle. Estou cansado de você. Não vai mandar no meu laboratório!...

- O que sobrou dele, você quer dizer... – ela interrompeu.

- Volte para seu caso, Sidle. Vamos conversar mais tarde.

A porta da sala foi aberta e dali saiu uma morena completamente transtornada. Catherine e Laura a seguiram, ouvindo suas reclamações enquanto Sara descontava sua raiva socando as paredes. Laura rezou mentalmente para que ninguém atravessasse o caminho da investigadora naquele instante.

- Aquele filho de uma... – dizia Sara. – Não é homem suficiente nem para encarar uma conversa. Duvido até mesmo que seja homem o suficiente da cintura para baixo... Aquele idiota! – Sara socou uma porta e entrou em outra sala. Havia um saco de boxe pendurado no meio da sala e foi para lá que a morena se dirigiu. Começou a dar golpes, incrivelmente precisos e fortes.

Laura ergueu uma sobrancelha para Catherine.

- Ela faz aulas de boxe... – explicou a loira.

- Ah...

Laura observou curiosa enquanto Sara descontava sua raiva no saco de boxe. Ecklie não sabia a sorte que tivera por estar longe de Sara naquele instante. Por outro lado, sentiu-se sortuda por estar ali. Quando terminou, Sara estava mais calma e sorria traquilamente.

- Estou muito melhor agora – ela ergueu os braços e os esticou. Sorriu ainda mais quando sentiu todos os ossos estralarem. – Vou me trocar e em seguida vamos para a cena do crime, certo?

- Certo – disseram as duas.

Laura esperou pacientemente com Catherine até que Sara voltasse, com outra roupa, cabelo molhado e é claro, com uma xícara de café. Elas pegaram suas maletas e encaminharam-se para a cena de crime, que não era muito longe do LVPD.

Ser discreto com certeza não estava nos planos dos assaltantes, que explodiram a entrada do banco e explodiram a porta do caixa-forte, causando mais dano ao dinheiro do que pretendiam. Não era à toa que Sara havia dito que eles levaram a maior parte do dinheiro; com quase metade destruída a única opção seria tentar levar o resto. Por sorte não conseguiram levar tudo, graças à chegada da polícia, que só serviu para espantar os criminosos.

- Aqui estamos, dezenas de digitais – Sara anunciou sua presença, sorrindo para o caixa-forte destruído.

- Ai meu Deus... – Laura hesitou na entrada, assustada, surpresa, espantada e outras centenas de coisas. Greg estava ajoelhado, passando um pó sobre as caixas e revelando inúmeras digitais. A sala estava coberta com um pó azul e Laura sentiu um embrulho no estômago ao pensar que a maior parte daquilo teria que ser processada.

- Oi, Greg. O que está fazendo aqui?

- Deixei Warrick ir sozinho para o laboratório e vim dar uma mão para vocês. Já terminei metade da metade desse lado – disse orgulhosamente e ficou em pé ao lado de Sara. – Não mereço uma recompensa?

- O que você quer?

- Um beijo.

Sara riu e afastou o jovem com a mão.

- Desista, garoto.

- Acho melhor a gente começar a processar essas digitais antes que Conrad comece a encher o saco de novo.

- Não se preocupe – disse Sara. – Na próxima eu dou um soco nele.

- Aí você vai ser demitida.

- Ele não vai estar acordado para fazer isso – argumentou a morena e piscou para Laura.

* - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - *

Era quase noite quando as três chegaram na casa de Catherine e era quase meia-noite quando todas já estavam preparadas para dormir. Estavam conversando animadamente no quarto de Catherine. As mãos de Sara estavam vermelhas por causa do súbito ataque naquela manhã, mas ela havia negado qualquer tipo de bandagem.

Naquele momento, estavam rindo sobre o que havia acontecido no laboratório.

- Meninas... resolvi uma coisa. Decidi que já está na hora de eu falar com a minha mãe...

- Você conseguiu encontrá-la? – Perguntou Catherine, surpresa.

- Não – Sara deu um sorriso triste. – Mas eu vou tentar. Tenho praticamente todos os endereços de Las Vegas e se eu falar com Grissom, talvez ele possa conseguir o endereço das outras cidades.

- Já pensou no que vai dizer?

Sara mordeu o lábio.

- Acho que sim... – Sara colocou os joelhos contra seu peito e encolheu-se. – Minha querida mãe... Sinto muito por ter fugido de você. Sei que você fez o melhor por mim e gostaria muito de encontrá-la. Faz muito tempo que não conversamos, mas parece que foi ontem que encostei minha cabeça em seu ombro e senti você me abraçar enquanto eu chorava porque descobri que Papai Noel não existia. Eu te amo muito.

Sara parou e encarou as outras mulheres. Catherine sorriu e sentou-se ao lado da morena e colocou um braço ao redor de seus ombros.

- Tenho certeza que você vai encontrá-la...

- Por que você fugiu?

- Eu não estava muito acostumada com famílias adotivas... – confessou ela. – Mas eu sei que minha mãe fez de tudo por mim.

- O que aconteceu com sua família?

- Minha mãe... – Sara engoliu em seco e sentiu Catherine apertá-la um pouco mais forte. – Ela... foi presa.

- Eu sinto muito – desculpou-se Laura. – Eu não quis me intrometer.

- Tudo bem – Sara sorriu.

- E a sua mãe, Catherine?

Catherine também sorriu.

- Não tenho problemas com a minha mãe. Ela é maravilhosa, sabe. O problema é meu pai...

- O que tem ele?

- Acho que ele apenas queria se divertir com a minha mãe. E agora acha que pode compensar tudo o que ele não foi antes. Não conversarmos muito, e nas únicas vezes em que nos encontramos ele está em meio a um caso de assassinato. Mas sempre sai livre – murmurou Catherine. – Às vezes eu gostaria que ele fosse preso mesmo.

- Ira total, Catherine – Sara sorriu.

- Às vezes eu gostaria que meu pai pelo menos me reconhecesse – murmurou Laura. – E não me importaria se ele até sentisse ciúmes de mim.

- Eu aposto que seu pai sente ciúmes de você – disse Sara para Catherine.

- Por que ele teria ciúmes de mim?

Sara riu alegremente e depois olhou para a loira.

- Sério?

Catherine olhou para Sara, confusa. Dando de ombros, a morena se aproximou e beijou os lábios de Catherine. Laura desviou o olhar para a parede, que de repente pareceu muito interessante, e fez um esforço para esconder a pontade de ciúmes que sentira.

Catherine riu e olhou para Laura. Não fazia ideia do que a nova investigadora havia pensado sobre aquele beijo e não sabia se iria começar a tratá-las diferente. Sara, ao contrário, parecia muito tranquila, e quando Laura voltou a olhar para elas e deu um sorriso tímido, as duas ficaram mais tranquilas.

- E você, Laura? – Perguntou Sara, desviando o assunto.

Laura ficou em silêncio e voltou a encarar a parede. Sabia que não precisava contar sobre sua vida naquele momento, mas sentiu que seria justo, já que suas colegas haviam feito a mesma coisa.

- Minha mãe foi sequestrada há três anos atrás... e eu não tive notícias desde então. E meu pai... teve que ser internado. Ele ficou muito chocado com o que aconteceu.

Sara deu um breve sorriso para Laura e foi sentar-se ao lado da moça. Para consolá-la, segurou sua mão e de repente Laura sentiu toda sua tristeza desaparecer.

- Se você pudesse mandar uma mensagem para ela agora... O que você diria?

Laura olhou para Sara e sentiu vontade de chorar. Queria desabafar e jogar tudo para o alto e sabia que poderia fazer isso ali, porque estava segura.

- Mãe... Sinto sua falta mais do que imagina. Posso me lembrar de tudo quando você estava por perto e posso sentir o cheiro de frutas do perfume que você insistia em usar... Queria poder ter salvo você, queria ter você comigo novamente. Mas eu prometo que vou fazer de tudo para te encontrar. Vou fazer de tudo para termos nossa família novamente... – Laura ergueu a cabeça, seus olhos estavam cheios de lágrimas. – É o máximo que eu consigo...

- Guerreira. É assim que vamos chamá-la daqui para frente.

- Sinto muito, Laura... – sussurrou Catherine.

- Tudo bem – disse Laura, dando de ombros. – Eu vou encontra-la.

- E nós vamos te ajudar – apoiou Sara. – Agora você tem uma família. Certo, Laura?

Laura riu e enxugou as lágrimas.

- Certo.



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Notas finais do capítulo

Reviews? :)