Assunto De Investigadoras escrita por Kaah_CSR
Notas iniciais do capítulo
Outro capítulo :) boa leitura, gente
* - * - * - * - *
No dia seguinte, após uma noite sem descanso, Sara foi para sua cena de crime. Um assassinato triplo num dos bairros mais cobiçados de Las Vegas e uma mansão imensa para investigar era
tudo o que Sara poderia desejar para o momento. Estava se divertindo com as inúmeras digitais e pegadas que foram deixadas ao redor da cena, quando alguém interrompeu sua concentração.
- Sara?
- Cath... O que está fazendo aqui?
- Grissom me pediu para ajudar. A casa é enorme, então ele me mandou aqui para te ajudar. Sofia veio junto.
- Ótimo.
Lá se vai meu dia perfeito, pensou a morena.
Sem opções e admitindo silenciosamente que precisava de ajuda, Sara manteve sua mente focada no trabalho, tentando
esquecer que bem ao seu lado estava a mulher que um dia havia amado. Mas ela ainda a amava apesar de tudo, não é? Ou não? Ah! Aquela situação estava ficando insuportável. Sara passou a mão pelo rosto e respirou fundo.
- Sara, você está bem?
Ela bufou.
- Ironia perguntar isso – disse em voz baixa.
- Tem um bilhete aqui... “G, não posso mais continuar com isso. Espero que entenda e fique bem. Com carinho, Helen”. Bem,
pelo menos sabemos que um deles se matou.
- É muito fácil abandonar a pessoa e esperar que ela fique bem...
As duas trocaram um olhar, a dor nos olhos de Sara e o arrependimento nos de Catherine.
- Sara...
- Não.
- Por favor, me escute.
- Não. Vou verificar os quartos. Você continua aqui embaixo com a Sofia.
E antes que a loira pudesse dizer alguma coisa, Sara saiu dali, disposta a analisar o segundo andar. O quarto de Darcy era como um quarto qualquer. – Darcy parecia ter fixação por armas brancas; a coleção imensa de espadas pelo quarto inteiro provava isso. Tomando uma rápida decisão, ela pegou uma lâmina, deixou seu kit no chão e voltou para o corredor.
- Catherine – chamou a morena. A loira arregalou os olhos ao ver a cena.
Sara estava no topo da escada, uma espada em mão, que provavelmente fazia parte da coleção do antigo dono e estava
prestes a subir no corrimão.
- Farei uma cabana de salgueiro em teu portão, e meu espírito entrará em tua morada. Comporei canções de um amor proibido e cantarei insistentemente até mesmo na calada da noite... – nesse momento, Grissom, Nick e Warrick entraram na sala e ficaram assustados ao ver Sara se equilibrando no corrimão da escada. – Gritarei teu nome para que as colinas ressoem, e transformem o balbuciar do vento em um grito: Catherine!
Catherine engoliu em seco e olhou para o chão, como se nunca tivesse visto um tapete na vida.
Grissom subiu com cuidado enquanto Nick andou até estar exatamente abaixo de Sara, pronto para aparar uma queda – caso
ela fosse suficientemente louca para pular.
- Sara? Você não acha melhor descer daí?
Ela ficou em silêncio. Quando ele tocou seu braço, Sara virou-se tão rápido que o sangue de Catherine gelou.
- Nunca toque em um falcão – alertou ao seu supervisor.
Sara desceu as escadas e lançou um olhar gélido para sua companheira antes de sair, levando a espada consigo.
No laboratório, Conrad Ecklie e Grissom observavam enquanto Sara descontava toda sua fúria lutando com espadas contra Nick.
- Hã... Sara... – começou Nick e abaixou-se para desviar de um golpe. – Por que exatamente estamos fazendo isso?
- Uma das vítimas tinha um corte profundo na barriga. Quero saber como foi parar lá.
Nick arregalou os olhos.
- Você vai me matar.
- Imagina.
- Uau! Cuidado!
Cada golpe que dava era uma descarga a menos de adrenalina em seu corpo, como se cada vez que as espadas se chocavam uma parte da dor desaparecia. Sara estava quase se acalmando quando Vartann entrou.
- Oi, gente. Eu queria...
Ele teve um segundo para desviar a cabeça para o lado antes que a espada fosse fincada na parede a centímetros do seu
rosto. Vartann arregalou os olhos. Sara o encarou, com raiva.
- Eu deveria saber que isso ia acontecer... – disse Grissom.
- Eu disse que isso ia acontecer – retrucou Ecklie. – Resolva isso, Grissom. Ou serei obrigado a demiti-la.
* - * - * - * - * - * - *
Catherine e Laura estavam dormindo em seus quartos. Sara ainda estava acordada, encostada na parede e observando a loira
dormir. Não podia ficar longe dela, privar-se de momentos como aqueles, em que podia admirá-la o quanto quisesse, sem ninguém para culpa-la por isso.
Não resistindo aos seus desejos, Sara foi até Catherine, afastou as cobertas e deitou-se sobre ela. Seus lábios foram direto ao pescoço da loira, roçando com delicadeza até acordá-la.
- Eu sei que ele nunca vai fazer o que eu faço com você... – sussurrou e beijou os lábios de Catherine, sua mão correndo pelo corpo da loira.
Catherine acordou e não tentou evitar o sorriso ao sentir sua mulher tão perto, muito menos tentou evitar o gemido de prazer quando Sara acariciou o espaço entre suas pernas. Estava tudo muito bom, perfeito... Mas não podia ser mais assim. Catherine empurrou Sara e sentou-se na cama rapidamente.
- Isso não pode acontecer... – murmurou ela.
- Catherine...
- Não. Eu amo o Vartann!
Sara recuou. Catherine amava Vartann? Como? Como o sentimento de uma pessoa podia mudar desse jeito?
Catherine fechou os olhos para não ver a dor cruzar o rosto de Sara. Sabia o impacto que tais palavras tinham causado em
Sara e queria poder retirar tudo o que tinha dito, mas não podia. Tudo tinha ido longe demais.
- Sara, me escuta... – Catherine aproximou-se da morena e tocou-lhe a face com cuidado. – Escuta o que eu vou dizer, porque vai ser a última vez que eu vou dizer.
Sara aguardou, ansiosa. Poderia ficar uma eternidade olhando naqueles olhos azuis como o céu, poderia ficar beijando
aqueles lábios enquanto o mundo desabava à volta delas...
- Eu nunca vou amar alguém como eu te amo. Nunca. Você sabe disso, eu sei disso e vamos morrer sabendo disso. Mas isso
nunca mais pode acontecer. Você entende? Apenas um último beijo...
Com essas palavras, Catherine se aproximou e beijou Sara com todo o amor e carinho que tinha dentro de si. Sara envolveu
Catherine em seus braços, abraçando sua mulher em desespero, desejando que nunca mais se separassem.
Ofegantes, elas se afastaram e Catherine aproveitou o momento para sair de perto de Sara, livrando-se dos dedos de Sara que seguravam firmemente sua mão.
- Não me deixa... Por favor...
Sara desabou na cama, os soluços sacudindo seu corpo e pedindo a Deus ou quem quer que fosse que ajudasse a parar essa dor.
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