Heat-Haze Days escrita por Bacon


Capítulo 12
Epílogo – A visão de Mundo de Konoha


Notas iniciais do capítulo

Ai, meu Deus.
Epílogo. Ai, que nervoso ;u;

Inspirado na música Konoha No Sekai Jijou, de IA e Hatsune Miku: http://www.youtube.com/watch?v=RFFBjMsd07U
Recomendo a versão do Len: http://www.youtube.com/watch?v=cP3D-DoiZeU&list=PLHnP0exOBMLYErlCM1K2nmwd0J-q7RLqt ^u^

Ah, e MUUUUUUITO obrigada a Maria Eduarda Guastini que favoritou a fic ;u; ♥

*respira*
Vamos, lá.
Boa leitura, pessoal ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/280665/chapter/12

Esta é a história dele e dela.

Não se tratava do rapaz de cabelos brancos, Konoha. Ele apenas queria fazer com que todos tivessem um final feliz. Mas alguma coisa lhe impedia. Algo lhe faltava ali dentro, lá em sua cabeça. Havia anos ele não conseguia se lembrar, anos passados em apenas um único dia, que era sempre diferente, mas não deixava de ser o mesmo.

Naquele dia, ele silenciosamente andava pelas ruas da cidade, aquela cidade de prédios tão altos e acinzentados que era como se fosse feita de papel machê. Ele procurava pelo gato preto de olhos amarelos que vivia no parquinho abandonado, porém mal prestava atenção às coisas ao seu redor. Estava pensativo. Não conseguia lembrar-se dos últimos anos de sua existência, e sabia que aquelas memórias não haviam simplesmente desaparecido. Alguma coisa havia feito com que elas se tornassem enevoadas e confusas, quase assustadoras para aqueles olhos rosados. Ele sabia que nelas havia informações importantes, mas, se ele não era nem mesmo capaz de lembrar-se de sua própria vida, o que poderia fazer? Não seria melhor se eu desistisse?, perguntava-se. Mas algo em seu peito dizia que não. Ele sentia que era de grande importância continuar em frente.

Continuava pensativo quando os outros dois alheios ao mundo, que não haviam visto a luz verde se apagar, encerraram suas vidas.

Inesperadamente, um pequeno corpo pulou pelas ruas, logo de encontro com um enorme monstro vermelho de metal. Em meio a toda aquela barulheira de gritos, cigarras e colisões, Konoha precisou de apenas um instante para entender a situação. Um menino de cabelos escuros havia corrido até a rua, mas fora pego pelo grande monstro vermelho. Ali, de onde estava, Konoha também pôde assistir a menina de olhos verdes, que gritava e chorava, perder suas esperanças.

Era algo estranho. Ele fazia de tudo para alcança-los, ajuda-los, mas algo o impedia. O tempo, talvez?

Nada daquilo parecia real. Nem o corpo destruído na rua, ou a menina paralisado na calçada, ou até mesmo o próprio rapaz tentava salvá-los. Os olhos de Konoha escureceram.

Acabado tudo pela primeira vez, o albino viu-se novamente naquela cena, porém agora quem ia de encontro com o monstro era uma menina de cabelos claros. Assim, tudo se repetiu e o tempo novamente parou.

Ele sabia que aquilo não acabaria ali.

O tempo passou. E depois voltou. Era tudo sempre a mesma coisa. Konoha saía de manhã cedo de casa, à procura daquele intrigante gato preto de olhos amarelos, e sempre se deparava com um casal de crianças conversando no parquinho – e, veja, com eles estava o gato. Este, porém, sempre repetia o processo de pular do colo de uma das crianças e atravessar a rua que logo seria cruzado por aquele grande monstro vermelho. Nenhuma delas voltava a ser atingida e, assim, elas saíam do parquinho, o tempo parava e tudo escurecia.

Quando Konoha voltava a enxergar alguma coisa, tudo aquilo se repetia, porém as duas crianças tinham uma aparência completamente diferentes das anteriores. Quando elas iam embora, Konoha simplesmente se virava e voltava para casa.

Certa vez, enquanto ele caminhava, se deparou com o gato preto à sua frente, encarando-o com aqueles enormes e brilhantes olhos amarelados. Konoha estendeu uma de suas mãos para acaricia-lo, mas logo recuou quando o animal o recebeu com uma arranhada e fugiu. Perplexo, o rapaz ficou a encarar a própria mão, vendo seu sangue escorrer lentamente. Esse mundo me parece ser um pouco perigoso, pensou com um suspiro.

Naquela história, que era dele e dela, e não de Konoha, ele sabia que algo acabaria mal, apenas não sabia o quê. Mas logo teve sua resposta.

Com o sol ardente, debaixo de seus sufocantes e escaldantes raios, ele ouviu uma palavra sussurrada por um vento quente, como aqueles de verão. Mal tinha percebido que já estava no parquinho.

Salve-o, o vento sussurrara.

Salve-o.

Salve-o.

Salve-o.

Mas salvar a quem? E Konoha viu.

Daquela vez, ele não via as crianças morenas, que eram sempre as primeiras a aparecer. Ele via as louras e, mais importante, via-as correndo em direção ao monstro vermelho. Ele estendeu a mão, tentando alcança-las, mas era inútil. Tentou gritar para chamar a atenção, mas era como se sua voz não existisse.

Salve-o, pedira o vento, mas agora à Konoha aquilo mais parecia como um apelo, algo desesperado que o vento não seria capaz de conseguir. Tampouco Konoha conseguiria.

Estava tudo acabado. Ele via o futuro sendo pisoteado ali, bem à sua frente, quando o menino louro – não a menina – era destruído pelo monstro vermelho. Ele nada poderia fazer para mudar aquilo... Ou poderia?

O tempo, desta vez, não parou, debochando de Konoha ao mostrar que aquilo era o fim. Mas Konoha não acreditava naquilo. Ele podia ver, nos olhos do garoto que era esmagado, que havia algo não de todo ruim naquilo. Aqueles olhos azuis não viam o rapaz albino, mas era como se sorrissem para ele. Aquilo lhe deu esperança.

O monstro fugiu. A menina desmaiou. O menino não se mexeu. Os raios de sol desapareceram. Uma chuva não avisada começava a cair.

Konoha olhou para o céu, sentindo as frias gotas de chuvas misturarem-se com suas lágrimas. Agora, ele sabia de onde viera, sabia por que tudo aquilo estava acontecendo. Agora, ele entendia por que era tão obcecado por aquele gato e entendia o apelo do vento.

E agora, ele sabia que iria mudar tudo aquilo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? ;u;
Bom?
Confuso?
Batatas fritas?

Bem, foi bem mais difícil do que eu pensava escrever esse epílogo >.> Eu tentei fazer bem referente à música (coloquei várias frases -levemente modificadas- aí), mas de um modo que fosse bem diferente da narrativa do Len ou da Rin, porque o Konoha é um personagem lindo que eu amo e é completamente único e ♥
E, claro, tentei fazer que ficasse um pouco confuso (porque a mente do Konoha em si é confusa), mas suficientemente entendível (?) pra que não fosse um capítulo inútil ;u; Acho que não deu pra entender, né? hehe

Enfim, acabou galera :3
Foi muito legal ter escrito a fic e tal, e também foi maravilhoso todo o apoio de vocês ;u;
(Não chora, Bacon, não chora...)
E, sei lá, eu só queria pedir que todo mundo (até os fantasminhas, viu? ♥ ) comentasse esse epílogo, só pra eu saber se vocês gostaram da fic, entenderam, o que ficou faltando, essas coisas... c: Eu não mordo não ♥
Ai, ai, é isso :3

Amo vocês, até a próxima ♥