Ela encostou sua testa na minha e me disse:

–Eu te amo.

P.O.V Annabeth.

A minha viagem com o Percy estava sendo uma coisa maravilhosa. Monumentos para visitar, certos momentos com o Percy na maior privacidade. Tudo estava perfeito, até eu ver algo que nunca alguém iria querer ver.

Eu resolvi ir dar uma volta, passear, enfim, sai sozinha pela cidade,sabe, pra aproveitar ainda mais, já que às vezes é bem melhor estar sozinha para curtir um pouco.

Depois de chegar aqui, em Paris, eu fiquei pensando em umas coisas,tipo, as coisas estão acontecendo rápido demais, do nada tenho que beijar o Percy, então vem o pedido de namoro, e logo depois vem à viagem, sério, estou revendo as possibilidades de o Percy ser um cara interesseiro.

Meu pai...é rico, pode-se dizer. Ele tem umas fazendas que valem muito se for para vender, então, tudo isso vai ficar para mim quando ele morrer, e que os deuses me livrem disso, então é claro que pode haver a possibilidade do Percy querer apenas o dinheiro do meu pai. Mas pode, também, ser apenas por amor, o Percy pode me amar e... É isso.Não.O Percy não seria capaz disso. Nunca.

Já estava cansada de andar por tudo que é lugar, já estava mesmo na hora de eu voltar pro apartamento, já que estava quase anoitecendo. Enquanto eu ia para o apartamento recebi uma ligação da Thalia. Atendi.

-Oi ,Thalia. Tudo bem? –Perguntei

“Oi, amiga. Aqui esta tudo ótimo, ótimo demais para ser verdade” - Ela riu de um jeito que me deixou desconfiada, mas nossa, era muito bom poder ouvir a voz dela, nem que seja pelo celular, mas pelo menos estou ouvindo. –“Mas e ai? Como é que esta?”

-Nossa, ta tudo lindo,maravilhoso, perfeito, romântico , ta tudo de bom aqui. –Eu ri –Como é que estão todos ai?

“Estão bem, quer dizer, na verdade foram todos para a casa dos pais deles” –Ela disse, meio triste, mas logo ela voltou com sua rotineira felicidade.

-Mas ,me conte as novidades! –Eu disse.

Ela começou a falar tudo o que havia acontecido enquanto estávamos fora, ela me contou o que ela fez e sobre ela e o Nico.Quando ouvi sobre os dois, deuses, eu quase pirei. Mas então depois de alguns bons dez minutos conversando com ela, desliguei e continuei a andar pelas ruas de Paris até o apartamento.

Quando cheguei ao hotel subi direto para o apartamento, a fim de encontrar o Percy lá. Abri a porta com cuidado, para não fazer barulho, eu queria dar um susto nele, mas acho que seria mais uma surpresa. Fui andando nas pontas dos pés até o quarto, banheiro e andei pelo apartamento inteiro. Nada do Percy. Onde ele poderia estar? Sério, ele não é de sair sozinho.

Sentei-me no sofá e peguei o controle da TV para liga lá, quando estava prestes a fazer isso notei um papel em cima da mesinha de centro. Peguei o papel que estava dobrado no meio e abri para conferir o que havia escrito nele.

“Annie, desculpe por não estar em casa nessa hora, mas é que tive que fazer algo urgente. Não, nada aconteceu comigo, mas é que tenho que resolver algo muito importante para mim, algo que mudara nossas vidas.”

“Com muito amor, Percy.”

P.O.V Autora

Annabeth estava pensativa. Ela não sabia o que fazer, já que o Percy já tinha saído há umas horas, e porque ele não teria algo URGENTE para fazer, principalmente em Paris, uma cidade que, provavelmente, ele nunca deve ter visitado antes e que também não deve conhecer ninguém por ali.

Ela andava de um lado para o outro, pensativa, preocupada. Ela pensou e pensou, e no fim resolveu ligar para a Thalia, sua melhor amiga, para se distrair um pouco. Annie discou o numero da amiga e tentou falar com ela. Ninguém atendia o que será que a Thalia poderia estar fazendo pra não atende lá? Ela não sabia. Mas bem que queria poder estar lá para saber.

Annabeth se sentia... Exposta, frágil, como se uma palavra fosse atingir ela como se fosse uma bala de uma arma. Ela não sabia por que, mas sentia algo estranho, uma sensação estranha, como se algo estivesse para acontecer. Ela mal fazia ideia do que estava acontecendo naquele momento, em outro lugar, com uma pessoa que amava, com alguém que odiava.

Então Annabeth foi deitar, ela estava cansada, e o Percy? Bem, ele iria voltar a qualquer momento, não precisava se preocupar com ele, não nesse momento. Ela deitou na cama e no mesmo momento suas pálpebras se fecharam. Ela dormiu.

Annabeth acordou assustada. Ela ouvira respirações ofegantes, como se alguém estivesse cansado, muito cansado. Annabeth ficou ouvindo as respirações, depois de alguns minutos que ela acordar, ela concluiu que eram duas pessoas que estavam nessa respiração acelerada. Quem poderia ser? Percy? Mas era ele e mais alguém, então, quem seria esse alguém? E se fosse um assaltante ou algo do tipo? Não, não poderia, pois o hotel é muito seguro, não deixaria alguém que não se identificasse entrar.

Annie, mesmo com medo, resolveu ir até o lugar onde as pessoas estavam e resolver aquilo naquele momento. Ela seguiu o som das respirações, e na ponta do pé foi até a sala. Ela olhou incrédula para o que estava acontecendo, seu coração parecia estar se despedaçando, cada membro de seu corpo parecia querer fazer com que ela se jogasse no chão e ficasse ali, chorando, se perguntando o que ela fez para merecer algo como isso.

Ali estava ela, Annabeth Chase, em silencio, em completo silencio olhando o Percy beijando alguém. Alguém que ela odiava. E com muito rancor pronunciou o nome de quem odeia tanto.

-Calipso

(Continua com sete reviews)