Percabeth - Para Melhor escrita por Xulhiana, Hal Hudson


Capítulo 12
Capítulo final


Notas iniciais do capítulo

Olá, galera!
Aqui quem fala -ou escreve- é a Juu Stoll.
Esse é o último capítulo e foi escrito pelo Hal, mas eu quis postar porque queria falar com vocês e tal.
Mas ta, chega de enrolação e #Patiu#Ler.
UIHAIUSDHAUIS
Capítulo grande e se tiver erros a culpa foi minha por ter que passar tudo isso pro MW.



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 Eu havia sido eleita oradora da classe, mesmo não participado da votação.

Ou seja: (a) eu iria passar vergonha, (b) teria que criar um super texto para decorar antes do domingo e (c) era quinta-feira. Resultado? Uma Annabeth desesperada e um Percy bicudo.

– Percy, me ajuda caramba! Eu preciso... terminar essa coisa – empurrei ele do meu colo e peguei o bloco de papel.

Percy fez bico e emburrou no canto do sofá. Revirei os olhos e recomecei a escrever.

                                         [...]

– Tha, fala logo, o que foi? – perguntei entrando no banheiro. Thalia estava terminando de ajustar o sutiã.

– É só que – a morena correu para o closet e saiu de lá com dois tênis – Chuck Taylor ou salto?

– Pro baile? – ela assentiu – Os dois?

– Ajudou muito. – nós rimos.

                                    

                                                        [...]

Era sexta feira, e todos estavam começando a enlouquecer de vez. Drew estava correndo feito uma vadia – ela era uma vadia, whatever – gritando que levaria o Jason como par. Piper convidou Jason antes – deveras, eles namoravam – e Drew acabou aceitando o convite de Leo.

Eu tinha terminado o bendito discurso, e agora treinava na frente do espelho do meu guarda-roupa, com Percy rindo na cama, sem camisa e com o chapéu da formatura na cabeça.

– Faça melhor! – joguei o papel nele. Percy segurou meu pulso e me puxou para si.

– Estou preguiçoso. – ele disse beijando os cantos dos meus lábios.

Rolei pela cama e me ajoelhei ao lado dele, arranhando seu peito com força. Ele gritou de dor.

– Seja preguiçoso depois da formatura, ou melhor, depois do baile.

– Maligna.

                                           [...]

Nossas becas chegaram completas no sábado de tarde. Nós só tínhamos recebido o chapéu e o “babador” como Nico havia observado.

Thalia estava tentando fechar o zíper nas costas quando Nico resolveu ir lá “ajudar”, ou seja: eles quase fizeram indecência na sala.

Percy estava tendo problemas com o chapéu, ele ficava brincando com a cordinha do mesmo. Parecia um bebezão. Era meu bebezão. E pensar que eu quase não fui feliz ao lado dele.

– Percy, vem cá – puxei o moreno pela gola da pólo azul. Tomei o chapéu de suas mãos e coloquei em sua cabeça, com um selinho de bônus. Nós não nos veríamos pela tarde de sábado nem pela manhã de domingo, e Percy já estava manhoso.

– Eu vou conseguir ficar longe de você? – ele me puxou para um beijo à la Titanic: de tirar o fôlego. Piada sem graça, voltando a beijar...

– Vai sim, e a gente vai se ver no baile... – dei um selinho nele e me levantei. Percy começou a resmungar, mas a mãe dele gritou da cozinha e o moreno acabou me deixando ir para casa.

                           [...]

A sala estava um caos: Papai brigava com meus irmãos, o sofá estava sujo de molho e minha beca estava pendurada na maçaneta da porta. Eu gritei.

– Parou a palhaçada! Vocês, suas pestes, o que aprontaram?

– Derrubamos molho no sofá – Bobby disse.

– Por que brigando assim com eles? – disse para papai. Ele soltou um muxoxo.

– A gente tava tentando jogar na cabeça do papai. – Matthew disse.

– Molho de churrasco não vai fazer o cabelo dele crescer. Limpem isso. Agora – mandei. Eles saíram correndo para a cozinha. – E você Frederick, separe seu terno pra formatura!

– Quem você acha que vai separar? – ele disse sorrindo.

– Eu. – suspirei – Gravata vermelha, camisa branca e aquele colete cinza que eu te dei e que sua esposa ama. Calças pretas e aquele sapato preto que me cegou no último jantar. – papai me encarou – Vai agora separar sua roupa. É uma ordem, vamos vamos!

– Como você põe seu pai na linha? – Jia apareceu. Nós estávamos convivendo pacificamente desde a morte da Zoe, mas eu ainda me espantava com ela, mesmo depois de anos a vendo ali.

– Nada demais, é só olhar nos olhos dele. De agora em diante acho que você vai ter que fazer isso por mim – sorrimos.

– Ele está orgulhoso de você. Todos nós estamos. Sentiremos sua falta aqui – Jia disse. Ela não era sentimental, nunca fora, nem quando Bob e Matt nasceram, mas agora, vendo ela ali, eu sabia que ela estava falando a verdade, e que estava triste.

– Ei, eu não vou sumir pra sempre. – disse – São só quatro anos. E Harvard é pertinho daqui, vocês podem me visitar sempre!

Jia me abraçou antes de eu terminar a frase. Aquilo me assustou, mas me confortou ao mesmo tempo. Ela nunca me abraçara, sempre brigava comigo, gritava, me beliscava quando menor. Mas nunca fizera nada que demonstrasse carinho. Não como agora.

– Frederick vai sofrer longe de você. Ele te ama mais que tudo nesse mundo. Até mais que eu. Acho que... Acho que era por causa disso que eu não gostava de você. Eu sempre me sentia jogada no escanteio quando você estava conosco...

– Por isso papai me mandou morar com minha mãe. Eu lembro, eu tinha fugido com o Luke e a Thalia pra rodoviária, a gente ia fugir pra Long Island e morar lá, com o pai do Luke. O papai me achou brigando com o segurança no portão de embarque. – ri – Atena só faltou me matar quando soube.

Jia suspirou e me encarou nos olhos – Eu quero que seja feliz. Com Percy, com Luke, com quem você quiser. Só queremos que seja feliz. Você vai ser nossa arquiteta.

Nossa. Essa palavra reverberaria em minha mente durante toda a noite. Eu não dormiria, e ficaria pensando no que ela falara, em como Jia agira.

O despertador começou a tocar em vão. Eu já estava acordada. Eu nem dormira. Nem precisava. Havia ficado ali, pensando na minha conversa com Jia, em como seria o baile, em Percy, em todos, em como nosso grupo ficaria quebrado de agora em diante. E eu pensei em como seria minha vida daqui dez anos. Eu teria filhos?

– Toc-toc, podemos entrar? – papai arreganhou a porta do quarto. Ele levava uma cesta de chocolates em uma mão e tulipas na outra. Bob e Matt estavam se beliscando atrás de Jia, que sorria para mim. Fingi me espreguiçar e abri um sorriso cansado para eles.

– Bom dia. Por que chocolate? Podia ter sido alface, ou barrinhas de cereal, ou uma coleção de Charles Dickens. – disse. Papai riu.

– Você adora chocolates, lembra? – Jia disse.

– Annabeth Chase, desça já aqui! – Thalia gritou da cozinha. O que diabos ela fazia ali?

– Quem te deixou entrar? – gritei de volta.

– Eu mando aqui, você é só minha substituta! – riu.

Thalia iria para a Filadélfia, porque era onde Nico iria e porque seu pai morava lá. Ela iria fazer artes plásticas e Nico faria medicina. Eles estavam quase casados.

– Então, hora de nos... – Thalia viu a cesta – Entupir de chocolate. Abre espaço, eu quero um de morango!

E ela pulou. Matt deu um tapa na canela dela e Bob desceu a xingando. Eu ri de tudo aquilo, sentiria falta de tudo aquilo.

– Vamos minha vadis, é hora da formatura – ela disse roubando um bombom de creme de amendoim.

– Ainda faltam dez horas pra formatura! – exclamei olhando no relógio. Ainda eram oito da manhã.

– Bom senhora Oradora, você precisa ajudar na preparação do campo de futebol, ajudar a colocar as cadeiras no lugar e ajudar o Comitê de festas com o ponche. Então desgruda esse popô loiro da cama e se arruma! Até meio dia eu quero tudo pronto pra dar tempo da maquiagem.

E ela me empurrou da cama com cesta e tudo, saiu correndo e me deixou ali, com o traseiro doendo.

– Essa não é a Thalia. – pensei alto.

                                      [...]

Nico estava terminando de colocar as cadeiras no lugar, formando uma coluna de acentos de cada lado do tapete vermelho que rasgava o campo de futebol americano no meio. Drew estava surtando, dizendo que não daria tempo para se maquiar. Thalia bateu na cara dela, calando-a.

– Asiática dos infernos. – resmungou quando saímos da escola. Nós iríamos nos arrumar na casa da Piper, ou seja, teria muito chocolate, musica legal e meninas loucas. Piper estava usando um vestido branco que parecia brilhar na sua pele acobreada.

– Vamos vamos vamos, faltam só cinco horas pra formatura, se mexam! – a menina de olhos mel nos empurrou para dentro. Zia e Sadie estavam ali, e discutiam sobre que cor de mechas usarem na loira.

Mas Piper não me deixou opinar. Empurrou-me para seu quarto/salão profissional e me sentou na cadeira giratória, me mandou fechar meus olhos e começou a me maquiar. Thalia ficava me chateando, falando que tinha uma espinha na minha testa, que Percy ia rir daquela maquiagem e que eu iria para Harvard solteira. Eu a mandei ir dançar no inferno, meio rindo, meio querendo espirrar.

Quarenta e cinco minutos depois, eu estava maquiada e indo para Sadie, que ia arrumar meu cabelo.

– Que tal uma trança? Percy me disse que ama quando você usa tranças, e é uma ocasião que pede uma em bonita. – a loira com mechas azuis foi dizendo enquanto separava meu cabelo – Quer uma mecha azul? Percy ama azul.

– Acho que não vai combinar com a beca, mas quem sabe lá na faculdade eu não pinte? – ri. Piper soltou um “não” alto e jogou uma bolota de algodão em mim.

Aquilo estava me distraindo do principal: Como Percy estava? Greyhound começou a tocar, e eu comecei a mexer meus pés no ritmo da música. Mas o moreno não saía da minha cabeça, nunca sairia.

Eram cinco e meia quando nós saímos da casa da Piper. A limusine do pai dela ia nos levar até a formatura e depois até o baile. Thalia estava ouvindo alguma coisa pesada, provavelmente Asking Alexandria, e o som das guitarras ecoava no silêncio da limusine. Sim, silêncio. Estávamos todas caladas pelo nervosismo, pela tristeza e pela saudade que já começávamos a sentir.

Piper estava cantando uma música Cherokee, provavelmente algo espiritual. Ela pensava em fazer psicologia, mas estava indo para a faculdade de história, e já tinha começado sua tese sobre os índios Cherokee. Piper era a mais pé no chão de todas nós, e era a única pessoa que conseguia acalmar Jason. Ela também era ótima com palavras, e podia fazer as pessoas melhorarem com poucas palavras. Sua voz era mágica, e seu pai dizia que ela herdara o dom que seu nome trazia.

A limusine parou na porta da escola, e nós descemos. Alguns garotos estavam na calçada conversando, se despedindo e até mesmo brincando. Não havia sinal de Percy nem dos garotos, e isso fez Sadie reclamar sobre a falta de raciocínio que homens têm. Zia estava logo atrás, conversando com o tio de Sadie e Carter, dizendo para ele se apreçar para a formatura do sobrinho.

– Gente, eu não quero que essa noite acabe. – Sadie soltou depois que entramos no colégio. Estava tudo iluminado por velas vermelhas, com as fotos de todos os formandos penduradas nas paredes. Encontrei a de Percy ao lado da minha. O moreno sorria feito um bobo, mostrando seus dentes brancos, com os olhos verdes brilhando.

– Nós somos amigas eternas, não vamos parar de trocar segredos só por culpa da distância. Vem cá Sadie, eu não quero chorar agora. – Thalia puxou a loira para si e a abraçou forte. Eu queria chorar, nós estávamos indo para lugares totalmente diferentes, viveríamos coisas ruins e não poderíamos buscar uma à outra para chorar.

– Nós somos quase irmãs, nós vamos nos encontrar sempre, nem que pelo Skype, mas vocês podem me procurar sempre. Eu serei sempre amiga de vocês. Até a morte. – eu disse. Nós estávamos paradas em frente ao mural, e eu reconheci a letra do Percy ali, convidando todo mundo para as Olimpíadas Escolares.

                                [...]

Era hora de por meu discurso em prática. Meu pai estava na primeira fileira, de mãos dadas com Jia. Ela vestia um vestido de seda vermelho, com o cabelo em um coque frouxo. Eles sorriram para mim quando subi na plataforma e peguei o microfone. Eu suspirei um par de vezes e comecei a falar:

– Bom, eu estou triste por ter acabado. Todos estamos, aqui foi quase uma segunda casa pra nós todos. Mas tudo dá voltas, a vida continua e devemos seguir o curso dela. Eu vou sentir saudades dessa escola, dos amigos, professores, de todos aqui. E eu acho que todos nós vamos sentir falta disso aqui. – fechei os olhos, segurando as lágrimas – Nós perdemos amigos especiais durante essa jornada. Zoe Nightshade, que nos deixou pela leucemia, Luke Castellan que sumiu sem dar notícias, – olhei para Thalia – Calipso que está sendo feliz longe daqui, nossos queridos Charlie e Silena que morreram naquele acidente de carro, o Professor Júlio, ou Quintus, como ele gostava, que se matou faz seis meses. – olhei novamente para os alunos e encontrei meu Percy ali, com os olhos brilhando de orgulho – Nós não estaríamos aqui se não fosse por eles. Todos nós perdemos amigos, inimigos, conhecidos durante essa nossa jornada, mas também ganhamos novas pessoas, pessoas em que podemos confiar, que confiam em nós e que não nos abandonariam se não fosse necessário. Mas hoje chegou o dia de dizer adeus. Nos despedimos da nossa antiga vida para começarmos uma nova. Algo que, com toda a certeza do mundo, nos fará sentir melhor as coisas, pensar melhor, viver melhor. Afinal, a escola nos fez mudar. Para melhor. E eu tenho orgulho de dizer que eu estudei aqui, que eu nasci aqui e que eu nunca vou esquecer que as melhores coisas da minha vida aconteceram aqui.

E no fim eu não segurei, as lágrimas saíram e me fizeram lembrar que eu era humana, e que tudo que eu havia passado era apenas o começo, mas que a chegada significaria ser alegre do lado de quem eu amo. Eu lembrei de Calipso beijando Percy, de querer me matar naquela hora, de sentir nojo deles, de perdoá-los e de estar sendo feliz. E eu seria mais feliz agora. Aquilo era pra sempre. Percy era pra sempre.

Thalia me levou até o banheiro, e eu comecei a soluçar e rir ao mesmo tempo. Eu estava feliz, no fundo, por trás de toda a saudade que eu sentiria, eu sabia que seria feliz com Percy. Era uma certeza.

– Annabeth Chase – o diretor chamou meu nome (o último da lista) para pegar o diploma. – Parabéns menina, você merece esse diploma e todos os outros que vierem.

– Obrigada – disse tirando o chapéu e preparando para jogá-lo para o ar.

– Você precisa de companhia até o baile? – Percy apareceu ao meu lado. Ele estava lindo de beca, mas eu sabia que o terno estava por baixo. Ou partes do terno.

– Tenho namorado, acho que ele não vai gostar disso – sorri.

– Posso te contar um segredo? – Percy aproximou seus lábios do meu ouvido e sussurrou – Eu acho que eu vou me ferrar com esse namorado, mas vai valer a pena.

Eu gargalhei, jogando meu chapéu para cima. Nós ficamos mais dez minutos ali, eu dando abraços em papai e Jia e Percy conversando com Paul. Paul deu um envelope para Percy, e sussurrou uma coisa que fez o moreno sorrir.

Depois disso nós fomos até a quadra, onde iria acontecer a festa dos formandos. Começou com músicas lentas, que eu fiz questão de dançar com Percy, mesmo o moreno sendo horrível dançando.

– Então, o que Paul te deu agora pouco? – perguntei quando acabamos de dançar alguma música do The Fray. Percy me encarou calmo, mas no fundo eu sabia que ele escondia alguma coisa.

– É uma carta de recomendação pro caso de eu entrar em Harvard. Você sabe que minhas notas não foram boas.

– Foram boas sim Percy! Você estudou comigo, sua nota foi uma das melhores pra Biologia Marinha! – o cortei.

– Annie, eu preciso te falar uma coisa. É importante. – ele disse. Parecia nervoso.

– É sobre o que?

– Sobre nós.

Eu tive medo naquela hora. Eu sabia que as notas dele não tinham sido as melhores, mas ele tinha 70% de chance de entrar em Harvard, e isso era uma esperança. Eu pensei nisso durante todo o trajeto até nossa antiga sala. Ali também haviam velas, só que de um laranja fluorescente. Havia uma vela em cada mesa, e algumas eram roxas – onde os alunos que partiram se sentava.

Percy parou de frente para mim, em frente à mesa do professor. Ele vestia uma camisa social preta de mangas curtas que mostravam seus braços trabalhados, um colete branco e gravata borboleta vermelha, com calças pretas e sapato social. Ele parecia mais velho assim, mais maduro. Mas seus olhos o entregavam. – Annabeth Chase, eu não te amo. – ele me disse. Eu senti meu coração apertar até que... – Eu não te amo pela maneira que você beija/ Embora seus lábios, consigam me deixar à vontade/ E eu não te amo pelos seus doces olhos cinzas/ Embora eu ame quando eles olham para mim/ E eu não te amo pela maneira que suas mãos/ Conseguem me tocar e acalmar minha alma/ Eu te amo por tudo isso e muito mais. – e ele me beijou – E não importa o que aconteça, eu sempre vou te amar, eu sempre vou estar perto de você. Sempre. Até em Harvard. – ele me mostrou a carta.

– Você me matou de susto, usou uma música do Ron Pope e me disse que vai estudar comigo. – eu o belisquei – Eu espero que você me aguente na faculdade, porque eu não vou te deixar dar um espirro sozinho. Muito menos deixar você olhar para aquelas líderes de torcida. – e eu chorei – E eu espero que tudo o que você disse hoje seja verdade, porque eu te amo, por tudo isso que você é, foi e será, e eu nunca vou te deixar se sentir solitário. Eu te amo Perseu Jackson.

Percy me abraçou depois daquilo

– Você vai ser só minha, minha sabidinha. Até o dia em que eu morrer, e mesmo assim eu vou te amar, e depois disso, se houver uma outra vida, e outra, e outra.

                            [...]

Thalia chorou naquela quarta-feira. Era o dia de dizer adeus. Nós já havíamos nos despedido de todos na terça, e agora estávamos fazendo isso novamente. Carter estava batendo em Percy e mandando ele tomar juízo e não me perder de vista. Nico estava consolando Thalia, que chegava a soluçar. E eu estava abraçando papai.

– Espero que se cuide lá. Me deixe mais orgulhoso de você. Mais do que eu já sou. – ele disse.

– Eu vou. Nós vamos.

Abracei papai mais uma vez e nosso vôo foi anunciado. Sorri para Jia e a abracei

– Cuida do papai.

– É nosso segredinho. – ela sorriu. Abracei meus irmãos e papai despenteou meu cabelo antes de Thalia me esmagar em um abraço. Ela estava chorando demais, e dizia que não ia me deixar ir embora também. Eu comecei a chorar naquela hora, e só iria parar quando estivéssemos voando.

Percy passou o braço pelos meus ombros e me levou até o nosso acento, murmurando vez ou outra que nós veríamos eles logo. Eu sabia, mas tenta se separar das pessoas que viveram toda vida com vocês sem chorar!

– Annie, me promete uma coisa? – Percy parecia inseguro.

– O que? – limpei as lágrimas.

– Nunca me deixa?

– Eu vou ficar com você até as últimas estrelas se apagarem. Pra sempre.

E ele me beijou, no meio do corredor, com todos olhando, e eu esqueci de tudo, que eu estava indo para longe das asas do meu pai, que era um lugar diferente de tudo que eu estava acostumada e que eu teria apenas Percy pra me fazer companhia. Eu queria que tudo aquilo acontecesse, queria finalmente ter Percy só pra mim. E eu teria. E ele me teria. E nós seríamos um casal, brigando, discutindo, rindo. Nós seríamos eternos...

                                      FIM


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Notas finais do capítulo

Bom, galera, sei que muita gente não vai nem ler isso aqui que to escrevendo, mas só quero agradecer as pessoas que sempre me apoiaram me mandando reviews (mesmo que sejam praticamente obrigados a fazer isso).
E sim, teremos uma segunda temporada!
Vai ser Thalico- Para melhor.
Espero que vocês leiam ela, assim que postarmos ela eu irei postar o link aqui, nessa fanfic, para todos saberem e ninguém dar a desculpa de que não sabia que tinha nova fanfic. uahsdiausasd
Enfim, beijão pra vocês e nos veremos em breve.