Percabeth - Para Melhor escrita por Xulhiana, Hal Hudson


Capítulo 10
Tudo que ela fez


Notas iniciais do capítulo

Gente, Hal falando.
Perdão, milhões de perdões por ter demorado. Meu pc deu um piti básico e eu estou meio lê-se muito ocupado, porque eu comecei a estudar pro Enem.
Mas, vocês não precisam saber da minha vida, então aproveitem o capítulo.
PS: Desculpem qualquer erro.



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POV Annie 

Toda essa história começou por culpa de um garoto.

Um garoto de cabelos louros curtos, olhos azuis e uma cicatriz. Um garoto mais velho, superprotetor e um garoto que eu amei desde sempre.

Luke. Ainda lembro de quando éramos só eu, ele e Thalia. Indo ao cinema, jogando futebol, indo pra escola. Ele sempre passava seu braço pelos meus ombros e me levava para minha sala.

Mas ele morreu para mim. Desapareceu depois que conheci Percy.

E depois daquela traição...

Flashback on

Luke me jogou contra a parede e escavou meu pescoço com sua língua. Aquilo devia ser proibido por ser tão bom.

Ele andou para trás, para o sofá. Se sentou e me puxou para seu colo. Não me fiz de rogada, ataquei aqueles lábios vermelhos com certa fome. Luke gemeu baixo quando pressionei sua intimidade levemente com o joelho.

Ele segurou minha cintura, tentando desesperadamente juntar nossos corpos ainda mais. O calor que emanava de nossos corpos seria capaz de incendiar a água, sobrepujar o Sol. Luke e eu éramos um, parecíamos um.

– Annie... – ele murmurou. Levantou suas duas mãos e segurou minha face – Você... Quer?

– Só com você – mordi sua orelha novamente.

Mal havia terminado de responder, senti uma língua passeando pelo meu pescoço, traçando um caminho de saliva pelas minhas clavículas e subindo, beijando minhas bochechas, os cantos dos lábios e tomando minha boca de forma quente e apaixonada.

Duas portas foram escancaradas no mesmo segundo. Minha lama aberta a Luke e a porta da frente. Meu pai entrou e estancou na soleira. Vestia camisa social branca, calça social bege e sapatos de couro de um tom caramelo que combinava com seus cabelos loiros. Nos olhou com aqueles olhos que me davam medo, suspirou e jogou a mala no outro sofá.

Luke se levantou comigo em seu colo e me colocou no sofá. Encarou meu pai e corou, olhando para baixo.

– Desculpe-me Senhor Chase, – o loiro mais novo balbuciou. Papai estava com aquela cara impassível, que era falsa. – não vai mais acontecer.

– Acho bom mesmo mocinho – papai disse, e eu segurei um soluço – que isso não se repita. Annabeth não pode ser... molestada... desse jeito.

Segurei outro soluço.

– Luke, é melhor você ir. Conversamos na escola? – dei um leve selinho nos seus lábios.

– A gente se vê. – ele sorriu para mim enquanto papai o olhava atravessado.

– Papai! – me virei para ele.

– Annie, isso foi...

– Intenso? – chutei esperançosa.

–... Desnecessário – ele completou – Poderia ter ido pro quarto, não? Imagina se sua madrasta te pega fazendo aquilo com Luke?

– Bom, vocês não fazem o mesmo quando eu saio de sábado e aquelas pestinhas estão no futebol? – disse indo para a cozinha.

– Annabeth Chase! – papai gritou ao perceber a indireta/direta.

Meu celular vibrou, denunciando uma mensagem.

E então, estamos namorando? De: Luke às 17:23

Digitei uma mensagem rápida enquanto pegava o pote de requeijão.

Não sei, não lembro. Acho que você vai ter que me lembrar amanhã Para: Luke às 17:23

Sorri contra o copo de água enquanto discava o número de Thalia.

Haviam dois alunos novos na sala. Uma garota de cabelos cor de caramelo trançados e um cara loiro magrelo e que parecia doente.

Eles poderiam ser irmãos, levando em conta o humor, claro.

Bem, momentos antes de entrar na sala, eu falava com Luke. Bem, não falava, era verdade. Ele deixou meus lábios inchados de tanto me beijar no corredor. Thalia estava ficando com um carinha punk do terceiro ano, então nós podíamos namorar em paz. Sim, namorar, eu havia aceitado.

O sinal tocou uma, duas vezes e nada de Luke me soltar.

– Luke? – ele parou e me encarou com seus olhos azuis – Escola!

– Que droga! – ele me olhou triste, com cara de quem caiu da mudança.

Eu concordava que era uma droga, até mataria aula se não estivesse ferrada em história ou se o professor não fosse meu pai. Dei um último selinho nele e entrei na sala. Algumas meninas me olharam incrédula, enciumadas e Julie me xingou de vaca.

Me sentei uma carteira antes da aluna nova. O loiro magrelo se situava do meu lado, e parecia brincar com um elefantinho de pelúcia. Senti alguma coisa cutucar minhas costas e me virei. A aluna nova sorria para mim.

– Oi, sou Calipso – sorriu.

– Annabeth – estendi minha mão para ela, que a apertou energicamente. Era uma menina bonita, devia admitir.

– Então – ela disse lentamente – eu sou nova aqui. Um pouco lógico, eu sei, mas eu queria saber se você poderia me mostrar a escola depois do período.

– Então – sorri – pode ser na aula de Educação Física? Nós dividimos a aula, eu posso te mostrar a escola.

Ela me olhou receosa – Mas...

– A participação? – dei de ombros – A professora abona.

Calipso abriu um sorriso branco e olhou para a porta. Meu pai estava entrando em uma calça social creme e jaqueta de couro. Seu cabelo loiro estava meio despenteado e um botão de sua camisa estava aberto, mostrando uma plana e bronzeada. Julie assobiou ao ver aquilo.

– Julie, respeito com meu pai! – gritei, mesmo com ela se sentando na minha frente – Ele é velho demais pra você!

– Rude – Julie murmurou.

No intervalo, Calipso se sentou com o “grupo”. Zya e Carter estavam fazendo um trabalho de física. Sadie e Anúbis estavam escondendo as mãos dadas enquanto conversavam com Calipso. Thalia batia em Nico por ele ter encarado o seu sutiã. Grover, Juniper, Luke e eu estávamos, com muito esforço, ouvindo Calipso falar sobre sua antiga vida na Inglaterra.

Ela parecia realmente triste com a mudança, porque seus olhos brilharam com lágrimas quando ela falou de um tal Ulisses. Luke havia desistido de escutar, e agora só mantinha contato visual com a novata enquanto traçava um mapa na minha coxa direita.

Ela parava algumas vezes para escrever em um caderninho de capa de couro branco. Olhava para Luke e para mim, sorria e rabiscava alguma coisa. Achei aquilo curioso, e logo já queria saber o que ela tanto rabiscava.

– Vocês são fofos juntos. – Calipso se levantou e foi para o banheiro.

Já faziam quase dois meses que eu e Luke namorávamos. Eu estava na casa dele, sentada no seu colo, esperando a pipoca estourar. Todos estavam ali, incluindo Calipso, que havia se tornado uma grande amiga. E como sempre, ela estava rabiscando a mesma folha do mesmo caderno.

– Ca? – perguntei. Calipso virou o rosto e me encarou – O que você tanto rabisca nessa folha?

Ela virou o caderninho. Era um desenho, tão real que parecia uma foto em preto e branco. Eu e Luke, abraçados, comigo beijando a bochecha dele, um sorriso escapando de meus lábios.

– Uau... – Luke encarou a folha do tamanho de um celular.

Calipso sorriu timidamente e ofereceu o papelzinho para mim – É uma lembrança.

Peguei o papel e fiquei lá, com Luke me abraçando, nós dois encarando a quase foto.

– Obrigada! – pulei em Calipso com um abraço de urso.

Eu estava atrasada, e a aula começaria em cinco minutos. Nota: eu estava saindo de casa. Luke havia ligado pra mim meia-noite, e ficamos conversando até quase duas da manhã. Agora eu estava tombando de sono, mas super feliz. Ainda.

O portão da escola já estava fechando quando eu cheguei. Aprecei o passo e comecei a gritar para o zelador. E, bem, o cara teve pena de mim e me deixou entrar.

– Brigada! – disse aliviada. O zelador só me mandou ir pra sala.

Corri escada acima, corri o corredor central, peguei meus livros de química, corri mais um pouco e entrei na esquerda até o laboratório e...

Vi eles se beijando.

Luke, meu Luke, estava puxando a saia de Calipso para cima, passando a mão em sua coxa enquanto a beijava forte, e até mais apaixonadamente que comigo. Ele não parecia assustado, nem com remorso, porque sua cara só demonstrava prazer. Prazer que me deu nojo.

– Lu... ke? – minha voz saiu em um fio, e eu deixei meus livros caírem. Ele se separou de Calipso e me encarou assustado.

– Annie, eu... Não é isso que você... – ele tentou falar, mais raiva borbulhou em meus ouvidos.

– Não é o que? Não é isso que eu tô pensando? – deixei o veneno destilar minhas palavras.

– E-ela tentou me... agarrar, e eu...

– Não precisa terminar. Sejam felizes juntos. – disse lentamente me dirigindo ao banheiro. Ouvi Luke andando até mim – E não me toque Luke Castellan.

Os passos cessaram, e eu pude correr até o banheiro, me trancar lá e chorar. Chorar por quase toda a aula, até Thalia chegar lá e me amparar.

Pov Annie [Paris; presente; deitada no peito do Percy]

– Então...? – o moreno parou.

– É, ela arrancou meu primeiro namorado. E foi minha quase melhor amiga. Ela é uma vadia – completei, sentindo o peito de Percy subir com uma risada.

Ele me apertou contra seu peito, e eu pude sentir seu cheiro. Sal, sabonete e hortelã. Seria sempre o melhor cheiro do mundo para mim.

– Não se preocupa, a gente tá junto agora, e eu estou apaixonado por você. Eu te amo Annabeth Jackson. Sempre vou te amar. – ele beijou meu cabelo. O encarei.

– Annabeth Jackson? – ele deu de ombros.

– Se você quiser... – sussurrou no meu ouvido. O resto... Bem. O resto é resto, e eu não vou contar aqui.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso, espero que tenham gostado e não me matem por escrever mal.
Reviews? Recomendações? Merecemos?
Sete reviews e continuamos...
Bye!