You Are My First Love escrita por alessandraborba


Capítulo 2
Capítulo II




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Ainda não tinha conseguido pegar no sono, mas, tinha certeza que assim que conseguisse, o sorriso de Puck iria me perseguir. Um dos únicos casacos que ele havia deixado estava envolvendo meu corpo, seu cheiro invadia minhas narinas. Não conseguia acreditar que ele fora capaz de me deixar. Noah sabia que eu odiava ficar sozinha. Ele sabia melhor do que ninguém que eu não iria conseguir me virar sem alguém. Que eu não conseguiria sobreviver sem ele. Abri meus olhos e observei a foto que estava no criado-mudo. Puck e eu estávamos em New York, aquela fora a primeira vez que tínhamos ido visitar Finn, Kurt e Rachel. Droga, ao relembrar momentos como aquele, lágrimas voltavam a escorrer pelo meu rosto.

[...]

O toque de meu celular acordou-me, o que foi estranho já que não me lembrava de ter pegado no sono. Estendi a mão procurando pelo aparelho. – O-olá? – não havia olhado no identificador de chamadas qual o número que me ligara. – Senhorita Quinn Fabray? – disse a voz desconhecida no outro lado da linha – Sim, sou eu. Quem está falando? – sentei-me na cama. A voz do desconhecido parecia urgente, como se algo tivesse acontecido. – Presumo que a senhorita conheça o senhor Noah Puckerman, correto? – perguntou o homem. Confirmei com um rápido ‘aham’, temendo que algo tivesse acontecido à Noah. – Receio lhe informar que o senhor Puckerman sofreu um acidente de carro há algumas horas atrás. Ele está aqui no hospital e seja submetido a alguns exames logo. Como a senhorita estava na discagem rápida do celular dele, resolvemos contatá-la. A senhorita tem algum grau de parentesco com o senhor Puckerman? – não consegui responde-lo. O celular escorregou de minha mão antes que pudesse encerrar a chamada. Estava em estado de choque, não sabia como reagir. Noah. O meu Noah. Não conseguia acreditar que aquilo havia acontecido. Desejava que isto não tivesse se passado de um horrível pesadelo. Que todo aquele dia fosse um pesadelo. Queria acordar e vê-lo dormir em meu lado. Feliz, tranquilo, a salvo.

Meu celular voltou a tocar, dessa vez era Finn que estava ligando. – Finn... – murmurei ao atender. Não consegui falar mais nada, o medo de perder Noah para sempre invadiu meu corpo. - Eu–fiquei sabendo sobre o que aconteceu com o Puck. – começou ele. O moreno mantinha a voz calma, como sempre fizera quando precisava me acalmar. – Não saí daí, ok?! O Kurt e a Rachel já estão no caminho do hospital e eu tô indo para aí. Tenta ficar calma, ok? Eu chego aí em mais ou menos uma hora. – disse ele – Me espera ok? – não queria ficar ali, queria ir ver Noah o quanto antes. – Quinn? – percebi que não havia falado nada ainda, deixei que um longo suspiro escapasse por meus lábios antes de respondê-lo: Ok Finn, vou esperar. Só não demore, ok? – pedi.  Finn disse um rápido ‘aham’ e desligou o telefone.

FLASHBACK – 3 ANOS ATRÁS

Aquele idiota. Puckerman era realmente um idiota. Argh, ele realmente estava achando que seria tão fácil? Abri a torneira e deixei a água correr por alguns minutos. Olhei meu reflexo no espelho. Droga, não iria chorar por ele novamente. Não seria idiota a este ponto. Ouvi o barulho da porta do banheiro sendo aberta e pude ver o reflexo de Noah pelo espelho. – O que você quer aqui Puckerman? Caso não saiba, este é o banheiro feminino. – perguntei sem realmente me virar para ele. Ouvi uma risada curta saindo dos lábios de Noah e em seguida, senti as mãos do garoto em minha cintura, me puxando para perto dele. – Eu sempre venho aqui... É mais limpo e, além disso, sempre corro o risco de te encontrar por aqui. – sussurrou ele em meu ouvido, apertando suavemente minha cintura. – Pode fazer o favor de me soltar? – tentei empurrar o garoto, mas não tive muito sucesso nisso. – Sabe que eu tenho sentido sua falta? – disse Puck alisando minha cintura – Só de pensar que aquele babaca do Sam tenha esse corpinho só pra ele... – senti a respiração do garoto em minha nuca. Não eu não iria ficar com Puckerman novamente. Não queria e não podia. Suspirei fundo e empurrei-o novamente, desta vez, obtendo sucesso. – Uau, tá afim de algo mais selvagem hoje Fabray? Ainda não conhecia esse seu lado. – era incrível como ele achava que eu agradava alguém com aquele jeito. Nunca entendi o porquê da maioria das meninas morrerem de amores por ele. – Idiota! – murmurei antes de caminhar o mais depressa possível até a saída do banheiro.

FLASHBACK OFF.

Abri os olhos e percebi que não estava em minha cama. Tampouco estava envolvida em um dos casacos de Noah. Virei-me devagar e pude ver Finn ao meu lado, com os olhos fixos no horizonte e com as duas mãos no volante. Notei que seus olhos estavam um pouco inchados e vermelhos e algumas lágrimas permaneciam em seu rosto. O garoto ainda não havia percebido que eu tinha acordado, ou fingia que não. Mantive meu olhar fixo no rosto dele por alguns segundos, acho que em todos esses anos, nunca havia visto Finn tão... Frágil. Nem mesmo quando ele e Rachel brigaram, ou quando eu o trai com Puckerman. Puckerman... Só de pensar nele, sentia meus olhos encherem-se de água. Finn virou-se para mim e abriu um pequeno sorriso. – Ei, finalmente ein. – comentou ele – Estamos quase chegando no hospital. Eu já ia te acordar. – não o respondi, apenas esbocei um pequeno sorriso na direção do garoto.

[...]

O carro parou. Tive que me controlar para não saltar do carro e correr até a entrada do lugar. Respirei fundo e abri a porta do carro, Finn já estava ao meu lado. Ele passou um dos braços ao redor da minha cintura, não soube se aquilo era um gesto de afeto ou se simplesmente tentava me controlar para não ir correndo até onde Noah estava. Entramos no hospital juntos e logo Finn foi até o balcão. “O que deseja senhor?”, perguntou a mulher – Noah Puckerman. – disse ele apenas. Pude perceber que a expressão facial da mulher mudou como se sentisse pena de Finn por estar lá pelo Noah. Teria acontecido algo com ele? “O Senhor Puckerman está no quatro 312.” ele agradeceu e virou-se novamente para mim, estava prestes a cair no choro novamente, mas, não iria. Não podia. Não esperei que Finn chegasse até onde eu estava e logo virei-me para as escadas.

[...]

Em pouco mais de dois minutos, estava na frente do quarto de número 312. Finn ainda não havia chegado ali, talvez ele estivesse procurando por Rachel ou Sam. Tive a leve impressão de ter visto os dois na entrada do hospital. Suspirei fundo e abri a porta, Noah estava deitado em uma cama e tinha um tubo de soro ligado ao pulso. Imaginei que ele estivesse pior, precisando de oxigênio ou algo do tipo. Abri um largo sorriso quando ele se virou para mim, parecia estar surpreso em me ver. – Olá meu amor – murmurei aproximando-me dele – Estava preocupada com você. Me desculpe! – senti algumas lágrimas escorrerem por meus olhos enquanto me aproximava da cama. – Meu amor? Uau, não faz nem três semanas que nos conhecemos e você já está me chamando assim Fabray?  – disse ele. Esperava que aquilo fosse apenas mais uma brincadeirinha dele, mas, não parecia isso. – Puck... V-você está brincando né? – ele deu uma risada. Aquele não parecia o Noah. Bom, era ele, mas, não o meu Noah. Estava me lembrando daquele Puckerman idiota e desprezível que conheci. – Não, não estou. Mas, não me importo de você me chamar assim enquanto beija meu pescoço e aranha meu corpo. – disse ele piscando. Aquilo não podia ser verdade. Me virei para a porta e sai do quarto, pude ver Finn no final do corredor, junto com Sam e Rachel. Ele parecia nervoso. Corri até os três, passando meus braços ao redor do corpo de Finn e encostei minha cabeça em seu peito, deixando que as lágrimas caíssem.


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