You Are My First Love escrita por alessandraborba


Capítulo 1
Capítulo I




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Simplesmente não acreditava que aquilo estava prestes a acontecer. Eu realmente havia dito tais coisas a ele? Realmente havia o mandado desaparecer de minha vida?  Ao ouvir seus passos, senti meu corpo gelar. – Puck, eu não... – minha voz falhou, eu não sabia o que poderia dizer a ele, não sabia como reverter àquela situação. Não conseguia acreditar que aquilo estava prestes a acontecer. Estava prestes a perdê-lo. Ao levantar minha cabeça, encontrei seu olhar. Aquele olhar que tantas vezes me acalmara. Que tantas vezes me deixara sem palavras. Ele voltou a caminhar, tentando sair dali. – Por favor, não vá! – pedi, sentindo algumas lágrimas escorrerem por meu rosto – E-eu fui uma idiota. Fui egoísta, como sempre. – não tinha mais controle nenhum sobre as lágrimas que insistiam em escorrer por meu rosto. Noah se mantinha sério, como sempre fazia em situações assim. Nem parecia o garoto que discutira comigo há menos de meia hora. Seus lábios estavam contraídos, ele sempre fazia isso quando tentava controlar a raiva ou o choro. Não sabia qual destes ele estava tentando controlar no momento. Puck tentou sair dali novamente e, desta vez, não me enfiei em sua frente e sim segurei em um de seus braços, tentando impedi-lo de seguir. – Você acha que eu não canso de tudo isso? – perguntou voltando seu olhar para mim – Acha que eu não to cansado dessas suas crises de ciúmes por nada? Realmente acha que eu gosto de discutir com você praticamente toda a semana e depois ter que ir pedir desculpas como um cachorrinho com o rabo entre as pernas? – podia sentir a raiva em sua voz, podia perceber o quanto ele estava estressado com aquilo. Em todos esses anos, nunca havia o visto daquela maneira. – Eu não aguento mais isso Quinn. Não aguento mais fazer tudo por você e você simplesmente ignorar tudo isso. – ele fez uma pausa, talvez estivesse esperando que eu dissesse mais alguma coisa, mas, continuei em completo silêncio. – Eu mudei por você. Deixei de fazer coisas que você não gostava. – percebi que seu tom de voz havia baixado, como se ele finalmente estivesse conseguido se acalmar – Eu abri mão de tudo por sua causa Quinn. Tudo. – e ele realmente havia feito isto. Puck havia aberto mão de seu negócio com as piscinas, de Los Angeles por minha causa. Havia feito tudo isso para poder vir comigo para New Haven. Iniciamos nossa vida juntos aqui, ele havia conseguido um emprego em menos de duas semanas. Enquanto eu ficava em Yale, ele estava na loja. Lembro-me de ter dito que conseguiria trabalhar e estudar ao mesmo tempo, que se fizesse isso, teríamos mais dinheiro. Noah havia odiado tal ideia. Disse que não queria que eu fizesse isso, que queria que eu me dedicasse aos estudos e, é claro, a ele. Eu nunca consegui recusar seus pedidos. Ouvi ele suspirar e isso me fez voltar para aquele momento. Puck envolveu-me em seus braços e acariciou meus cabelos. Ele sempre fazia isso quando queria acabar com uma discussão ou quando eu estava com medo de algo, mas, dessa vez, havia algo de diferente em seu abraço. – E-eu... Eu preciso de um tempo Quinn. – pediu. As lágrimas que antes haviam cessado voltaram a cair sem que eu tivesse tempo para tentar controla-las – Você pode tentar negar, mas, eu sei que você precisa de um também... – ele suspirou novamente – Eu não vou ficar fora por muito tempo, ok? Prometo. Vou... Sei lá... Ficar em Lima por uns tempos, ou até mesmo em New York com o Finn e a Rachel. – ele tirou a mão de meus cabelos para secar algumas lágrimas de meu rosto – Eu não... Quero ficar longe de você. Não consigo. – disse, olhando fixamente em seus olhos. Puck deu uma risada fraca, sem humor. – Você consegue sim... Você é forte, vai conseguir ficar uma ou duas semanas sem esse idiota aqui. – senti seus lábios encostarem em minha testa – Eu amo você Quinn... Não me odeie por isso ok? Tenho certeza que vai me agradecer por isso daqui a um tempo. – um pequeno sorriso brotou no canto direito dos lábios dele. Queria pedir para que ele não fosse novamente. Queria dizer que o amava, mas, nenhuma palavra saía de meus lábios. Ele me soltou e pegou a mala que havia preparado anteriormente e que desde que havia saído do quarto estava no chão. Vê-lo se afastando e indo embora fora horrível. Senti minhas pernas cederem. Sabia que ele havia dito que voltaria, mas, algo dentro de mim sentia que não seria assim.

 SEIS ANOS ATRÁS.

- Ei, você tá bem? - levantei a cabeça para encarar o dono daquela voz, não havia como não reconhecer aquele garoto. Era Noah Puckerman. Um dos garotos mais populares do McKinley. Me surpreendi pelo fato dele ter se preocupado em verificar como eu estava depois de me derrubar, pelo o que eu saiba, ele nunca havia se importado com os outros. Bom, pelo menos não com os ‘anônimos’ dali. E, infelizmente, eu ainda era considerada apenas mais uma anônima naquela escola, mas, não seria assim por muito tempo. Os testes para as Cheerios seriam na próxima semana e eu estava preparadíssima para os mesmos. Notei que o garoto ainda me encarava. - Ãhn, estou ótima - respondi, balançando a cabeça e juntando minhas coisas. - Tem certeza? – ele arqueou as sobrancelhas. Assenti com a cabeça antes de me levantar e seguir às pressas para minha sala de calculo.

Puck’s POV on.

Havia algo de estranho naquela garota... Aquela novata loira, qual era o nome dela mesmo? Começava com ‘Q’, disso eu tinha certeza. Isso não importa. A questão era: por que aquela garota havia saído às pressas de perto de mim mais cedo? Nenhuma garota nunca ousou isso. Será que ela tinha algum problema? Não, acho que não. Era bonita demais para isso. Será que ela era lésbica? Mas, até mesmo as lésbicas não resistem ao charme do Puckfasa. A única alternativa que havia restado era... Não, não podia ser isso. Todas as garotas me desejam. Sem exceção. Com essa loirinha não seria diferente. Eu ainda a teria. Tinha certeza disso. Não descansaria até entrar dentro daquelas pernas, até ouvi-la sussurrando meu nome enquanto sentia suas unhas arranharem meu abdômen. – Ei, cara, o que houve? – ouvi a voz de Finn ao meu lado. – Nada não... – murmurei um pouco irritado. Porque Finn havia resolvido me chamar naquele momento? Estava realmente feliz com meus pensamentos eróticos. Continuei caminhando ao lado de Finn. Havíamos acabado de sair do treino de futebol e ambos estávamos exaustos demais para quebrar aquele silencio. Sinceramente, eu nem queria quebra-lo. Estava chegando à frente da escola quando a vi. A loira estava junto de Santana Lopez e Brittany Pierce, será que as três eram amigas ou algo do tipo? Não importava. – Ei, Finn... – chamei o garoto, sem tirar os olhos da loira que estava alguns metros à minha frente – Qual é o nome daquela loirinha ali? Junto com a Santana e a Brittany. – apontei para as garotas. Ele encarou-as por pouco mais de um minuto antes de me responder: Quinn Fabray, eu acho. – disse ele dando de ombros – Por quê? – não respondi. Notei que ela havia se virado e agora me encarava, um sorriso malicioso nasceu em meus lábios graças a isso. Prepare-se Quinn Fabray, você ainda vai ser minha.

ATUALMENTE

Estava exausto e minha cabeça doía. As lembranças da minha briga com Quinn invadiam minha mente. Os gritos da garota, expulsando-me dali, seus socos em meu peito e em seguida, suas lágrimas, sua voz arrependida pedindo-me para ficar. Eu queria dar meia volta e voltar para ela. Mas, não podia fazer isso... O motivo pelo qual a deixei sozinha foi justamente porque sabia que era isso o que ela queria, o que ela precisava. Por mais que ela negasse isso, Quinn estava precisando de um tempo sozinha. E eu também. Meu único medo era que, aquele tal de John que estudava com ela em Yale se aproveitasse de minha ausência lá. Eu confio na Quinn, mas, meu maior medo é perdê-la. Lembrei-me de nosso primeiro encontro oficial. Da maneira que ela parecia me detestar e isso apenas me deixava com mais vontade de tê-la. Lembro de quando ela e o Finn começaram a namorar. Aquilo me pareceu o fim do mundo. Acho que me apaixonei por ela logo na primeira vez que a vi. Droga, relembrar todos aqueles momentos em que eu não a tinha em meus braços me faziam chorar. Me sentia tão idiota chorando. Bati no volante com força, eu não iria aguentar ficar muito tempo longe dela. Estava considerando dar meia volta no próximo lugar permitido quando vi uma luz forte aproximar-se e em seguida, tudo ficou escuro.

Puck’s POV off.


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