Meio-sangues escrita por A Demigod 1D


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Bom Dia Leitores!
Este é o penúltimo capítulo dessa Fic. :( To triste e feliz ao mesmo tempo, pois é agora que percebi realmente que tá acabando, mas estou muito feliz com todos vocês que me acompanharam até aqui !!
Quero dedicar esse capítulo, a Lucy, uma garota que tem me deixado bem feliz nos ultimos dias, uma leitora muito fiel.
Bem, vamos lá ...



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POV ANNABETH

Estávamos realmente tristes e abalados com nossa perda. Tanto que mal reparei nos hotéis em que nos hospedamos na volta. Percy e Reyna cuidavam de tudo. Quando dei por mim já estávamos de volta ao Du Vernant, e Jean Pierre nos aguardava. Mariana e eu apenas o cumprimentamos, e ele conversou por alguns minutos com Percy. Devolvemos o carro a ele, e o pouco que sobrou do dinheiro. Segundo Percy, Argos estava vindo com a van do Acampamento nos buscar. Dito e feito. Cerca de meia hora depois Argos estacionou na frente do hotel e nós quatro embarcamos. Em sussurros eu contei a Mariana quem era Argos e sua função no Acampamento Meio-Sangue. Pensar no Acampamento me fez pensar no que nos aguardava quando chegássemos lá. A queima da mortalha de Thomas. Eu não sabia como iria reagir, ou como os campistas iriam reagir, afinal tinha só uma semana que ele estava no Acampamento e já saiu para uma missão. Suponho que as únicas pessoas fora eu e Grover, com ele conversava eram seus irmãos. Para maioria não seria uma perda tão grande. E isso me fez sentir mal. Eu o tirei do Acampamento, sem ele nem ter tido tempo de fazer mais amizades, de se sentir mais em casa. Praticamente, Apolo o trouxe para morrer. E pensando isso, eu fiquei com uma enorme dúvida: Apolo era o deus do oráculo, então provavelmente ele sabia sobre a profecia que viria em breve e saberia que seu filho seria morto. Sacrificara-se. Isso me fez sentir pena de Apolo. Como seria, saber que o filho iria morrer em breve, e ser você o próprio pai dele que fosse busca-lo para trazê-lo para seu destino. Logo Argos parou a van, e nós descemos. O Acampamento estava muito silencioso, todos já sabiam sobre a morte de Thomas e por mais que não o conhecessem bem, prestavam respeito ao chalé de Apolo. Eu olhei para Mariana e disse numa voz fraca:

-Bem vinda ao Acampamento Meio-Sangue.

Ela sorriu fracamente.

-Obrigada. Eu acho.

Entramos e fomos direto a Casa Grande. No caminho encontramos um filho de Afrodite que correu aos outros chalés avisar da nossa chegada e que os filhos de Apolo deveriam preparar a mortalha.

Quíron estava a nossa espera, e não chegamos nem a conversar. Apenas dissemos oi, e fomos em direção a arena de batalha onde seria feita a cerimônia de despedida de Thomas.

Quando entramos lá, os campistas já estavam todos ao redor da mortalha. Era dourada com um pequeno rato no meio. Ela parecia brilhar levemente, como se fossem raios solares. Em volta da mortalha estava o chalé de Apolo, cerca de dez campistas. E Percy, Mariana, Quíron e eu. Quíron disse algumas coisas, as quais eu não prestei atenção,e perguntou se alguém diria alguma coisa. Um campista de Apolo, se adiantou e disse com a voz chorosa:

-Eu fiz uma pequena canção, em homenagem ao meu irmão. Você nos deixaria cantar? – disse o menino. Era mais baixo que Thomas, e nada parecido com o mesmo.

-Claro Felipe. Podem prestar sua homenagem. – disse Quíron enquanto os filhos de Apolo se ajeitavam, e começaram a cantar. Somente suas vozes, se encaixavam tão perfeitamente montando uma melodia tão bonita e suave que se não fosse uma cerimônia fúnebre, teria sido esplêndido ouvi-los cantar. A letra da música era o que mais me chamou a atenção:

Quem nunca sonhou em ser semideus,

Filho de Zeus, de Apolo, ou outro deus.

Viver uma vida de tristeza e alegrias

Enfrentando monstros em uma missão por dia,

E se alguma missão for perigosa demais,

Teremos medo sim,

Mas um herói não foge jamais.

Nossa raça não iremos negar

Somos meio-sangues

Devemos aceitar

E nos entregar de corpo e coração

Em cada luta, em cada missão.

Mas quando alguém morre em batalha

Lembraremos dele queimando uma mortalha

Não podemos ganhar de todos os inimigos,

Adeus Filho do Sol

Nosso querido amigo.

Ao final da música, Mariana estava chorando novamente, e eu quase segui o exemplo dela. Afinal ele tinha morrido por mim, e seu verdadeiro motivo ninguém além de mim ficaria sabendo.

Com isso, o campista chamado Felipe, se abaixou e colocou fogo na mortalha. As chamas foram de um amarelo intenso. Depois de alguns minutos, todos foram se dispersando. Restando só nós e Felipe. Ele se aproximou, e perguntou:

-Como foi mesmo que ele morreu?

-Me salvando. Enfrentou um golpe de Nix por mim. – eu respondi. Era essa a história que estávamos contando para todos os Campistas.

-Pobre Thomas. Eu gostava dele. Fazia tão pouco tempo que ele estava aqui eu sei, mas existem pessoas com quem você forma uma grande amizade em tão poucos dias. Esse é um irmão que me vai fazer falta. – dizendo isso ele se afastou cabisbaixo para seu chalé.

E iria fazer falta a mim também. E para Mariana com certeza. Todos nós podíamos perceber o quanto ela estava triste. Só não superou Silena, quando Beckendorf morreu. E eu me perguntava se quando Percy se fosse, eu ficaria tão arrasada assim, ou se eu iria com ele. A segunda opção me parece melhor. Uma eternidade nos campos Elíseos. Me parece bom.


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Notas finais do capítulo

Créditos da música ao JFDalcol, meu amigo e Filho de Apolo, e também meu leitor. :)
Gostaram gente??
O próximo e último, não ficou tão bom quanto eu esperava, mas mesmo assim foi escrito com muito amor, ok?
Reviews??