Just Close Your Eyes escrita por Gio


Capítulo 8
Dia 4 - Encontro Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! EEE
Enjoy! ;)
XOXO
P.S: Hoje tem beso!!!



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Os minutos se passavam e a vendedora continuava chafurdada no estoque da loja. Leo checou o relógio diversas vezes, e numa delas teve uma ideia.

     “Aquela vendedora pode dificultar as coisas para nós. Será que há algum pó para esquecer?” ele pensou. E num impulso, ativou o botão. O relógio rangeu, gritou e se abriu, revelando a infinidade mágica.

     - Marrie, Marrie, se você serve para alguma coisa além de ser inútil, me ajude a achar uma poção que sirva para a vendedora. – ele murmurou, afastando-se de Reyna, que estava observando entretida a vitrine.

     - Inútil e Marrie na mesma frase. Isso é i-na-cei-tá-vel! – estrilou Marrie.

     - Então seja útil e me ajude!  - ele pediu.

     - Qual é a palavra mágica?

     - Vou rasgar o seu vestido da Prada. – ele avisou.

     - Tudo bem, seu ignóbil. – ela suspirou. – Poção número 27. Quinta fileira, quarto da direita para esquerda. É um vidro com líquido anil.

     - O que é anil?

     - Azul, sua coisa não pensante!

     Leo fez uma carranca e pegou o recipiente. Estava frio. Parecia feito de gelo.  E no rótulo, lia-se:! Just drink me and you will forget! Com uma letra feminina e bem desenhada. Agora só restava saber como fazer a vendedora beber.

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     - Olá? Ainda estão aí? – perguntou a vendedora.

     - Oh! Desculpe! Eu estava tão distraída vendo a vitrine... – respondeu Reyna. – Leo deve estar perto da máquina de refrigerantes. Conseguiu a blusa?

     - Sim. Aqui está. – ela disse, entregando-lhe a peça. – Trouxe nos três tamanhos.

     Reyna sorriu e caminhou em direção ao provador.

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     Leo caminhava de um lado para o outro, quando sem querer, tropeçou na vendedora.

     - Vocês são namorados, certo? – perguntou ela.

     Leo franziu o cenho.

     - Digam que não, mas eu tenho certeza. Minha memória não falha. Lembro ainda que no dia, a menina correu para te ver. Tenho certeza. Eu sei que eu não sou ninguém para dar palpites, mas eu acho que ela realmente gosta de você.

     Leo sorriu.

     - Poderia esquecer se esquecer de tudo? – ele perguntou. A vendedora negou com a cabeça. – Por favor, beba isso. – ele falou, entregando-lhe o frasco. – Acredite, eu lhe asseguro que não vai fazer mal.

     A vendedora rolou os olhos e bebeu. E por um momento, sentiu que algumas memórias foram apagadas. Memórias que Leo tinha certeza de que eram sobre ele.

     - Olá! – falou a vendedora, desmemoriada. – No que posso ajudar?

     Leo sorriu. E antes que pudesse fazer alguma coisa, Reyna saiu do provador. Estava linda. A camisa branca combinava com a roupa.

     - Branca? Mas a antiga era branca também. – Leo analisou.

     - Isso não é branco. É gelo. – respondeu Reyna.

     - Qual a diferença cara pálida?

     - Branco reluz com os raios de sol. Gelo é um leve tom puxado para o bege.

     - Como seu soubesse o que é bege. – ele argumentou.

     - Homens! Humpft! – ela bufou. – Você consegue diferenciar aquela penca de chaves de sei lá o quê, mas não sabe a diferença de bege, gelo, branco e marfim.

     - Isso é ridículo! As “chaves de sei lá o quê” – ele fez aspas no ar. – Servem para coisas completamente diferentes. Isso não é uma comparação justa!

     - Dane-se! Eu vou compra-la do mesmo jeito. – ela retrucou. – Você poderia vender a camisa? – perguntou docemente à vendedora.

     - Tudo bem. Cartão?

     - Deixa que eu pago. – interveio Leo. – Dinheiro, por favor.

     - Que gentil! – elogiou Reyna.

     Leo piscou para a garota. Abriu a carteira e tirou uma nota de vinte dólares. Entregou à vendedora, que lhe devolveu cinco dólares.

     - Obrigada pela preferência. – falou a vendedora.

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     - Deuses Leo! – exclamou Reyna, olhando para o relógio do Filho de Hefesto. - Já são quase três horas!

     - Calma criatura! Ele não deve ser tão pontual.

     - Como você sabe? – perguntou Reyna.

     - Sexto sentido Amiga. – ele respondeu com uma voz feminina, fazendo a garota sorrir.

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     O Starbucks ficava apenas à alguns metros da loja de roupas.

     O quase-casal empurrou a porta de vidro que separava a cafeteria da rua. Assim que puseram os pés dentro do lugar, o cheiro de café e chocolate inebriou-os o olfato.

     Reyna sentiu-se salivar ao ver, exposta em uma vitrine de vidro, uma enorme e deliciosa torta de chocolate.

     Leo estreitou os olhos e procurou uma mesa vazia. Tarefa difícil, levando em conta que o Starbucks estava cheio. Lotado de pessoas de todas as idades que ou conversavam animadamente entre os amigos ou ficavam vidradas em seus notebooks, enquanto esperavam a décima remessa de café expresso. Haviam também as assistentes de empresários, completamente confusas entre telefonemas, Iphones e pedidos de cafés descafeinados e chocolates quentes.

     Bem no fundo, próximo à uma parede de vidro Leo encontrou uma mesa. Era simples. A mesa era pequena de madeira, rodeada por um sofá que acomodava no máximo duas pessoas.

     - Ali Reyna! – falou Leo, apontando para o lugar. – Sente-se lá que irei fazer os pedidos.

     - Como sabe o que vou comer? – ela perguntou.

     - Eu irei adivinhar. E acredite, eu sempre acerto.

     - Isso é um desafio?

     - Tome como um sim. – ele respondeu. – Agora vá, antes que peguem nossos lugares.

     Reyna assentiu e caminhou em direção à mesa em questão.

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     - Olá! Olá! Será que alguém pode me atender? – chamou Leo, em frente à bancada de pedidos.

     - Desculpe! – falou uma atendente. Era nova, não passava de 19 anos e tinha longos cabelos pretos. – Estamos com muitos pedidos.

     - Tudo bem. – ele deu de ombros. – Vou querer um frappuccino com creme, um chocolate quente, dois donnuts de chocolate com avelã e três bolinhos de frutas vermelhas. – ele pediu.

     - Em nome de quem?

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     Reyna tamborilava freneticamente os dedos na mesa. Peter ainda não havia chegado, mas ela não dava a mínima para isso. Esperava ansiosamente que Leo chegasse.

     Estava prestes a se levantar para procura-lo, quando avistou, um pouco longe, a silhueta saltitante de Leo Valdez.

     Ele andava de um jeito estranho, entre correr e pular. Parecia feliz.

     - Oie! – ele exclamou.

     - Injetaram cafeína na sua bunda? – ela perguntou sarcástica.

     - Eu tenho uma surpresa! – ele falou.

     - Que ótimo. Eu adoro surpresas. – ela ironizou.

     - Você é chata heim. – ele reclamou.

     - O que você pediu para nós dois? – ela mudou de assunto.

     - Surpresa!! – ele cantarolou alegremente.

     - Sua felicidade me deprime. Pode falar logo?

     Mas não foi preciso. No momento em que Leo fez a menção de falar, uma voz microfônica(?) soou ao fundo, parando toda a conversa.

     - Leo e Reyna Valdez. – chamou a voz.

     Reyna enrubesceu completamente, enquanto Leo saltitava em direção à banca de pedidos. Ele murmurou um “Obrigado” para a atendente e caminhou em direção à filha de Belona, trazendo nas mãos uma bandeja com o ícone verde da cafeteria.

     - Um frappuccino e bolinhos de frutas vermelhas para você e chocolate quente com donuts para mim. – ele anunciou, dividindo o lanche.

     - Acertou. Mas isso não anula o fato de ter colocado Reyna Valdez no pedido. – ela reclamou, sugando sua bebida através do canudo.

     - Queria que eu colocasse o quê? Não sei seu sobrenome. – ele argumentou. – Senhora Valdez.

     - Sanchéz. Esse é meu sobrenome. – ela admitiu.

     - E por quê não o usa?

     - Me faz lembrar de coisas tristes. – ela falou.

     Leo riu.

     - Do que está rindo? – perguntou ela.

     - Você está... – ele apontou para a boca da garota. – está sujo!

     Reyna sorriu e passou a língua envolta dos lábios.

     - Saiu? – ela perguntou, contendo uma risada.

     - Deixa que eu limpo. – ele anunciou, chegando mais perto da garota.

     Reyna sentia seu coração acelerar a cada segundo que ele se aproximava. E a cada segundo, cada vez mais perto. Perto demais.

     Reyna fechou os olhos e se deixou levar pelo inevitável. Leo entendeu isso como um sinal e uniu seus lábios nos dela.

     Ainda tinham gosto de creme.

     A cada momento o beijo aprofundava. Reyna pôs as mãos envolta da nuca do filho de Hefesto. Ele a segurou pela cintura.

     Um asteroide poderia cair sobre a Terra e destruir cada foco da presença humana. Nada poderia lhes atrapalhar.

     Leo sentia saudade como nunca. Todo o tempo que passara sem sentir os lábios de Reyna.

     O ar era uma coisa desnecessária.

     Os minutos se passavam. Pessoas iam e vinham.

     Mas então, algo os forçou a parar.

     - Que palhaçada é essa? – exclamou Peter, plantado em frente a mesa do casal, punhos fechados prestes a esmurrar alguma coisa.

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Suspense! hahahaha

Cara, eu não esperava que a fic tomasse a dimensão que tomou. Já era para ter acabado, segundo meus planos. Mas aí, acabou que eu decidi dividir o dia em várias partes. Melhor né?

O povo queria beijo. Eu fiz beijo,

E agora eu quero ir ao Starbucks.

A! Antes que eu me esqueça, a Jade me perguntou quantos anos eu tenho: 13. É, minha mãe ainda diz que eu sou criança, mas fazer o quê? Quantos anos eu pareço ter??? Curiosidade...

Não se surpreendam se um dia eu der ALOKA e postar uma foto da pessoa aqui. Apenas não riam, ok?

Vou-me.

XOXO


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Notas finais do capítulo

Reviews?