Eu saí de lá correndo e chorando, enquanto que o Yuki ficou lá, parado, sem entender o porquê de minha atitude. Eu estava tão nervosa, mas tão nervosa, que nem quis saber de ficar lá, perto dele. Tudo que eu fazia era correr, correr e correr...

Até o momento em que cheguei em um lugar que nunca tivera ido antes. Era uma outra floresta, mas em vez de ser um lugar alegre e calmo, era diferente. Tá certo que era um lugar calmo, mas era um calmo assustador. Eu não sabia o que fazer, mas também não queria voltar, vai que eu dou de cara com o Yuki? Mas eu também não queria ficar ali. Então, eu voltei, havia uma bifurcação. Eu fui pelo lado direito, pois se eu seguisse pelo lado esquerdo, as chances de eu encontrar aquele que ferira meu coração eram consideráveis. Eu fiquei andando, mas não adiantava: por mais que eu seguisse em frente, eu sempre voltava para o mesmo lugar. 

Para que aquela situação não se repetisse, eu segui por um outro caminho. Fui pra trás, e segui... Fui adentrando a floresta, estava morrendo de medo, mas eu tinha que encontrar uma saída daquele lugar. O tempo foi passando, e eu fui ficando mais e mais cansada. Resolvi então, acampar ali mesmo (não importa se estou com medo ou não, se eu não descansar, de manhã ficarei sem forças para seguir). Eu sentei, recostada numa das árvores que ali se encontravam. 

Fiquei pensando... "Por que eu sou sempre assim? Por que insisto em esconder meus verdadeiros sentimentos? Eu sei que desse modo, quem se machuca sou eu, mas o que me falta é coragem para demonstrar aos outros o que sinto em determinado momento, circunstância ou situação.". Após esse tempo de pensamentos, resolvi que, assim que acordasse, eu acharia um modo de voltar, e iria atrás do estranho, digo, Yuki e lhe contaria a verdade sobre o que penso e sinto. Eu dormi.